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Maquinas 76

Jul 24, 2016

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Grupo Cultivar

Julho 2008
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Rodando por aí

Compactação de sementes

Transportadores de grãos

Ficha Técnica - Cotton Blue

Test Drive - Auto-Guide

Força de tração das semeadoras

Ficha Técnica - Trator T3025-4

Aviões agrícolas em incêndios

Bioenergia

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

Charles Echer

Destaques

Piloto remotoConheça os resultados do Test Drivecom o Auto-Guide, piloto automáticoutilizado em tratores Massey Ferguson

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Direção• Direção• Direção• Direção• DireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton PeteretereteretereterSchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan Quevedooooo

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiCristiCristiCristiCristiananananano Ceio Ceio Ceio Ceio Ceiaaaaa

• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação Comercial• Coordenação ComercialCharles EchCharles EchCharles EchCharles EchCharles Echererererer

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasSimSimSimSimSimononononone Lopese Lopese Lopese Lopese LopesÂnÂnÂnÂnÂngggggela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveira Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa GonçalvesTTTTTaiaiaiaiaiananananane Ke Ke Ke Ke Kohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodriririririguesguesguesguesgues

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 76

Ano VIII - Julho 2008ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 90,00

EUROS 80,00

ArmazenagemA importância dosequipamentos detransporte de grãos

Ficha TécnicaNesta edição,Cotton Blue 2805 da Montanae trator T3025-4 da Tramontini

Matéria de capa

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12 e 24

• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alves

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

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Oziel Oliveira

John DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereJohn DeereO novo trator cafeeiro5425N foi a grandeatração da John Deere eda Minas Verde durantea Expocafé, em TrêsPontas, Minas Gerais. Aexposição foi realizadana Fazenda Experimen-tal da Epamig

VVVVValtraaltraaltraaltraaltraA Valtra participou da 9ªFeira de AgronegóciosCoopercitrus (Feacoop), naEstação Experimental deCitricultura de Bebedouro,São Paulo. A empresaapresentou toda a linha detratores, colheitadeiras eplantadeiras da marca. Nasdinâmicas de campo os pro-dutores puderam conferirtambém as inovaçõestecnológicas da Valtra e daChallenger para preparo dosolo e trabalho em culturascomo citrus e cana.

HortitecHortitecHortitecHortitecHortitecA John Deere participou da 15ª Hortitec, a maior feira de horticultura da AméricaLatina, em junho, no município de Holambra, São Paulo. A empresa apresentou sualinha de tratores, com destaque para os modelos voltados à agricultura familiar.

YYYYYanmar Agritechanmar Agritechanmar Agritechanmar Agritechanmar AgritechO estande da Yanmar Agritechesteve movimentado durante a15ª edição da Hortitec. PedroCazado Lima Filho, gerente dePós-vendas e Marketing, desta-cou a boa participação da marcano segmento produtivo de hor-taliças e frutas.

MasseyMasseyMasseyMasseyMasseyOs motores de todos os tratores e colheitadeiras Massey Ferguson estão aptos afuncionar com biodiesel na proporção de 20% (B20). Desde julho de 2008 a misturaobrigatória é de 3% (B3).

ISO 9001:2000ISO 9001:2000ISO 9001:2000ISO 9001:2000ISO 9001:2000A Trator SoluçõesAgrícolas, revenda da CaseIH, em Araras, São Paulo,acaba de obter ISO9001:2000. A certificação,que objetiva o Sistema deGestão da Qualidade, foiavaliada pela SGS econcedida pela Ukas, apósum ano de trabalho paraadequação às normas.Cursos, treinamentos epalestras foram realizadosdurante 12 meses parahabilitar os funcionários arealizarem os oito princípi-os da gestão da qualidadeda ISO: focalização nocliente, liderança, envolvi-mento das pessoas, abor-dagem por processos, abor-dagem à gestão, melhoriacontínua, tomadas dedecisões baseadas em fatose relação com fornecedorescom benefícios mútuos.

Mais AlimentoMais AlimentoMais AlimentoMais AlimentoMais AlimentoNo dia 3 de julho, o

presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silvafez a entrega do primeirotrator do programa Mais

Alimento ao produtorFernando Kubota, de

Brazlândia Incra (DF). Aprimeira unidade foi um

trator Agritech 1175,produzido pela Agritech

Lavrale, tradicionalfabricante de tratores e

microtratores para aagricultura familiar.Responsabilidade socialResponsabilidade socialResponsabilidade socialResponsabilidade socialResponsabilidade social

A Tuzzi, fabricante de peças automotivas e agrícolas, com sede em São Joaquim da Barra, SãoPaulo, investe em um moderno centro para tratamento dos efluentes de suas quatro unidadesde negócios. A Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) da Tuzzi é modelo na região eorgulho para a empresa, que tem conseguido colocar em prática a minimização dos impactosambientais através de ações como esta. “Contri-buir com o meio ambiente não pode ser apenasum discurso. Para a Tuzzi nunca foi. Por isso, ba-talhamos muito para que nossa Estação estivessedevidamente de acordo com a Legislação e entras-se logo em funcionamento”, conta Alexandre Tu-zzi, diretor industrial. A empresa acaba de adqui-rir, também, mais dois fornos de indução para aunidade de Forjaria. Ambos utilizam energia lim-pa e não causam danos ao meio ambiente.

TTTTTramontiniramontiniramontiniramontiniramontiniA Tramontini Implementos Agrícolas aposta na expansão e no aumento de produção na tem-porada 2008/2009. Júlio Cercal, gerente comercial da empresa, estima que o Plano Safra MaisAlimentos, lançado pelo governo federal, impulsione entre 50% e 60% as vendas do setor. Afábrica, com sede em Venâncio Aires (RS), tem capacidade instalada para produzir aproxima-damente 150 tratores e microtratores por mês. “E estamos investindo mais de R$ 3,5 milhõespara a duplicação da oferta”, assinala. Nos últimos 12 meses a empresa comercializou mais demil unidades de tratores. “Os investimentos para a ampliação, de 5,5 mil para os atuais 8,5 milmetros quadrados, e a projeção de chegarmos a 12 mil metros quadrados no primeiro trimestrede 2009, já estavam ocorrendo antes mesmo do anúncio do novo Plano Safra”, lembra Cercal.

AgraleAgraleAgraleAgraleAgraleA Agrale se prepara paraatender ao aumento dademanda que deve ser

ocasionada pelo novo planode incentivo à produção

agrícola. A montadoraparticipou, em Brasília, dolançamento do programa

Mais Alimentos, com aexposição de seus tratores na

Esplanada dos Ministérios.“O aumento no limite do

financiamento vai possibili-tar que uma parcela maior

dos produtores ruraisadquira o seu primeirotrator, com ganhos de

produtividade e qualidade. Amecanização da agriculturafamiliar é fundamental para

que a produção brasileiracresça e acompanhe a

demanda por alimentos”,destaca Hugo Zattera,presidente da Agrale.

New HollandNew HollandNew HollandNew HollandNew HollandA New Holland também

participa do programaMais Alimentos, com

cinco modelos de trato-res: TT3840 e TT3840F,de 55cv; TL60E, de 62cv;

e TL75E e TL3880F, de75cv. Os descontos nego-

ciados pelos fabricantescom o governo para este

programa vão até 15%sobre os atuais preços

médios das máquinas nomercado.

Coleta de soloColeta de soloColeta de soloColeta de soloColeta de soloA GeoTecno Soluções em Automação Agrícola, sediada em SantaBárbara d’Oeste, São Paulo, acaba de lançar o Saci, equipamentoque torna o trabalho de coleta das amostras de solo mais rápido ede maior qualidade. Portátil e alimentado por bateria, realiza acoleta com velocidade até dez vezes maior que a do método con-vencional, sem requerer grande esforço do operador. A qualidadeda amostragem também é superior à obtida convencionalmente.A coleta é realizada sem contato manual com a amostra, os volu-mes retirados são padronizados e um dispositivo garante a pro-fundidade certa.

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compactação

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Fotos Haroldo Fernandes

Oestabelecimento satisfatório dasplântulas de uma cultura depen-de do ambiente proporcionado

pelo solo. Inicialmente deve ser adequado à ger-minação da semente, posteriormente possibili-tar a emergência da plântula e, finalmente, for-necer condições ao desenvolvimento da plan-ta. Isso ocorre quando o solo proporciona umambiente no qual a água, os nutrientes e o oxi-gênio estarão disponíveis satisfatoriamente.

Durante a regulagem da semeadora, deve-se lembrar que o contato solo-semente é fun-damental para a rápida emergência e o estabe-lecimento de plântulas da cultura, pois propor-ciona um caminho pelo qual a água e o oxigê-nio ficam disponíveis à semente.

A carga aplicada sobre o solo por meio de

rodas compactadoras das semeadoras pode serbenéfica à germinação e à emergência das plân-tulas. Dependerá do nível da pressão, do dese-nho da roda, do teor de água do solo e das con-dições climáticas entre o período de semeadura

e emergência.Importantes componentes das semeadoras

são as rodas compactadoras e recobridoras queaplicam uma pressão lateral e sobre a linha desemeadura e recobrem o sulco melhorando ocontato solo-semente. A leve compressão quedeixa o solo sobre as sementes é suficiente, poisbusca minimizar a formação de crostas, facili-tando a emergência das plântulas. Dentro docontexto apresentado, faz-se necessário, portan-to, conhecer os efeitos causados pela compac-tação do solo sobre o condicionamento do am-biente ao redor das sementes, visando propor-cionar uma rápida emergência das plântulas eassegurar uma população adequada de plantasna área.

O condicionamento físico do solo em tor-no das sementes é fundamental para o bomdesenvolvimento inicial das culturas anuais epermite o estabelecimento do estande adequa-do de plantas.

Estudos estão sendo realizados com objeti-vo de avaliar a relação máquina-solo-planta emensaios de semeadura utilizando rodas compac-tadoras. Algumas culturas, como o milho, sãobastante resistentes à compactação por essasrodas. Por exemplo, testaram combinações na

Célula instalada sobre as rodascompactadoras da semeadora para medir

a carga aplicada sobre as mesmas

Detalhe da unidade de semeadura comestrutura adaptada onde foi instalação da

célula de carga

Wagner e Haroldo realizaram ensaio paraavaliar os efeitos das diferentes pressões dasrodas compactadoras na operação de plantio

Sob pressão

A criação de um ambiente ideal para a sementegerminar passa pela escolha do modelo certo deroda compactadora e regulagem de pressãocorreta na hora do plantio

A criação de um ambiente ideal para a sementegerminar passa pela escolha do modelo certo deroda compactadora e regulagem de pressãocorreta na hora do plantio

Sob pressãoCultivar

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Molas utilizadas para modificaçãoda carga nas rodas compactadorasda semeadora-adubadora

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“““““A leve compressão que deixa o solo sobre as sementes é suficiente, pois buscaA leve compressão que deixa o solo sobre as sementes é suficiente, pois buscaA leve compressão que deixa o solo sobre as sementes é suficiente, pois buscaA leve compressão que deixa o solo sobre as sementes é suficiente, pois buscaA leve compressão que deixa o solo sobre as sementes é suficiente, pois buscaminimizar a formação de crostas, facilitando a emergência das plântulas”minimizar a formação de crostas, facilitando a emergência das plântulas”minimizar a formação de crostas, facilitando a emergência das plântulas”minimizar a formação de crostas, facilitando a emergência das plântulas”minimizar a formação de crostas, facilitando a emergência das plântulas”

cultura do milho, de três profundidades de se-meadura com quatro níveis de compactação dosolo sobre as sementes. Não houve influênciadesses fatores sobre o número médio de diaspara emergência das plântulas, mesmo tendoaumentado a resistência mecânica do solo àpenetração com a utilização de maiores pres-sões sobre a roda compactadora.

Diversas pesquisas já concluíram que car-gas aplicadas lateralmente e não acima da se-mente melhoram a emergência das plântulas.Em um determinado teste com um modelo deroda compactadora, alterou-se apenas as pres-sões de compactação, causando alteração devalores da densidade e temperatura do solo emrelação à profundidade, ficando comprovadoque a regulagem de pressão da roda compacta-dora sobre o solo provoca uma modificação docomportamento físico proporcionado à sementee às plântulas.

Outros autores avaliaram a produção e aemergência de plântulas de soja para seis tiposde rodas compactadoras de semeadoras de pre-cisão e de fluxo contínuo com diferentes pro-

fundidades de sementes. Para sementes emprofundidade de 3,2cm e rodas compactadorasde 7,6 e 5,1cm de largura, utilizadas em seme-adoras de fluxo contínuo, a emergência de plân-tulas foi mais rápida. Nesse estudo também fi-cou evidente que o tipo de roda compactadoramais estreita (2,5cm) elevou a resistência à pe-netração do solo, o que pode ter sido motivopara a apresentação de maior tempo para aemergência de plântulas. Observou-se que comrodas das semeadoras de precisão e profundi-dades de semeadura maiores, houve um maiortempo para a emergência das plântulas. Noentanto, a produção da soja não sofreu influ-ência para os tipos de rodas compactadoras ava-liadas.

Na cultura do feijão foi possível comprovarsensibilidade à compactação do solo. A influ-ência de quatro diferentes modelos de rodascompactadoras na emergência do feijoeiro fi-cou evidente. Foram aplicados três níveis decompactação no processo de semeadura, quealterou o comportamento hídrico do solo naregião de semeação, além de elevar a densidade

e a resistência à penetração no plano vertical dalinha de semeadura. A porcentagem e a veloci-dade de emergência das plântulas de feijoeiroforam afetadas pelas pressões de compactação.À medida que a compactação aumentou, asplântulas tiveram sua emergência diminuída eretardada para todas as rodas testadas.

Em outro estudo na cultura do milho tes-tou-se influência da compressão do solo, asso-ciada à profundidade de semeadura, sobre oíndice de velocidade de emergência e o cresci-mento inicial na cultura do milho. A compres-são do solo pela roda compactadora da semea-dora variou de 50 a 150N e a profundidadevariou de 3cm a 7cm. Quanto maior a cargaaplicada, maior foi o índice de velocidade deemergência à altura de plântulas. Nesse caso, aprofundidade de semeadura não influenciounos resultados.

Os níveis de cargas aplicados ao solo pelaroda compactadora podem ser conhecidos comfins experimentais, com a utilização de umacélula de carga, devidamente calibrada, acopla-da às rodas compactadoras. A célula deve seradaptada entre a estrutura de fixação da rodacompactadora e o chassi da máquina, de modoque a carga aplicada seja transmitida para a cé-lula. A carga quantificada pela célula é conhe-cida através de um visor.Wagner Santos Gonçalves eHaroldo Carlos Fernandes,UFV

. M

Fases do plantio: abertura do sulco, colocação do adubo e da semente, fechamento do sulco e compactação

Exemplo de roda compactadora de borracha e osprincipais modelos

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transportadores de grãos

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Grãos emmovimento

No sistema de armazenagem, os transportadores degrãos são elementos essenciais para remoção da

massa na hora e velocidade certas

Para perfeita condução das fina-lidades de uma unidade arma-zenadora de grão, esta necessa-

riamente deve contar com os seguinteselementos: (a) estruturas físicas: moe-

gas, silos-pulmões, silos armazena-dores ou graneleiros; (b) maqui-nários: secadores, máquinas depré-limpeza e de limpeza; (c)transportadores. Assim, é possí-vel operar o sistema conforme ofluxograma apresentado na Figu-ra 1. Em que produtos proveni-entes das lavouras são recebidossujos e úmidos e saem limpos e

secos.Operacionalmente, para interligar as

estruturas físicas e maquinários das uni-dades armazenadoras, faz-se necessárioo emprego dos transportadores de grãos.E a função destes é movimentar a massade grãos nas direções: vertical, horizon-tal ou inclinada.

Para tanto, conforme representado naFigura 2, podem ser empregados equipa-mentos como: elevadores de caçamba,correias transportadoras, transportadoreshelicoidais, transportadores de correntese transportadores pneumáticos.

ELEVADORES DE CAÇAMBASO emprego dos elevadores de cane-

vas aplica-se quando da necessidade detransportar a massa de grãos de uma cotainferior para uma cota superior, como éo caso de abastecimento de silos e seca-dores.

Sob aspecto construtivo, os elevado-res são dotados de caçambas fixadas so-bre uma correia estendida entre duas po-lias posicionadas na vertical. As caçam-bas são fabricadas em formatos diferen-ciados a partir de materiais metálicos ouplásticos ou, ainda, metálicos com reves-timento plástico.

O uso de material plástico, polietile-no, objetiva reduzir a ocorrência de da-nos mecânicos em grãos e sementes,como também da ocorrência de atritoentre as canecas e a estrutura de revesti-mento do equipamento. A minimizaçãodos danos mecânicos traz por benefíciosmenores índices de grãos quebrados etrincados, o que propicia menor ocorrên-cia de pó e de infestação de insetos e fun-gos durante a armazenagem.

A polia superior dos elevadores, tam-bém denominada polia motora ou tam-bor motriz, tem por função tracionar a

Figura 1 – Fluxograma operacional básico de unidades armazenadoras de grãos

Div

ulga

ção

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Julho 08 • 09

“““““Operacionalmente, para interligar as estruturas físicas e maquinários das unidadesOperacionalmente, para interligar as estruturas físicas e maquinários das unidadesOperacionalmente, para interligar as estruturas físicas e maquinários das unidadesOperacionalmente, para interligar as estruturas físicas e maquinários das unidadesOperacionalmente, para interligar as estruturas físicas e maquinários das unidadesarmazenadoras, fazarmazenadoras, fazarmazenadoras, fazarmazenadoras, fazarmazenadoras, faz-se necessário o emprego dos transportadores de grãos-se necessário o emprego dos transportadores de grãos-se necessário o emprego dos transportadores de grãos-se necessário o emprego dos transportadores de grãos-se necessário o emprego dos transportadores de grãos”””””

correia com as canecas. O acionamentoé feito por um motor elétrico que é aco-plado por meio de correias ou um mo-tor-redutor.

Geralmente, junto ao tambor motriz,é montado um sistema de freio. Este tempor função evitar o retrocesso da correiade canecas cheias de produto. Isto podeocorrer, por exemplo, na falta de energiaelétrica. Assim, ocorre acúmulo de grãosao pé do elevador, o que pode impossibi-litar uma nova partida. Os sistemas defreios mais simples são o de catraca e ode cinta.

A polia inferior, denominada poliatipo gaiolo, é montada em mancais des-lizantes acoplados em parafusos, o quepermite esticar e alinhar a correia, Figu-ra 3.

Durante a operação é importante ins-pecionar a ocorrência de manchas deaquecimento devido ao atrito das cane-cas ou da correia com as chapas de re-vestimento e observar a ocorrência de ba-rulhos relativos ao atrito das canecas coma estrutura do transportador ou de para-fusos soltos. Estes problemas podem ge-rar faíscas, que são causas de explosõesou incêndios.

Os cuidados operacionais mais impor-tantes são manter a correia adequada-mente esticada; alinhar as canecas e acorreia em relação às polias de aciona-mento e às do tipo gaiola, situadas ao pédo elevador; verificar o estado das cane-cas e substituir as danificadas; apertaros parafusos frouxos; limpar os pés doselevadores, pois, o acúmulo de pó ou res-tos de produtos podem gerar gases tóxi-cos, como, também, propiciar a prolife-ração de pragas; ajustar as correias e ve-rificar o estado delas e proceder à manu-

tenção preventiva, principalmente doselevadores mais utilizados, por exemplo,os que abastecem e descarregam o seca-dor.

Cuidado especial deve ser tomadoquando da necessidade de proceder sol-dagem. Isto devido ao riso de explosão.Portanto, antes de iniciar o procedimen-to abrir todas as janelas de inspeção parasaída do pó acumulado.

CORREIAS TRANSPORTADORASCorreias transportadoras ou fitas

transportadoras são equipamentos pro-jetados para movimentar produtos nosentido horizontal. Mas, podem operarcom inclinação de até 12o, o que afeta a

eficiência operacional. Estes equipamen-tos são constituídos por uma correia es-tendida entre o tambor motriz e o de re-torno, e é apoiada sobre vários roletes.Para fins agrícolas são comercializados noBrasil equipamentos com capacidade de30 a 320t/h.

Junto ao tambor motriz é montado omotor elétrico, que é acoplado por meiode correias ou um motor-redutor; e o sis-tema mecânico para esticar a correia.Este sistema atua sobre os mancais quesuportam o tambor de retorno, por meiode parafusos, ou um contrapeso atado atrilhos sobre os quais estão os mancais.

A carga das correias transportadoraspode ser feita por meio de tremonhas oucalhas e estas podem ser fixas ou móveis.Assim, é possível receber o fluxo de grãosem várias posições ao longo do transpor-tador. Quanto à descarga, esta pode serna extremidade final ou em pontos in-termediários por meio do carro de des-pejo.

As correias transportadoras são apre-sentadas em diferentes configurações: (a)simples - conduz produto em único sen-tido; (b) reversível - transporta produtosem dois sentidos; (c) dupla – conduz pro-duto em dois sentidos ao mesmo tempo;(d) blindada – quando a correia é mon-tada envolta por caixa metálica.

Na manutenção são recomendados:(a) verificar o estado da correia quanto adanos e cortes, nestes casos procure iden-tificar a causa e reparar; (b) proceder aoalinhamento; (c) verificar o estado de ro-lamentos e mancais; (d) proceder à re-posição de roletes danificados; (f) ajus-tar a tensão da correia. Pois, caso a cor-reia esteja muito esticada, a vida útil éreduzida e danos ocorrem, principalmen-te, nos mancais e rolamentos dos tam-bores.

Figura 2 – Modalidades de equipamentos transportadores de grãos

Pino de regulagem do elevador

Caçambas de polietileno

Com

il

GSI

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. M

TRANSPORTADOR HELICOIDALTransportador helicoidal, rosca sem-fim

ou caracol, é utilizado nos transportes hori-zontal, vertical e inclinado. São freqüente-mente empregados em descargas de: silos,máquinas de pré-limpeza e secadores. Po-dem apresentar sem revestimento ou insta-lados em calhas abertas e tubulares. Podem,ainda, ser fixos ou móveis quando são mon-tados sobre rodas.

Operacionalmente, são equipamentosmuito versáteis, no entanto, não devem serempregados em unidades de beneficiamen-to de sementes devido à alta probabilidadede ocorrência de danos mecânicos. Quan-do da manutenção preventiva devem ser ve-rificados: estado dos rolamentos, alinha-mento e estados do helicóide e da calha.

Cuidados especiais devem ser dados naoperação dos transportadores helicoidais,empregados na descarga final de silos como fundo chato, chamada de rosca varredora.Em hipótese alguma o operador deve aden-trar no silo quando este equipamento esti-ver operando. Isto para prevenir a ocorrên-cia de acidentes como afogamento na mas-sa de grãos e ferimentos pelo contato diretocom o helicóide.

TRANSPORTADORES DE CORRENTETransportador de corrente, também de-

nominado redler, é aplicado ao transportede produtos na horizontal ou em inclina-ções de até 40o, no entanto, a capacidadeoperacional decresce em 33%. Geralmente,nestes equipamentos, as correntes são mon-tadas em calhas metálicas com formado re-tangular ou em “U”. Quanto aos tipos depalhetas fixadas à corrente, estas podem ser

de madeira, metal ou polietileno.Estes equipamentos são empregados

quando se deseja automatizar a aberturade registros e direcionamento de fluxos.O que pode ser feito por comandos elé-tricos a distância. Operacionalmente es-tes transportadores são empregadosquando se quer movimentar o produtoem pequenas diferenças de nível que nãojustificam o uso de elevadores.

Quanto à manutenção, devem ser ve-rificados o estado dos rolamentos, o ali-nhamento da corrente, o estado das pa-lhetas e a vedação da calha.

Uma outra modalidade de transpor-tador de corrente, disponível no merca-do brasileiro, é o transportador de cor-rente em duto circular, lançado com onome comercial “Granduto”. Este trans-portador pode movimentar até 120 to-neladas/hora e conduz produto nas dire-ções vertical e horizontal. Assim, como

Transportador de corrente em duto circular (circuito fechado transportador de corrente (“granduto” Gran Finale))

Correia transportadora e transportador helicoidal

Gra

n Fi

nale

Foto

s Co

mil

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Julho 08 • 11

“Em hipótese alguma o operador deve adentrar no“Em hipótese alguma o operador deve adentrar no“Em hipótese alguma o operador deve adentrar no“Em hipótese alguma o operador deve adentrar no“Em hipótese alguma o operador deve adentrar nosilo quando este equipamento estiver operando”silo quando este equipamento estiver operando”silo quando este equipamento estiver operando”silo quando este equipamento estiver operando”silo quando este equipamento estiver operando”

demonstrado na figura abaixo um mesmoequipamento substitui o emprego de ou-tros dois: o elevador de caçambas e a cor-reia transportadora.

TRANSPORTADORES PNEUMÁTICOSSão equipamentos versáteis que pos-

sibilitam o transporte de produto nas di-reções vertical, horizontal e inclinada. Oprincípio de funcionamento está no em-prego de um fluxo de ar de alto valor, quepossibilita o arraste da massa de grãos.Desta forma, o equipamento conta comventilador responsável pela manutençãodo fluxo de ar. De tal forma que no localde alimentação o fluxo de ar tem pressãonegativa, a modelo do aspirador de pó do-méstico. E no ponto de descarga é em-pregado um ciclone.

Os transportadores pneumáticos emnível de fazenda podem ser acionados por

Transportador de corrente - Redler

Detalhe da palheta dotransportador de corrente

em duto circular

Elevadores de caçamba meio de energia elétrica ou pela tomadade potência dos tratores, o que dá maiorversatilidade, pois o equipamento podeser empregado em vários locais. Outrotipo de emprego desse equipamento é nadescarga de navios graneleiros.

As principais desvantagens no usodos transportadores pneumáticos são:alta potência de acionamento e ocorrên-cia danos mecânicos aos produtos.

CONSIDERAÇÕES FINAISA seleção de qual é a melhor opção

de transportador está atrelada aos se-guintes quesitos: o leiaute da unidade ar-mazenadora; a intensidade dos fluxos deproduto, o que é normalmente determi-nado pelos secadores, e a qualidade domaterial empregado na fabricação.

Na atualidade prima-se também porquestões como: a facilidade de autolim-peza interna, ou seja, depois de proces-sado um tipo de produto, o equipamen-to pode ser empregado para o transportede outro produto sem a ocorrência demistura, e a adoção de configuração ex-terna que evite o acúmulo de pó em po-sições de difícil acesso. Isto é importan-te na prevenção de ocorrência de explo-sões e na condução das práticas de Ma-nejo Integrado de Pragas – MIP que es-tão fundamentadas na sanitização deambientes de tal forma a evitar a proli-feração de insetos e fungos.

Por fim, pelo fato de os transportadoresserem equipamentos eletromecânicos, é im-prescindível a adoção de programas de ma-nutenção preventiva para que, no momentoda safra, uma simples correia ou um rola-mento venha trazer transtornos que causemdesperdícios de tempo e dinheiro, bem comoestresse em operadores e usuários.

Transportador pneumático

Luís César da Silva,Ufes

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12 • Julho 08

Cotton Blue 2805

Acolhedora de algodão Cotton Blue2805 é o mais novo lançamento daMontana, empresa tradicional na

área de pulverizadores agrícolas, que agora in-gressa no segmento de colheita de algodão. Aidéia surgiu em meados de 2004, com o objeti-vo de desenvolver e produzir a primeira colhe-dora de algodão fabricada no Brasil, tornando-se o terceiro fabricante mundial desse tipo deequipamento. O projeto foi bastante ambicio-so principalmente do ponto de vista da enge-nharia. O projeto levou quatro anos para serconcluído. O lançamento oficial da Cotton Blue2805 aconteceu na Agrishow Ribeirão Preto2008. A primeira colhedora de algodão nacio-nal chegou ao mercado brasileiro com caracte-rísticas de boa distribuição de peso e facilidadede manutenção. Apresentamos a seguir as ca-

racterísticas técnicas de cada subsistema.

UNIDADES DE COLHEITASão cinco unidades de colheita dispostas

em duas plataformas independentes. Uma comtrês corpos e outra com dois. As unidades sãodo tipo fusos e desfibradores, compostas pordois rotores em linha, com 12 barras de 18 fu-sos cada. Os rotores contêm colunas de umidi-ficação articuláveis, compostas por escovas depoliuretano, bem como os desfibradores. Osfusos possuem camada de cromo de 90 mícrons,que assegura a durabilidade em colheitas pro-longadas como as do Brasil. O movimento la-teral das unidades é feito de forma manual. Osistema copiador de terreno é composto porsensores eletrônicos de ângulo e válvulas decomando proporcionais, que garantem um

movimento preciso e bastante suave ao con-junto, reduzindo consideravelmente os impac-tos na estrutura do equipamento. Além disso,o sistema com sensores eletrônicos reduz con-sideravelmente o número de mangueiras e vál-vulas hidráulicas, diminuindo a probabilidadede falhas. O sistema ainda conta com regula-gens de altura e sensibilidade do copiador dedentro da cabine. O equipamento conta commonitores individuais de embuchamento e li-mitadores de torque. A colhedora possui a bor-do um sistema de lubrificação das unidades decolheita com memória elétrica. As placas depressão possuem um desenho exclusivo que per-mite reduzir significativamente as perdas dealgodão no campo.

TRANSPORTE DO ALGODÃOO algodão é transportado das unidades de

colheita para o cesto de armazenagem através

As unidades de linha são do tipo fusos e desfibradores, compostaspor dois rotores em linha, com 12 barras de 18 fusos cada

Cotton Blue 2805A primeira colhedora de algodão da Montana, é também a primeira do gênero

projetada e fabricada no Brasil. Com cinco unidades de colheita e motor de 280cva Cotton Blue 2805 já está trabalhando nas lavouras brasileiras

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“““““A idéia surgiu em meados de 2004, com o objetivo de desenvolver e produzir a primeira colhedora deA idéia surgiu em meados de 2004, com o objetivo de desenvolver e produzir a primeira colhedora deA idéia surgiu em meados de 2004, com o objetivo de desenvolver e produzir a primeira colhedora deA idéia surgiu em meados de 2004, com o objetivo de desenvolver e produzir a primeira colhedora deA idéia surgiu em meados de 2004, com o objetivo de desenvolver e produzir a primeira colhedora dealgodão fabricada no Brasil, tornandoalgodão fabricada no Brasil, tornandoalgodão fabricada no Brasil, tornandoalgodão fabricada no Brasil, tornandoalgodão fabricada no Brasil, tornando-se o terceiro fabricante mundial desse tipo de equipamento.-se o terceiro fabricante mundial desse tipo de equipamento.-se o terceiro fabricante mundial desse tipo de equipamento.-se o terceiro fabricante mundial desse tipo de equipamento.-se o terceiro fabricante mundial desse tipo de equipamento.”””””

A turbina centrífuga do sistema de fluxo dear induzido é montada na transversal

de um sistema de fluxo de ar induzido, por meiode uma turbina centrífuga única. Os dutos dasunidades 1, 4 e 5 são de polietileno e os dutos 2e 3 são de chapa de aço. O sistema de ar possuiuma alta eficiência devido à descarga da turbi-na estar localizada próxima às entradas dosdutos de transporte e em posição bastante fa-vorável, reduzindo consideravelmente as per-das de carga do sistema. A tubulação de sopro éfabricada em polietileno e possui formato aero-dinâmico, de forma a aumentar a sua eficiên-cia. Cada unidade conta ainda com um siste-ma de sopro frontal, que auxilia no transportedo algodão colhido no rotor dianteiro para osdutos de transporte.

A turbina é montada com seu eixo na posi-ção transversal e possui rotor de dupla aspira-ção de diâmetro 560mm, fundido em alumí-nio. O acionamento da turbina é dado por cor-reias e a embreagem composta por uma poliaesticadora, acionada por um pistão hidráulico.A rotação nominal é de 3.900rpm.

CESTO DE ARMAZENAGEMO cesto de armazenagem possui capacida-

de para 34m3 e é do tipo telescópico. Possui umexclusivo sistema de descarga controlada, quenão prejudica a estabilidade lateral do equipa-mento durante o descarregamento. É possíveldescarregar a carga até uma altura de 4,2m com

uma boa margem de alcance lateral, não sendonecessário posicionar o transbordo muito pró-ximo à colhedora.

O cesto possui um exclusivo sistema de lim-peza do algodão, composto por peneiras em todaa extensão da face superior do cesto. Esse siste-ma permite ganhar de um a dois tipos na clas-sificação do algodão descaroçado e aumentar ointervalo de limpeza do cesto em aproximada-mente duas vezes, em relação aos sistemas con-vencionais. O sistema de compactação de car-ga é dado por três compactadores do tipo roscasem-fim. A máquina conta com espelhos deinspeção do cesto, que permitem ao operador

visualizar o carregamento do cesto sem sair dacabine ou olhar para trás, comandando de for-ma manual os compactadores.

O projeto foi concebido de forma a elimi-nar mangueiras hidráulicas no interior do ces-to, reduzindo o risco de rompimento do siste-ma hidráulico de descarga no caso de incêndioe conseqüente perda da máquina. O sistemaelétrico da colhedora é equipado com botão depânico para o caso de incêndio na carga de al-godão, o qual desliga a turbina, pisca as luzes edescarrega o cesto, ficando a cargo do operadorsomente posicionar a máquina em local segu-ro, com a descarga a favor do vento e aguardar

Os dutos de ar 1,4 e 5 são de polietilenoe os dutos 2 e 3 são de chapa de aço

Fotos Montana

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a chegada do bombeiro.

MOTOR DIESELA Cotton Blue 2805 é equipada com mo-

tor Cummins série C de 8.3L turbo e intercoo-ler. O motor tem potência máxima de 280cv a2.200rpm, a maior potência da categoria. Ointercooler aumenta a eficiência do motor ereduz o consumo de combustível. O motor étransversal, localizado entre os dois eixos e pró-ximo ao eixo traseiro, ajudando a aumentar aporcentagem de peso no eixo traseiro.

O motor transversal também facilita a ma-nutenção, já que os radiadores ficam localiza-dos em um compartimento lateral, de fácil aces-so. As bombas, os filtros e os tanques hidráuli-cos ficam localizados em compartimento dolado oposto, também de fácil acesso. O motor émontado sobre coxins em um chassi indepen-dente, que permite retirá-lo por baixo da má-quina de uma forma bastante simples.

TRANSMISSÃO HIDROSTÁTICAO sistema hidrostático da Cotton Blue 2805

é responsável por dois movimentos: desloca-mento da colhedora e rotação das unidades decolheita. O sistema é composto por duas bom-bas hidráulicas montadas em tandem e doismotores hidráulicos Sauer Danfoss, todos depistões axiais. Um para acionamento da trans-missão mecânica e outro para acionamento dasunidades de colheita. É a única máquina nomercado que possui reservatório de óleo exclu-sivo para a hidrostática, o que impede a entra-

da de contaminantes provenientes de outroscomponentes como cilindros hidráulicos, bom-bas de engrenagem etc.

A transmissão mecânica é composta poruma caixa de câmbio de duas velocidades. Aprimeira velocidade é destinada à colheita (0-7,5km/h) e a segunda para transporte (0-18km/h), com freios a disco integrados e dois reduto-res de roda, todos fabricados pela ZF do Brasil.

O motor hidráulico de acionamento dasunidades de colheita é acoplado a um jogo depolias e cardans que transferem potência paracada uma das cinco unidades.

Como cada bomba hidráulica é responsá-vel pelo acionamento de um dos movimentos,o seu deslocamento volumétrico é reduzido, po-rém com alta capacidade de transmissão de po-tência por serem independentes.

A Cotton Blue 2805 possui um sistema deajuste de relação de velocidades entre transmis-são e unidades de colheita, através de um me-canismo ajustável. Com isso, é possível traba-lhar com somente uma marcha para colheita,adequando as velocidades de deslocamento edas unidades de colheita de acordo com as con-dições de produtividade do algodão colhido. Amáxima velocidade de deslocamento possível éde 7,5km/h.

SISTEMA HIDRÁULICOO sistema hidráulico é do tipo centro

aberto, composto por uma bomba dupla deengrenagens acionada pela tomada de forçado motor, blocos de válvulas tipo cartucho,cilindros e motores hidráulicos. O sistema éresponsável pelo acionamento de direção,compactador, movimentação do cesto, acio-namento da turbina, bomba de graxa e cilin-

dros de controle da plataforma de colheita.O reservatório de óleo é independente do óleohidrostático e conta com um filtro de retor-no com indicador de saturação.

TANQUESOs tanques de água, diesel e graxa são fa-

bricados em polietileno pelo processo de roto-moldagem, possibilitando boa resistência me-cânica, boa resistência a intempéries e a ataquede produtos químicos. Os três tanques locali-zam-se na parte traseira da máquina, colabo-rando com a distribuição de peso da máquina.Seus bocais de abastecimento e dreno estão po-sicionados nas laterais para facilitar a operaçãoe manutenção.

O tanque de diesel tem uma capacidade deaproximadamente 690 litros e está localizadoabaixo do chassi. O tanque é protegido por cha-pas de proteção que também têm a função depára-choque traseiro.

O reservatório de água para umidificaçãodas unidades de colheita está localizado acimado tanque de diesel e possui capacidade de apro-ximadamente 1.100 litros. O tanque conta commostrador de nível próximo ao bocal de abas-tecimento.

A colhedora conta ainda com um tanquede graxa para a lubrificação das unidades decolheita. A forma do tanque de graxa acompa-nha a do tanque de água, harmonizando o de-senho da traseira da máquina. Para facilitar aidentificação do nível de graxa, o reservatório éfabricado na cor branca translúcida. Sua capa-cidade é de aproximadamente 200 litros.

SISTEMA DE UMIDIFICAÇÃOO sistema de umidificação é composto por

O motor é Cummins série C de 8.3L turbo e intercooler,com potência máxima de 280cv a 2.200rpm

A transmissão é composta por duas bombas hidráulicasmontadas em tandem e dois motores hidráulicos

O cesto de armazenagem tem capacidade para 34m3 epossibilita descarregar a carga até uma altura de 4,2m

Fotos Montana

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“““““A Cotton Blue 2805 possui um sistema de ajuste de relação de velocidadesA Cotton Blue 2805 possui um sistema de ajuste de relação de velocidadesA Cotton Blue 2805 possui um sistema de ajuste de relação de velocidadesA Cotton Blue 2805 possui um sistema de ajuste de relação de velocidadesA Cotton Blue 2805 possui um sistema de ajuste de relação de velocidadesentre transmissão e unidades de colheita, através de um mecanismo ajustávelentre transmissão e unidades de colheita, através de um mecanismo ajustávelentre transmissão e unidades de colheita, através de um mecanismo ajustávelentre transmissão e unidades de colheita, através de um mecanismo ajustávelentre transmissão e unidades de colheita, através de um mecanismo ajustável”””””

uma bomba elétrica de diafragma, válvula re-guladora de pressão proporcional, bloco distri-buidor, manômetro e bicos de pulverização, lo-calizados nos rotores das unidades de colheita.

O acionamento da bomba de diafragma estácondicionado eletricamente com a rotação dasunidades de colheita, pulverizando a soluçãoumidificadora somente quando necessário. Talfato reduz o consumo de solução e aumenta aautonomia do tanque.

A verificação da pressão do sistema é fei-ta por um manômetro localizado dentro dacabine de forma muito simples. O ajuste dapressão é realizado através do painel de con-trole, que possibilita operar com pressões de0 a 40 PSI.

CHASSIO desenvolvimento do chassi foi baseado

em dois critérios distintos: facilidade de manu-tenção e boa distribuição de pesos. Os compo-nentes foram dispostos para facilitar manuten-ções básicas e diárias. O motor recebeu umaestrutura independente, o que facilita a sua re-tirada, caso necessário. O fundo do chassi é fe-chado com chapas de proteção, evitando o con-tato das plantas e resíduos vegetais com o com-partimento central da máquina. As chapas sãofixadas com grampos rápidos, de modo a facili-tar sua retirada.

Como 35% do peso da máquina está à fren-te do eixo dianteiro, devido às unidades de co-lheita, outros componentes foram dispostos deforma a compensar esse efeito. O motor é trans-versal e próximo ao eixo traseiro, o cesto foiposicionado o mais para trás possível e os tan-ques estão todos na parte traseira, contribuin-do para o equilíbrio de massas.

O resultado disso é a estabilidade do equi-pamento em operação, principalmente nos re-gimes de frenagem e operação em terrenos irre-gulares.

CABINEBaseada nos modelos dos pulverizadores

autopropelidos Parruda da Montana, a cabineda Cotton Blue 2805 tem um ótimo espaçointerno, podendo acomodar até duas pessoasconfortavelmente. O banco do operador pro-porciona regulagens de inclinação e altura doassento, inclinação do encosto, além de contarcom uma suspensão mecânica, possibilitandouma jornada de trabalho com total conforto aooperador. Visando uma melhor ergonomia, acoluna de direção possui regulagem de inclina-ção e altura do volante.

A cabine conta com uma grande área envi-draçada, proporcionando ao operador total vi-são da operação. Os vidros curvos, tanto o di-

Os radiadores ficam localizados em um compartimentolateral, de fácil acesso para verificação e manutenção

A cabine acomoda duas pessoas confortavelmentee possui grande área envidraçada

anteiro como o traseiro, são laminados e os la-terais, temperados. O acesso da cabine é bas-tante amplo, com abertura da porta de 90º emrelação à lateral da cabine.

O conjunto de iluminação dianteiro da co-lhedora tem quatro faróis principais no teto dacabine e mais quatro faróis auxiliares na plata-forma, proporcionando uma excelente visibili-dade em operação noturna. O sistema aindaconta com dois faróis de iluminação do cesto,um farol de descarga e um farol de inspeção docompartimento do chassi.

O sistema de ar-condicionado com termos-tato está localizado no teto da cabine e utilizaum filtro de ar externo de alta capacidade, alémde um filtro de recirculação.

Os comandos de operação da CottonBlue 2805 são elétricos e estão concentra-dos num painel de controle lateral, com ex-ceção dos pedais de freio de serviço, estaci-onamento e da alavanca de marchas, osquais são acionamentos mecânicos e locali-zam-se no piso da cabine.

O painel de controle é fixado junto com obanco do operador acompanhando os movi-mentos da suspensão do assento. Os indicado-res da Cotton Blue 2805 são totalmente digi-tais e exibidos em uma tela de cristal líquido,onde são encontradas todas as informações so-bre motor diesel, unidades de colheita e turbi-na, além de um contador de distância e hecta-res colhidos. O acionamento das unidades decolheita e do ventilador é elétrico, através deum seletor de modos de operação. O sistemaconta também com um módulo de diagnósticode todas as entradas e saídas dos módulos ele-trônicos de forma muito simples. . M

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16 • Julho 08

Test Drive - Auto-Guide

Sem desviosTestamos o piloto automático “Auto-Guide”, queequipa os tratores da Massey Ferguson. Precisão e

dinamismo marcam este equipamento que, apesar deainda surpreender pela novidade, já está operando em

muitas máquinas pelas lavouras brasileiras

Nesta edição apresentamos os re-sultados do test drive realizadocom o sistema de direciona-

mento automático para máquinas agrícolasAuto-Guide, que utiliza sinais de satéli-tes ou como comumente denominamos

estes sistemas, um piloto automático.Auto-Guide é uma marca registrada, in-serida dentro do Grupo AGCO no quecorresponde ao ATS – Soluções avança-das em tecnologia. É um utilitário, den-

tro do contexto amplo do que se conven-ciona referir-se como Agricultura de Pre-cisão.

O Auto-Guide™ pode dirigir o tratorou a máquina em que ele esteja instalado,em trajetos realizados durante o trabalho,com o auxílio do operador somente paraas manobras, ocasião nas quais ele inter-rompe temporariamente o funcionamen-to. O sistema passa para o modo manualcom qualquer toque do operador no vo-lante do trator.

Durante o dia de teste vimos que osistema é bastante prático e pode servirpara o estabelecimento de tri-lhas ou rotas virtuais, dentrodas parcelas, e também serútil para operações especiaiscomo a preparação do solo

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“Durante o dia de teste vimos que o sistema é bastante prático e“Durante o dia de teste vimos que o sistema é bastante prático e“Durante o dia de teste vimos que o sistema é bastante prático e“Durante o dia de teste vimos que o sistema é bastante prático e“Durante o dia de teste vimos que o sistema é bastante prático epode servir para o estabelecimento de trilhas ou rotas virtuais”pode servir para o estabelecimento de trilhas ou rotas virtuais”pode servir para o estabelecimento de trilhas ou rotas virtuais”pode servir para o estabelecimento de trilhas ou rotas virtuais”pode servir para o estabelecimento de trilhas ou rotas virtuais”

Julho 08 • 17

Char

les

Eche

r

em faixas, trabalho em áreas com estru-turas de proteção e controle da erosão(terraços, curvas de nível etc). Tambémem plantios consorciados em fileiras,principalmente quando a data de seme-adura é diferente, proporcionando que seentre com uma cultura antes e sem da-nificá-la poder entrar com a semeadoraoutra vez, para a implantação da segun-da.

Também vimos que com este sistemaé possível que o operador fique mais con-centrado nas manobras e possa fazê-lasmais eficientemente, deixando os percur-sos maiores, retos e curvos para o siste-ma. No Brasil as maiores possibilidadesde aplicação, neste momento, são o plan-

tio direto, pulverização, preparo de soloem faixas, e em operações de sulcação ecultivo de cana.

O sistema é baseado no sistema de saté-lites que emite sinais em aberto e desde al-guns anos possibilita a utilização de formaininterrupta sem custos básicos. Porém, paraobterem-se bons resultados, não se recomen-da utilizá-lo sem correção diferencial. Nes-te caso, o sistema obriga a utilização do si-nal de correção com outro satélite ou mes-mo uma estação base.

TRAJETOSA equipe técnica de campo da

Massey Ferguson demonstrou que

o sistema pode trabalhar de três maneiras:direção paralela, direção em contorno e di-reção em pivô central.

No primeiro modo, o de direção parale-la que é a forma padrão para o sistema, ooperador marca dois pontos, formando umalinha base e, a partir daí, o equipamentopassa a funcionar formando linhas parale-las a esta base, com largura ajustável emfunção da largura de trabalho do implemen-to. Como o trajeto é reto, admite-se o tra-balho a velocidades que podem chegar aos28km/h, se for necessário para a operação.No segundo modo, um trajeto curvo é mar-cado e curvas paralelas a este são criadastambém respeitando a largura pré-fixadapara o implemento. Para que um trajetocurvo seja bem marcado

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Estação base RTK (Real Time Kinematic)dá maior precisão, chegando próximo

de dois centímetros

pode-se fazer um percurso curvo de confi-guração marcando um total de até 500 pon-tos e uma distância máxima recomendadade três quilômetros. No terceiro e últimomodo, que é o de pivô central, recomenda-se para aquelas culturas implantadas em cír-culos dentro de uma área de pivô. Basta sal-var um arquivo de configuração do círculoque se quer e registrar a largura da máqui-na. Como muitas vezes é conveniente, nes-te tipo de trabalho, se o operador não dese-jar fazer o círculo completo é possível utili-zar-se também em arcos ou parcelas do cír-culo. Como no segundo e terceiro modos ospercursos curvos, há uma limitação de de-senvolverem-se velocidades acima de 17km/h, por questões de segurança.

PRECISÃOA precisão do equipamento depende da

versão e da estação base. Formam-se cate-gorias de precisão submétrica (satélite), de-cimétrica (satélite) e centimétrica (Estaçãobase RTK). A submétrica refere-se a preci-sões de magnitude inferiores ao metro, aoredor de 20 a 50cm, e servem principalmen-te às operações de cultivo e aplicações defertilizantes. Na precisão decimétrica, que

está entre cinco e 12cm, a recomendaçãosão para as operações de semeadura, ara-ção, preparo em faixas ou plantio. Na me-lhor precisão, que é a centimétrica, os errossão próximos aos 2cm e, sendo o nível maisrígido, é adequada para as operações quepossam justificar um investimento de umlink de rádio, condição principal para a ope-ração.

Testamos o sistema em um trator MF680 HD com sulcador DMB de duas has-tes.

No nosso teste tínhamos um equipa-mento preparado para a maior precisão e queutilizava uma estação base RTK (Real TimeKinematic). A antena deve ficar localizadaem um ponto adequado, de preferência alto,a uma distância máxima de dez quilôme-tros de onde a máquina está trabalhando eesta pode servir a múltiplas máquinas.

TESTENo teste, pudemos ver que o funciona-

mento é bastante simples e possibilita que

com um pequeno treinamento qualquertécnico pode fazê-lo funcionar. A estaçãobase capta os sinais dos satélites e calculaa posição, transmitindo-a ao trator via rá-dio. Ao mesmo tempo o receptor que estáno trator está também recebendo os sinaisdos satélites diretamente. Esta triangula-ção é utilizada para o georeferenciamento

O sistema libera o operador para dar atenção aosdemais detalhes da operação, mas, a qualquer toqueno volante, o sistema devolve o controle ao operador

O trator equipado com o Auto-Guide estápronto para o Isobus, sistema que

padroniza a agricultura de precisão no Brasil

A antena receptora que fica sobreo trator é pequena e fácil de

acoplar à máquina

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“““““No teste, pudemos ver que o funcionamento é bastante simples e possibilitaNo teste, pudemos ver que o funcionamento é bastante simples e possibilitaNo teste, pudemos ver que o funcionamento é bastante simples e possibilitaNo teste, pudemos ver que o funcionamento é bastante simples e possibilitaNo teste, pudemos ver que o funcionamento é bastante simples e possibilitaque com um pequeno treinamento qualquer técnico pode fazê-lo funcionarque com um pequeno treinamento qualquer técnico pode fazê-lo funcionarque com um pequeno treinamento qualquer técnico pode fazê-lo funcionarque com um pequeno treinamento qualquer técnico pode fazê-lo funcionarque com um pequeno treinamento qualquer técnico pode fazê-lo funcionar”””””

Julho 08 • 19

Fotos Charles Echer

com a correção.As restrições ao bom funcionamento são

aquelas ligadas às faltas temporárias de si-nais, provocadas por nebulosidade excessi-va, e os obstáculos que possam interferircomo árvores, casas, galpões etc.

Assim, para a utilização do sistema, pri-meiro instalam-se os equipamentos ao tra-tor ou à máquina, iniciando o trabalho deconfiguração. Posteriormente cria-se a linhabase. As linhas paralelas serão automatica-mente criadas.

Alguém pode perguntar-se: serei obriga-do a fazer linhas paralelas contínuas umaao lado da outra? Não, o sistema permiteque se falhe uma ou mais linhas, alternan-do-se posições, pois as linhas são virtuais esempre estarão lá quando o usuário for bus-cá-las. A única exigência para encontrá-lasé que se chegue a uma distância mínimadelas e com um adequado ângulo de ataqueà linha que se está procurando. Por ques-tões de segurança e operação o sistema sóaceita entrar em uma linha que tenha sido

abordada com um ângulo menor que 60º ecom afastamento de menos de um metroda linha que se está abordando.

Neste sistema o trator é considerado abase do sistema. Se ele não for capaz de con-trolar o equipamento, que estiver nele aco-plado, o funcionamento pode ficar prejudi-cado. Também se o implemento estiver des-centrado e, isto não informado ao sistemade configuração, poderão ocorrer problemasdo tipo sobreposição ou falhas. No caso doimplemento “puxar” o trator lateralmente,o Auto-Guide deve ser informado que estáse tratando de um implemento do tipo “off-set” ou descentrado.

EQUIPAMENTOPara a adaptação em um trator devem-

se instalar três componentes: o terminal, okit e o topdock. O terminal e o topdock po-dem ser facilmente transferidos, de umamáquina para outra, enquanto o kit é fixo ede difícil remoção.

O terminal pode ser específico do Auto-

Guide ou o terminal GTA, totalmente in-tercambiável e que, além de ser totalmentecompatível com o padrão Isobus, pode serutilizado para a produção de mapas de co-lheita e para controle de pulverização. Tan-to se pode utilizar o terminal GTA peque-no, como o maior e relacionar-se com o sof-tware GTA 300 que possibilita gerar mapasde percurso. Os dados podem ser armaze-nados utilizando-se um cartão SD, muitocomum em telefones celulares e câmerasfotográficas.

O kit consta de uma válvula de direçãohidráulica e um sensor de ângulo de roda.O sensor de ângulo de roda mede o ângulode deslocamento do braço. A válvula hidros-tática orbital direciona o óleo para o cilin-dro de direção, ajustada pelo sensor de ân-gulo de roda. Duas válvulas auxiliares ain-da auxiliam na atuação eletrônica do sinalque entra do percurso.

O topdock é uma unidade que vai colo-cada no toldo ou cobertura da cabina dotrator e é de fácil transferência de uma má-quina para outra. Tem uma antena exter-na, que recebe os sinais corrigidos ou não,um receptor GPS, uma unidade de medi-ção dinâmica e um receptor de sinais de rá-dio, para os sinais corrigidos.

O receptor GPS é identificado com umnúmero de registro que o autoriza no nívelde precisão. A unidade de medição dinâmi-ca mede a inclinação em três direções: in-clinação lateral, mudança de direção e a os-cilação do trator para frente e para trás.

Detalhe dos componentes queadaptam o trator comum para

funcionar com Auto-Guide

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Fotos Charles Echer

Por último, a estação base, que tambémpode ser utilizada por outras máquinas.

Estivemos durante uma tarde inteiraconhecendo o sistema e relacionamos as se-guintes vantagens:

Precisão: é uma excelente forma de man-ter o trabalho em linhas retas e curvas, di-minuindo os efeitos de irregularidades doterreno e auxiliando o operador.

Menores perdas: com o sistema é possí-vel diminuir-se as perdas decorrentes dassobreposições e falhas de execução do tra-balho. Com isto, melhora-se a qualidade dotrabalho e não se aplicam insumos e opera-ções duas vezes na mesma área.

Conforto: é possível diminuir-se o can-saço do operador, a fadiga e conseqüente-mente o estresse decorrente do trabalho.Durante os trajetos o operador não necessi-ta estar pendente de manter a linha reta,muitas vezes requerida, assumindo o con-trole do volante só nas manobras.

Segurança: permite que o operadorpossa preocupar-se com outros aspectosde funcionamento da máquina e possa in-clusive operar em condições de baixa vi-sibilidade, como a noite, por exemplo. Nocaso de ser necessária uma manobra brus-ca é só assumir o volante, mesmo duranteo trajeto.

Eficiência: permite melhorar os padrõesdos formatos das lavouras, independendodo trabalho manual.

Capacidade operacional: auxilia no usode velocidades de operação mais altas, pos-sibilitando aumentar a capacidade de tra-balho, sem riscos excessivos.

Enfim, nossa equipe já conhecia o Auto-

Leandro Crummenauer, da Massey, acompanhouo pesquisador José Schlosser e a equipe da

Cultivar Máquinas na realização do test drive

Guide e suas aplicações. De qualquer for-ma, saímos impressionados com a sua faci-lidade de operação e com as possibilidadesde aplicação. Uma excelente idéia. Talvez abase para que no futuro os tratores possamser controlados a distância.Diferentes telas possibilitam organizar

diversas funções da operação num únicomonitor de cristal líquido Prof. José Fernando Schlosser,

Nema - UFSM

. M

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força de tração

Julho 08 • 21

Força no plantioForça no plantio

Opreparo do solo tem como fi-nalidade proporcionar condi-ções favoráveis para o desenvol-

vimento adequado das culturas, porém, a qua-lidade dos mesmos, além de influenciar nes-sas culturas, também pode auxiliar ou preju-dicar o desempenho das semeadoras-aduba-doras. Assim, torna-se fundamental avaliarcomo essas máquinas trabalham nas diferen-tes condições de solo. Segundo a norma EP291.1, existem diversos sistemas de preparodo solo, os quais são enquadrados em catego-rias definidas como: a) convencional, que écomposta pela combinação de duas ou maisoperações, b) reduzida, realizada com umaúnica operação e c) plantio direto, que se cons-titui na semeadura em solo não- preparado.

A semeadura é a operação de implantação

de adubo tipo disco duplo concêntrico. A for-ça de tração na barra por linha de semeaduradeve estar na faixa de 1,1 a 2,0kN segundo aAsae (1996). Marques (2002), encontrou va-lores médios de 19,53; 22,97 e 20,30kN deexigência de força de tração na operação desemeadura de soja (seis linhas), em preparoconvencional, plantio direto e preparo reduzi-do, respectivamente. Furlani (2000), utilizan-do semeadora-adubadora com seis linhas (fei-jão), encontrou valores de 14,8; 9,4 e 6,2% depatinagem das rodas do trator, 9,3; 7,6 e 7,1l/ha-1 de consumo por área e 13,8, 11,3 e12,0kW de potência para solo escarificado,arado/gradeado e plantio direto, respectiva-mente.

O ensaio foi conduzido em latossolo ver-melho-escuro eutrófico na Fazenda de Ensi-no, Pesquisa e Produção da Faculdade de Ci-ências Agrárias e Veterinárias, Unesp, Jaboti-

Velocidade(km h-1)

6,3 c6,9 b8,4 a7,4 a7,4 a7,0 b

Avnom(%)

13,7 b14,8 b20,0 a14,9 b14,9 b19,5 a

Força de Tração(kN)

13,6 a13,8 a12,9 a13,0 a13,6 a13,7 a

Potência(kW)23,826,430,126,727,926,6

Ccef(ha h-1)

2,3 c2,5 b3,0 a2,7 a2,7 a2,5 b

Fatores

M1M2M3

ConvencionalPlantio direto

Reduzido

Utilizando-se as mesmas marchas, no plantio emsolos com preparos reduzidos, a velocidade foi 6%inferior em relação ao plantio em solos preparados

de culturas que utilizam sementes como ór-gãos de propagação. As sementes graúdas (mi-lho, soja, feijão, amendoim entre outras) de-vem ser dosadas individualmente em espaça-mentos predeterminados de acordo com a re-comendação agronômica. A máquina que re-aliza esse procedimento é denominada de se-meadora de precisão.

Diversos pesquisadores têm estudado asdemandas de força e potência das semeado-ras-adubadoras, dentre os quais podemos ci-tar: Siqueira et al. (2001), que trabalhando comsemeadora-adubadora (plantio direto) de seislinhas e haste parabólica, obtiveram 13,14kNde exigência de força de tração na barra; Mar-ques (1999), que encontrou valores de 8,47kNde força de tração na barra para semeadora dequatro linhas, com mecanismo de deposição

Charles Echer

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Estudo avalia a operação de semeadura em diferentes tipos depreparo de solo e conclui que a demanda de força e o consumode combustível são maiores em áreas com preparo reduzido

Estudo avalia a operação de semeadura em diferentes tipos depreparo de solo e conclui que a demanda de força e o consumode combustível são maiores em áreas com preparo reduzido

Page 22: Maquinas 76

22 • Julho 08

O sucesso da pulverização depende de umadistribuição uniforme, de um determinado diâmetro ede número de gotas adequado ao alvo a ser atingido

aproximadamente meia carga), largura útil de3,6m e sulcador de adubo tipo facão, sendo aprofundidade média de trabalho de 8cm.

Para tracionar a semeadora-adubadora,utilizou-se de trator instrumentado da mar-ca Valtra, modelo BM-100, 4x2 TDA com73,6kW (100cv) de potência no motor. A dis-tribuição de peso do trator instrumentadofoi de 40 e 60%, respectivamente, para os ei-xos dianteiro e traseiro, com lastragem máxi-ma e massa total em ordem de marcha de5.400kg.

A determinação da força de tração na bar-ra foi obtida por meio de célula de carga M.Shimizu, modelo TF 400, colocada entre abarra de tração do trator e o cabeçalho dasemeadora-adubadora. A rotação do motordo trator foi obtida de forma indireta, ou seja,determinou-se a rotação da tomada de po-tência por meio de sensor de rotação marcaS&E Instrumentos de Testes e MediçõesLtda, modelo GIDP-60-U-12v, e com a rela-

ção de transmissão motor/TDP de 3,47.Determinou-se a diminuição da veloci-

dade real de deslocamento em relação à teó-rica fornecida pelo fabricante, visando avali-ar o aproveitamento da velocidade nominal,em função dos sistemas de preparo do solo edas marchas selecionadas. A capacidade decampo efetiva foi determinada em função dalargura útil de trabalho da semeadora e davelocidade real de deslocamento, e a potên-cia na barra de tração pelo consumo horáriode combustível foi obtida com auxílio de equi-pamento desenvolvido por Lopes et al.(2003). O consumo por área e o consumoespecífico de combustível foram calculadosatravés de equação. Para estimar a patinagemdos rodados do trator, utilizou-se de senso-res modelo GIDP-60-12v em cada uma dasrodas e obteve-se a média dos giros para otrator, sem e com carga.

Pode-se verificar que a velocidade de des-locamento do conjunto trator-semeadora apre-sentou diferença para as marchas utilizadas, oque era o intuito dessa escolha, porém, obser-va-se que, na semeadura em solo com preparoreduzido, a velocidade foi menor, cerca de 6%.As três marchas estudadas forneciam veloci-dades teóricas de 7,3 (M1), 8,1 (M2) e 10,5kmh-1 (M3) sem carga, porém, com carga, dimi-nuiu a velocidade, apresentando diferença paraas marchas estudadas, sendo maior em M3, odobro em relação a M1 e M2. Para os prepa-ros, a maior queda de velocidade foi no redu-zido, cerca de 20%. A exigência de força detração na barra não mudou com o preparo dosolo.

Para a potência observa-se que, nas mar-chas M1 e M2, o preparo do solo não teveinfluência, porém, na marcha M3, o preparoconvencional exigiu maior potência em rela-ção ao solo escarificado. Isso pode ser explica-

cabal (SP), em área do Departamento de En-genharia Rural.

Os sistemas de preparo foram: a) conven-cional: combinação de uma aração e duas gra-dagens niveladoras; b) plantio direto: semea-dura em solo não-preparado e c) preparo re-duzido: escarificador combinado com disco decorte e rolo destorroador. As marchas utiliza-das foram definidas em função do conjuntotrator-semeadora: a) terceira reduzida alta(M1); b) quarta reduzida baixa (M2) e c) quar-ta reduzida alta (M3), cujas velocidades teóri-cas, conforme o fabricante, são: 7,3; 8,1 e10,5km h-1, respectivamente. No início de cadaparcela, as rotações do motor do trator atingi-ram o valor máximo (próximo a 2.350rpm).

A semeadora-adubadora de precisão utili-zada foi da marca Marchesan, modelo CopSuprema, equipada com quatro linhas espa-çadas de 0,90m, capacidade de adubo de1.310kg e de semente de 200kg (durante oexperimento, mantiveram-se os depósitos com

A máquina respondeu diferente em cada tipo de solo pes-quisado, mostrando que as regulagens devem ser ob-servadas ao mudar de talhões com diferentes preparos

Variação da velocidade teórica, força de tração, potência e capacidade de campo efetiva em funçãoda velocidade de deslocamento

Variação da velocidade teórica, força de tração, potência e capacidade de campo efetiva em função dopreparo do solo

John Deere

Page 23: Maquinas 76

“““““Em preparo convencional e plantio direto, a semeadora-adubadoraEm preparo convencional e plantio direto, a semeadora-adubadoraEm preparo convencional e plantio direto, a semeadora-adubadoraEm preparo convencional e plantio direto, a semeadora-adubadoraEm preparo convencional e plantio direto, a semeadora-adubadoraapresentou bom desempenho, independentemente da marcha utilizadaapresentou bom desempenho, independentemente da marcha utilizadaapresentou bom desempenho, independentemente da marcha utilizadaapresentou bom desempenho, independentemente da marcha utilizadaapresentou bom desempenho, independentemente da marcha utilizada”””””

Nos diferentes preparos, todos os consumos estudadosforam maiores em semeadura no solo escarificado, no

qual se vê a menor velocidade e a maior patinagem

Carlos E. A. Furlani,Afonso Lopes,Rouverson P. Da Silva eAnderson de Toledo,Unesp/Jaboticabal

. M

do pela maior patinagem e, conseqüentemen-te, menor velocidade nesse sistema; o plantiodireto ficou em posição intermediária. Anali-sando cada preparo individualmente, obser-va-se que, no convencional, a menor exigên-cia é na marcha M1 (menor velocidade), omesmo ocorrendo para o plantio direto, po-rém, nesse, a marcha M2 foi igual a M1. Naescarificação, a exigência de potência não foisignificativa para as marchas, o que se explicapelo fato de que, nesse preparo, ocorreu dimi-nuição de 6% na velocidade de deslocamento.

A capacidade de campo efetiva apresen-tou comportamento igual à variável velocida-de, pois a largura útil de trabalho da semeado-ra foi igual em todas as parcelas.

A rotação do motor foi menor na marchaM3, porém, destaca-se que essa rotação é ide-al de trabalho para esse trator, portanto, do

ponto de vista do desempenho, a M3 seria amarcha indicada para essa operação.

O consumo horário de combustível au-mentou da marcha M1 para M3, já os consu-mos por área e específico não foram influen-ciados pelas marchas, porém, nos diferentespreparos, todos os consumos estudados forammaiores em semeadura no solo escarificado,no qual se observa a menor velocidade e amaior patinagem.

Os sistemas de preparo do solo não influ-

enciaram na patinagem média dos rodados dotrator para a marcha M1. No entanto, obser-vou-se aumento significativo da patinagem nosistema reduzido para as marchas M2 e M3.

No geral, a operação de semeadura apre-sentou maiores dificuldades no preparo redu-zido, pois o solo fica mais solto que no plantiodireto e preparo convencional, onde as grada-gens niveladoras deixam o mesmo mais con-solidado.

Diante dos dados apresentados pode-seobservar que: no preparo reduzido do solo, aoperação de semeadura apresentou maior con-sumo de combustível, menor velocidade dedeslocamento, menor capacidade de campoefetiva e maior patinagem. A semeadora-adu-badora apresentou o pior desempenho no solosob preparo reduzido, usando-se a terceiramarcha. Em preparo convencional e plantiodireto, a semeadora-adubadora apresentoubom desempenho, independentemente damarcha utilizada.

Massey Ferguson

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24 • Julho 08

Tramontini T3025-4

Trator T3025-4O trator T3025-4 da Tramontini foi projetado para uso emcafeicultura, horticultura e fruticultura, tendo como ponto

forte a força do seu pequeno motor, aliada a dimensõesapropriadas para operações nestas atividades

Nesta edição apresentamos a Fi-cha Técnica do trator T3025-4, da Tramontini, um trator de

30cv, projetado para trabalhos em pequenaspropriedades e operações específicas. Este

modelo está sendo produzido há dois anos etem como mercado-alvo a agricultura fami-liar. O T3025-4 é um trator de pequeno por-te, com 3,22 metros de comprimento, 1,5metro de altura do chão até a direção e dis-tância entre eixos de 1,64 metro, bitola dian-teira 1,12 metro e bitola traseira mínima 1,12

metro e máxima de 1,32 metro, com vão li-vre do solo de 29 centímetros.

A Tramontini tem voltado o seu foco paraa fruticultura, horticultura e cafeicultura. Porse tratar de um equipamento pequeno, fortee robusto, ele está tendo boa aceitação no mer-cado, especialmente no de café, onde se exi-ge um equipamento estreito porém com umapotência que responda às necessidades doprodutor.

MOTORO motor que equipa o T3025-4 é o mo-

delo TR325, comercializado pela Tramonti-ni, vertical, a diesel, três cilindros, quatro tem-pos com 1.532 cilindradas e potência de 30cv

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“““““A ergonomia e a praticidade do acesso aos comandos do tratorA ergonomia e a praticidade do acesso aos comandos do tratorA ergonomia e a praticidade do acesso aos comandos do tratorA ergonomia e a praticidade do acesso aos comandos do tratorA ergonomia e a praticidade do acesso aos comandos do tratorT3025-4 da TT3025-4 da TT3025-4 da TT3025-4 da TT3025-4 da Tramontini são um diferencial desta categoriaramontini são um diferencial desta categoriaramontini são um diferencial desta categoriaramontini são um diferencial desta categoriaramontini são um diferencial desta categoria”””””

a 2.700rpm. O sistema de injeção utiliza bom-ba injetora em linha, possui calibragem com-pativel c/padrão Tramontini, propiciando ummelhor rendimento e consumo. O tanque decombustível tem capacidade para 25 litros, ofiltro de combustível é blindado com elementofiltrante de papel e o filtro de ar é do tipo secocom pré-filtro.

A bomba de óleo do sistema de lubrifica-ção é do tipo rotor. O cárter tem capacidadepara 5,5 litros de óleo com especificações15W40, a uma pressão de 4kg/cm2, dotadode filtro de óleo blindado, com elemento fil-trante de papel. O sistema de arrefecimentoé feito com água (sistema semi-selado), atra-vés de radiador com capacidade para dez li-

O terceiro ponto tem engate categoria 1, comcapacidade de levante de 450kg

O motor do T3025-4 é o modelo TR325, vertical,a diesel, três cilindros, quatro tempos e 30cv

Fotos Tramontini

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SISTEMA ELÉTRICOO sistema elétrico que equipa o T3025-4

é composto por motor de partida elétrica de12V/1,8kw, alternador de 35A, bateria de 12V,com 70A. O sistema de iluminação do tratortem faróis dianteiros de 55W, faróis de tra-balho traseiros de 21W, lanternas indicati-vas (pisca) e lanternas de freio.

POSTO DE COMANDOA ergonomia e a praticidade do acesso aos

comandos do trator T3025-4 da Tramontinisão um diferencial desta categoria, contendointerruptores, pedais e alavancas de fácil vi-sualização e acesso no posto de comando.

O painel do trator é composto de diver-sos comandos, entre eles, o painel de instru-mento, com tacômetro e horímetro, indica-dores de combustível, temperatura do siste-ma de arrefecimento, pressão do óleo domotor e carga da bateria. Também é com-

tros, com circulação de água forçada por bom-ba centrífuga.

SISTEMA HIDRÁULICOA transmissão e o hidráulico têm reserva-

tório com capacidade de 25 litros para óleo SAE10W30 (caixa de transmissão, diferencial e hi-dráulico). Já o reservatório do eixo dianteiroutiliza cinco litros de óleo do tipo SAE 90.

O sistema hidráulico do controle remotopossui uma bomba montada na caixa de en-grenagens, na parte frontal do trator, e suavazão é de 18 litros/min a 1.800rpm. Aindacompõem o conjunto, filtro blindado de ele-mento filtrante de metal, válvula de controleprovida com sistema de controle de veloci-dade de descida, parada e segurança.

A direção é do tipo hidrostática, compostapor uma bomba hidráulica localizada abaixoda caixa da bateria, montada diretamente noeixo virabrequim.

SISTEMA DE LEVANTE 3º PONTOO terceiro ponto tem engate categoria 1,

com capacidade de levante de 450kg. A pres-são do sistema é de 120kgf/cm2 e a aberturada válvula de segurança ocorre ao atingir140kgf/cm2. A tomada de força (TDP) tem

acionamento independente, com embreagemdupla de 540 ou 1.000rpm (a 2.350rpms domotor do trator) e potência de 22cv.

TRANSMISSÃOO sistema de transmissão é feito com di-

ferencial formado por conjunto de coroa, pi-nhão, dois planetários e dois satélites comsistema de bloqueio mecânico com pedal. Ocâmbio é com engrenagens deslizantes, atransmissão final é por engrenagem cilíndri-ca direta, com lubrificação única para todo osistema. A embreagem é seca, independente,de duplo estágio. Já a tração dianteira (TDA)tem acionamento mecânico, feito através dealavanca localizada no posto de comando dooperador. A transmissão do eixo traseiro parao dianteiro é feita através de eixo cardã, comsistema de esterçamento através de engrena-gens, sem cruzeta (coroa e pinhão).

SISTEMA DE FREIOAcionamento mecânico através de pedais

independentes e/ou interligados, com siste-ma a disco duplo seco e diâmetro externo de135mm. O trator também possui freio de es-tacionamento, com acionamento manual esistema mecânico.

A TDA tem acionamento mecânico, feito através dealavanca localizada no posto de comando do operador

Por ser pequeno, forte e robusto, o T3025-4 é indicado paraoperar em fruticultura, cafeicultura e horticultura

Faróis de trabalho dianteiros e traseiros equipam o T3025-4,além de lanternas indicativas e sinaleiras de freio

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“““““Este modelo conta também com uma tela de proteção para o radiadorEste modelo conta também com uma tela de proteção para o radiadorEste modelo conta também com uma tela de proteção para o radiadorEste modelo conta também com uma tela de proteção para o radiadorEste modelo conta também com uma tela de proteção para o radiador, que, que, que, que, quetem o propósito de evitar acúmulo de impurezas nas aletas do mesmotem o propósito de evitar acúmulo de impurezas nas aletas do mesmotem o propósito de evitar acúmulo de impurezas nas aletas do mesmotem o propósito de evitar acúmulo de impurezas nas aletas do mesmotem o propósito de evitar acúmulo de impurezas nas aletas do mesmo”””””

Fotos Tramontini

posto por luzes de advertência, com o freiode estacionamento acionado, bateria, luz bai-xa, luz alta e piscas. No painel também estãosituados o acelerador manual, a buzina e acaixa de fusíveis visível. A caixa de ferramen-tas que está situada no pára-lamas direito éum item de série, que é utilizada no uso diá-rio em operações. O banco do operador pos-sui regulagem de distância e cinto de segu-rança com sistema de travamento.

O pedal de embreagem tem dois estági-os. No primeiro estágio ele interrompe atransmissão do motor com a caixa de mar-chas, parando o movimento do trator, e nosegundo estágio ele interrompe a transmis-são para o movimento do implemento.

Se no momento da operação do tratoruma das rodas patinar devido às condiçõesdo terreno (escorregadio ou barro), basta aci-onar o pedal do bloqueio do diferencial queestá posicionado próximo ao banco do ope-

rador. Isso faz com que a força seja transmi-tida igualmente para as rodas traseiras.

Todas as alavancas de acionamento es-tão dispostas de maneira acessível e ergono-micamente corretas.

ACESSOS PARA MANUTENÇÃOPara um bom funcionamento do trator,

é necessário que algumas recomendações di-árias de manutenção devem ser seguidas,como limpeza do pré-filtro de ar. O T3025-4é equipado com sistema de pré-filtro exter-no, de fácil manutenção e visualização deimpurezas, aumentando a vida útil do ele-mento do filtro interno de ar, que tambémpropicia um fácil acesso pela sua localizaçãologo abaixo do capô.

Este modelo conta também com umatela de proteção para o radiador, que tem opropósito de evitar acúmulo de impurezasnas aletas do mesmo, sendo necessária a lim-

peza diária da tela.A verificação do nível diário de água é

de fácil visualização, pois o T3025-4 possuium reservatório que auxilia na verificaçãodo nível de água do sistema de arrefecimentosemi-selado. Assim, propicia uma não-eli-minação do aditivo, pois com este sistema aágua não é eliminada quando aquecida, elaretorna ao sistema. A verificação dos níveisde abastecimento é de fácil acesso, pois es-tão em locais bem visíveis.

Interruptores, pedais e alavancas são de fácilvisualização e acesso no posto de comando

O filtro de ar, localizado abaixo do capôdianteiro, é de fácil acesso e manutenção

Tela de proteção do radiador também servepara evitar acúmulo de sujeira no local

O capô bascula completamente, facilitando o acessoao motor e a demais componentes da parte dianteira

O cinto de segurança para o operadoré um item de série do T3025-4

. M

Page 28: Maquinas 76

adaptações

28 • Julho 08

Dentre as atribuições de compe-tência dadas pelo Ministério daAgricultura, o aviação agrícola,

destaca-se na aplicação de defensivos para ocontrole de pragas e doenças, na distribuiçãode fertilizantes, semeadura, no controle de ve-tores e no combate a incêndios em campos eflorestas entre outras.

O combate a incêndios florestais com oemprego de aviões agrícolas tem se destacadono cenário nacional nesses últimos anos, per-mitindo, assim, combates mais precisos e efica-zes, devido à rapidez de deslocamento das ae-ronaves da base operacional até o local do in-cêndio e também pela possibilidade de lança-mentos de água no local exato do incêndio, prin-cipalmente em lugares de difícil acesso.

Couto, A.G. (1985) ressalta que o trabalhorealizado por Soares, R.V. (1982), sobre preven-ção e controle de incêndios florestais indica queas primeiras tentativas de combate aéreo a in-cêndios florestais surgiram em 1930/31 emSpokane, Washington e Sacramento, nos Esta-dos Unidos. Ocasião em que foram usados avi-ões Hispano-Suisso oriundos da I Guerra Mun-dial, adaptando-se dois pequenos tanques comágua.

Ainda os mesmos autores salientam que o

primeiro êxito operativo no combate a incêndi-os só veio a ocorrer em 1950, no Canadá, quan-do uma aeronave Beaver lançou “bombas deágua” (bolsas de papel e plástico contendo 14litros cada, em grupos de seis a oito por vez)sobre um incêndio florestal, conseguindo, as-sim, retardar a sua propagação, até que as equi-pes de terra conseguissem sua extinção total.Com os resultados obtidos, houve um aumen-to desta técnica, graças ao uso de aviões rema-nescentes da II Guerra, que foram convenien-temente transformados e equipados com de-pósitos e dispositivos especiais para os “bom-bardeios de água”.

No surgimento de novas aeronaves, a em-presa Canadair desenvolveu uma aeronave an-fíbia com alta capacidade de carga, para o com-bate a incêndios florestais. As primeiras versõesforam então lançadas em 1966 (CL-215), per-mitindo que o abastecimento pudesse ocorrerem curtos espaços de rios e lagos. Atualmente aversão em operação, produzida desde 1993 é aCL-415T, possuindo quatro tanques no com-partimento da fuselagem principal, combinauma capacidade de 6.137 litros, em condiçõesde serem reabastecidos em apenas 12 segundose está sendo empregada em diversos países.

O Brasil possui uma frota estimada de apro-

ximadamente 1.300 aeronaves agrícolas emoperação, sendo que algumas delas já operamno combate a incêndios, principalmente noestado de Minas Gerais.

Uma das diferenças entre os aviões agríco-las utilizados na agricultura e as aeronaves dotipo anfíbia (Canadair), é a sua capacidade decarga, que é reduzida em relação às aeronavesespecíficas em combate a incêndio.

Enquanto um avião de combate a incên-dio tem capacidade de carga de aproximada-mente seis mil litros de água, os aviões agríco-las maiores têm capacidade média inferior a3.200 litros (AT-802), mas esta variação não osdeixa de ser interessante, pois devido a sua fle-xibilidade operacional, permite atender a dife-rentes necessidades, o que reduz o custo nasoperações.

Outra vantagem do uso de aeronaves agrí-colas no combate a incêndios, além de possibi-litar seu emprego num período que geralmenteencontram-se com menor utilização, tambémnão são exigidas grandes modificações na suainfra-estrutura operacional, facilitando assimsua atuação nas mais diversas regiões. Nestasaeronaves, basta ao operador retirar parte doequipamento de pulverização para que estejamem condições de serem utilizadas no combatea incêndios.

Para melhorar a eficácia destes lançamen-tos (descarga sobre as áreas), novos comparti-mentos e tampas apropriadas aos hoppers (tan-

Contra o fogoPara auxiliar no combate a incêndios em áreas florestais ou mesmo nas áreas

rurais, aviões agrícolas são adaptados e transformam-se numa alternativaeconômica e com bom desempenho

Detalhe do sistema de abastecimento do tanquede água do avião anfíbio, da Canadair. Mais de

seis mil litros em 12 segundos

Modificações no sistema de respiro dotanque dos aviões agrícolas permitem olançamento da carga mais rapidamente

Cana

dair

Wel

lingt

on C

arva

lho

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Julho 08 • 29

Os chamados “bombardeios da água”, alémde grande capacidade de carga, são muito

ágeis no reabastecimento de água

“O Brasil possui uma frota estimada de aproximadamente“O Brasil possui uma frota estimada de aproximadamente“O Brasil possui uma frota estimada de aproximadamente“O Brasil possui uma frota estimada de aproximadamente“O Brasil possui uma frota estimada de aproximadamente1.300 aeronaves agrícolas em operação”1.300 aeronaves agrícolas em operação”1.300 aeronaves agrícolas em operação”1.300 aeronaves agrícolas em operação”1.300 aeronaves agrícolas em operação”

O primeiro vôo agrícola no Brasilocorreu em agosto de 1947, na

cidade de Pelotas-RS, e teve como obje-tivo controlar uma grande infestação degafanhotos. Os vôos eram realizadoscom adaptações em aeronaves remanes-centes da 2ª Guerra Mundial. Naquelaocasião foi empregada uma aeronaveMuniz M.9, operada pelo comandanteClóvis Candiota, que viria a ser home-nageado como o patrono da aviaçãoagrícola no país.

Com o surgimento de ataques pela bro-ca ocorrida na cultura do café, na década de50, praga esta que ameaçava a cafeiculturanacional, o uso das aeronaves através depolvilhamento foi adotado.

AVIAÇÃO NO BRASIL

que) para descarga, têm sido desenvolvidos pelaindústria aeronáutica e de equipamentos.

Visando aumentar a eficiência operacionaldas aeronaves agrícolas no desempenho no com-bate a incêndios, no ano de 2006, a IndustriaAeronáutica Neiva, uma subsidiária da Embra-er, apresentou algumas modificações na aero-nave agrícola Ipanema. Dentre as modificações,estão maior abertura da caixa porta e um efici-ente respiro do tanque de produtos. As modifi-cações permitem lançamento de carga mais rá-pido, resultando em uma dispersão mais efici-ente, tornando-a uma ferramenta atrativa aocombate a incêndios.

Nos helicópteros a carga armazenada étransportada geralmente fora da aeronave como auxílio de cabos; já para as aeronaves agríco-las o tanque é o mesmo usado no transportedos defensivos, localizado na frente da cabinedo piloto, próximo ao centro de gravidade daaeronave.

Outro aspecto a considerar com o empregode aeronaves no combate a incêndios é a suapossibilidade em chegar a locais de difícil aces-so, com lançamentos onde são criados aceiroshídricos e até a própria extinção direta indica-da em caso de focos menores e iniciais distan-tes, impossíveis de serem alcançados pelas bri-

gadas terrestres num curto espaço de tempo, oque contribui para o rápido controle do incên-dio antes que estes se tornem incontroláveis.

Apesar do emprego de retardantes ser lar-gamente utilizado em outros países, no Brasileste uso ainda é restrito e não liberado.

Aeronaves agrícolas podem proporcionaruma excelente qualidade no combate a incên-dios florestais com menor custo de aquisição ecusto operacional bem inferiores às aeronavesde combate a incêndio específicas, permitindoque estas sejam empregadas durante o períodode entressafra, período onde se concentra amaioria dos incêndios florestais.

Para que isso ocorra, é necessário também

que o piloto esteja bem treinado. O treinamen-to do piloto é de extrema importância, motiva-do, também, pelo fato de que os vôos de com-bate a incêndios não são um vôo previamenteplanejado como em culturas, sendo caracteri-zado por ser um vôo de planejamento imediatoem conjunto com a equipe de solo, motivo emque o piloto precisa tomar decisões rápidas eprecisas; decisões estas que podem variar deacordo com cada situação.

Caberá ao piloto brigadista, estar atento acada lançamento, altura, localização e posicio-namento, observar o cenário das operações,ocorrência das áreas com relevo montanhoso,verificar outras aeronaves em ação, a presençade fumaça e os níveis de calor.

Canadair

Wel

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on C

arva

lho

Page 30: Maquinas 76

30 • Julho 08

De acordo com Ambiente Brasil(2008) é importante diferenciar

conceitos sobre focos de calor, incêndioe queimadas, onde:

Foco de calor: é qualquer tempera-tura registrada acima de 47ºC. Um focode calor não é necessariamente um focode fogo ou incêndio.

Queimada: a queimada é uma antigaprática agropastoril ou florestal que uti-liza o fogo de forma controlada para via-bilizar a agricultura ou renovar as pasta-gens. A queimada deve ser feita sob de-terminadas condições ambientais quepermitam que o fogo se mantenha con-finado à área que será utilizada para aagricultura ou pecuária.

Incêndio florestal: é o fogo sem con-trole que incide sobre qualquer forma devegetação, podendo tanto ser provoca-do pelo homem (intencional ou negli-gência), quanto por uma causa natural,como os raios solares, por exemplo.

CONCEITOS

No combate a incêndios florestais, a pre-sença de ventos, temperatura, umidade atmos-férica, como demais condições climáticas, a in-tensidade do fogo, a característica do material eo tipo de vegetação, a localização e inclinaçãodo terreno, são fatores importantes a seremanalisados pelas equipes no combate. A decli-vidade do terreno pode favorecer de forma bas-tante ativa a velocidade de propagação e o avan-ço do fogo, e o seu conhecimento permitirá açõesde comando às aeronaves com lançamentosmais rápidos e precisos.

Estas operações deverão ocorrer sempre deforma integrada às ações das equipes brigadis-tas de solo, que, coordenadas, proporcionarãoganhos significativos de eficácia no controle dosincêndios florestais.

No Brasil, os treinamentos visando a for-mação de profissionais nesta área e a prepara-ção de pilotos com especialização em combatesa incêndios estão sendo feitos nos últimos trêsanos, com a realização de cursos de formação ecapacitação, associados ao evento denominadoAerofogo, ocorrido nos meses de junho de cadaano, na cidade de Botucatu (SP), promovidospela FCA/Unesp, período que normalmenteantecede a maioria dos incêndios no país.

Neste sentido, de 2005 a 2008, foram for-

mados e habilitados cerca de 70 pilotos briga-distas, que estão aptos a exercerem função nes-ta nobre missão de preservação dos recursosnaturais.

Em 2005 foi criada uma unidade aérea decombate a incêndios no país, a força-tarefa Prev-incêndio, através de uma parceria entre o go-verno do estado de Minas Gerais, do InstitutoEstadual de Florestas e empresas privadas dosetor de aviação agrícola. A sua base operacio-nal principal fica localizada na cidade de Cur-velo (MG), considerada um ponto estratégico,por se tratar do centro geográfico do estado deMinas Gerais, permitindo com isto que as equi-pes possam chegar a qualquer lugar do estadonum curto espaço de tempo. Para melhorar ain-da mais este atendimento, novas bases foramcriadas e algumas encontram-se em fase de es-tudo e/ou implantação.

A força-tarefa conta com o apoio de aero-naves agrícolas e helicópteros que, além de se-rem usados no lançamento de água nas mis-sões, também auxiliam na detecção de focos deincêndios e no transporte da brigada terrestre.

Brasil em Chamas, este poderia ser o títulodesta matéria, tal o número de ocorrências defocos de calor (80.871) registrado no país so-mente no ano de 2007, de acordo com dados

Ronaldo Goulart Magno Junior,UFVWellington Pereira A. de Carvalho,Ufla

do Inpe, fornecidos pelo Modis/RapidRespon-se Nasa GSFC. Conforme pode ser visto nomapa, onde os pontos em destaque represen-tam uma unidade destes focos.

Considerando que muitos dos focos podemser transformados em queimadas e incêndiosflorestais, é também importante salientar queos registros de incêndios florestais apontam quea grande maioria tem origem intencional pro-vocada pelo homem.

Influência da declividade do terreno na propagação do fogo Focos de calor registrados pelo INPE no Brasil em 2007

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Amodernização da agricultura, o de-senvolvimento do parque industriale o elevado consumo de bens e servi-

ços da população, em geral, são fatores que con-tribuíram para um aumento expressivo na de-manda de energia, o que proporcionou maior ex-ploração das fontes não-renováveis, verificada nosúltimos anos. Soma-se a isso as freqüentes osci-lações nos preços dos combustíveis derivados des-sas fontes, devido à escassez das reservas e insta-bilidades políticas nos lugares em que grandeparte delas se encontra. A preocupação ambien-tal com os gases de efeito estufa oriundos, prin-cipalmente da queima dos derivados de petróleopelos veículos automotores, aliada aos constan-tes aumentos no preço do petróleo, reforçam anecessidade de investimentos em energia reno-vável, a fim de mitigar inúmeros problemas, prin-cipalmente os de ordens econômica e ambiental.

Inserido nesse contexto, Brasil e Alemanhaapresentam grande destaque no uso e produçãode bioenergia. No Brasil, destaca-se a biomassaflorestal, o etanol a partir da cana-de-açúcar e obiodiesel oriundo de diversas oleaginosas. Já aAlemanha tem importante cultivo de plantascomo canola, cereais para energia e um desen-volvido sistema de queimadores para a utilização

de pellets de origens diversas e lenha florestal.A biomassa pode ser obtida a partir de vege-

tais não lenhosos, de vegetais lenhosos, dos resí-duos orgânicos, agrícolas, urbanos e industriais.O uso e a produção dessa fonte renovável possu-em vantagens como geração de emprego e rendadevido à produção local, maior diversidade dosmercados fornecedores de energia e maior segu-rança no fornecimento, pois não depende da im-portação dos combustíveis fósseis. A participa-ção das diversas fontes na oferta interna de ener-gia do Brasil pode ser observada na Figura 1.

Como se pode verificar, o Brasil está numasituação confortável em relação aos outros paí-ses na utilização de bioenergia: 31% do total deenergia consumida no país têm sua origem nocampo.

A utilização de energias renováveis, em par-ticular, da bioenergia de biomassas diversas, é con-siderada ecologicamente correta, pois se há emis-sões de CO2 na sua queima ou queima de seusderivados, há, também, o seqüestro de CO2, peloprocesso fotossintético natural no crescimento

das mesmas. Com isso, verifica-se que a utiliza-ção de energias renováveis não causa impactosnegativos ao meio ambiente, o que é imprescin-dível para sua permanência na matriz energéticados lugares onde é utilizada, uma vez que a pre-ocupação ambiental é um dos pilares da susten-tabilidade tão almejada a nível mundial. O usoda bioenergia é estratégico para um país como oBrasil, que dispõe de inúmeras riquezas naturaise áreas disponíveis para sua produção. Os diver-sos tipos de biomassa são comumente destina-dos à produção de biocombustíveis para obten-ção de calor, potência e energia elétrica, útil nasmais diversas atividades (Figura 2).

A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar tem crescido nos últimos anos no Brasil eo seu menor custo de fabricação, em relação aoderivado de outras fontes, favorece a competiti-vidade no mercado mundial (Figura 3). Essa di-ferença nos custos pode ser explicada pelo fatode os Estados Unidos processarem milho, quenecessita passar por um processo de hidrólise paraobtenção de açúcares fermentáveis, enquanto quea cana-de-açúcar já contém esses açúcares. OBrasil não só é o maior produtor mundial de eta-nol, como também o maior exportador.

Outros fatores contribuíram para que as em-presas brasileiras apresentassem menor custo deprodução. Cita-se a evolução tecnológica e ge-rencial das empresas brasileiras e o menor gastoenergético durante a produção do açúcar e doálcool, uma vez que a maioria das usinas brasilei-ras faz uso de energia elétrica própria que é co-gerada a partir da queima do bagaço da cana emcaldeiras. Todavia, a competitividade do álcoolnacional no mercado mundial de biocombustí-vel ainda é muito comprometida devido aos sub-sídios americanos e europeus a seus produtoresrurais, além das altas tarifas de importação.

bioenergia

Força limpaA demanda por bioenergia está aumentando em ritmo

acelerado. Brasil e Alemanha são referências no cenáriomundial, tanto na produção como no consumo dessaenergia, que tem como maior fonte o setor agrícola

Julho 08 • 31

Produtividade - grão

(t/ha . ano)-

1,51,61,81,01,810,02,21,815,0

Produtividade - óleo

(t/ha . ano)-

0,7500,6720,7020,3900,6842,0000,3960,2700,900

Teor de óleo

(% m/m)10050423939382018156

Matéria-prima

Gorduras animais

MamonaGirassol

AmendoimGergelimCanolaDendêSoja

AlgodãoBabaçu

Tabela 1 - Características das principais matérias primas paraa produção de Biodiesel

Case

IH

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32 • Julho 08

O Brasil e os Estados Unidos são responsá-veis por 70% da produção mundial de etanol. Aprodução restante está com a China, Índia e UniãoEuropéia onde é destinada, principalmente, a in-dústria de bebidas.

No mercado interno, deve-se destacar o su-primento da demanda de etanol gerada pelo au-mento nas vendas de veículos com motores Flex,isto é, capazes de operar com álcool, gasolina ou amistura destes, que devem atingir 6,32 milhõesde unidades desse carro em 2010. Além disso, aadição de 25% de álcool anidro a gasolina, o quepode gerar uma demanda interna de 20 bilhõesde litros de etanol em 2010. A produção domés-tica de etanol deve atingir 23 bilhões de litros e ade açúcar deve alcançar 519 milhões de tonela-das, o que representaria um acréscimo de doismilhões de hectares no plantio (União da Agro-indústria Canavieira (Unica), 2005 e Mapa,2005). A Figura 4 apresenta uma comparação en-tre consumo e produção do etanol, nos últimosanos.

Há uma tendência no setor sucroalcooleirode tornar a colheita da cana-de-açúcar mecani-zada e de se incorporar novos conceitos da agri-cultura de precisão, com máquinas e implemen-tos mais eficientes. Nesse contexto, cresce a me-canização da cana-de-açúcar que, além de pro-porcionar o término do problema histórico dasqueimadas na pré-colheita, evita, também, o em-pobrecimento do solo, a morte de animais silves-tres e a liberação de gases de efeito estufa. Noentanto, a colheita mecanizada apresenta proble-mas como o elevado preço das máquinas e o me-nor tamanho de corte da cana devido à altura daslâminas da colhedora. A despeito disto, a meca-

nização vem ganhando espaço devido aos bene-fícios sociais, econômicos e ambientais que pro-porciona.

Em relação ao consumo e à produção nacio-nal do biodiesel, em 2004 foi criado o ProgramaNacional de Produção e Uso de Biodiesel(PNPB), que proporcionou a inserção desse bio-combustível na matriz energética nacional e apartir da Lei no 11.097, de 13 de janeiro de 2005,ficou estabelecida a adição de 2% em cada litrode diesel a partir de 2008 e acréscimo para 5%em 2013. Esse percentual estabelecido proporci-ona elevado incremento de produção e aumentonas projeções de venda de biodiesel no Brasil,conforme pode ser observado na Figura 5.

A cadeia de produção do biodiesel proporci-ona a geração de empregos e renda para a popu-lação nativa de regiões carentes, melhorando aqualidade de vida dessas pessoas e aumentandoa chance de fixação do homem no campo. Já háuma política governamental brasileira no senti-do de propiciar a fabricação de combustíveis al-ternativos oriundos de óleos vegetais, sendo queas matérias-primas mais relevantes nessa produ-ção nacional de biodiesel são soja, milho, giras-sol, amendoim, algodão, babaçu, entre outros. ATabela 1 apresenta as características destas ma-térias-primas.

Inseridas no contexto de crescente mecani-zação da agricultura, muitas oleaginosas já têmsua colheita mecanizada, como, por exemplo, asoja no cerrado. Nos últimos anos, tem crescidono Centro- Oeste a cotonicultura competitiva,de produção em larga escala, a partir de uma in-tensa mecanização na colheita.

A Alemanha também vem se destacando no

uso de fontes renováveis de energia e é um dosmaiores produtores e consumidores de biodieselda União Européia, utilizando para o processoprodutivo, principalmente, a canola, que tam-bém é cultivada com o objetivo de nitrogenar na-turalmente solos desgastados. O biodiesel alemãotem preços baixos, uma vez que toda a cadeiaprodutiva tem isenção de impostos e representa2% do diesel consumido no país, tendo por obje-tivo a substituição de 10% até 2010 do dieselfóssil pelo biodiesel.

Há, ainda, na Alemanha, grande produçãode plantas energéticas como choupo, salgueiro,colza, triticale, que são cultivadas para os maisdiversos fins. O destino delas depende da suacomposição predominante, pois as ricas em ami-do ou açúcar são usadas na produção de etanol,as oleaginosas entram como matéria-prima parao biodiesel e aquelas ricas em materiais lignoce-lulósicos podem ser usadas em processos de com-bustão ou gaseificação.

A Agência Internacional de Energia (AIE)calcula que dentro de aproximadamente 20 anos,cerca de 30% do total da energia consumida pelahumanidade será proveniente das fontes reno-váveis, que hoje representam 14% da energia pro-duzida no mundo, onde a biomassa tem 11,4%na participação da oferta energética. Dessa for-ma, o aproveitamento dos resíduos florestaiscomo fonte energética cada vez mais ganha es-paço no mercado, devido, principalmente, aos re-duzidos custos necessários para utilizar a biomas-sa de forma eficiente ao desenvolvimento tecno-lógico.

Nesse contexto, uma fonte de energia muitocomum na Alemanha são os pellets, que podem

Figura 1 – Oferta interna de energia - Brasil 2007 (%) Figura 3 – Custos de produção do etanol a partir de diversas matérias-primas. Fonte: MME Figura 4 – Brasil: Produção e

Figura 2 - processo de aproveitamento da biomassa Figura 5 - Projeções do mercado de biodiesel no Brasil. Fonte: Biodiesel.gov.br

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“ “ “ “ “ A cadeia de produção do biodiesel proporciona a geração deA cadeia de produção do biodiesel proporciona a geração deA cadeia de produção do biodiesel proporciona a geração deA cadeia de produção do biodiesel proporciona a geração deA cadeia de produção do biodiesel proporciona a geração deempregos e renda para a população nativa de regiões carentesempregos e renda para a população nativa de regiões carentesempregos e renda para a população nativa de regiões carentesempregos e renda para a população nativa de regiões carentesempregos e renda para a população nativa de regiões carentes”””””

ser produzidos a partir de resíduos das florestas edos desperdícios das indústrias de madeira, car-pintarias, entre outros. Para queima dos pellets eda lenha são utilizados modernos queimadores(Figura 6).

O uso energético da bioenergia na Alema-nha conta com:

- Mais de 350 centrais de potência à biomas-sa, com mais de 1MW

- Cerca de dez milhões de caldeiras, lareiras efornos a lenha

- Aproximadamente 70 mil fornalhas a pel-lets (briquetes) de madeira.

A evolução desse mercado na Alemanha podeser visualizada na Figura 7.

Quanto à emissão de gases como o CO2, apreocupação com a incorporação de energias lim-pas na matriz energética dos países é uma ques-tão bastante discutida e já é objetivo para muitos.Governos e indústrias são constantemente co-brados pela responsabilidade que têm no contro-le e emissão de gases de efeito estufa, como oCO2. Com isso, se torna necessário o uso de ener-gia de fontes renováveis visando um desenvolvi-mento sustentável, maior perspectiva de cresci-mento do setor industrial e alternativas diversaspara a demanda crescente. As plantas energéti-cas, assim como outras fontes alternativas de ener-gia, também emitem CO2 quando utilizadas,porém, os níveis são bem menores quando com-paradas às fontes fósseis, como se vê na Figura 8.

CONCLUSÕESO ritmo acelerado do crescimento eco-

nômico mundial gera maior demanda deenergia e aliar a preocupação ambiental comas mais diversas atividades produtivas é im-prescindível na busca da sustentabilidade.Os impactos negativos proporcionados pelouso dos combustíveis fósseis, reforçadospela escassez de suas reservas, têm incenti-vado pesquisas no sentido de buscar fontesalternativas que supram a demanda, cadavez maior, e ao mesmo tempo não agridamo meio ambiente.

O Brasil entra forte nesse contexto, in-crementando gradualmente, nos últimosanos, a bioenergia na sua matriz energéticae o país apresenta, ainda, grande potencialde ampliação de uso desses recursos. Po-tencial esse representado pelo etanol, bio-massa e biodiesel derivados de plantas comomamona, dendê, soja, dentre outras. A me-canização cresce cada vez mais na agricul-tura brasileira em geral, sendo o cultivo dacana-de-açúcar já totalmente realizado commáquinas em muitos locais.

Países desenvolvidos como a Alemanha,por exemplo, caminham para melhor apro-veitamento dos resíduos agrícolas, transfor-mando parte desses em pellets, visando ge-ração de calor. As denominadas plantasenergéticas, como choupo, triticale, colza,dentre outras, são intensamente pesquisa-das a fim de torná-las potenciais alternati-vas energéticas.

As mudanças climáticas percebidas, aescassez de recursos essenciais à vida, en-tre outros desequilíbrios, convergem para anecessidade de mudança de postura da so-ciedade atual, através do uso racional e in-teligente dos recursos naturais. Crescer, ali-cerçado em ações que propiciem a continui-dade de condições adequadas de vida paraas gerações futuras, ainda é um grande de-safio, e alcançá-lo se torna uma questão desobrevivência, uma vez que nosso atual

Jadir N. Silva eSvetlana F.S. Galvarro,UFVVolkhard Scholz ePeter Kaulfuss,

Leibniz Institut Für Agrartechinik

Consumo de etanol (milhões de litros). Fonte: Mapa e SPA, 2007

modo de vida, baseado num consumo in-conseqüente dos mais diversos bens natu-rais, é insustentável.

Figura 6 – Queimadores de pellets e lenha

Julho 08 • 33

Figura 7 - Mercado de pellets na Alemanha Figura 8 - Emissões totais da produção e do uso de plantas energéticas e combustíveis fósseis para geração de calor

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Zequinha

34 • Julho 08

O Zequinha no off-road

João Roberto de C. Gaiotto,www.tecnica4x4.com.br

Fotos Técnica 4x4

Não tem jeito, em qualquer passeiooff-road no Brasil, aquele que che-ga ao lado do motorista de um jipe,

ou sentado no banco de trás é o Zequinha!O nome Zequinha foi adotado a partir de

um personagem do antigo seriado de TV SpeedRacer que era o macaquinho zereta, que sem-pre dava um jeito de acompanhar o protago-nista em todas as suas aventuras.

Como no antigo seriado, este ajudante sem-pre está junto do motorista para auxiliar emabsolutamente tudo o que precisar ser feito, eaté uma lista bem-humorada de atribuições jáfoi feita para este quase incansável colabora-dor:

1) abrir e fechar porteiras e colchetes;2) dar opinião apenas quando for questio-

nado;3) não tocar em nenhuma tecla/botão do

painel, exceto com autorização do condutor;4) trocar pneu;5) achar as ferramentas dentro do jipe, guar-

dar as ferramentas depois de usadas;6) não reclamar de nada;7) em caso de roda livre manual, acioná-la

quando necessário;8) procurar água e gelo para colocar na cai-

xa térmica nas paradas durante o passeio ouprova off-road;

9) orientar o condutor em todas as mano-bras de risco necessárias. Neste ponto o Zequi-nha leva vantagem porque se ele der uma ins-trução errada ou se o condutor interpretar er-

rado, quem se lasca é o condutor, já que o Ze-quinha estará fora do carro;

10) montar pontos de ancoragem, esticar ocabo do guincho. Guardar toda a tralha depoisdo resgate;

11) não reclamar de nada;12) quando estiver entre os jipeiros, elogiar

a perícia e ousadia do seu condutor;13) manter contato pelo rádio com outros

veículos;14) preparar o lanche e depois limpar pra-

tos, copos e talheres;15) é sempre voluntário para abrir trilhas

com picaretas, pás e facões, bem como abrir efechar todas as porteiras, sem que o condutorprecise se desgastar com estas ordens;

16) se houver travessia de rios, entrar e ve-rificar a profundidade;

17) tirar fotos e filmar, de preferência si-multaneamente;

18) ceder sua muda de roupa, capa de chu-va ou traje de banho ao condutor se preciso for;

19) ir ao posto mais próximo e pagar paralubrificar o jipe, encher o tanque, verificar oradiador e completar o óleo;

20) continuar a não reclamar de coisa al-guma.

Mas, deixando de lado as brincadeiras, oZequinha pode ser homem ou mulher, criançaou adulto, o que importa é que sempre está dis-posto a fazer o que for possível para que tudodê certo e o dia termine em festa.

Aos adultos não há muito que recomendar

a não ser os cuidados de sempre com a segu-rança pessoal, não ficando em um ponto ondeo jipe do amigo possa escorregar e lhe atropelar,ou mesmo na ânsia de orientar o companheiro,se posicionar numa erosão onde o jipe possacair e lhe atingir.

Já com as crianças os cuidados são mais sé-rios ainda, pois elas não têm o total discerni-mento para saber o limite de manobra de um4x4 e cabe ao condutor, pai, mãe, irmão ouamigo, manter a vigilância constante sobre asegurança do entusiasmado neófito. Ainda paraas crianças, deve-se prever bons cintos de segu-rança nos bancos traseiros, calçados adequa-dos para a região onde vai passear, protetor so-lar e repelente contra insetos. Em provas, o ca-pacete é obrigatório.

Muita gente começa no off-road sendo oZequinha do pai ou amigo, e em nossos cursosna DPaschoal é sempre certo que alguém viráacompanhando o aluno na aula prática. Estecarona vai suprir sua possível falta de experiên-cia com o mundo off-road, auxiliando o amigopelas trilhas. Aos poucos se tornará tambémum praticante assíduo do bom e saudável off-road, então vai querer seu próprio 4x4 e, é cla-ro, um Zequinha para lhe fazer companhia. Edaí por diante!

O Zequinha nada mais é do que obraço direito do motorista no off-road,aquele que encara todos os obstáculospara a aventura não parar

O Zequinha nada mais é do que obraço direito do motorista no off-road,aquele que encara todos os obstáculospara a aventura não parar

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Em travessias de rios, por exemplo, o Zequinha vaià frente, para evitar surpresas ruins no caminho

Na hora do trabalho pesado, no barro, oZequinha é o primeiro a entrar em atividade

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