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ROMANTISMO: POESIA O que você deve saber sobre O Romantismo foi uma corrente artística que predominou na Europa por quase todo o século XIX e esteve ligado aos movimentos burgueses. No Brasil, o Romantismo se deu, sobretudo, na primeira metade do século XIX, inserido no contexto da Independência, em 1822. Essa estética procurou expressar os devaneios, os desejos, as frustrações e as fantasias de um "eu" livre de qualquer compromisso com os padrões clássicos de representação artística, fugindo muitas vezes da realidade que o circundava.
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ROMANTISMO: POESIA

Jan 12, 2016

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ROMANTISMO: POESIAROMANTISMO: POESIA

O que você deve saber sobre

O Romantismo foi uma corrente artística que predominou na Europa por quase todo o século XIX e esteve ligado aos movimentos burgueses. No Brasil, o Romantismo se deu, sobretudo, na primeira metade do século XIX, inserido no contexto da Independência, em 1822. Essa estética procurou expressar os devaneios, os desejos, as frustrações e as fantasias de um "eu" livre de qualquer compromisso com os padrões clássicos de representação artística, fugindo muitas vezes da realidade que o circundava.

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Revolução Industrial (1760)

Independência dos EUA (4 de julho de 1776)

Revolução Francesa (1789)

Contexto do Romantismo europeu (queda do Antigo Regime)

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A liberdade guiando o povo, 1830, de Delacroix. Óleo sobre tela, 260 × 325 cm

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Animação: RomantismoClique aqui para ver a animação

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Contexto do Romantismo brasileiro

Chegada da Corte portuguesa ao Brasil (1808)

Independência do Brasil (1822)

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O grito do Ipiranga (1888), de Pedro Américo. Óleo sobre tela, 415 × 760 cm

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Contexto do Romantismo brasileiro

Marco inicial: Niterói (1836) e Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães

Marco final: O mulato (1881), de Aluísio Azevedo, e Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis

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Primeira geração – nacionalismo/indianismo

Mito do “bom selvagem”,

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O índio como símbolo nacional

Gonçalves Dias (1823-1864)

Consolidou o romantismo no Brasil.

Temática: pátria, religião e natureza

Obras de destaque: Primeiros cantos (1846), Leonor de Mendonça (1847), Segundos cantos (1848), As sextilhas do frei Antão (1848) e Últimos cantos (1851)

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Segunda geração romântica – byronismo/mal do século/ultrarromantismo

Ápice do egocentrismo romântico

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Retrato de Lord Byron (1814), por Thomas Phillips. Óleo sobre tela

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Pessimismo

Evasão da realidade

Criação de uma natureza tenebrosa

Fascínio pelo mórbido e pelo misterioso

Idealização da mulher

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Álvares de Azevedo (1831-1852)

Poemas: pessimismo crônico, herança do inglês Lord Byron e do francês Alfred de Musset.

Lira dos vinte anos (1853):

• 1ª e 3ª partes: temática religiosa, do sonho e da figura feminina virginal

• 2ª parte: apresenta o irônico e o sexual.

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Casimiro de Abreu (1839-1860)

O mais popular dos poetas da segunda geração pelo distanciamento das temáticas mórbidas ou satânicas, típicas da segunda geração.

Temática: natureza, amor, saudade da infância, pátria idealizada e a mulher amada

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Fagundes Varela (1841-1875)

Autor de transição da segunda para a terceira geração romântica

Temática: escravidão (comum à terceira geração), solidão e morte (comum à segunda geração)

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Terceira geração – social/condoreira/hugoana

Preocupação social

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Busto de Victor Hugo (1887-1888), por Auguste Rodin. Escultura de mármore

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Inspirados em Victor Hugo, eram porta-vozes da luta contra as injustiças e crueldades praticadas contra os escravos.

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Castro Alves (1847-1871)

O “poeta dos escravos”: temática abolicionista

Poesia retórica: versos musicais e grandiloquentes; uso de hipérboles, personificações e matáforas.

Obras de destaque: “Vozes d’África” e “Navio negreiro”, publicados em Os escravos (1883), Espumas flutuantes (1870) e A cachoeira de Paulo Afonso (1876)

ROMANTISMO: POESIA

O navio negreiro (c. 1835), de Johann Moritz Rugendas. Litografia

(colorida à mão), 35,5 × 51 cm

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Sousândrade (1832-1902)

Caráter inovador e originalidade dos versos

Obras de destaque: “Guesa errante” e Harpas selvagens (1850)

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Page 13: ROMANTISMO: POESIA

(UFG-GO) No tocante à descrição dos costumes indígenas, José de Alencar, em Ubirajara, retoma um procedimento já utilizado nos relatos dos cronistas do século XVI. No romance, o tratamento das informações referentes à cultura indígena resulta na:

a) transformação do passado colonial do Brasil.

b) idealização da figura do indígena nacional.

c) indicação dos sentidos da cultura autóctone.

d) apresentação dos primeiros habitantes do Brasil.

e) introdução do índio na literatura brasileira.

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RESPOSTA: B

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(Ufac) A poesia romântica desenvolveu-se em três gerações: nacionalista ou indianista, do mal do século e condoreira. O indianismo de nossos poetas românticos é:

a) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.

b) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.

c) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação de bravura, heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.

d) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça do Brasil.

e) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.

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RESPOSTA: C

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(Unirio-RJ)

Texto para as questões 8 e 9.

Marabá

Eu vivo sozinha; ninguém me procura!Acaso feituraNão sou de Tupá?Se algum dentre os homens de mim não se esconde:– “Tu és”, me responde,“Tu és Marabá!”

Meus olhos são garços, são cor das safiras,Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;Imitam as nuvens de um céu anilado,As cores imitam das vagas do mar!

Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:– “Teus olhos são garços”,Responde anojado, “mas és Marabá:“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,“Uns olhos fulgentes,“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!”

É alvo meu rosto da alvura dos lírios,Da cor das areias batidas do mar;As aves mais brancas, as conchas mais purasNão têm mais alvura, não têm mais brilhar.

Se ainda me escuta meus agros delírios:– “És alva de lírios”,Sorrindo responde, “mas és Marabá:“Quero antes um rosto de jambo corado,“Um rosto crestado“Do sol do deserto, não flor de cajá.”

Meu colo de leve se encurva engraçado,Como hástea pendente do cáctus em flor;Mimosa, indolente, resvalo no prado,Como um soluçado suspiro de amor!

– “Eu amo a estatura flexível, ligeira,

Qual duma palmeira”,Então me respondem; “tu és Marabá:Quero antes o colo da ema orgulhosa,Que pisa vaidosa,Que as flóreas campinas governa, onde está.”

Meus loiros cabelos em ondas se anelam,O oiro mais puro não tem seu fulgor;As brisas nos bosques de os ver se enamoram,De os ver tão formosos como um beija-flor!

Mas eles respondem: “Teus longos cabelos,“São loiros, são belos,“Mas são anelados; tu és Marabá;“Quero antes cabelos bem lisos, corridos,“Cabelos compridos,“Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá.”

E as doces palavras que eu tinha cá dentroA quem as direi?O ramo d’acácia na fronte de um homemJamais cingirei:

Jamais um guerreiro da minha arazoiaMe desprenderá:Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,Que sou Marabá!

DIAS, Gonçalves.

Marabá: mestiço de francês com índia.Tupá: Tupã.Engraçado: gracioso.Arazoia (ou araçoia): saiote de penas usado pelas mulheres indígenas.

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Após leitura, análise e interpretação do poema “Marabá”, algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com EXCEÇÃO de uma. Indique-a.

a) O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e termina com uma consideração de aspecto sensual.

b) O poema é um profundo lamento construído com base na estrutura dialética, apresentando argumentação e contra-argumentação.

c) Ocorre interlocução registrada em discurso direto, estrutura que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado a Marabá.

d) A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira pessoa marcam, respectivamente, as funções da linguagem poética e emotiva.

e) “Marabá” é poema representante da primeira fase que cultua o aspecto físico da mulher.

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RESPOSTA: E

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A expressão “Quero antes” pode ser substituída, sem que haja alteração de significado, por “preferir”. Quanto à regência desse verbo, de acordo com a norma-padrão, está CORRETO:

a) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, que cor d’anajá!

b) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d’anajá!

c) Prefiro a uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d’anajá!

d) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, à cor d’anajá!

e) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes do que, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, a cor d’anajá!

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RESPOSTA: D

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