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Maquinas 71

Jul 24, 2016

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Grupo Cultivar

Fevereiro 2008
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Rodando por aí

Lubrificação de redutores de velocidade

Ficha Técnica - Linha T7000

Ficha Técnica - Semeadora MF 623

Regulagem de colhedoras

Ficha Técnica - John Deere 7350

Pulverização aérea em milho

Agricultura de precisão

Matéria Show Rural Coopavel 2008

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

Charles Echer

Destaques

Sem pararConfira quais são os ajustesnecessários na colhedora antes decomeçar a colheita do arroz

06

08

12

16

20

24

28

30

34

38

Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Direção• Direção• Direção• Direção• DireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton PeteretereteretereterSchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedoooooCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles EcherCharles Echer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano CeiaCristiano Ceia

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de Circulação• Gerente de CirculaçãoCibele CostaCibele CostaCibele CostaCibele CostaCibele Costa

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone LopesSimone Lopes

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.

www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 71

Ano VIII - Fevereiro 2008ISSN - 1676-0158

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00

Assinatura Internacional:US$ 80,00

EUROS 70,00

LubrificantesSaiba qual o óleo corretopara cada tipo de redutorde velocidade

Ficha TécnicaConheça os tratores dalinha T7000 e a forrageiraautopropelida 7350

Matéria de capa

20

08

12 e 24

• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

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06 • Fevereiro 08

CedetecCedetecCedetecCedetecCedetecDiretores da Massey Ferguson e da Fundação Assis Gurgacz (FAG) encontraram-sedurante o Show Rural Coopavel para firmar ainda mais a parceria entre as duas insti-tuições. Inaugurado há um ano, o Centrode Desenvolvimento e Difusão de Tecnolo-gias, da FAG, projeto que tem como apoia-dor a Massey Ferguson, já treinou mais de500 pessoas e ofereceu 30 cursos em 2007.O Cedetec conta com projetos nas áreas dedesenvolvimento e treinamento em mecani-zação, produção de biodiesel, cadeia produ-tiva da soja e ferrugem da soja, entre outros.

ErrataErrataErrataErrataErrataNa capa da última

edição cometemos umequívoco na chamadapara a Ficha Técnica.

O trator da Masseyapresentado é o

modelo 8480 e não8580, como divulgado.

TTTTTecnologiaecnologiaecnologiaecnologiaecnologiaA Stara apresentouno Show Rural umalinha de equipamen-tos para agriculturade precisão, queestará presentes emmáquinas e imple-mentos produzidospela empresa. Ogerente de Tecnolo-gia da empresa,Cristiano Paim Buss,destacou a linhaStara Outback S3,que permite umaprecisão de 2 a 6 cm,compatível com RTKe piloto automático.Outro lançamentofoi o Outback L Lite,para produtores quepreferem tecnologiasmais simplificadas.

Cristiano P. Buss

MarketingMarketingMarketingMarketingMarketingRubens Campos é o novogerente de MarketingComercial Pneus deCaminhão, Ônibus,Agrícola Fora de Estrada eRecauchutagem daGoodyear. Há 15 anos naempresa, Rubens assumiuo cargo para reforçar asações da empresa nosegmento agrícola.

70 cavalos70 cavalos70 cavalos70 cavalos70 cavalosA Yanmar Agritec deu destaque especial parao seu maior trator, o modelo 1175, com 70cavalos de potência. Pedro Cazado LimaFilho, gerente de Pós-vendas e Marketing,lembra que a principal novidade, além dapotência do motor e de ser o primeiro 16válvulas do país, é o maior número de mar-chas, que passou de nove para 12. “Essa má-quina se destaca porque foi produzida emuma nova fase da empresa, permitindo quetodo o projeto e a fabricação fossem feitosinternamente”, destaca.

América do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do SulAmérica do SulA John Deere criou novas gerências na área de Marketing para a América do Sul. Amílcar Cente-no assumiu a gerência de Inteligência de Mercado para a América do Sul. Ele será responsávelpela análise de tendências de mercado e das necessidades dos clientes e pela proposição de inicia-tivas para o crescimento de mercado. Santiago Larroux é o responsável pela nova gerência deMarketing Tático América do Sul, que tem o propósito de desenvolver e executar o Plano Regio-

nal de Marketing para sus-tentar o crescimento domercado no continente. JáJeferson Oliveira assume agerência de Marketing Es-tratégico América do Sul,sendo responsável pela im-plementação do portfóliode produtos e soluções epela área de Engenharia deVendas.

GerênciaGerênciaGerênciaGerênciaGerênciaErnani Leonel

Oliveira assumiu ocargo de gerente geral

da Sfil, após aaquisição da empresapela AGCO. Ernani,

que trabalhava naMassey Ferguson e,com a aquisição da

empresa, foi transferi-do para Ibirubá para

assumir o novo cargo.Linha completaLinha completaLinha completaLinha completaLinha completaA Sfil destacou sua linha completa de semea-doras, carretas, plataformas e demais imple-mentos. Após a aquisição pela AGCO, a em-presa realizou diversas adequações e padroni-zou seus produtos. “O Show Rural foi a pri-meira oportunidade de os produtores conhe-cerem os produtos que agora fazem parte dafamília AGCO”, explica Rubens Sandri deMoura, gerente Comercial da Sfil.

Novas carasNovas carasNovas carasNovas carasNovas carasPaulo Renato Spalding

Verdi e Gustavo SebenelloBarden são os mais novos

contratados para o setorde Tratores da JohnDeere. Paulo Verdi é

engenheiro mecânico eassumiu a função de

engenheiro de vendaspara tratores. Gustavo

Barden é engenheiromecânico e tem MBA em

gestão empresarial egestão da área comercial e

será o responsável peloplanejamento de tratores.CrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimento

A Agrale apresentou sua linha completa de tra-tores no Show Rural e aposta no segmento detratores de alta potência, com o modelo BX 6180,para aumentar a sua participação no mercado.Com a recuperação registrada pelo setor agrícolabrasileiro em 2007, a empresa comercializou1.560 unidades, um aumento de mais de 26%com relação às vendas do ano anterior. “Para 2008esperamos crescer 15%”, declara Flavio Crosa,diretor de Vendas e Marketing da Agrale.Rubens Campos

Pedro Cazado Lima

Paulo Verdi e Gustavo Barden

Ernani Leonel Oliveira

Flavio Crosa

Amílcar CentenoJeferson Oliveira Santiago Larroux

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08 • Fevereiro 08

lubrificantes

Desgaste reduzidoOs redutores de velocidade sãosubmetidos a grandes cargas, o

que exige lubrificação adequadae sempre com ponto ideal de

viscosidade. Um dos principaisproblemas com esses

equipamentos é o uso de óleoscom viscosidades fora da

recomendada pelos fabricantes.Por isso, a atenção deve ser

redobrada para não perder otempo da troca, nem utilizar

lubrificantes errados

Redutores e motorredutores develocidade são equipamentoslargamente utilizados no setor

industrial e no agronegócio. São compos-tos, na realidade, de conjuntos de en-grenagens que se destinam a reduzir aselevadas rotações dos motores elétricoscom elevação de torque e são equipamen-tos freqüentemente encontrados em fi-tas transportadoras, elevadores de cane-cas, transportadores de corrente, roscastransportadoras utilizadas em unidadesde armazenagem de grãos, frigoríficos,esmagadoras de soja e outras unidadesindustriais e agrícolas.

Os redutores de velocidade são sub-metidos a grandes esforços e se não fo-rem adequadamente lubrificados terãoa sua vida útil bastante reduzida. Essesacionamentos se classificam como engre-nagens cilíndricas, helicoidais, bi-heli-coidais, cônicas de dentes retos, cônicas

de dentes helicoidais, dentes retos. Tam-bém podem ser do tipo rosca sem-fim ecoroa ou hipóides.

Tem-se por hábito utilizar óleos SAE90 ou SAE 140, especificados para cai-xas de engrenagens automotivas, em re-dutores de velocidade. Em temos de lu-brificação não é o que de melhor podeser feito haja vista que as condições deoperação das caixas de engrenagens au-tomotivas e dos redutores de velocidadesão diferentes.

Os fabricantes dos redutores de velo-cidade recomendam a viscosidade de seuslubrificantes baseados na norma ISO 3448(Tabela 1) onde os graus de viscosidadesão compostos por números que signifi-cam o ponto médio da viscosidade do óleoà temperatura de 40ºC.

Geralmente os fabricantes dos redu-tores de velocidade especificam a viscosi-dade do óleo em plaquetas fixadas na car-

caça do equipamento ou em seu manual.Por exemplo, suponhamos que a especifi-cação da viscosidade do óleo seja ISO VG320. Isto significa que a viscosidade desteóleo, a 40ºC, deve estar compreendidaentre 288,0 e 352,0 cSt (unidade de me-dição da viscosidade cinemática). É fun-damental a consulta da viscosidade doóleo lubrificante pois se estiver abaixo daespecificada não formará película adequa-da de óleo e haverá desgaste prematurodas engrenagens. Se a viscosidade estiver

Grau deviscosidade - ISO

2357

101522324668100150220320480680

10001500

Mínimo1,982,884,146,129,0013,519,828,841,461,290,0

135,0198,0288,0414,0612,0900,0

1350,0

Máximo2,423,525,067,4811,016,524,235,250,674,8

110,0165,0242,0352,0506,0748,0

1100,01650,0

Viscosidade a 40º C (cSt)

Lei de formação - Faixa = + 10% do ponto médio

Norma de viscosidade para óleos industriais ISO 3448

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“““““Os redutores de velocidade são submetidos a grandes esforços e se nãoOs redutores de velocidade são submetidos a grandes esforços e se nãoOs redutores de velocidade são submetidos a grandes esforços e se nãoOs redutores de velocidade são submetidos a grandes esforços e se nãoOs redutores de velocidade são submetidos a grandes esforços e se nãoforem adequadamente lubrificados terão a sua vida útil bastante reduzidaforem adequadamente lubrificados terão a sua vida útil bastante reduzidaforem adequadamente lubrificados terão a sua vida útil bastante reduzidaforem adequadamente lubrificados terão a sua vida útil bastante reduzidaforem adequadamente lubrificados terão a sua vida útil bastante reduzida”””””

Sistemas e componentesprincipais de uma

colhedora de grãos

acima da especificada haverá superaque-cimento do equipamento, consumo exces-sivo de energia elétrica, redução da vidaútil do óleo lubrificante e, também, defi-ciência de lubrificação. É lamentável queos redutores de velocidade tenham arran-cadas as suas plaquetas de identificaçãoou que seus catálogos de operação e ma-

nutenção sejam, muitas vezes, perdidospois aí estão as especificações corretas doslubrificantes.

Uma vez que se identificou correta-mente a viscosidade deve-se verificar se onível de desempenho do produto, ou suaaditivação, é adequado. Os fabricantes dosredutores de velocidade geralmente se ba-

seiam em normas internacionais (AGMA,DIN, US Steel etc). Nos folhetos técni-cos dos lubrificantes para engrenagens ge-ralmente se tem estas informações e caso

Redutores do tipo engrenagem helicoidal (esq.)e bi-helicoidal (dir.). Cada tipo de redução

requer lubrificantes específicos

Fotos Marcos Lobo

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10 • Fevereiro 08

elas não estejam descritas nos folhetos téc-nicos dos produtos é interessante consul-tar o fornecedor.

Ponto importante a se verificar na lu-brificação dos redutores de velocidade é atemperatura em que o óleo lubrificanteestá trabalhando (a temperatura da car-caça não é a mesma do óleo lubrificante)e se a temperatura do óleo lubrificanteexceder a 80ºC é interessante que se pas-se a utilizar um óleo sintético haja vistaque um lubrificante de base mineral tema sua vida útil muito reduzida e não pro-porciona boas condições de lubrificaçãoem temperaturas acima desta. Outra su-gestão para se reduzir a temperatura dosredutores de velocidade é a instalação detrocadores de calor. A condição ideal deoperação é que a temperatura do óleo lu-brificante seja de até 55ºC visto que a cada10ºC de elevação de temperatura a vidaútil do óleo reduz-se à metade e viscosi-dades de óleos lubrificantes diminuemsensivelmente com aumentos de tempe-ratura.

Muitos usuários de redutores de velo-cidade desconsideram a periodicidade detroca recomendada pelos fabricantes. Usu-almente a periodicidade de troca recomen-dada é 2,5 mil horas de trabalho ou umano (o que primeiro ocorrer). Porém, se ovolume de óleo justificar pode-se recorrera análises laboratoriais para se verificartanto o estado do óleo lubrificante comoacompanhar o desgaste do equipamento.

Obviamente que há outros pontos aserem considerados no que diz respeito àlubrificação dos redutores de velocidade,e uma análise pontual de cada equipamen-to é que definirá o produto adequado aser utilizado, a periodicidade de troca equais os acompanhamentos necessários.

A verdade é: redutores de velocidadesão equipamentos muito caros e que, em-bora robustos, se não tiverem cuidados demanutenção adequados causarão muitoscontratempos a seus usuários. Empresas

Plaquetas existentes nos equipamentosindicam a viscosidade correta dolubrificante para cada ocasião

do setor, como a Petrobras, por exemplo,tem corpo técnico de engenheiros em todoo país para auxiliar na recomendação delubrificantes e cuidados de manutenção.Na dúvida, o mais prudente é procurarespecialistas no assunto, evitando estra-gos, paradas desnecessárias e gastos paraconcertar.

A utilização de óleos lubrificantes para engrenagensautomotivas em redutores de velocidade não é indi-cada, por causa das condições diferentes de trabalho

Redutores de velocidade do tipo sem-fim. Odesgaste prematuro é um dos principais problemas

causados pela lubrificação inadequada

Exemplo de trocador de calor, utilizadopara resfriar o óleo lubrificante emsituações de temperatura elevada

. MOs redutores de velocidade estãopresentes nas mais diversas

máquinas instaladas na propriedade

Marcos Lobo mostra os principaiscuidados a serem tomados na

lubrificação de redutores de velocidade

Marcos Thadeu Giacomin LoboPetrobras Distribuidora S.A

. M

Fotos Marcos Lobo

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12 • Fevereiro 08

Tratores T7060 e T7040

Cultivar Máquinas apresenta nestaedição a linha T7000, da NewHolland, composta pelos tratores

T7040 e T7060, uma linha pesada e com mui-ta tecnologia embarcada. Esses tratores são equi-pados com motor turbo intercooler com siste-ma de injeção common rail tier III, admissão dear por todo o capô central, transmissão fullpo-wershift power comand, gerenciamento de po-tência e cabines projetadas ergonomicamentepara facilitar a visibilidade e o trabalho do ope-rador.

O modelo T7040 possui potência de 147kw e 200 cv, com potência extra que alcança172 kw e 234 cv. O torque máximo é de 844Nm e 1.400 rpm, com reserva de torque máxi-ma de 45%. O trator T7060 tem potência de

164 kw e 223 cv e considerada a potência extra,sobe para 178 kw e 242 cv. O torque máximo éde 866 Nm a 1.400 rpm. A reserva de torquefica em 27% para esse modelo.

O motor NH (FPT – Cumminis), tier III,que equipa os dois tratores, conta com seis ci-lindros, 6, 8 L e quatro válvulas por cilindro. Apotência pode ser gerenciada com até 37 cv depotência extra e maior rendimento em aplica-

ções da PTO e transporte. Aeficiência do motor é fa-

cilitada pela menor temperatura do ar de ad-missão e circulação de gases, através do sistemaintercooler.

Com os injetores controlados eletronica-mente (common rail) ocorre a melhora na com-bustão e diminuição no consumo de combus-tível (205 g/kWh). O ar de admissão é refrige-rado com o intercooler. O ventilador vistronic éusado para controle preciso da temperatura. Aaspiração eficiente, com quatro válvulas por ci-

Linha T7000A nova linha de tratores da New Holland, composta pelos tratores T7060 eT7040, destaca-se pela tecnologia embarcada, design arrojado e potência

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“““““Esses tratores são equipados com motor turboEsses tratores são equipados com motor turboEsses tratores são equipados com motor turboEsses tratores são equipados com motor turboEsses tratores são equipados com motor turbo intercooler intercooler intercooler intercooler intercooler com sistema de injeção com sistema de injeção com sistema de injeção com sistema de injeção com sistema de injeção CommonCommonCommonCommonCommonRail TRail TRail TRail TRail Tierierierierier III, admissão de ar por todo o capô central, transmissão III, admissão de ar por todo o capô central, transmissão III, admissão de ar por todo o capô central, transmissão III, admissão de ar por todo o capô central, transmissão III, admissão de ar por todo o capô central, transmissão fullpowershift Pfullpowershift Pfullpowershift Pfullpowershift Pfullpowershift Power Comandower Comandower Comandower Comandower Comand”””””

lindro, proporciona melhora do fluxo de ar e dadistribuição do combustível no motor.

TRANSMISSÃOA transmissão 18X6 fullpowershift, com aci-

onamento eletro-hidráulico, intellishifitTM,conta com câmbio de marchas inteligente, quemede o torque no voltante do motor, dispõe deacoplamento da embreagem de acordo com acarga, compensação automática conforme atemperatura, variação da velocidade de acopla-mento da embreagem de acordo com a carga,câmbios rápidos para carga pesada e câmbiomais gradual para carga leve.

O power command, com função memoryshuttle TM, simplifica mudanças de direção,conta com seleção automática da últimamarcha de frente ou ré e elimina a neces-sidade de cambiar continua-mente. A transmissão auto-

mática mantém a velocidade constante, inde-pendentemente do tipo de terreno. Reduçãofinal, PTO e eixo dianteiro recebem transmis-são direta do motor.

A PTO automática desliga automaticamen-te quando se

sobe o ter-

ceiro ponto e volta a funcionar quando se faz aoperação inversa, de descida. O sistema reduzos esforços do operador, porque simplifica e di-minui o número de operações, aumentando avida útil das transmissões.

A programação de fim de linha (HTS)integra as operações mais im-

portantes, como subida e

Visão frontal e traseira da linha T7000, que vem equipadacom motores de 200 cv e 234 cv, dependendo do modelo

Potência

TorqueReserva

de torque

Máxima (kw/cv)Máxima com

extra potência (kw/cv)Máximo (Nm/rpm)

Máxima

T7040147/200

172/234844 a 1.400

45%

T7060164/223

178/242866 a 1.400

27%

Modelo

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descida do terceiro ponto, acionamento e desa-cionamento da PTO, controle de rpm do mo-tor e das marchas de transmissão. Com umaúnica tecla para acionamento, conta com fácilprogramação, com redução nos tempos de ma-nobra e conseqüentemente menor consumo decombustível.

O sistema hidráulico funciona combomba dupla, circuito de lubrificação e di-reção independentes e maior fluxo hidráu-lico em operações simultâneas. A bombaprincipal tem vazão de 120 l/min e direçãoe lubrificação 66,5 l/min.

REFRIGERAÇÃOO fluxo do refrigerante do motor e óleo de

transmissão conta com mangueiras de maiordiâmetro e trabalha com menor temperaturana transmissão. Com menos aquecimento du-rante as operações, o desgaste também dimi-nui e a vida útil dos componentes do motoraumenta. Radiadores de grande área, grandenúmero de colméias, admissão de ar por todaa parte frontal do capô, radiadores basculan-tes (que facilitam a limpeza e a manutenção),são características do sistema de refrigeraçãoda linha T7000.

SISTEMA ELETRÔNICOO sistema eletrônico canbus transmite

informação em tempo real ao “cérebro” dotrator. A rede que conecta os módulos per-mite trocar informação e identificar proble-mas rapidamente. A linha conta, ainda, comconexão entre os principais sistemas elétri-cos, como motor, transmissão, painel e fun-ções auxiliares. Entre as vantagens desse sis-tema estão a redução na complexidade dochicote elétrico, a menor quantidade de co-nexões (80%), além de permitir eliminarpossíveis pontos de avaria e proporcionarmenor tempo e custo na manutenção.

SENSORESOs sensores de efeito hall, que equipam os

tratores da linha T7000, substituem com efici-

Esquema da transmissão direta do motorpara redução final, PTO e eixo dianteiro

ência os interruptores mecânicos. No lugar decontatos são usadas imagens e o sistema dis-pensa peças móveis que se desgastam e rom-pem. Com o emprego de componentes de altadurabilidade, o tempo de paradas para manu-tenção é minimizado.

SISTEMA HIDRÁULICOA linha T7000 utiliza válvulas hidráuli-

cas tipo haste, usadas nos controles remo-tos, com fechamento mais seguro que asválvulas esféricas standard. Esse sistemaimpede que as válvulas “colem” em posição

Radiador grande, com grande número decolméias, garante uma refrigeração adequada

Comandos simplificados com pré-ajustesfacilitam a vida do operador

Page 15: Maquinas 71

“““““A linha conta, ainda, com conexão entre os principais sistemasA linha conta, ainda, com conexão entre os principais sistemasA linha conta, ainda, com conexão entre os principais sistemasA linha conta, ainda, com conexão entre os principais sistemasA linha conta, ainda, com conexão entre os principais sistemaselétricos, como motorelétricos, como motorelétricos, como motorelétricos, como motorelétricos, como motor, transmissão, painel e funções auxiliares, transmissão, painel e funções auxiliares, transmissão, painel e funções auxiliares, transmissão, painel e funções auxiliares, transmissão, painel e funções auxiliares”””””

A cabine é ampla e o seu desenho prioriza o acesso do operador aos comandos. Bancoergonômico e alavanca de câmbio integrada ao banco são alguns dos detalhes

aberta. Já os vedantes o-ring nos conectoresde potência residual diminuem os riscos devazamentos, mesmo depois de vários servi-ços de manutenção.

CABINEA cabine horizon, que equipa os dois mo-

delos de tratores, possui visibilidade de 360º,desenhada com quatro pilares. O painel decomando está disposto de modo a não preju-dicar a visibilidade e as funções de trabalhoergonomicamente dispostas, com comandosà mão do operador e funções automáticaspara facilitar as aplicações. O nível de ruídoe vibrações é baixo (69,6 dBA). O banco dooperador é pneumático e o ar-condicionado

conta com saídas inferiores.O painel, no estilo de automóveis, faci-

lita a leitura e conta com indicadores de ad-vertência e manutenção. Como opcional, ostratores podem ser equipados ainda com

monitor de performance e radar. Tambémequipam os dois modelos apóia braços, ace-lerador de mão e terceiro ponto eletrônicos,programação de fim de linha (HTS) e ala-vanca de câmbio integrada ao banco. . M

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Semeadora MF 623

Depois de tratores, colhedoras epulverizadores, a Massey Fergu-son colocou no mercado uma li-

nha completa de semeadoras. Para que o leitorpossa conhecer um pouco mais sobre essas no-vas máquinas, preparamos uma ficha técnicado modelo MF 623 M17, uma semeadora des-tinada a médias e grandes propriedades para ocultivo de culturas de inverno e verão, com ca-racterísticas singulares de construção e funcio-namento. “É uma máquina robusta, dimensi-

onada para o trabalho em qualquer situação detopografia, solo e clima, mas de funcionamen-to e regulagens simplificados, além de ser de-senvolvida com a preocupação com a seguran-ça de seus operadores”, define o departamentode Engenharia da empresa.

RESERVATÓRIOSA MF 623 M17 possui reservatório dian-

teiro e traseiro, um para cada grupo de linhas,propiciando um melhor posicionamento dos

condutores, evitando ân-gulos e montagens desfa-voráveis. Possui tampa in-terna no compartimentoda semente, permitindo oabastecimento sem a mis-tura dos produtos. A divi-

sória interna removível permite a conversãodos reservatórios somente para fertilizante ousemente, ampliando a sua capacidade. Viso-res dianteiros nos compartimentos de fertili-zantes garantem uma fácil visualização do pro-

Semeadora MF 623Projetada para médias e grandes propriedades a semeadora MF 623

M17, para culturas de inverno e verão, é um dos modelos que compõem arecém-lançada linha para plantio Massey Ferguson

As linhas de adubo sãodesencontradas, com discos de 17"

Rodas limitadoras de profundidade com regulagem dealtura e rodas compactadoras com ajuste de pressão

Page 17: Maquinas 71

Fevereiro 08 • 17

“É uma máquina robusta, dimensionada para o trabalho em qualquer situação“É uma máquina robusta, dimensionada para o trabalho em qualquer situação“É uma máquina robusta, dimensionada para o trabalho em qualquer situação“É uma máquina robusta, dimensionada para o trabalho em qualquer situação“É uma máquina robusta, dimensionada para o trabalho em qualquer situaçãode topografia, solo e clima, mas de funcionamento e regulagens simplificados”de topografia, solo e clima, mas de funcionamento e regulagens simplificados”de topografia, solo e clima, mas de funcionamento e regulagens simplificados”de topografia, solo e clima, mas de funcionamento e regulagens simplificados”de topografia, solo e clima, mas de funcionamento e regulagens simplificados”

duto existente no reservatório.Para garantir a segurança e facilitar o abas-

tecimento e a operação, possui plataformascentral e lateral amplas e antiderrapantes, bemcomo exclusiva plataforma lateral basculanteque facilita o acesso à carroceria de caminhõese carretas agrícolas para abastecimento comsacaria.

REGULAGEM E DOSAGENSSistema de câmbio rápido e prático das

rodas dentadas, dispensando o uso de ferra-mentas e possibilitando ampla gama de com-binações para a dosagem de fertilizante e se-mente. Dispõe ainda de sistema prático e defácil acesso para desligamento de meia má-quina para a execução de arremates.

Este modelo tem três opções de dis-tribuidores de fertilizantes. Eles po-dem ser por sistema de roscas sem-

fim acionadoras e rotores fundidos realizandoa limpeza do sistema; por eixo rotativo comrosca sem-fim em aço-mola com passo de 1” e2”, com carcaça de polímero revestida inter-namente; e por dosador de precisão. Isento degraxeiras, com lubrificação permanente, ga-rante fertilizante na medida de cada lavoura,gerando alta germinação e desenvolvimentouniforme das culturas com mais praticidade,

Rodados de transporte facilitam o trânsito emestradas estreitas e passagem em porteiras

Distribuição de sementes para culturas deinverno com rotor acanalado helicoidal

Fotos Massey Ferguson

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precisão, eficiência e muito mais economia.

DEPOSIÇÃOA MF 623 M17 conta com três opções de

deposição de fertilizantes. O tipo sulcadordesarme-arme, uma tecnologia exclusiva quegarante maior agilidade no plantio, diminu-indo o número de paradas, além de proteção,garantia de durabilidade dos demais compo-nentes da máquina e segurança do operador.Por mais que sua construção seja de certa for-ma complexa, o princípio de seu funcionamen-to é bastante simples. Enquanto desloca-secalado recebendo apenas a resistência do solo,o sulcador trabalha normalmente. Ao recebero impacto ocasionado por pedra, grande raizou outro obstáculo, o sulcador desnuca-se per-mitindo que a linha passe sem que ocorra ne-nhum dano. Ao superar o obstáculo, o sulca-dor volta a sua posição de trabalho automati-camente, sem que haja a necessidade de reali-zar nenhuma operação posterior ao desarme.O processo todo ocorre sem que o operadornecessite descer do trator.

Já o tipo sulcador afastado, com maior dis-tância em relação ao solo, permite a regula-gem ideal nas condições mais severas de plan-tio.

A linha do fertilizante para culturas deverão adota o mesmo sistema de discos du-plos da semente, maior economia na configu-ração múltipla.

Tanto o sulcador afastado quanto o sulca-dor desarme-arme são dotados de aberturatraseira, evitando a obstrução na queda do fer-tilizante e permitindo a distribuição do mes-mo ao longo do sulco, melhorando significati-vamente a emergência e a germinação.

LINHA DO FERTILIZANTEAs linhas do fertilizante são desencontra-

das, garantindo melhor vazão da palha, aca-

bamento e velocidade de plantio. Regulagemde pressão é de fácil acesso. Para culturas deverão, utiliza disco de corte de 17”.

RODADOSA MF 623 M17 possui rodados deslocá-

veis que possibilitam a montagem dos diver-sos espaçamentos, sem que os pneus passemsobre as linhas já plantadas. Um rodado arti-culado de atuação instantânea garante o con-tato com o solo e o movimento constante nastransmissões. Como opcional, existe o rodadocom pneu 400x60x15,5 de alta flutuação.

DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTESA distribuição de sementes para cultu-

ras de inverno é feita por rotor acanaladohelicoidal, com regulagem fácil e precisa, vi-sualização através de indicador escalonado.Nas culturas de verão utiliza sistema “pi-poqueira”, garantindo maior qualidade euniformidade, e compactador em “V” oucompactadores planos, adequando-se a cadasituação de plantio.

O sistema para a troca de culturas érápido e prático. Para todas as versões, alinha da semente é pantográfica e utilizadiscos duplos defasados, sendo um de14” e outro de 15”.

A Semeadora MF 623 M17 é indicada para médias e grandes propriedadese possui tecnologia que garante maior precisão no plantio

O dosador automático de fertilizante dispensagraxeiras e tem lubrificação permanente

Plataformas central e lateral facilitam o acessoe aumentam a segurança do operador

Sistema de câmbio rápido das rodas dentadas dispensao uso de ferramentas e possibilita várias combinações

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Fotos Massey Ferguson

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ajustes de colhedora

Arevisão da colheitadeira deveser realizada com tempo, semapuros, assim como o planeja-

mento das peças de reposição que deveser feito com antecedência para que es-tejam disponíveis no momento da reali-zação da revisão. Pode ocorrer que de-terminadas peças não estejam na conces-sionária mais próxima, neste caso, deve-rão ser enviadas da fábrica ou de um de-pósito de distribuição e podem demoraralguns dias até chegar. Quando a safraestá próxima há vários outros trabalhosa serem executados e o que deve ser feitoantes não pode concorrer com o que pre-

cisa ser feito naquele momento. O bompreparo para a safra contribui para que acolheita transcorra sem sobressaltos.

Antes de começar a revisão tenha fer-ramentas, peças e lubrificantes prontose disponíveis.

IDENTIFICAR CORREIASCorreias gastas apresentam a sessão

transversal diminuída com as superfíci-es laterais lisas e brilhosas. A partir docone, a sessão pode apresentar trincastransversais. Quando este é o caso, a ca-pacidade de transmissão de força da cor-reia fica restrita aos cordonéis da su-perfície costal e pode rompera qualquer momento.Cordonéis rompi-dos e soltos

indicam desalinhamento das polias, tan-to tensora como motora e movida.

CORRENTES GASTASCorrentes gastas aumentam o baru-

lho característico de funcionamento e omovimento lateral. O nível de desgastepode ser verificado através da mediçãode uma corrente sem uso, dividindo adimensão total por seus elos. O recomen-dável é medir pelo menosdez elos para

Sem sobressaltosÉ hora de colocar em ordem as colheitadeiras para a nova safra de arroz.

Aqueles probleminhas que ficaram pendentes da última temporada precisamser corrigidos agora, para evitar paradas no decorrer da colheita

Todas as correias, que compõem a motorizaçãoe o sistema de trilha, devem ser verificadas,

recolocadas no lugar, com ajuste de tensão correto

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“““““Quando a safra está próxima há vários outros trabalhos a serem executados e o queQuando a safra está próxima há vários outros trabalhos a serem executados e o queQuando a safra está próxima há vários outros trabalhos a serem executados e o queQuando a safra está próxima há vários outros trabalhos a serem executados e o queQuando a safra está próxima há vários outros trabalhos a serem executados e o quedeve ser feito antes não pode concorrer com o que precisa ser feito naquele momentodeve ser feito antes não pode concorrer com o que precisa ser feito naquele momentodeve ser feito antes não pode concorrer com o que precisa ser feito naquele momentodeve ser feito antes não pode concorrer com o que precisa ser feito naquele momentodeve ser feito antes não pode concorrer com o que precisa ser feito naquele momento”””””

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diminuir o erro de medição. Um desgas-te a partir de 50% dos roletes pode inter-romper o trabalho em plena colheita, porrompimento da corrente ou escape dasengrenagens.

Assim como as correntes, as engrena-

gens sofrem desgaste e precisam ser subs-tituídas. Quando os dentes co-meçam a ficar agudos é hora detrocá-las, pois já não transmitema força eficazmente e podemcausar rompimento da corrente.

ANTES DE REVISAROs recursos para uma boa revi-

são são importantes e devem estar dis-poníveis e ao alcance das mãos duranteo trabalho de revisão. O primeiro item éo manual do operador, ao lado das ferra-mentas de boa qualidade, que são igual-mente importantes, inclusive algumas es-peciais como torquímetro, trena e paquí-

metro. Uma vez organizados os recur-sos necessários, o trabalho pode seriniciado. Para determinados traba-lhos que eventualmente não se temos recursos adequados na proprieda-

Quando não existe na propriedade todos osequipamentos necessários para os ajustes,

deve-se chamar serviço especializado

A tensão e a lubrificação das correntessão outros itens que necessitam

de atenção especial

de, convém solicitar aos especialistas daconcessionária.

ROLAMENTOS GASTOSRolamentos em bom estado giram li-

vres, sem barulho e não apresentam fol-ga. As vedações devem estar no lugar eimpedir a entrada de sujeira e manter agraxa dentro do rolamento.

RODAGEMA revisão pode começar pelos pneus,

verificando a pressão e identificandoeventuais vazamentos de ar e o nível dedesgaste. Pneus muito gastos rompem-se mais facilmente que os em bom esta-do. O próximo passo são os cubos de roda

e a fixação das rodas. Os cubos de rodapodem ser verificados deixando a

roda levantada do chão e giran-do-a com a mão, o girar deveser macio, sem ruídos. Folgasexcessivas podem ser o sinal

Fotos Massey Ferguson

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da necessidade de ajuste da folga entredentes das engrenagens ou mesmo folgaexcessiva de rolamentos cônicos. As ro-das devem estar com todos os parafusose apertadas com torque específico. Os va-lores para o torque das rodas são encon-trados no manual do operador. O uso deum torquímetro para o aperto é necessá-rio para não romper o parafuso ou dei-xá-lo com falta de aperto. Em ambos oscasos, com excesso ou falta de aperto, afixação sofrerá danos em operação.

CORREIASAs correias devem ser recolocadas no

lugar e deixadas com a tensão de traba-lho. Tensão a menos faz as correias pati-narem excessivamente, enquanto a ten-são a mais causa desgaste prematuro dascorreias e rolamentos, até mesmo o rom-pimento do eixo. A superfície das poliasdeve ser isenta de ferrugem ou corrosão

e perfeitamente lisa. Do contrário as cor-reias sofrem desgaste acelerado em mui-to pouco tempo.

EMBREAGENS DESLIZANTESAs molas que dão pressão às embreagens

devem ser verificadas quanto à pressão ou àdimensão. O ajuste das molas é bastantepreciso para assegurar o torque específico.

Pressão muito alta deixa a embreagem semefeito e, pressão muito baixa, faz patinar ocomponente em trabalho normal. Tanto osdiscos como as superfícies das embreagens,assim como as catracas, devem ser limpas eajustadas para o torque recomendado nomanual do operador. Ao final dos ajustes otorque deve ser verificado com um torquí-metro.

CORRENTESAs correntes podem ser de diferentes

dimensões, dependente da carga a sertransmitida. Quanto ao lubrificante, elepode ser um óleo ou uma mistura em for-ma de aerosol, disponível no mercado.Compostos preparados em casa, com gra-fite e álcool ou grafite e óleo, podem serutilizados, igualmente, com bons resul-tados.

O alinhamento das correias e corren-tes é de vital importância para a uma vidaútil longa. Isto se faz preferencialmentecomo último passo, depois de limpas eesticadas.

Outro cuidado importante é com oalinhamento das correias e correntes,

detalhe vital para evitar desgastes

Variadores de velocidade por correia como o do cilin-dro de trilha, transmissão e ventilador podem estar

emperrados por sujeira ou deterioração do lubrificante

O sistema de rodagem deve sercuidadosamente inspecionado, desde os

pneus até o estado dos rolamentos internos

Fotos Massey Ferguson

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“““““Após uma revisão criteriosa, sua colheitadeira estará pronta paraApós uma revisão criteriosa, sua colheitadeira estará pronta paraApós uma revisão criteriosa, sua colheitadeira estará pronta paraApós uma revisão criteriosa, sua colheitadeira estará pronta paraApós uma revisão criteriosa, sua colheitadeira estará pronta paraenfrentar a nova safra com segurança e sem perda de tempoenfrentar a nova safra com segurança e sem perda de tempoenfrentar a nova safra com segurança e sem perda de tempoenfrentar a nova safra com segurança e sem perda de tempoenfrentar a nova safra com segurança e sem perda de tempo”””””

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DESGASTES POR ABRASÃOA casca do arroz, assim como a palha,

tem alto grau de abrasividade, por isso cau-sa desgaste acentuado nas peças de maiorcontato como chapas, dentes do cilindro ecôncavo, sem-fins, barras do batedor tra-seiro e barras da esteira alimentadora. Es-tes componentes quando muito gastos dei-xam de cumprir eficientemente suas fun-ções e podem chegar ao rompimento, dan-do vazamento de grãos ou causando danosem outros componentes quando rompem.Para fazer estes reparos é necessário maistempo, por isso, convém fazer este traba-lho durante a entressafra, com um poucomais de tempo.

LUBRIFICAÇÃOEm muitas situações as colheitadei-

ras trabalham durante a safra em lavou-ras com água e barro, permitindo a en-trada de sujeira nos rolamentos e man-cais. A sujeira é altamente nociva aometal e aos rolamentos quando não é re-movida imediatamente. Uma boa práti-

Sobras de culturas anteriores depositadas emlocais de ventilação podem prejudicar a

refrigeração de componentes importantes Todos os filtros devem sertrocados juntamente

com os óleos lubrificantesca é eliminar as impurezas lubrificandoos mancais e colocar em funcionamentoa máquina. Mesmo que isto tenha sidofeito logo após a safra, depois de limpara máquina, é conveniente repetir a lu-brificação antes de iniciar a safra. Os lu-brificantes oxidam quando parados porlongo período e perdem a eficácia de lu-brificação.

FILTROSOs filtros de óleo hidráulico e de motor

são trocados junto com a troca dos óleos.Assim como os óleos, os filtros também de-terioram, com o passar do tempo, de formaque o momento ideal de troca é antes de seiniciar a nova safra. A especificação dos óle-os e graxas segue o critério do melhor de-sempenho com o menor custo. Para seguiresta recomendação, deve-se empregar os óle-os e as graxas especificados no manual dooperador.

VEDAÇÕESEntre as peças móveis, tais como ban-

dejão, canal embocador, sem-fins transpor-tadores e caixa de peneiras, estão as veda-ções para evitar o vazamento de grãos. Es-sas tiras de borracha se desgastam e neces-sitam ser trocadas periodicamente. Para fa-zer essa troca é necessário retirar os compo-nentes da máquina. Perdas significativaspodem ocorrer quando estas vedações esti-verem deterioradas.

VARIADORESTambém é necessário verificar o esta-

do dos variadores de velocidades por cor-reia como do cilindro de trilha, transmis-

são e ventilador que podem estar emper-rados em função de sujeira ou deteriora-ção do lubrificante. Se após a lubrifica-ção não voltarem a funcionar, a saída é adesmontagem e uma criteriosa limpeza.Cuidado ao desmontar variadores de ve-locidade, uma das polias tem carga demola e o descuido na desmontagem podecausar acidentes. Consulte o manual deoficina ou deixe este serviço para um es-pecialista.

Verifique também as polias variadorasquanto a vazamentos, eles são normalmen-te a conseqüência de vedantes gastos.

Após uma revisão criteriosa, sua co-lheitadeira estará pronta para enfrentara nova safra com segurança e sem perdade tempo. Lembre-se de que peças origi-nais são garantidas pelo fabricante.

José Newton Scherer,AGCO

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Desgastes causados devido à abrasividade dacasca do arroz são comuns. Essa manutenção émais complexa e deve ser feita na entressafra

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Forrageira Autopropelida 7350

Anova forrageira autopropelidaJohn Deere, modelo 7350, reú-ne conforto, potência, rendimen-

to e qualidade de material picado. É equi-pada com o novo motor 13.5 litros de 479cv (1.900 rpm) e a nova plataforma rotativaKemper 360, de seis metros delargura.

MOTORA forrageira 7350 está equipada com o

novo motor PowerTech Plus™ 13.5 litros

que, além de possuir todas as vantagens deum motor agrícola, é especialmente proje-tado para aplicações contínuas com altos re-querimentos de potência e torque, poden-do desempenhar até 479 cv a uma rotaçãode 1.900 rpm. Este motor possui quatro vál-

vulas por cilindro, proporcionando maiortorque e mais potência do que qualqueroutro motor que equipa uma forrageira au-topropelida. O eixo do comando de válvu-las é em aço forjado, com três buchas adici-onais para maior rigidez, e as novas camisasdo cilindro oferecem maior resistência.

Esta nova tecnologia também proporci-ona um melhor aproveitamento do combus-

tível, tornando a operação mais ren-tável e econômica. Gerenciada ele-

tronicamente por uma ECU(Unidade de Controle Ele-

trônica) que agora possuio dobro de memória e

Forrageira 7350A John Deere acaba de lançar a forrageira autopropelida 7350, para grandesáreas e aplicações contínuas. Rendimento e potência sobram nesta máquina

impulsionada por nada menos do que 479 cv

O motor que equipa a 7350 é um PowerTech PlusTM de 13,5 litrosque gera uma potência de 479 cv a uma rotação de 1.900 rpm

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Fevereiro 08 • 25

“““““A nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneA nova forrageira autopropelida John Deere, modelo 7350, reúneconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picadoconforto, potência, rendimento e qualidade de material picado”””””

cinco vezes mais a potência computacionaldos motores Tier 2, ela conta com um siste-ma de diagnósticos dinâmicos e é capaz dearmazenar até sete conjuntos de dados dediagnóstico. Esta unidade permite obter di-

agnósticos, relatórios de desempenhoe sinaliza ao operador sobre manu-

tenções e possíveis falhas noequipamento.

SISTEMA DE ARREFECIMENTOPara atender as mais varia-

das necessidades a máquinaestá equipada com um moder-no sistema de arrefecimento,que aperfeiçoa o fluxo de ar, fa-

zendo com que o rendimento do trabalhonão seja prejudicado.

Todo o pacote de refrigeração está loca-lizado na parte posterior da máquina comgrande facilidade de acesso para manuten-ção. Inclusive a tela rotativa é escamoteá-vel, a fim de facilitar ainda mais o acesso aopacote de refrigeração.

PLATAFORMAA plataforma é

uma rotativaKemper série300, modelo360, com seismetros de lar-

gura de corte. Com um design testado e apro-vado com muitos anos de uso em diversasculturas eretas, tais como milho, sorgo, mi-lheto etc, seu comprimento é menor, o quefaz com que seja dispensado o uso de con-trapesos e a carga sobre os eixos seja reduzi-da. Possui extremidades dobráveis, o quereduz a largura de transporte de 2,95 m.Possui tambores com discos rotativos querecolhem a cultura com rapidez e eficiên-cia, mesmo em culturas “acamadas”. Pos-sui lâminas de corte revestidas com carbo-nato de tungstênio, que proporcionam maiordurabilidade e eficiência de corte.

Outro grande diferencial é que para aplataforma Kemper 360 o sentido de cor-

te não interessa, ou seja, é possível co-lher em qualquer direção sem preci-sar seguir as linhas de plantio, semdesperdícios.

O pacote de refrigeração está localizado na parte posterior da máquina, acessívelpara manutenção. A tela rotativa é escamoteável a fim de facilitar o acesso

A plataforma é uma rotativa Kemper série 300,modelo 360, com seis metros de largura de corte

Fotos John Deere

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As teclas “+/-”são utilizadas para configurar a rotaçãodo motor e “A/B” para memorizar e selecionar

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃOO sistema de alimentação é muito im-

portante em forrageira, uma vez que a pro-dutividade desta máquina pode passar tran-qüilamente das 100 toneladas de silagem porhora. O fluxo do material segue uma linhareta, sem sofrer grandes desvios com a fina-lidade de diminuir as perdas de carga e oatrito do material no interior da máquina.O Fluxo de material é subdivido em seisconjuntos.

Os rolos de alimentação, de aço inoxi-dável desmagnetizado, são dotados de sol-das especiais para não causar interferên-cia no sistema de detecção de metal. Osistema de detecção de metal fica dentrodo rolo alimentador frontal inferior. Elesgiram acompanhando o perímetro do ci-lindro de corte no sentido radial, manten-do o controle de prensagem do material aser processado e facilitando assim o cortedas partículas, diferentemente dos siste-mas convencionais que se movimentamverticalmente.

O cilindro de corte é composto porum conjunto de 48 facas, o seu desenhoé fechado, impedindo a entrada de ma-terial no seu interior e diminuindo a re-circulação de material. A rotação de tra-balho é de 1.000 rpm e por ser de altainércia, consome menos potência e um

corte mais suave, sem trepidações.O processador de grãos é um sistema

utilizado nas culturas que possuem grãosna silagem, como milho e sorgo. O mate-rial já picado passa por dentro dos rolosque giram em sentido contrário e comuma rotação com diferença de 21%. Istofaz com que o material sofra uma pren-sagem e um leve atrito. Este atrito fazcom que cada grão rompa a casca. Umavez rompida a casca do grão, este é me-lhor aproveitado pelo rúmen dos animaisque serão alimentados, maximizando as-sim, todos nutrientes contidos nos grãos.Este processo melhora significativamen-te a qualidade da silagem e a resposta naprodução de carne ou leite. No caso desilagem pré-secada ou outra cultura semgrãos que não necessitam deste sistema,o processador de grãos é facilmente re-movido e em seu lugar é montada umacalha de transição.

Após o material ser processado, elepassa pelo impulsor. O objetivo aqui élançar o material no reboque ou na car-roceria do caminhão com força o sufici-ente para evitar desperdícios. A impor-tância deste item é percebida quando ooperador enfrenta terrenos irregularesonde é preciso lançar o material a gran-des distâncias.

CABINE DE CONTROLEA forrageira 7350 é equipada com uma

cabine onde conforto, segurança, conveni-ência e visibilidade são prioridades. O vo-lante da coluna de direção é dotado de mo-vimento telescópico e de inclinação, parafacilitar a adaptação do operador. O assen-to é com suspensão pneumática com váriosajustes (peso, tamanho e altura do opera-dor). Possui assento auxiliar para maior con-veniência de treinandos. O espaço interioré amplo e a cabine possui uma grande áreaenvidraçada, a fim de proporcionar um cam-po de visão maior. Para auxiliar em opera-ções noturnas, possui luzes de trabalho no-turno de longo alcance. Outros itens de sé-rie como ar-condicionado ClimaTrack™,compartimento refrigerado, tomada de for-ça de 12 volts, compartimento para agendae celular, fazem parte dos elementos que

Detalhes do conjunto que compõe osistema de alimentação da 7350

48 facas compõem o cilindro de corte, quegira a uma velocidade de 1.000 rpm

Processador de grãos, opcional para culturas quepossuem grãos na silagem, como milho e sorgo

Visão geral do projeto da novaforrageira autopropelida 7350

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Fevereiro 08 • 27

“““““TTTTToda operação é gerenciada por um controlador eletrônico conectado a sensoresoda operação é gerenciada por um controlador eletrônico conectado a sensoresoda operação é gerenciada por um controlador eletrônico conectado a sensoresoda operação é gerenciada por um controlador eletrônico conectado a sensoresoda operação é gerenciada por um controlador eletrônico conectado a sensoresde impacto, motores elétricos, potenciômetros, motores e válvulas hidráulicasde impacto, motores elétricos, potenciômetros, motores e válvulas hidráulicasde impacto, motores elétricos, potenciômetros, motores e válvulas hidráulicasde impacto, motores elétricos, potenciômetros, motores e válvulas hidráulicasde impacto, motores elétricos, potenciômetros, motores e válvulas hidráulicas”””””

Alavanca do controle de potência,localizada estrategicamente

. M

compõem a cabine.A afiação de facas e o ajuste da contra-

faca são acionados automaticamente dedentro da cabine, é realizado no sentidoinverso do cilindro de corte, isto é, propor-ciona uma afiação de facas mais eficiente ecom menor desgaste de pedras e facas. Oajuste da contra-faca também é realizadoda mesma forma. Pressionado apenas umbotão a máquina realiza toda a tarefa deajustar milimetricamente a distância dasfacas e da contra-faca com precisão e segu-rança. Toda operação é gerenciada por umcontrolador eletrônico conectado a senso-res de impacto, motores elétricos, potenci-ômetros, motores e válvulas hidráulicas.Durante a operação, o operador pode mo-nitorar observando no display de coluna decanto.

O sistema detector de metal Itelliguard™

protege o equipamento de danos físicos e osanimais que consumirem a silagem de ele-mentos estranhos na dieta. Este sistemadetecta o material estranho através de umcampo magnético antes dos rolos alimenta-

dores, envia a informação para um contro-lador eletrônico que analisa e processa a in-formação e, se for realmente um metal, co-manda a parada imediata do sistema de ali-mentação. Isto tudo em apenas 40 milisse-gundos. Na cabine são disparadas uma si-rene e uma luz de alerta que indica ao ope-rador onde está o metal detectado pelo sis-tema, a fim de facilitar a remoção pelo ope-rador.

O IVLOC, variação infinita do com-primento de corte, é um sistema que per-mite que o operador ajuste o comprimen-to de corte de dentro da cabine, girandoapenas um botão em plena operação. Aimportância deste item está relacionadadiretamente à qualidade da silagem ar-mazenada que depende do teor de umi-dade do material, do tamanho da partí-cula e da compactação do silo. Ou seja,as variações apresentadas no teor deumidade da cultura podem ser ameniza-das variando o tamanho da partícula eem conseqüência poupar combustíveldurante a compactação do silo.

Posto de comando, coluna de direção com movimentotelescópico e assento com suspensão pneumática

A cabine é ampla, com poucos pontoscegos e grande ângulo de visão

Fotos John Deere

À esquerda, coluna onde são monitoradas as facasde corte. À direita, manche e principais comandos

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aplicação

Uma das “novidades” no meioagrícola, diz respeito às discus-sões sobre o tratamento fitos-

sanitário na cultura do milho, em particu-lar, às aplicações de fungicidas.

É sabido que as doenças causam prejuí-zos maiores ou menores, que em alguns ca-sos justificam uma intervenção pontual, afim de garantir a manutenção dos lucros eda rentabilidade do cultivo.

Com a ascensão dos preços do milho,que nesta safra está batendo seus recordeshistóricos, e as boas condições climáticas queestão proporcionando um desenvolvimen-to adequado para a cultura, na maioria dasregiões o tratamento fúngico voltou à cenae se tornou motivo de acaloradas discussõesentre técnicos, pesquisadores e produtoresrurais.

Enquanto alguns defendem a aplicaçãode fungicida no milho, outros se opõem,cada qual com o argumento próprio e to-dos, de maneira geral, com alguma razão. Ofato em si é que as doenças causam sim pre-

juízos econômicos que, em determinados“materiais”, são ainda maiores.

Em razão disto, a Fundação ABC, deCastro (PR), com o apoio do Nata (PR),Núcleo e Aviação e Tecnologia Agrícola doParaná, da Unicentro, Universidade Esta-

dual do Centro-Oeste, realizou Ensaio deCampo, contando com a participação daBasf agroquímicos, Inquima tecnologia deaplicação, e Agrovel Aviação Agrícola, visan-do identificar a validade do tratamento fún-gico na cultura do milho, o melhor momento

InvestidaaéreaEnsaio avalia desempenho daaplicação aérea de fungicidas nocontrole de doenças fúngicas nacultura do milho

Os testes foram realizados paraverificar a eficiência dos

fungicidas na cultura do milho

InvestidaaéreaEnsaio avalia desempenho daaplicação aérea de fungicidas nocontrole de doenças fúngicas nacultura do milho

Fotos Jeferson Luis Rezende

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Ensaios mostraram que em aplicações comdez litros por hectare a cobertura foi boa,inclusive nos terços inferiores das plantas

“““““Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros se opõem,Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros se opõem,Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros se opõem,Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros se opõem,Enquanto alguns defendem a aplicação de fungicida no milho, outros se opõem,cada qual com o argumento próprio e todos, de maneira geral, com alguma razãocada qual com o argumento próprio e todos, de maneira geral, com alguma razãocada qual com o argumento próprio e todos, de maneira geral, com alguma razãocada qual com o argumento próprio e todos, de maneira geral, com alguma razãocada qual com o argumento próprio e todos, de maneira geral, com alguma razão”””””

Fevereiro 08 • 29

para realizá-lo, a qualidade de adjuvantes e,ainda, avaliar o tratamento aéreo: a sua efi-cácia. Os ensaios foram realizados e coor-denados pelo agrônomo Carlos André Schi-panski, sob a supervisão do agrônomo Ola-vo Corrêa da Silva, ambos pertencentes aosquadros da Fundação ABC.

Uma apresentação preliminar foi reali-zada dia 31 de janeiro pela Fundação, emCastro, para agrônomos dos departamen-tos técnicos das três Cooperativas coliga-das: Arapoti, Batavo e Castrolanda. Nestaoportunidade, ocorreram palestras sobre atecnologia aeroagrícola - para desmistifi-car esta modalidade junto aos agrônomos;exposições sobre o desempenho das apli-cações; análise de algumas plantas (trazi-das do campo experimental), comparandoos resultados dos diversos tratamentos efe-tuados, terrestre e aéreo, com diferentestipos de adjuvantes, visando, principalmen-te, prevenir ou combater a ferrugem co-mum (Puccina sorghi) do milho, dentreoutras doenças.

De forma resumida, é oportuno ressal-tar que para os materiais mais produtivos aaplicação do defensivo se mostrou válida einteressante economicamente.

Outro ponto observado, diz respeito aomomento da entrada: a aplicação tratoriza-da foi realizada 15 dias antes da aérea (estana fase de pendoamento), fato que interfe-riu sobre o controle da ferrugem (Pucciniasorghi), que já estava presente na lavoura.

Isso é importante porque mostra que in-dependentemente do equipamento agrícolaque será usado, trator ou avião, o momentoda entrada e o defensivo escolhido serão defundamental importância para o efetivo con-trole sobre as doenças: fechando as “portas”

para as mesmas ou limitando os seus danos.Esta informação serviu para demons-

trar que não há um momento único, fixo,para o tratamento fúngico, mas que a la-voura deve ser monitorada constantemen-te e que a entrada deverá ser preferencial-mente preventiva.

Os ensaios mostraram que a aplicaçãoaérea é segura e eficiente, e que conseguemesmo com apenas dez litros por hectare,realizar uma boa cobertura sobre a planta,inclusive nos terços inferiores. Neste caso éimportante fazer um “parêntese” e ressal-tar que as aplicações com volume de vazãode 20 litros por hectare, apresentaram umaperformance melhor, com um maior núme-ro de gotas atingindo o terço inferior, masque, a princípio, não se justifica quandoanalisado o custo/benefício do serviço aé-reo contratado.

Estas informações serviram para desmis-tificar um pouco a tecnologia aeroagrícola,principalmente os sistemas BV e/ou BVO,que eram vistos com muita restrição em toda

a região.Uma outra questão bastante discutida

foi a qualidade dos serviços aéreos, já quenesta safra voaram três empresas diferen-tes, com tecnologias agrícolas distintas. E,em algumas aplicações, ocorreram falhas.Isso, sem dúvida alguma, foi e tem sido o“calcanhar-de-aquiles” da aviação: um tra-balho mal feito prejudica muito toda a ima-gem da atividade.

De maneira geral, foi possível observarcerto entusiasmo em grande parte dos téc-nicos, que começam a enxergar o avião comouma ferramenta importante para a culturado milho, especialmente levando em consi-deração o ingresso definitivo das aplicaçõesfúngicas, em boa parte (senão na maioria)dos “materiais” mais produtivos.

Vale ressaltar que a Fundação ABC éuma das mais conceituadas instituições depesquisas agropecuárias do país e está sedi-ada numa região envolta de alta tecnologiaembarcada no campo. Portanto, os resulta-dos finais colhidos serão de grande valia ecredibilidade para todos que atuam no se-tor de agronegócios e aeroagrícola.

A escolha da empresa prestadora deserviço é outro fator que pode interferir

no resultado final da aplicação

Jeferson Luis Rezende eSidnei Osmar Jadoski,Nata/PR-Unicentro

. M

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agricultura de precisão

30 • Fevereiro 08

Faz mais de duas décadas que aagricultura de precisão está sen-do objeto de pesquisa em todo o

mundo. O que era apenas uma promessade revolução tecnológica nas teses de mes-trado de universidades americanas tor-nou-se realidade. À medida que as tecno-logias vão sendo validadas chegam aomercado mais rapidamente e com preçoscada vez mais atraentes. Hoje, o objetivoé tornar todas as tecnologias de AP, quecompreendem desde o sistema de posici-onamento global (GPS), passando pelosequipamentos eletrônicos de controle,imagens por sensoriamento remoto, do

hardware e software, a máquinas e imple-mentos específicos, acessíveis aos agricul-tores, fornecendo uma alternativa tecno-lógica que permite, comprovadamente,aumentar a rentabilidade da atividadeagrícola e minimizar os impactos ambi-entais.

Do ponto de vista tecnológico, nãoexistem mais dúvidas com relação aos be-nefícios econômicos e ambientais que aagricultura de precisão entrega aos seususuários. O simples fato de tratar perso-nalizadamente cada mínimo local de pro-dução, utilizando insumos de produçãoespecíficos, na quantidade necessária, no

momento certo, por si só justifica os pe-sados investimentos de muitas empresaspúblicas e privadas na oferta desta tecno-logia. Enquanto as pesquisas miram o fu-turo buscando agregar novas tecnologiasfocadas principalmente em sensoriamen-to remoto e em tempo real, as empresascorrem para oferecer equipamentos pron-tos e práticos para agricultura de preci-são. À medida que sua adesão aumenta ospreços caem, acelerando o ciclo de inova-ção tecnológica.

Inúmeras pesquisas americanas apon-tam as principais razões para a adesão ounão dessa tecnologia. Do lado dos que

A hora é agoraA hora é agoraJohn Deere

De simples promessa, há poucos anos,a ferramenta quase obrigatória paraos produtores que querem atingir aprodutividade máxima atualmente,a agricultura de precisão embarcadefinitivamente nas máquinas

De simples promessa, há poucos anos,a ferramenta quase obrigatória paraos produtores que querem atingir aprodutividade máxima atualmente,a agricultura de precisão embarcadefinitivamente nas máquinas

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“““““ÀÀÀÀÀ medida que as tecnologias vão sendo validadas chegam ao medida que as tecnologias vão sendo validadas chegam ao medida que as tecnologias vão sendo validadas chegam ao medida que as tecnologias vão sendo validadas chegam ao medida que as tecnologias vão sendo validadas chegam aomercado mais rapidamente e com preços cada vez mais atraentesmercado mais rapidamente e com preços cada vez mais atraentesmercado mais rapidamente e com preços cada vez mais atraentesmercado mais rapidamente e com preços cada vez mais atraentesmercado mais rapidamente e com preços cada vez mais atraentes”””””

aderiram, o aumento da rentabilidadecomo conseqüência da otimização na uti-lização dos insumos e pelo aumento deprodutividade é o motivo mais citado. Osprodutores que ainda resistem, citam omedo da tecnologia e o alto investimentonecessário como barreiras que impedemsua adoção. A noção de que somente em-presas com escala de produção são usuá-rias da tecnologia perde sentido à medidaque a tecnologia é simplificada e ofereci-da por empresas de terceirização de ope-rações agrícolas.

Na Argentina, país que mais investe eutiliza agricultura de precisão na Améri-ca do Sul, aproximadamente 30% da pro-dução de soja, milho, girassol e trigo sãoproduzidos desta forma. Vários são os mo-tivos que tornaram a AP tão difundida eresponsável pelo crescente mercado demáquinas, equipamentos e softwares liga-do a esta tecnologia. A terceirização dasoperações agrícolas é uma das práticas queajudaram a levar a agricultura argentinaa ser a terceira maior economia agrícolamundial. Aproximadamente 70% da co-lheita, 50% da pulverização e 30% doplantio são realizados desta maneira, atra-vés dos “contratistas” que, equipando suasmáquinas com GPS, monitores de colheitae computadores de taxa variável, permiti-ram a seus clientes não só adotar comopassaram a exigir a inovação de seus pres-tadores de serviço. Outro fator crucial é aextrema necessidade de rentabilidade naatividade que os produtores argentinos sãoconfrontados em face, principalmente, dafalta de crédito oficial subsidiado paraprodução e dos altos impostos cobradosna exportação. Essa combinação de fato-

res levou a Argentina não somente a tor-nar-se referência, junto com Estados Uni-dos e Austrália, mas ser intimamente de-pendente desta tecnologia, uma vez que aquestão de rentabilidade, vantagem tec-

O processo de implementação da agricultura deprecisão começa com a geração de mapas deprodutividade, obtidos na hora da colheita

nicamente comprovada, é questão de so-brevivência para seus produtores.

A filosofia por trás da tecnologia, nadamais é do que a coleta e o processamentode dados dos fatores que podem influen-ciar de alguma maneira o processo de pro-dução com o objetivo de gerar informa-ções para o gerenciamento e tomada dedecisão. Para que isso fosse possível numaatividade que possuiu características pró-prias como a agricultura, foram adapta-das algumas tecnologias como a de GPS(Sistema Posicionamento Global), quepermite localizar precisamente onde es-tão os pontos tratados. Mas também fo-ram desenvolvidos hardwares, dispositi-vos eletrônicos específicos como sensoresque fazem parte dos monitores e compu-

As informações de campo são transferidasde forma cada vez mais simplificada,

facilitando a vida do operador

Fevereiro 08 • 31

Case IH

John

Dee

re

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32 • Fevereiro 08

tadores que executam as operações emtaxa variável. Para processar todas essasinformações coletadas foram criados sof-twares com a capacidade de produzir in-formações em meio a uma variada corre-lação de fatores e dados. Essa é a agricul-tura de precisão que temos hoje.

A variabilidade de solo é a regra, não aexceção. O solo é vivo e invariavelmenteoferece respostas que não são as espera-das, por isso a necessidade de conheci-mento de suas características e seu acom-panhamento ao longo dos sucessivos cul-tivos. Com pequenas diferenças, o ciclode AP inicia com a confecção do mapa defertilidade da lavoura através da coleta desolo georeferenciada. O equipamento co-mumente utilizado é um quadriciclo equi-pado com GPS e software, que gera o“grid” de amostragem, ou seja, determi-na quantos pontos e onde estão localiza-dos na lavoura. Um sistema automatiza-do acoplado, coleta subamostras de solona profundidade desejada até formar umaamostra homogênia. A quantidade deamostras pode ser orientada com base nomapa de produtividade da cultura anteri-or, conforme a identificação de áreas commenor e maior produtividade. Centenasde amostras são analisadas em laborató-rio e fornecem as informações físico-quí-micas do solo que serão utilizadas paragerar diferentes mapas de macro e micro-nutrientes. O estudo destas diversas ca-racterísticas do solo acaba por gerar ummapa de fertilidade onde todos os aspec-tos são analisados a fim de criar um mapade recomendação. Nesse ponto, já se sabe

em cada ponto da lavoura onde foi cole-tada a amostra, qual a necessidade espe-cífica de correção ou não para cada fatorlimitante encontrado.

A segunda etapa é caracterizada pelacorreção de solo à taxa variável conformemapa de recomendação. Isso porque oequipamento que faz a correção, que podeser em linha ou a lanço, varia a dose doinsumo conforme o mapa prescreve paraaquele local que ele está naquele exato mo-mento. Para isso, faz uso do GPS integra-do com um sistema computacional que lêo mapa de recomendação, e em tempo real,envia ordem para um sistema eletrohidrá-ulico instalado no equipamento variar adose lançada no solo. Esta operação, emcomparação à taxa fixa, devido à diminui-ção da quantidade de insumos, costumagerar economia de até 30%.

Depois de identificadas e corrigidas ascarências e as limitações do solo, o passoseguinte é o plantio à taxa variável. Comum equipamento muito semelhante aoutilizado na etapa anterior, de acordo com

o mapa de fertilidade, gera-se um mapade plantio que irá variar a densidade desementes na linha de plantio, e adubo sefor o caso, conforme a recomendação paracada local na lavoura. Para a cultura domilho e girassol, devido às suas caracte-rísticas de produção, responde a essa prá-tica com grandes resultados de produtivi-dade. Na Argentina, já existem plantadei-ras que além de variar a densidade de se-mentes na linha, variam também em tem-po real o espaçamento de plantio!

Segundo a lógica dos sistemas de pro-dução agrícola, a operação de pulverizaçãoà taxa variável seria o próximo passo. Noentanto, esta é uma área que ainda está umpouco atrasada em relação às demais. Oentrave não está nos equipamentos de pul-verização, mas sim nos mapas de recomen-dação. Existem basicamente dois caminhosaté o momento na busca de viabilidade téc-nica. Um é a recomendação em tempo realatravés de sensores colocados no pulveri-zador que identificam carências, pragas edoenças no momento em que está sendo

Os dados obtidos na colheita serão decisivosna implementação de estratégias de correção

do solo, por exemplo

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“““““Alguns falam em revolução, outros em tecnologia para poucos, mas o que Alguns falam em revolução, outros em tecnologia para poucos, mas o que Alguns falam em revolução, outros em tecnologia para poucos, mas o que Alguns falam em revolução, outros em tecnologia para poucos, mas o que Alguns falam em revolução, outros em tecnologia para poucos, mas o que iráiráiráiráirá definir a definir a definir a definir a definir avelocidade de adesão vai ser o retorno financeiro produzido através de sua práticavelocidade de adesão vai ser o retorno financeiro produzido através de sua práticavelocidade de adesão vai ser o retorno financeiro produzido através de sua práticavelocidade de adesão vai ser o retorno financeiro produzido através de sua práticavelocidade de adesão vai ser o retorno financeiro produzido através de sua prática”””””

realizada a operação, variando conforme anecessidade o uso do agroquímico. Exem-plo disto são os sensores de nitrogênio (N),localizados nas barras do pulverizador que

identifica a quantidade de N na planta,milho ou trigo, e prescreve em tempo reala dose necessária que deve ser aplicada pelosistema pulverizador. Esta tecnologia já seencontra em áreas comerciais da Argenti-na com grandes resultados. Para isso tor-nar-se realidade aqui no Brasil só falta adisponibilidade de nitrogênio em forma lí-quida, que não é economicamente viávelneste momento.

O outro caminho, foco da maioria dapesquisas em todo mundo, é o sensoria-mento remoto. Através de sensores infra-vermelhos e térmicos localizados em avi-ões e satélites, são capturadas imagens daslavouras que indicam com grande precisãoa variabilidade dos níveis de estresse na cul-tura. Identificada na lavoura a causa do es-tresse, que pode ser desde falta de água atéataque de pragas e doenças, é feito o mapade recomendação de aplicação para pulve-rização à taxa variável. Já existem no mer-cado empresas que fornecem este tipo deinformação, bem como computadores depulverização à taxa variável que podem serinstalados em todos os tipos de pulveriza-dores, é só uma questão de tempo até estatecnologia estar entre nós.

Finalizando o ciclo, temos a operaçãode colheita. Neste momento tudo que sequer é “botar o grão no saco“ mas para aagricultura de precisão esta operação vaium pouco além. As máquinas são equipa-das com monitores de colheita, que entreoutras informações, geram o mapa de pro-dutividade da área colhida. Esse mapa écrucial para validar tudo o que foi feitoaté o momento ou para quem deseja ini-ciar na AP. O mapa de produtividade é otira-teima, o termômetro do que estáacontecendo na lavoura, mostra com cla-reza as áreas de maior e menor produtivi-

dade, que geralmente “batem” com omapa de fertilidade. Depois de feita a cor-reção de solo, o mapa de produtividadevai orientar o produtor nos anos seguin-tes, fazendo a reposição de nutrientes con-forme a extração em cada cultura produ-zida ou ainda mostrar as áreas problemá-ticas que ainda persistem mesmo após acorreção. Esta, na visão dos estudiosos deagricultura de precisão, é a operação in-dicada para o início dos investimentos naárea. O monitor de produtividade ofereceainda algumas vantagens como medir emtempo real a umidade do grão e monito-rar o processo de colheita, permitindo to-mar decisões que diminuam as perdasdurante a operação.

Dito isso, parece que a hora da agri-cultura de precisão é agora. É essencialficar atento para os resultados que ela pro-mete, que são reais, mas como todas astecnologias não admite atalhos. A pesqui-sa pública avança, as empresas corrempara oferecer melhores serviços e equipa-mentos, e os preços em queda tornam aAP a tecnologia do momento. A terceiri-zação aparece como alternativa em algu-mas etapas do processo facilitando e ga-rantindo o acesso com inúmeras vanta-gens em relação aos custos iniciais de en-trada. Alguns falam em revolução, outrosem tecnologia para poucos, mas o que irádefinir a velocidade de adesão vai ser oretorno financeiro produzido através desua prática. Portanto, é preciso mensurar,não se atire com tanta sede, experimenteem parte de sua lavoura, separe os custose compare. Apesar de acreditar, nada é me-lhor que isso! . M

Rafael Jobim,Agroservice

Valtra

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34 • Fevereiro 08

Show Rural

Nada melhor para comemorar 20anos de Show Rural Coopavel doque casa cheia e bons negócios. E

foi exatamente isso que ocorreu na 20ª ediçãode um dos mais importantes eventos agrícolasdo Brasil. Mais de 180 mil produtores passa-ram pelo parque de exposições da Coopavel,em Cascavel (PR), de 28 de janeiro a 1º de fe-vereiro, um recorde de público que superou aexpectativa dos organizadores.

Clima favorável, preços dos produtos agrí-colas em alta e excelentes perspectivas para asafra atual foram os principais propulsores paraque o evento alcançasse tamanho sucesso. Apro-ximadamente 320 expositores dos diversos ra-mos do setor agropecuário demonstraram seusprodutos em exposição estática ou dinâmica.Mais de 4,7 mil parcelas experimentais e de-monstrativas foram montadas em 72 hectaresde área. O diretor-presidente da Coopavel e co-ordenador geral do evento, Dilvo Grolli, resu-miu o resultado do evento como “uma dasmelhores edições já realizadas”. “Realmentecoroamos com êxito esta 20ª edição”, disse sali-entando a importância da difusão de tecnolo-gias que tem proporcionado melhorias cons-tantes nas propriedades rurais. A previsão ini-cial era de um público em torno de 140 milpessoas, mas foi superada, apesar da chuva de

segunda-feira”, comemorou.Como ocorre todos os anos, o Show Rural

foi palco de diversos lançamentos na área demáquinas e implementos agrícolas. Por isso,resumimos as principais novidades apresenta-das no evento.

VALTRAA Valtra surpreendeu os visitantes do Show

Rural com uma série de inovações e lançamen-tos em seu estande. Focada apenas na produ-ção de tratores até o ano passado, a empresaapresentou suas duas colhedoras de grãos, umalinha de semeadoras e também tratores da ge-ração II. O principal destaque foi para as colhe-doras BC 7500 e BC 4500. A BC 7500 possuisistema de trilha axial e é destinada a grandesáreas. Vem com motor Sisu Diesel Citius 84

CTA Tier III, de seis cilindros Turbo Aftercoo-ler, com injeção eletrônica Common Rail de úl-tima geração, que gera 355 cavalos de potência.O tanque graneleiro tem 10.570 litros, o equi-valente a 130 sacas de soja. A cabine tem umaárea de 5,7 m² de visibilidade. O monitoramentoé realizado em dois painéis eletrônicos, um lo-calizado na coluna lateral e, o outro, sobre opára-brisa frontal.

Como item opcional, a BC 7500 conta como sistema Fieldstar II de agricultura de preci-são, tecnologia que fornece informações estra-tégicas sobre a produtividade do solo, umidadedos grãos, entre outras.

O outro lançamento foi a BC 4500, umacolheitadeira classe 4 de sistema convencionalde trilha, que tem desempenho muito próxi-mo ao de uma classe 5. Na sua faixa, é a má-

20 anos de ShowA 20ª edição do Show Rural Coopavel é marcada pelo otimismo que o setor

vive e pelo grande número de lançamentos de máquinas agrícolasA 20ª edição do Show Rural Coopavel é marcada pelo otimismo que o setor

vive e pelo grande número de lançamentos de máquinas agrícolas

Máquinas diferentes chamaram a atenção no estande da Valtra. Colhedorase semeadoras passaram a fazer parte do portfólio da empresa

Coop

avel

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Fevereiro 08 • 35

“““““ Mais de 180 mil produtores passaram pelo parque de exposições da Coopavel, em Cascavel Mais de 180 mil produtores passaram pelo parque de exposições da Coopavel, em Cascavel Mais de 180 mil produtores passaram pelo parque de exposições da Coopavel, em Cascavel Mais de 180 mil produtores passaram pelo parque de exposições da Coopavel, em Cascavel Mais de 180 mil produtores passaram pelo parque de exposições da Coopavel, em Cascavel (((((PRPRPRPRPR))))), de, de, de, de, de28 de janeiro a 1º de fevereiro, um recorde de público que superou a expectativa dos organizadores28 de janeiro a 1º de fevereiro, um recorde de público que superou a expectativa dos organizadores28 de janeiro a 1º de fevereiro, um recorde de público que superou a expectativa dos organizadores28 de janeiro a 1º de fevereiro, um recorde de público que superou a expectativa dos organizadores28 de janeiro a 1º de fevereiro, um recorde de público que superou a expectativa dos organizadores”””””

quina que apresenta maior área de trilhas emaior capacidade de processamento do produ-to colhido.

O motor é Sisu Diesel 620 DS de seis ci-lindros Turbo de 190 cavalos, o sistema de trans-missão é do tipo hidrostático, com três mar-chas, o que proporciona velocidade e torqueadequado a todas as condições de colheita. Ocontrole é realizado por uma alavanca multi-funcional, localizada no console lateral, ofere-cendo ótima ergonomia e controle da opera-ção. O tanque graneleiro tem capacidade para5.200 litros, volume equivalente a 66 sacas desoja.

Além das colhedoras, a Valtra apresentouuma série completa de plantadoras e semeado-ras de duas a 30 linhas de plantio e dois mode-los de plataformas de milho com variações dequatro a 12 linhas de colheita.

JOHN DEEREA John Deere apresentou a versão Classic

dos tratores 6415 e 6615 e dois novos modeloscom motor de três cilindros, além de uma novaforrageira autopropelida. Os tratores modelosClassic 6415 e 6615 possuem motorização de106 cv e 121 cv respectivamente e configura-ção simplificada. Já os novos modelos commotor de três cilindros, o trator 5303, commotor de 57 cv, e o 5403, com 65 cv, oferecem

a qualidade e a produtividade da marca JohnDeere para pequenos agricultores e para horti-cultura e fruticultura. Outra novidade na ex-posição foi a nova forrageira John Deere 7350.Ela é equipada com um novo motor de 479 cvque proporciona maior torque e potência, comeconomia de combustível. A nova plataformaKemper Champion 360, com seis metros delargura, garante alto rendimento da colheita sempreocupação com o sentido do corte ou com oespaçamento das linhas.

Os visitantes puderam conferir também otrator 7715, de 182 cv, que começa a ser produ-zido na nova fábrica da John Deere, em Mon-tenegro (RS), um equipamento com força eresistência especialmente favoráveis para o tra-balho nos canaviais.

CASE IHA Case IH apresentou a maior colheitadei-

ra de sistema axial do mundo. A Axial-Flow8010, atinge 455 cv de potência e é dotada deum tanque graneleiro de 12,3 mil litros. Amáquina completa a linha de colheitadeiras damarca, composta também pelos modelos Axi-al-Flow 2388 e Axial-Flow 2399. O rotor úni-co que compõe essas máquinas proporcionauma colheita com grãos mais limpos e de me-lhor qualidade, além de maior rendimento. Asmáquinas Axial-Flow são as mais tradicionaiscolheitadeiras de sistema axial do mundo, re-sultado de mais de 40 anos de pesquisa e de-senvolvimento da Case IH e mais de 30 anosda utilização dessas máquinas em campo.

A empresa também mostrou sua colhedo-ra de cana-de-açúcar A7000, que tem 60% departicipação no mercado brasileiro. Essa má-quina tem capacidade para colher, em média,mil toneladas de cana por dia. Utiliza motori-zação em torno de 330 cv e pode trabalhar auma velocidade de até 9 km/h, com rendimen-to acima de 40 t/h, dependendo das condiçõesda cultura e da logística de transporte.

As colhedoras A7000 apresentam chassicom uma abertura frontal de 1,1 m que, aliadoaos divisores de linha 45 graus, permite uma

alimentação mais eficiente da máquina mes-mo em situações mais severas, resultando numacolheita mais produtiva e cana mais limpa nausina. O disco de corte lateral possui regula-gem eletro-hidráulica de altura feita pelo ope-rador, da cabine. As facas verticais corta-palhasnos divisores de linha evitam que a palha decana e o capim se enrosquem na espiral do di-visor de linhas, causando paradas por embu-chamento, o que otimiza a alimentação. Sen-sores presentes nos principais sistemas da má-quina estão ligados à cabine e avisam o opera-dor sobre qualquer irregularidade, oferecendomaior proteção e aumentando a vida útil doequipamento.

NEW HOLLANDA New Holland apresentou seis novos

modelos de máquinas agrícolas, os modelos detratores da Série 30, 7630 e 8030, o tratorT7040, da linha T7000, e as colheitadeirasTC5090, CS660 Superflow e CR9060.

A primeira colheitadeira axial da New Ho-lland no Brasil, apresentada no evento, vemequipada com dois rotores, um sistema exclu-sivo da marca, que realiza um tratamento maissuave do grão em uma área de debulha e sepa-ração maior, resultando em maior produtivida-de e melhor qualidade do grão colhido. O mo-delo tem 10.600 litros de capacidade de cargano tanque graneleiro e plataforma de 30 ou 35pés. O motor é New Holland Cursor, com inje-ção Common Rail, com potência de 354 cv, auma velocidade nominal de 2.100 rpm. O picode potência máxima é de 394cv, o que permitedescarga em movimento. Esse aumento de po-tência de até 40 cv permite a colheita em con-dições críticas.

Entre as inovações, estão a plataforma de30 pés (30% maior que a maioria das colheita-deiras convencionais) e um tanque graneleirode nove mil litros. O cilindro que tem funcio-

A John Deere destacou a versão Classicdos tratores 6415 e 6615

A maior colhedora do mundo, a Axial-Flow 8010, chamou a atenção dos visitantes no estande da Case IH

Seis lançamentos foram apresentados pelaNew Holland, entre eles o T7060

Fotos Cultivar

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36 • Fevereiro 08

namento conjugado com o batedor é acionadopor uma polia variadora que permite a regula-gem da rotação (de 420 a 1.200 rpm). É equi-pada com sistema Maxitorque que, em caso depatinagem da correia, em decorrência do gran-de volume de material a ser processado, aumen-ta a tração da correia e mantém o funciona-mento do sistema. Outra colhedora apresenta-da foi TC5090, equipada com motor Cumminsseis cilindros de 240 cv com Intercooler, sistemaMaxitorque, tanque graneleiro de 7,2 mil litrose plataformas de 20´´ ou 25’’ flexível e 20’’rígida, com sincronismo do molinete com a ve-locidade da máquina.

Na linha de tratores, foram apresentadasas linhas TT, com os modelos TT 3840, de 55cv, e o TT 3830F, de 75 cv de potência. Essalinha se destaca pelo baixo consumo de com-bustível e facilidade de manutenção e vem comtrombetas do eixo traseiro da transmissão me-nores, arco de segurança rebatível, tração nasquatro rodas, transmissão nas opções 8x2 e 12x3com super-redutor e a maior reserva de torqueda categoria. Completaram o estande as linhasTL Exitus, TS e a Linha TM.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson aproveitou o Show

Rural para lançar uma nova categoria de pro-dutos. Entre as novidades, uma série completade plantadoras e semeadoras de duas a 30 li-nhas de plantio, além de dois modelos de plata-formas de milho com variações de quatro a 12linhas de colheita. Os lançamentos são produ-zidos pela Sfil, fabricante com 25 anos de expe-riência no desenvolvimento de implementos nomercado nacional e que recentemente foi ad-quirida pela AGCO, grupo ao qual pertence aMassey Ferguson. Os implementos MasseyFerguson foram desenvolvidos com caracterís-ticas singulares adequadas à topografia, ao soloe ao clima de cada região produtora. São qua-tro modelos de plantadoras de plantio diretopara as culturas de verão e inverno – Série 200para a agricultura familiar, Série 500 para mé-

dias propriedades, Série 600 voltada para culti-vo de trigo e soja e Série 700 para as grandeslavouras do Centro-Oeste. A Massey Fergusonapresentou também a nova colheitadeira axialMF 9790 ATR, vencedora do Prêmio GerdauMelhores da Terra na Categoria Novidade.Outra novidade em colheitadeiras foi a MF 32Advanced, desenvolvida totalmente pelo Cen-tro de Tecnologia da Massey em Canoas (RS).Entre os tratores, a nova série MF 200 Advan-ced e o modelo MF 8480 CVT (290 cv) lança-dos em 2007 foram apresentados pela primeiravez na feira de Cascavel.

SEMEATOA Semeato deu destaque para o seu lan-

çamento, a semeadora múltipla SSM 23/27/33, para grãos graúdos e grãos finos. A SSMé composta por chassi de quatro tubos, sen-do dois dianteiros e dois traseiros. O cabeça-lho é articulado para armazenamento e trans-porte. Possui um fuso para nivelamento, con-dutores telescópicos para condução de adu-bo e sementes, rodado articulado e rodadopara transporte. A SSM possui opção de re-servatório em aço inoxidável resistente a cor-rosão ou aço carbono com tratamento desuperfície. Possibilita ainda reservatório re-

versível com chapa divisória que permite al-terar a capacidade de adubo e semente.

STARAA Stara apresentou dois modelos de plan-

tadoras. A Plantadora para sementes graúdasVictória, disponível nos modelos de 09 a 17 li-nhas, possui plataforma criada em chapa ex-pandida que facilita a autolimpeza e proporci-ona maior visão das linhas de plantio. Os reser-vatórios de adubo e sementes são em polietile-no e o chassi é do tipo monobloco, que agregamaior resistência e durabilidade. Possui cabe-çalho articulável com terceiro ponto de regula-gem, que proporciona maior agilidade e mobi-lidade da máquina. A transmissão é compostapor conjunto de engrenagens que possibilitama troca rápida.

A semeadora Prima é uma máquina parasemeadura de culturas de verão e inverno. pos-sui chassi tipo monobloco equipado com tra-vessas móveis, plataforma feita de chapa expan-dida para facilitar a autolimpeza e proporcio-nar uma visão mais ampla das linhas de plan-tio, com opção de articulação. O cabeçalho ar-ticulável, com terceiro ponto, facilita a regula-gem da plantadora sem desengatar do trator,proporciona também maior mobilidade e agili-dade nas manobras necessárias durante o plan-tio e armazenamento da máquina. Possui trans-missão tracionada pelos rodados da máquina

O lançamento de uma linha completa de semeadorascom a marca Massey Ferguson foi o destaque da empresa

A Stara destacou a semeadora Victóriapara grãos graúdos e a múltipla Prima

A Semeato apresentou a sua nova máquinapara grãos finos e graúdos, a SSM 23/27/33

Fotos Cultivar

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Fevereiro 08 • 37

“““““Clima favorável, preços dos produtos agrícolas em alta e excelentes perspectivas para a safraClima favorável, preços dos produtos agrícolas em alta e excelentes perspectivas para a safraClima favorável, preços dos produtos agrícolas em alta e excelentes perspectivas para a safraClima favorável, preços dos produtos agrícolas em alta e excelentes perspectivas para a safraClima favorável, preços dos produtos agrícolas em alta e excelentes perspectivas para a safraatual foram os principais propulsores para que o evento alcançasse tamanho sucessoatual foram os principais propulsores para que o evento alcançasse tamanho sucessoatual foram os principais propulsores para que o evento alcançasse tamanho sucessoatual foram os principais propulsores para que o evento alcançasse tamanho sucessoatual foram os principais propulsores para que o evento alcançasse tamanho sucesso”””””

através de correntes e de rolos, composta porconjunto de engrenagens que possibilitam a tro-ca rápida de velocidade sem o uso e ferramen-tas. Os reservatórios de adubo e sementes sãofeitos em polietileno (material anticorrosivo),com fundo cônico que facilita o escoamento domaterial. Ela possui sistema de articulação quepossibilita a sua remoção para limpeza e ma-nutenção, e rodado equipado com articulador,que permite alto poder de copiagem do solo. AStara apresentou também seus produtos paraagricultura de precisão.

KUHNA Kuhn levou à feira sua linha de semea-

doras, pulverizadores e máquinas para prepa-ração de forragem. O principal destaque foi parao lançamento, o pulverizador Trainer. O Trai-ner possui tanque principal com capacidadede 2,2 mil litros e acionamento totalmente hi-dráulico, na movimentação das barras. É equi-pado com o exclusivo sistema “Kuhn Stabili II”,que ajusta as barras mantendo a uniformidadede aplicação com o paralelismo constante aosolo. Sua configuração de fábrica que inclui tan-que de rinsagem, tanque de água limpa e in-corporador como equipamentos de série, agre-ga ao pulverizador segurança, eficiência e altodesempenho para o processo de aplicação con-tando com a facilidade de operação. Possui bar-ras com 21 metros de comprimento.

INCOMAGRIA Incomagri destacou a Sembra 1000-P AV,

com kit para pomares. A semeadora possui agi-tador vertical, fundo dosador em inox, duplodisco de distribuição, pás de ângulo variável,comando por alavancas ou a cabo, caçamba re-movível de polietileno, com alcance de sete a18 metros, mantendo a mesma uniformidade.A Semeadora tem capacidade para 1,6 mil kg epode ser acionada por trator com potência aci-ma de 30 cv.

JANA Jan apresentou diversos modelos de pul-

verizadores autopropelidos, com destaque parao Impactus, com tanque de 3,2 mil litros e bar-ras de pulverização de 28 metros. O motor éMWM de 120 cv, com transmissão Eaton 4205de cinco marchas. O Impactus possui tambémsuspensão pneumática controlada em chassi ebarral, freios a ar, bomba de pulverização deturbina com electropolea de 150 litros por mi-nuto, em aço inoxidável. Além do Impactus, aJan apresentou também os modelos de auto-propelidos Matrix, Matrix 4x4 Fourtrax” e Evo-lucion.

GTSA GTS do Brasil, fabricante de plataformas

colhedoras de milho e plainas agrícolas, apre-sentou o Sensor de Altura GTS Eletronic. Essesensor de fácil e rápida instalação, incorporamuita tecnologia em qualquer modelo e marcade plataforma de colheita de milho, proporcio-nando grandes benefícios ao produtor rural.Com o Sensor Eletronic o controle de altura daplataforma é feito automaticamente, permitecolher material acamado, garante maior dura-bilidade à plataforma, proporciona menos des-gaste ao operador em colheita de grandes áreas,entre outras vantagens.

MIACA MIAC apresentou o arrancador de amen-

doim C 200 para duas linhs. Além de invertera posição da planta, deixa-as com as raízes para

A Sembra 1000-P AV ganhou kit paradistribuição de fertilizante em pomares

cima ao mesmo tempo que o sistema de vibra-ção elimina a terra que está junto com as va-gens e raízes.

O C 200 requer trator com potência a par-tir de 90 cv. Alem dessa máquina, a Miac levouao evento arrancadores, recolhedoras, trilhado-ras e equipamentos para secagem e classifica-ção de amendoim, além de implementos paraa colheita de feijão.

LANDINIA Landini destacou a linha de tratores le-

ves, com destaque para o Tecnofarm 60, Tec-nofarm 75, e Globalfarm 100, todos comtransmissões mecânicas sincronizadas e tam-bém com inversor de direção mecânico sin-cronizado, e com motorização Perkins. Paraos modelos 60, 75 esta disponível as versões4x4 e 4x2, e para o 100 disponível somente aversão 4x4, todos com três velocidades de to-mada de força, para o modelo 60 e 75, 540rpm, 750 rpm e sincronizado com a roda epara o modelo 100, 540 rpm, 1000 rpm e sin-cronizado com a roda.

A Kuhn expôs sua linha completa de implementos,com destaque para o pulverizador Trainer

A Miac apresentou mais uma máquinapara auxiliar a colheita de amendoim

A GTS do Brasil apresentou mais um lançamento para facilitara colheita, o sensor de altura para plataforma de milho

A Montana apresentou o Parruda 2627 e aLandini destacou a linha de tratores leves

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snorkel

38 • Fevereiro 08

Ao atravessar trechos alagados oucom lama profunda, existe sem-pre a possibilidade de infiltração

pela água ou lama nos diferenciais, caixas demarchas e transferência. Há risco, também, emsituações radicais, de entrada de água ou lamano próprio motor, através do filtro de ar.

A solução para o motor é a instalação deum tubo instalado desde a entrada do filtro dear, que fica sempre dentro do compartimentodo motor, até a parte mais alta do veículo, nor-malmente na altura do teto ou bagageiro. Essetubo, ou snorkel como é mais conhecido, deveter a ponta externa protegida por uma capa ouchapeuzinho de metal, contra a entrada de águada chuva.

A instalação do snorkel requer um bom iso-lamento e vedação na ponta do tubo que seráconectado à entrada de ar do filtro. Não poderáhaver nenhuma entrada falsa de ar por onde aágua possa ser aspirada pelo motor. Montagensmal dimensionadas acarretam perda de potên-cia, leve seu veículo para um mecânico queentenda do assunto.

Mas a água pode entrar também nos dife-renciais, caixas de mudanças e transferência.Existem respiros nestes componentes por ondea pressão, provocada pelo aumento da tempe-ratura do óleo lubrificante e do ar interno, éaliviada. Este aumento de temperatura é cau-sado pelo atrito entre engrenagens e semi-ei-xos. Quando isto acontece, o ar é expulso atra-

vés dos respiros correspondentes, equilibrandoa pressão interna. Em uma travessia de alaga-dos a temperatura interna pode cair quando acarcaça do diferencial, caixas de marchas e trans-ferência entrarem em contato com a água oulama. Isto vai resfriar também o óleo e o ar in-terno, causando uma nova diferença de pres-são e fazendo com que o ar seja sugado de voltapara dentro do diferencial, caixas de marchas etransferência, equilibrando a pressão interna.Mas como há água suja em vez de ar, o queocorre é uma contaminação do óleo por água edetritos. A perda das características lubrifican-tes do óleo pode trazer sérios problemas para aspartes móveis destes componentes.

Após uma travessia solicite que o seu me-cânico verifique se houve contaminação doslubrificantes. Se o óleo apresentar cor esbran-

quiçada e leitosa, deverá ser substituído imedi-atamente.

É possível a montagem de um circuito detubos, que elevem a posição dos respiros dosdiferenciais, das caixas de marchas e transfe-rência. O sistema é simples e eficaz, basta co-nectar o respiro do diferencial dianteiro em sé-rie com o das caixas e por último ao diferencialtraseiro, tudo isto deverá estar conectado a umúnico respiro, que deverá ficar instalado na partemais elevada possível como, por exemplo, den-tro da cabine.

Nosso valente 4x4 enfrenta trechos alaga-dos profundos. Mas deve estar preparado paraa manobra!

Até debaixo d’águaAté debaixo d’água

Travessias de trechos alagados ou com lamaçal profundo exigem cuidadosespeciais, pelos riscos de infiltrações nos diferenciais, caixas de marchas,motor e filtro de ar. A instalação de snorkel e de outros respiros auxiliaresé uma das medidas recomendadas para manobras desse tipo

Travessias de trechos alagados ou com lamaçal profundo exigem cuidadosespeciais, pelos riscos de infiltrações nos diferenciais, caixas de marchas,motor e filtro de ar. A instalação de snorkel e de outros respiros auxiliaresé uma das medidas recomendadas para manobras desse tipo

João Roberto de Camargo Gaiottowww.tecnica4x4.com.br

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Mangueiras que elevam os respiros do diferencialdianteiro, caixas de marchas e transferência

Land Rover Defenderequipado com snorkel

Fotos Técnica 4x4

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