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Maquinas 121

Jul 24, 2016

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Grupo Cultivar

Agosto de 2012
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Rodando por aí

Tratores fruteiros

Características das enxadas rotativas

Sistemas que ajudam na tração

Qual cultura colher primeiro?

Test Drive - JD 9470 STS

Como identificar as perdas e como regular

Ficha Técnica - Trator New Holland T9

Lançamentos da Expointer 2012

Test Drive - JD 9470 STS 22Testamos o menor modelo da série mais vendida pela John Deere. A JD 9470 STS é uma colhedora Classe V, axial, que tem projeto desenvolvido nos Estados Unidos e fabricação no Brasil

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados po-dem solicitá-las à redação pelo e-mail: [email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONES: (53)

• EditorGilvan Quevedo

• RedaçãoCharles EcherCarolina Simões Silveira

• RevisãoAline Partzsch de Almeida

• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano Ceia

• ComercialPedro Batistin

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.www.revistacultivar.com.br

DireçãoNewton Peter

[email protected]

CNPJ : 02783227/0001-86Insc. Est. 093/0309480

TratoresQuais as características desejáveis em tratores fruteiros e qual o panorama

destas máquinas no Brasil

ColhedorasO que é importante saber antes de

realizar a regulagem das colhedoras e qual o momento ideal para colher

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• REDAÇÃO3028.2060

Assinatura anual (11 edições*): R$ 173,90(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 17,00Assinatura Internacional:

US$ 130,00€ 110,00

Cultivar Máquinas • Edição Nº 121 • Ano XI - Agosto 2012 • ISSN - 1676-0158

Sedeli FeijóJosé Luis Alves

• Coordenação CirculaçãoSimone Lopes

• AssinaturasNatália RodriguesFrancine Martins

• ExpediçãoEdson Krause

• Impressão: Kunde Indústrias Gráficas Ltda.

Destaques

Nossa capa

Índice

06

Matéria de capa

Cap

a: C

harl

es E

cher

CCCultivar

• GERAL3028.2000

• ASSINATURAS3028.2070

• MARKETING3028.2065

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rodANdo por AÍ

DestaqueUm dos destaques da cerimônia de lançamento da Time Agro Brasil foi o trator Massey Ferguson, que foi estilizado para a cerimônia em Brasília, no dia 10 de agosto. O objetivo da ação Time Agro Brasil é divulgar as

PrêmioA Agrale premiou os destaques de 2011 no Programa de Qualidade dos Concessionários Agrale – PQCA, durante o Encontro Nacional de Concessionários, realizado no dia 8 de agosto, em Caxias do Sul. O evento contou com a participação de mais de 170 representantes das concessionárias de tratores e veículos da marca em todo o Brasil.

PolisulA Polisul Agrícola, concessionária Valtra no Rio Grande do Sul, inau-gurou nova loja na cidade de Santa Rosa no mês de julho. A revenda

Campeões de vidaA Fundação John Deere visitou, em julho, os núcleos do Instituto Gustavo Kuerten, em Santa Catarina, onde apoia o projeto Campeões de Vida, um programa de educação e esporte que atende aproximada-mente 500 crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade social, educacional e econômica. O projeto é patrocinado pela Fundação John Deere desde dezembro de 2011 e objetiva utilizar o esporte como forma de desenvolvimento pessoal, educacional e social de crianças e adolescentes.

Plantio DiretoO conselheiro da New Holland para a América Latina, Francesco Pallaro, participou de evento promovido pela Semeato em Passo Fundo (RS), durante o 13º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha. No evento, foram realizados palestras e debates sobre as tendências dos mercados de commodities agrícolas e os impactos nos segmentos de máquinas e im-plementos agrícolas no Brasil.

MudançaJohn Deere inaugurou no dia 8 de agosto o Escritório Regional América Latina, em Indaiatuba (SP), antes localizado em Porto Alegre (RS). A es-trutura, de 5.800m², receberá cerca de 350 funcionários diretos, entre eles todas as lideranças da empresa na região. “Indaiatuba também sediará duas novas fábricas para máquinas de construção da John Deere, no valor de aproximadamente 180 milhões de dólares, dos quais 124 milhões de dólares serão investidos apenas pela John Deere”, destaca Aaron Wetzel, presidente da empresa Brasil e vice-presidente de Marketing e Vendas América Latina.

Dia FarmallA Agricase, concessionária Case IH no Paraná e no Mato Grosso do Sul, reuniu gerentes e vendedores de suas filiais, em Maringá (PR), para o

Registro de TratoresA Comissão de Viação e Transportes aprovou, em julho, o Projeto de Lei 3312/12 que desobriga tratores e demais máquinas agrícolas do registro e do licenciamento anual feitos pelos departamentos de trânsito estadu-ais. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB - Lei 9.503/97) dispensa apenas os veículos bélicos dessas obrigações.

práticas sustentáveis adotadas pelos pro-dutores rurais brasi-leiros, além de outras iniciativas que assegu-rem a boa qualidade do produto nacional. A festa, que contou com autoridades de diversos segmentos, teve participação da Safra Tratores, de Brasília. já possuía unidades em Pelotas,

Camaquã e Dom Pedrito e abre agora a sua maior loja, com 1.450 metros quadrados. “Até o final do ano, a Valtra espera ampliar sua participação no mercado de tratores de 21% para 23% e chegar a 10% do mercado de colhedoras no estado”, afir-mou o coordenador comercial da empresa, Jalison Cruz.

Dia Farmall. O evento contou com treinamento comercial e conhecimento de produto com o especia-lista de tratores, Everton Fim. Também participa-ram do evento o gerente de negócios da Case IH, Marcos Sigoli, e o gerente comercial da Agricase, Pedro Tomaz.

Francesco Pallaro

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trAtorES

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Aliados no pomarAinda são poucos os modelos de tratores fruteiros comercializados no Brasil. Diferente do que acontece na Europa, grande parte dos tratores utilizados na

fruticultura não está totalmente adequada às situações onde são aplicados, seja por falta de características ou avaliação equivocada do produtor na hora da compra

O uso do trator na fruticul-tura foi intensificado após a segunda guerra mundial,

sendo que no Brasil, a partir dos anos 70 é que houve uma explosão do seu uso em substituição aos recursos tradicionais, principalmente, nas operações de preparo do solo, controle do mato, pulverização e transporte.

Foi a cafeicultura que impulsionou a mecanização de culturas perenes, posteriormente, com o crescimento da citricultura, a mecanização em pomares foi consolidada.

Podem ser definidas várias regiões frutícolas e cada uma delas ostenta uma situação particular em relação ao empre-go de tratores agrícolas. No estado de São Paulo, indiscutivelmente, é a citricultura praticada na região central do estado que

concentra o maior número de tratores. Na região norte, se destacam a produção de manga e de uva Itália, com destaque para o município de Jales. No sudoeste, na região do município de Paranapanema e também na região do Cristalino Pau-lista margeando a Serra da Mantiqueira são as frutas de caroço, como o pêssego, a nectarina e as ameixas, além de uvas, caquis e tangerinas que apresentam alto índice de tratorização.

No Rio Grande do Sul, a Serra gaú-cha concentra grande parte da frota de pequenos tratores utilizados na fruti-cultura, assim como a região de Pelotas, com a cultura do pêssego. Os pequenos fruticultores de Santa Catarina e do Paraná têm como particularidade o em-prego frequente de motocultivadores. No Nordeste, a fruticultura no Vale do Rio

São Francisco, principalmente na região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), com o cultivo de uvas e outras frutas, emprega tratores de pequeno e médio porte.

De uma forma geral, é crítica a quali-dade no uso de máquinas, e o fruticultor não consegue tirar proveito máximo da tecnologia que compra. O uso inadequa-do dos recursos tecnológicos provoca sé-rios problemas ambientais e de produção, como é caso da compactação e erosão do solo e do risco de contaminação por agro-químicos em função da má aplicação.

A mecanização na fruticultura bra-sileira carece de bons profissionais para assistência técnica e de bons operadores. As operações mecanizadas na fruticul-tura são relegadas a um plano inferior tanto na escala gerencial como na escala administrativa. Como consequência

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rles

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Afonso Peche Filho

Em comparação com outros segmentos da agricultura, como lavouras extensivas e silvicultura, a mecanização específica para a fruticultura ainda é um nicho pouco explorado

contribui para a perda de qualidade, de produtividade e da competitividade das lavouras.

Em comparação com outros seg-mentos da agricultura, como lavouras extensivas e silvicultura, a mecanização específica para a fruticultura ainda é um nicho pouco explorado. Há muito a ser feito, principalmente nas áreas de gerenciamento operacional, como é o caso da fruticultura de precisão, na evolução dos rodados para atenuar a compactação e também nos sistemas de transmissão para que possam operar em baixas velocidades.

Outra lacuna do setor consiste no fato das revendas não estarem preparadas para atender adequadamente os fruticultores. Geralmente, se preocupam somente com a venda e esquecem da importância do uso adequado dos equipamentos e dos insumos.

No mercado brasileiro de máquinas agrícolas há pouca oferta de modelos realmente adequados para a fruticultura. As maiores lacunas afetam, principal-mente, as operações de poda, desbaste e colheita.

CARACTERÍSTICAS DE UM FRUTEIROUm trator para ser considerado fru-

teiro deve apresentar algumas caracte-rísticas específicas. Uma das principais peculiaridades diz respeito ao tamanho da máquina. O trator fruteiro deve ser compacto, estreito e mais baixo para fa-cilitar a operação em pequenos espaços com linhas de plantas em ambos os lados, em faixas menores que dois metros de largura e embaixo de copas que podem ter alturas inferiores a dois metros.

É importante também que possua tração 4x4, pois em muitos casos opera

em terrenos acidentados e, geralmente, traciona carretas e implementos, como um pulverizador com sua capacidade total de calda, que pode atingir massa próxima a do trator. A presença da tração 4x4 confere ao conjunto maior versatili-dade e menor risco de acidentes.

Um modelo fruteiro deve possuir recursos hidráulicos mais sofisticados que os normais para atender operações exigentes como poda mecanizada, pul-verização e colheita com uso de carre-

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tas de altura regulável. Deve também proporcionar iluminação para trabalhos noturnos, com pontos frontais e traseiros, pois em muitas situações as colheitas e as pulverizações são realizadas nas pri-meiras horas do dia.

Características como presença da super-redução também são importantes, para que se possa operar em velocidades abaixo de 0,8km/h e, assim, viabilizar operações como coveamento, podas, des-bastes de frutos e colheita. Alto torque

em baixas rotações é fundamental para que o trator possa operar adequadamente em baixa velocidade, tendo condições de superar momentos de exigência de força e obstáculos como valetas e camaleões.

É desejado também que estejam dispo-níveis tomadas de potência independentes com 540 e 1.000rpm, o que permite que o trator opere também acoplado a imple-mentos que utilizam a TDP com 1.000rpm. Além destas características que interferem na eficiência da operação, é importante que

o trator tenha comandos de fácil acesso, pois as operações no pomar requerem ações simultâneas, e também seja dotado de dispositivos de segurança e adequações ergonômicas especiais para operações de poda, de raleio e de colheita em especial na viticultura.

Em função da praticidade, o fruticul-tor deve adquirir um trator a partir do momento que a lavoura produz recursos suficientes para saldar a prestação do financiamento ou consórcio. Indepen-dente da área ou do número de plantas pode-se afirmar que uma vida útil do trator de dez mil horas é muito razoável. Considerando o rendimento atual da fruticultura pode-se dizer que em cinco safras é possível quitar os investimentos com tranquilidade.

COMPRA CERTAÉ importante lembrar que toda a

tecnologia que o fruticultor adquire ao comprar um novo trator somente será absorvida em seu processo produtivo se houver uma integração de fatores. Os principais fatores a serem harmonizados são: a capacitação dos operadores para usar os recursos tecnológicos da máquina; um sistema de produção adequado ao tipo de tecnologia; e a consciência de que toda operação agrícola impacta o ambiente e, portanto, sua execução deve ser norteada de cuidados com os efeitos indiretos, como a compactação do solo, a erosão, a conta-minação por agroquímicos e os riscos de acidentes no trabalho.

Além de ser estreito e baixo, outra característica desejada nos fruteiros é a tração 4x4, que, além de melhorar a tração de implementos, proporciona mais segurança

Entre as características desejáveis para um trator fruteiro, está ser compacto, estreito e mais baixo para facilitar a operação em pequenos espaços

John Deere

Valt

ra

Afonso Peche Filho,Ila Maria CorrêaMoises StorinoIAC/Jundiaí

.M

New Holland

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IMplEMENtoS

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Enxadas rotativasAs enxadas rotativas ou cultivadores rotativos são implementos bastante utilizados na agricultura brasileira, principalmente em operações de horticultura, onde sua aplicação facilita a incorporação de restos culturais e a descompactação e confecção de canteiros

A enxada rotativa, mesmo sendo alvo de críticas, é uma opção à operação de preparo do solo, promovendo

excelentes resultados. Algumas vezes é chamada de cultivador rotativo ou arado rotativo. Este implemento utiliza como fonte de potência a tomada de potência do trator e como elemen-to de sustentação e nivelamento, o sistema hidráulico.

O trabalho realizado por esta máquina é semelhante ao de um enxadão, que no cami-nhar de uma pessoa, irá fazendo o ataque no solo, obtendo os torrões. Na realidade, a enxada rotativa pode substituir o arado, a grade e a niveladora, em apenas uma passada.

A enxada rotativa é constituída basicamente por flange com enxadas, patim, roda de controle de profundidade, manivela para regulagem da roda de controle de profundidade, placa de impacto, corrente de regulagem da placa de impacto, torre de acoplamento e eixo cardã.

Para picar material verde e restos culturais, ao mesmo tempo em que os incorpora, é uma excelente ferramenta. Com o ataque no solo, os torrões são obtidos e misturados, promovendo a desagregação. A utilização mais comum da enxada rotativa é para a eliminação de plantas daninhas, preparo do solo, formação de cantei-

ros em horticultura e incorporação de adubos, corretivos e restos culturais.

As enxadas rotativas podem ser subdividi-das em hortícolas e acionadas pela tomada de potência (TDP).

Enxadas rotativas hortícolas são partes integrais dos tratores de rabiças, possuem transmissão feita por correias e a regulagem da profundidade de trabalho é realizada através da roda ou patim sob as rabiças. Elas possuem placa de impacto de borracha ou de metal, que tem a função de proteger o operador e variação do tamanho dos torrões cortados pelas facas.

Já as enxadas rotativas acionadas pela TDP são máquinas montadas, acopladas ao sistema de três pontos do hidráulico dos tratores, pos-suem caixa de transmissão e recebem o movi-mento da TDP pelo eixo cardã. A regulagem da profundidade de trabalho é realizada através da roda ou patim. Possuem placa de impacto de borracha ou de metal, que tem a função de

Facas em L são indicadas para enterrio de restos culturais e exigem mais potência do trator

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proteger o operador e variação do tamanho dos torrões cortados pelas facas.

ÓRgãO ATIvO DAS EnxADAS ROTATIvASConsta de um eixo que trabalha no sentido

transversal determinando a largura de corte, tendo presas a ele chapas de ferro denominadas de flanges. Montadas nas flanges de uma forma helicoidal, estão as facas ou enxadas, sempre em número que as deixam balanceadas em rotação.

A este conjunto de peças dá-se o nome de rotor. As facas que equipam o rotor podem ser do tipo L (retas do tipo universal) ou do tipo C, semelhante à do tipo L, mas com menor ângulo. As facas em L são indicadas para solos normais na operação de incorporação de restos culturais. Esse tipo de faca exige maior potência de acio-namento, mas também produz boa desagrega-ção do solo, com dispersão uniforme de restos culturais, sem provocar embuchamento. A faca tipo L produz alisamento excessivo do solo na profundidade de trabalho, proporcionando o surgimento do famoso pé-de-grade ou pé-de-arado. As facas em C são indicadas para solos duros, o solo não fica aderido às facas. Esse tipo de faca exige menor potência de acionamento.

Utilizada em maior rotação.

ACOPLAMEnTOAlguns procedimentos devem ser consi-

derados no acoplamento do trator à enxada rotativa. Primeiro, é necessário escolher um local plano para realizar o engate do trator ao implemento; operando com o trator em marcha à ré lentamente para se aproximar ao máximo da enxada rotativa. Ao se aproximar utilize a alavanca de controle de posição do hidráulico, deixando o braço inferior esquerdo no nível do pino de engate. Posteriormente, é necessário proceder na seguinte ordem: engatar o braço inferior esquerdo e colocar o pino de trava;

engatar o braço do terceiro ponto do trator na torre da enxada rotativa e colocar as presilhas, engatando finalmente o braço inferior direito que possui regulagens através da manivela niveladora. Neste momento a rosca extensível do terceiro ponto do trator pode ser utilizada para aproximar ou afastar a enxada rotativa, facilitando o engate do mesmo.

A centralização da enxada rotativa em relação ao trator deve ser feita a fim de que a resultante das forças resistentes do implemento se posicione sobre a linha de tração do trator. Para fazer esse alinhamento deve-se atuar nas correntes estabilizadoras até que a distância dos braços inferiores do trator até as rodas traseiras seja igual.

Para verificar a centralização da enxada rotativa ao trator, é importante seguir alguns passos. Primeiramente é necessário fazer o nivelamento e, para isso, deve-se colocar a enxada rotativa em local plano e nivelar no sentido da largura (transversal) e no sentido do comprimento (longitudinal).

No sentido da largura, o nivelamento é feito pela manivela niveladora do braço inferior direito do hidráulico, devendo-se deixar a torre da enxada rotativa bem na vertical, ou seja, me-

Diferentes modelos de enxadas rotativas acionadas pela TDP, que são máquinas montadas, acopladas ao sistema de três pontos do hidráulico dos tratores

Enxada rotativa hortícola, montada em tratores de rabiças

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MANEjo dAS ENXAdAS rotAtIvAS

Pontos que devem ser observados no manuseio das enxadas rotativas:

• Assim como se deve evitar o uso repetitivo com arados ou somente grades, aconselha-se evitar sistematicamente o uso consecutivo de enxada rotativa;

• Pouca diferença irá existir na desagrega-ção entre um solo preparado com enxada ro-tativa e um solo arado e gradeado, recebendo também gradagem de acabamento;

• A enxada rotativa é acionada pela TDP do trator. Sendo assim, cuidados devem ser tomados. A ligação entre o implemento e o trator é feita por um eixo cardã, que permite rotações com ângulos diferentes mas com limitações. Ao acionar o hidráulico para levan-te, a tomada de potência deve ser desligada para evitar o choque nas juntas universais (cruzetas), provocando quebras e acidentes;

• De preferência, os tratores a serem usados devem possuir embreagem da TDP

independente, o que facilitará bastante o tra-balho porque o ideal é que a enxada rotativa comece o seu trabalho primeiro, para depois haver o deslocamento do trator;

• As enxadas rotativas devem ser evitadas em terrenos sujos com pedras ou tocos;

• Para um melhor resultado em áreas onde o mato for mais intenso, é necessário aumentar o número de golpes por percurso, através de seus recursos;

• Utilizar facas para o corte do mato nas laterais do rotor, para evitar embucha-mentos;

• Manter sempre a tensão correta da corrente de transmissão;

• A velocidade de trabalho é um dos fa-tores que determinam o tamanho dos torrões obtidos, podendo ser variável para ajustes principalmente quando se lança mão dos ou-tros dois fatores. De preferência a velocidade máxima não deve ultrapassar 5km/hora.

didas iguais. O nivelamento do comprimento é feito através do braço superior do hidráulico (3º ponto).

Com relação ao alinhamento do eixo cardã devem ser observados alguns cuidados. O ângulo horizontal não deve ultrapassar 40º e a posição de trabalho deve ficar entre 10º e 15º. Se o ângulo for muito grande, pode causar danos ao eixo cardã, às juntas universais, ao eixo da TDP e ao próprio motor. A solução, no caso de um ângulo muito grande, pode ser encurtar o braço do terceiro ponto.

REgULAgEnSVaria-se o tamanho dos torrões, variando-se

o número de golpes das enxadas no percurso. São três as maneiras de se conseguir um des-

torroamento maior ou menor.Uma das maneiras é pela variação da

velocidade de deslocamento do conjunto. Por ser um implemento acionado pela TDP, esta deverá manter seu padrão de giro em torno das 540rpm. Isto se consegue na maioria dos tratores, elevando a rotação do motor para cerca de 1.700 a 1.900rpm, mas varia de acordo com cada trator. Portanto, a rotação do motor para a enxada rotativa será constante, logicamente, a velocidade de deslocamento será obtida através da caixa de marchas. À medida que se aumenta a velocidade de deslocamento, o número de golpes diminuirá no percurso, obtendo-se torrões maiores. Em velocidades menores a desagregação do solo será maior.

A outra maneira de variar o tamanho dos torrões, aumentando ou diminuindo o núme-ro de facas por flange, tendo-se o cuidado de manter a sequência de montagem e o balance-amento. Como maior número de facas, menor o tamanho dos torrões.

A terceira alternativa é variando a rota-ção do motor. Através da caixa seletora de velocidades pode-se variar a rotação do rotor, mantendo-se a mesma velocidade de avanço e rotação da TDP. A variação é obtida através de engrenagens que se encontram dentro da caixa seletora, tomando-se o cuidado de manter em trabalho, engrenagens do mesmo símbolo e cor. Por exemplo: engrenagem de anel azul de 15 dentes acionando engrena-gem de 20 dentes, também de anel azul. A inversão das engrenagens promoverá maior desagregação do solo.

A placa protetora ou de impacto existente na traseira da máquina pode ser ajustada na sua altura, concorrendo também, em qual-quer caso, com a modificação do tamanho dos torrões. Quanto mais baixa, maior será o auxílio no destorroamento e nivelamento do solo preparado.

PROFUnDIDADE DE TRABALHOE nIvELAMEnTOO sistema hidráulico do trator não poderá

fazer ajustes para a profundidade. Ele deverá ser liberado, ficando para a própria máquina fornecer a regulagem que é feita nos seus apoios, que podem ser rodas ou patins. Nos modelos agrícolas, a profundidade pode variar de 0cm a 30cm. Portanto, pode-se fazer uma capina com apenas 5cm de profundidade ou mobilizar

Enxadas rotativas dotadas de sulcadores e também de sistema para aplicação de fertilizantes

A maior parte dos serviços realizados com enxadas rotativas está voltada para a formação de canteiros em horticultura e incorporação de restos culturais

Fotos Divulgação

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Tabela 1

Potência(cv)

86 - 16235 - 6618 - 28

18

Largura(m)

2,0 - 3,31,25 - 2,00,8 - 1,5

1,0

TDP1000540540540

Rotação (rpm)Rotativa

180 - 270120 - 220

250150 - 240

Profundidade(m)0,200,200,180,18

Tabela 2

Rotaçãodo rotor122 rpm153 rpm172 rpm216 rpm

Coresdo parAzul

LaranjaLaranja

Azul

Esquerda20181715

EngrenagemDireita

15171820

rotAção dAS fACAS

A rotação das facas deve ficar entre 122 e 216rpm. Quanto maior a

rotação das enxadas, maior a desagregação do solo, para uma mesma velocidade de trabalho.

A rotação das facas pode ser calculada pela seguinte fórmula:

Onde,V = velocidade angular das facas;Vt= velocidade angular da TDP do

trator;E1= número de dentes da engrenagem

motora; eE2= número de dentes da engrenagem

movida.

mais solo.Os nivelamentos feitos nos três pontos do

sistema hidráulico darão a condição de unifor-midade de corte e posição correta de ataque das facas no solo. Mantendo-se a barra de elevação direita e esquerda à mesma altura, obtém-se a uniformidade do corte e, com a enxada rota-tiva no solo, já na profundidade de trabalho, confere-se o ataque das facas.

Pela tampa lateral à esquerda da máquina, pode-se observar a inclinação do implemento e

Welington do Vale explica os diversos tipos de enxadas rotativas e suas aplicações através do terceiro ponto corrigir, fazendo com

que uma linha imaginária passando pela tampa lateral, faça 90º com o solo. Trabalhando incli-nada para frente (terceiro ponto recolhido), as costas das enxadas baterão no solo, promovendo vibrações, perda de profundidade e empenos. Com uma inclinação para trás (terceiro ponto alongado) será como bater o cabo da enxada no solo promovendo vibrações e quebras.

É importante lembrar que vários fatores interferem na qualidade das operações com cultivadores (ver Box). Quantidade de plantas daninhas, umidade, existência ou não de pedras

Welington Gonzaga do Vale,Univ. Federal de Mato Grosso

e tocos, são fatores que devem ser levados em conta na hora de trabalhar com enxada rotativa, a fim de tirar o máximo proveito e evitar danos ao implemento. .M

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trAtorES

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Tração reforçada

O sistema de semeadura direta proporciona benefícios expressi-vos para muitas culturas agríco-

las. Porém, culturas que possuem tubérculos como produto comercial, a exemplo da cenoura e da batata inglesa, não se adapta-ram a este sistema, comumente empregado para produção de cereais. Para o bom de-senvolvimento dos tubérculos, é necessário preparo do solo mais intensivo, eliminando os impedimentos físicos impostos pelo solo (Djurovka, 2008).

Para se alcançar condições de solo favo-ráveis ao desenvolvimento de culturas que possuam raízes sensíveis à compactação, é necessário lançar mão do método de preparo de solo convencional. Para isso, se realiza intenso destorroamento e revolvimento, deixando o solo livre de impedimentos. É o caso, por exemplo, do preparo de solo para cultivo de olerícolas, no qual, dentre outros equipamentos, se utilizam o arado, a grade e a enxada rotativa.

Ao tracionar esses implementos, é pro-vável que ocorra a patinagem dos rodados dos tratores. A patinagem moderada deve ocorrer durante as operações, pois serve como um escape em caso de esforço exces-sivo por parte do trator. Porém, quando os

índices de patinagem são maiores que 15%, passa a ocorrer perda de eficiência tratória e maior desgaste dos pneus. Para melhorar a eficiência de tração, podem-se utilizar componentes mecânicos do trator, a exem-plo do bloqueio do diferencial e também da tração dianteira auxiliar (TDA). Quando se aciona a TDA e o bloqueio do diferencial ou se modifica o implemento tracionado, a fim de aumentar a eficiência tratória, o consumo de combustível pode ser alterado.

Com o intuito de avaliar a influência do implemento, da TDA e do bloqueio do diferencial no desempenho operacional de um trator agrícola, o Grupo de Pesquisa

em Mecanização Agrícola (GPMA) da Uni-versidade Federal de Viçosa - Campus de Rio Paranaíba (UFV-CRP) realizou ensaios utilizando arado de discos e enxada rotati-va, alternando o acionamento do bloqueio do diferencial e da TDA. Foram avaliados o consumo de combustível e a patinagem nas situações supracitadas.

O trabalho foi conduzido no campo experimental da Universidade Federal de Viçosa, no Campus de Rio Paranaíba. O trator utilizado foi o TL 85 New Holland com potência de 61,3kW (83cv) provido de tração dianteira auxiliar.

Os tratamentos foram compostos por

Agrale

Mecanismos como tração dianteira auxiliar e bloqueio do diferencial ajudam a aumentar a eficiência do trator. Mas qual será o acréscimo de consumo quando estes sistemas são acionados?

Detalhe dos dois implementos utilizados no ensaio: arado de discos e enxada rotativa

Tração reforçadaMecanismos como tração dianteira auxiliar e bloqueio do diferencial ajudam a aumentar a eficiência do trator. Mas qual será o acréscimo de consumo quando estes sistemas são acionados?

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dois implementos de preparo de solo: enxada rotativa e arado de discos; TDA: acionada e desligada; bloqueio do dife-rencial: acionado e desligado. Analisados em esquema fatorial 2 x 2 x 2. Foram realizadas avaliações de consumo de com-bustível e de índice de patinagem. A enxada rotativa utilizada foi do tipo montada, com um conjunto de 48 facas acionadas pela tomada de potência, que permite largura de ataque de 2m e demanda de potência estimada em 48kW. O arado de discos, também montado, possui três discos de 28 polegadas, não reversíveis, com demanda de potência estimada de 49kW.

Os implementos trabalharam a pro-fundidade aproximada de 0,25m. Para se mensurar o índice de patinagem, foram fixadas, em quatro parafusos de cada roda motriz do trator, hastes metálicas que, por impacto, registravam em um contador de batidas analógico o número de voltas de cada roda. Para a tomada de dados com o arado, o trator percorreu sobre solo em condição de pousio, com vegetação pre-dominantemente formada por braquiária. Quando utilizou-se a enxada rotativa, o trator percorreu sobre solo arado, que foi anteriormente utilizado para a tomada de dados com o arado de discos. O solo da área é de textura areno-argilosa e no momento do ensaio se encontrava em estado friável.

Os pneus do trator foram preenchidos com água em 75% de sua capacidade. Os pneus dianteiros foram insuflados com 22Lbf/pol2

e os traseiros com 18Lbf/pol2 de acordo com recomendações do fabricante.

A distância percorrida pela roda foi calculada em função do número de voltas registradas no contador de batidas e multi-plicada pelo perímetro do pneu do trator. O consumo de combustível foi mensurado com fluxômetro. O fluxômetro foi construído com proveta graduada, possuindo na parte inferior saída para bomba de admissão e na parte superior, entrada para o combustível oriundo do retorno do sistema de alimen-tação do trator.

Para a coleta dos dados, o trator percorria a distância de 50m, e antes de sua partida e após o término da parcela, se tomavam os dados registrados nos contadores de batida

de cada roda e do fluxômetro. Media-se também o tempo para percorrer esse espaço. A coleta de dados do fluxômetro foi feita, imediatamente na saída e na chegada do espaço percorrido, a fim de caracterizar so-mente o gasto durante o percurso de 50m. Dessa forma, a diferença verificada entre o valor observado na proveta do fluxômetro imediatamente antes do início da operação e o valor observado ao final da mesma, constituía o consumo de combustível para aquele tratamento.

Como resultados do ensaio, o uso iso-lado da TDA ou em uso simultâneo com o bloqueio do diferencial não proporcionou diferenças quanto ao índice de patina-gem e consumo de combustível. Houve diferença significativa para o índice de patinagem e para o consumo de combus-tível quando se compararam os dois tipos

Detalhes dos equipamentos utilizados no ensaio: contador de batidas analógico (A) e hastes metálicas para a contabi-lização das voltas (B) para medir o índice de patinagem, além do fluxômetro (C) para medir o consumo de combustível

Fotos Diego Sichocki

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O bloqueio do diferencial proporciona condições de torque iguais para as duas rodas traseiras, com isso, a aderência delas ao solo é igual, reduzindo a ocorrência de patinagem. Corroborando com os resultados encontrados no presente trabalho, têm-se os dados de pesquisa realizada por Verschoore & Duquesne (2001), que comprovaram a melhoria da eficiência tratória em função do uso do bloqueio do diferencial.

COnSIDERAÇÕES FInAISObservou-se que o uso do bloqueio

do diferencial, associado ao uso da tra-ção dianteira, não proporciona reduções significativas no índice de patinagem dos rodados e consumo de combustível do trator operando com arado e enxada rota-tiva. O uso do arado de disco proporciona menor consumo de combustível e maior índice de patinagem em relação à enxada rotativa que, por sua vez, proporciona maior consumo de combustível e menor índice de patinagem, independentemente do acionamento do bloqueio do diferencial e da TDA.

De modo geral, o uso do bloqueio do diferencial reduz a patinagem do trator nas operações com arado de disco e enxada rotativa. Entretanto, é muito importante ressaltar que seu uso deve ser feito de forma criteriosa, pois pode ocasionar danos ao dife-rencial do trator em caso de manobras e em condições de esforço maior de um rodado em relação ao outro.

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de equipamentos tracionados pelo trator TL 85 (Tabela 1).

A menor patinagem observada quando o trator tracionava a enxada rotativa (6,37%) pode ser justificada, provavelmente, pelo fato de o eixo rotativo da enxada propor-cionar movimento nas facas que tocam o solo, no mesmo sentido de deslocamento do trator, resultando em menor resistência ao deslocamento dos rodados, devido ao somatório de forças atuantes no conjunto trator/enxada (Shibusawa, 1993). O maior valor de patinagem verificado pelo arado (13,04%) se justifica pela maior resistência ao deslocamento para mover os elementos ativos que se aprofundam no solo e estão dispostos com angulação perpendicular àquela do sentido de deslocamento do trator (Balastreire, 2004).

O consumo de combustível do trator quando tracionava o arado de discos foi menor do que quando tracionava a enxada rotativa. O aumento de patinagem pode

reduzir o consumo de combustível, pois a força se mantém a mesma nos pontos de tração e a velocidade é reduzida, diminuin-do a potência requerida. Nesse trabalho, ocorreu índice maior de patinagem quando o trator operava com o arado de discos e, com isso, pode ter reduzido o seu consumo de combustível.

Neste trabalho, a passagem da enxada rotativa foi realizada após a operação única de aração, que somada à presença de massa vegetal da braquiária na área, pode ter contribuído para aumentar o esforço do trator e, com isso, elevado o consumo de combustível nessa operação. Outro fator que pode contribuir para o aumento do consumo de combustível nessa operação é o uso da tomada de potência que, segundo Souza et al (2001), pode representar 85% do consumo da potência exigida.

Outros resultados observados foram relacionados ao bloqueio do trator que, in-dependentemente do implemento utilizado, reduziu a patinagem (Tabela 2).

Diego Sichocki,Renato Adriane Alves Ruas,Luciel Rauni Dezordi,Leonardo Fideles Caixeta eBruno Monteiro,UFV-CRP

Tabela 1 – Índice de patinagem e consumo de com-bustível proporcionado pelo trator new Holland TL 85 operando com arado de três discos e enxada rotativa

ImplementoArado

Enxada rotativaDMS

Consumo de combustível (L h-1)8,4010,580,39

Patinagem (%)13,046,372,63

Tabela 2 – Influência do bloqueio no índice de patina-gem, independentemente do implemento utilizado no trator new Holland TL 85

BloqueioLigado

DesligadoDMS

Patinagem (%)8,1811,232,63

EquAção 1

O cálculo do índice de patinagem foi feito de acordo com a Equação 1.

P(%) = d0 - d1 *100 d0

Onde:

P = Índice de patinagem expresso em percentual.

d0 = Distância percorrida pelas rodas com o trator sem carga.

d1 = Distância percorrida com o trator com carga.

.M

De modo geral, o uso do bloqueio do diferencial reduz a patinagem do trator nas operações com arado de disco e enxada rotativa, mas esta ação deve ser realizada de forma criteriosa para evitar danos ao diferencial

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ColhEdorAS

Contra o tempoQuando as lavouras de milho e soja chegam ao ponto de colheita juntas, os

produtores são obrigados a tomar a decisão e escolher qual das duas culturas deve ser colhida primeiro, tentando minimizar o prejuízo que, já neste caso, é

uma realidade, independentemente da sua escolha

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A decisão sobre o momento de iniciar a colheita é realizada geralmente através do conhecimento do teor de

umidade dos grãos, da disponibilidade de colhe-doras, da capacidade operacional, da previsão de tempo, do estádio de desenvolvimento dos demais cultivos da propriedade e também da os-cilação dos preços no mercado de commodities. Para dificultar ainda mais esta decisão, soma-se ainda a tendência de antecipação do plantio para maximizar o uso da terra, da adoção de cultivares cada vez mais precoces de soja, feijão ou híbridos de milho, além da falta de planeja-mento da semeadura para o escalonamento da colheita. O resultado deste descaso técnico é a coincidência dos momentos de colheita de soja, milho e feijão, em uma mesma semana.

Considerando que o agricultor tem uma capacidade operacional definida para a co-lheita, qual destes cultivos ele pode se dar ao luxo de deixar “secar no campo”, mesmo com a previsão de chuva, umidade relativa do ar e temperatura elevada para os próximos dias? Este questionamento nos remete à necessi-dade de realizar algumas ações. É necessário mensurar as perdas de produção, qualidade ou concentração de micotoxinas em soja, milho,

feijão e trigo em condições de atraso na colheita, além de identificar quais foram os parâmetros meteorológicos mais importantes neste período de pré-colheita.

Ainda é necessário desenvolver um sistema de suporte ao agricultor para indicação dos períodos de semeadura com enfoque no menor risco climático de déficit hídrico, temperatura ou radiação solar; na estimativa das datas de colheita baseada em modelos agrometeoroló-gicos de fenologia; na capacidade operacional de cada propriedade agrícola; na quantificação dos dias trabalháveis para colheita e, por fim, na rentabilidade do produtor.

Sobre a questão da rentabilidade, alguns estudos realizados pelos setores de Agrome-teorologia e Economia Rural da Fundação ABC têm demonstrado que em algumas situações analisadas desde 2009 (experimen-tos de campo), seja em anos de El Niño ou mesmo La Niña, o produtor pode obter maior lucratividade com a: (1) colheita antecipada de grãos ou sementes (sem o uso de dessecantes), mesmo com um maior custo de combustível, transporte e secagem, ou menor capacidade (hectares/dia) de colheita, (2) contratação de serviços terceirizados para colheita ou (3)

maior investimento em colhedoras (depende do tamanho da área).

QUALIDADE MEnSURADAPara avaliar a qualidade da colheita em

diferentes períodos, pesquisadores da Fundação ABC realizaram estudo que teve como objetivos mensurar as perdas de produção e qualidade na soja em situação de atraso na colheita, identifi-car quais foram os parâmetros ambientais mais importantes neste período de pré-colheita e, por fim, propor um algoritmo para estimativa do momento ideal de colheita de soja que servirá de base para as Cooperativas Agropecuárias e Industriais Arapoti, Batavo, Castrolanda, Coopagrícola e Holambra Paranapanema, que atuam no oeste do Paraná.

O experimento foi realizado no campo experimental da Fundação ABC, localizado no município de Castro (PR), com semeadura em 27/11/2010, cultivar NK3363 em área sob siste-ma de plantio direto estabelecido, rotação aveia/milho/trigo/soja, espaçamento entre linhas de 0,4m e população inicial de 266 plantas m2. O momento inicial de colheita foi determinado através da umidade dos grãos, adotando-se o valor de 20% para início da colheita. Uma vez determinada a data da primeira colheita, as demais foram realizadas manualmente aos

John

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Investimento em máquinas maiores e mais modernas é um critério que geralmente se reverte em aumento de produtividade

Cha

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cinco, 11, 24, 32 e 38 dias após o momento inicial de colheita (Damic), como é possível observar na Tabela 1.

RESULTADOS OBTIDOSA Tabela 2 demonstra o efeito do atraso na

colheita sobre alguns componentes de produção da soja, onde podemos observar que mesmo com o estande final de plantas estatisticamente semelhante entre os tratamentos estudados, ocorreu um decréscimo da umidade de grãos e da produção de soja, ambos os efeitos dire-tamente proporcionais ao atraso na colheita. Esta tendência de redução da produção pode ser explicada pelo consumo de matéria seca do grão em processo respiratório nesta fase de pré-colheita. Vale ressaltar que neste estudo a colheita foi realizada manualmente, assim como o processo de trilhagem e limpeza dos grãos, fato este que deve ter minimizado as perdas relacionadas à colheita mecanizada, descritas por Costa et al, (2007).

A título de discussão, foi possível observar

neste experimento perdas de até 799kg de soja/ha quando comparadas a soja colhida com umidade de 20% em relação à soja colhida com umidade de 16%, ou seja, perdas de 0,35 saca de soja por dia de atraso. Estas perdas foram mais significativas nas colheitas realizadas aos 32 e 45 Damic, fato este que pode estar relacionado às condições de ambiente demonstradas na Figura 1.

O que podemos destacar em relação a

estas duas últimas colheitas foram os volumes diários de precipitação, a significativa oscilação da amplitude térmica da superfície e as

altas taxas de radiação solar global, obser-vadas nos dias que antecederam estas

colheitas de soja. Estas informações também foram descritas por Queiroz et al, (1978), onde verificaram o efeito mais significativo da precipitação sobre os aspectos quantitativos e

qualitativos dos grãos de soja.O mesmo comportamento observado

nos componentes de produção também foi observado nos componentes

qualitativos da soja (Tabela 3), com decréscimo significativo do vigor e porcentagem de germinação de

Tabela 1 - Descrição dos tratamentos estudados na safra 2010/2011, Castro (PR)

ID123456

Data da colheita15/04/201120/04/201126/04/201109/05/201117/05/201123/05/2011

Dias após o momento ideal de colheita (DAMIC)Colheita realizada com umidade do grão em 20%

Colheita realizada cinco dias após o momento inicial de colheitaColheita realizada 11 dias após o momento inicial de colheitaColheita realizada 24 dias após o momento inicial de colheitaColheita realizada 32 dias após o momento inicial de colheitaColheita realizada 38 dias após o momento inicial de colheita

Tabela 2 - Efeito do atraso na colheita sobre os componentes de produção em soja, cultivar nK3363, safra 2010/2011, Castro (PR)

DAMIC05

11243238

Prob>FMédiaREQM

Coef. variação

Estande Final (pl/m2)23,4025,8924,4123,1323,4922,85

.23,861,777,89

Tukey (5%)AAAAAA

0,2057...

Tukey (5%) B C A B C D

<,0001...

Umidade (%)19,6318,2320,6319,8317,5716,60

.18,750,367,80

Tukey (5%)A

AB AB AB B C

<,0001...

Produção (kg/ha)3002,182915,052930,512806,102584,672203,28

.2740,30164,3111,53

As médias seguidas por uma mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

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sementes de soja a partir do atraso na colheita, conforme Tabela 3. Estes resultados corroboram com os apresentados por Vieira et al, (1982).

Uma vez observada esta tendência de decréscimo da produção, vigor e germinação de sementes de soja em situações de atraso

baseados nos parâmetros NHT<14, PRECIP e NHUR<50, cujas tendências podem ser observadas na Figura 2 e os modelos descritos

Tabela 3 - Efeito do atraso na colheita sobre o vigor e a germinação de sementes de soja, cultivar nK3363, safra 2010/2011, Castro (PR)

Damic05

11243238

Prob>FMédiaREQM

Coef. variação

vigor (%)95,5093,0091,0073,0062,0060,00

.79,084,52

19,66

Tukey (5%)A A A B CC

<,0001...

Tukey (5%)A

AB BABAB B

0,0047...

germinação (%)98,2596,5089,7595,0093,5089,25

.93,713,234,73

As médias seguidas por uma mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

Tabela 4 - Correlação de Pearson entre a produtividade (kg/ha) e os demais parâmetros ambientais observados durante o experimento

ID12347891011121314151617181920212223242526272829303132

Produção (kg/ha)-0,90480,8272-0,8894-0,8909-0,8842-0,8783-0,8875-0,9062-0,9684-0,9391-0,9228-0,9158-0,7985-0,6256-0,4935-0,9090-0,9092-0,9123-0,8667-0,8541-0,9133-0,8633-0,8050-0,8920-0,9071-0,9095-0,9070-0,8798-0,7754-0,8498

ParâmetroDAMICUMID

RSPRECIPTMEDTMInTMAxUR

nHT<14nHT<16nHT<18nHT<20nHT>20nHT>24nHT>26

nHUR>70nHUR>80nHUR>90nHUR<70nHUR<60nHUR<50

nHP>0nHP>2nHP>5

nHRS<200nHRS<400nHRS<600nHRS>600nHRS>800

gDA

vigor (%)-0,98620,6826-0,9841-0,9574-0,9802-0,9753-0,9817-0,9859-0,9650-0,9887-0,9899-0,9891-0,9290-0,7816-0,5958-0,8372-0,9862-0,9861-0,9859-0,9779-0,9844-0,9963-0,9765-0,8693-0,9868-0,9864-0,9866-0,9784-0,9557-0,9647

germinação (%)-0,62920,2281-0,6191-0,6489-0,6428-0,6567-0,6386-0,6321-0,5457-0,5742-0,6087-0,6161-0,6845-0,7383-0,7036-0,6335-0,6351-0,6359-0,5933-0,5581-0,4869-0,6481-0,6875-0,4987-0,6287-0,6322-0,6302-0,6170-0,5426-0,6611

DAMIC = dias após o momento ideal de colheita; UMID = umidade relativa média do ar; RS = radiação solar global; PRECIP = precipitação pluvial acumulada; TMED = temperatura média do ar; TMIn = temperatura mínima do ar; TMAx = temperatura máxima do ar; UR = umidade relativa do ar; nHT = número de horas com temperatura; nHTUR = número de horas com umidade relativa do ar; nHP = número de horas com precipitação; nHRS = número de horas com radiação solar global; gDA = graus dias acumulados.

da colheita, foram realizadas análises de correlação para identificar quais os parâmetros ambientais observados mais se correlacionariam com estas tendências. Para tanto, os registros agrometeoroló-gicos foram cotados em intervalos que iniciaram dez dias antes do momento ideal de colheita (Damic = 0) e termina-ram no dia da colheita, cujos resultados desta análise podem ser visualizados na Tabela 4.

Dadas as altas correlações entre pro-dução, vigor e germinação de sementes em relação aos parâmetros ambientais observados no experimento (Tabela 4), tomou-se como exemplo a proposta de desenvolvimento de um algoritmo para determinação das perdas da produtivi-dade de soja em situações de atraso na colheita (Tabela 3), baseados em escala fenológica (Fehr e Caviness, 1977) e parâmetros ambientais, definidos pelos procedimentos Stepwise, Forward e Backward do software estatístico SAS. Estes procedimentos resultaram na es-colha de três modelos de regressão linear,

Figura 1 - Precipitação pluvial (mm/dia – barras verticais), Amplitude térmica (ºC – linha preta tracejada), Radiação solar global (MJ/m2/dia – linha tracejada cinza) em relação às datas de colheita de soja (losangos pretos). O dia 15/4/2011 foi considerado dia de referência para a colheita de soja (Damic = 0 ou tratamento 1)

Figura 2 - Produtividade observada versus produtividade estimada através de modelos de regressão linear simples, baseado no nHT<14 (A), ou modelos de regressão linear múltipla utilizando os parâmetros ambientais nHT<14 e nHUR<50 (B), ou nHT<14, nHUR<50 e PRECIP (C)

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na Tabela 5.

COnCLUSÕESApós levantar todos os dados de campo,

Tabela 5 - Modelos utilizando regressão linear para estimativa da produtividade

ModeloProdução = 3130,7039 - 2,2287*nHT<14

Produção = 2630,294 - 4,5176*nHT<14 + 32,3837*nHUR<50Produção = 2512,2806 - 5,9134*PRECIP + -4,7272*nHT<14 + 47,7870*nHUR<50

Coef. Determ. Ajust.0,922340,9593180,984388

ParâmetrosnHT<14

nHT<14 | nHUR<50nHT<14 | nHUR<50 | PREC

ParâmetrosnHT<14

nHT<14 | nHUR<50nHT<14 | nHUR<50 | PREC

é possível concluir que a produtividade de soja decresce com o atraso da colheita, assim como os índices qualitativos de germinação e vigor de sementes. As perdas de produti-vidade em soja chegaram a 26,61% em 38 dias. Esta tendência de redução pode ser mais significativa em situações em que o ambiente seja desfavorável, como a distri-buição e frequência da precipitação pluvial, a amplitude térmica e a saturação de umidade na atmosfera, parâmetros estes identificados como os principais.

Com base nestas correlações e análise de regressão, foi possível identificar três algoritmos para estimativa do decréscimo de produção a partir de registros agrometeorológicos, presentes e disponíveis na região de estudo em mais de 40 localidades.

Na safra posterior a este experimento,

foram realizados novos estudos com o mesmo delineamento experimental, mas com colheita mecanizada, em áreas de produção de sementes. As tendências de perda significativa dos parâ-metros qualitativos foram novamente observa-das, evidenciando que em áreas de produção de sementes, o momento de colheita deve ser um mais um parâmetro de observação.

Outros experimentos foram conduzidos pela Fundação ABC para aumentar o número de observações, melhorar a precisão e reduzir o erro na estimativa do decréscimo de produção, germinação e vigor da soja.

Rodrigo Yoiti Tsukahara eEdson Giovanni Kochinski,Fundação ABCJosé Prestes Neto,Cescage

.M

Charles Echer

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CApA

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JD 9470 STSTestamos o menor modelo da série mais vendida pela John Deere. A JD

9470 STS é uma colhedora Classe V, axial, que tem projeto desenvolvido nos Estados Unidos e fabricada no Brasil

O destino da equipe da Revista Cul-tivar Máquinas, neste mês foi o município de Astorga, no Paraná,

onde testamos no campo a colhedora John Deere 9470 STS. Esta máquina da Classe V está sendo comercializada no mercado bra-sileiro desde o seu lançamento realizado no Agrishow de Ribeirão Preto, em 2009. Este é o menor modelo da série STS e o mais vendido pela marca nos estados do sul, principalmente Paraná e Rio Grande do Sul, pela estrutura

fundiária adequada para este tipo de máquina. Uma das questões que têm contribuído para o sucesso nas vendas tem sido atribuída ao fato de que é uma máquina igual àquela fornecida ao mercado norte-americano, porém, fabricada quase inteiramente no Brasil, na fábrica de Horizontina, no Rio Grande do Sul.

MOTORO motor que equipa esta máquina é da

marca John Deere de seis cilindros, modelo

PowerTech 6068H com 6.800cm3 e potência de 238cv produzidos a uma rotação nominal de 2.200rpm. Como reserva de potência este motor pode chegar aos 256cv a 2300rpm, acio-nada no momento da descarga em movimento e operação.

A máquina testada estava operando com uma plataforma da série 600C, a mesma que se utiliza no mercado norte-americano, de13 linhas, com 5.900mm de largura

Sistema de embreagem utilizado em casos de embuchamento e necessidade de reversão

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Fotos Charles Echer

SISTEMA DE TRILHAAs colheitadeiras STS introduziram um

novo conceito em sistema de trilha e separação axial que as diferenciam das outras máquinas

com este sistema e tem algumas

características de funcionamento exclusivas da marca John Deere. Compõe-se de um rotor STS, colocado no sentido longitudinal, com 60cm de diâmetro e comprimento de 3,13m. A regulagem da pressão de trilha é feita por meio de abertura e fechamento de um enorme côn-cavo, com área de quase um metro quadrado. Outra forma de variar a intensidade da trilha é

por meio da alteração da velocidade angular do rotor, que pode variar de 230 a 1.300 rotações por minuto.

Este dispositivo incorpora uma inovação, característica da marca, que é a variação do di-âmetro do compartimento do rotor. O produto que chega à trilha entra em um compartimento cilíndrico onde está inserido, no centro, o rotor.

Sistema de controle automático de altura da plataforma compensa o desnivelamento do solo e controla as posições vertical e horizontal da plataforma

Chapas destacadoras com ajuste hidráulico permitem ao operador fazer o ajuste dentro da cabine inúmeras vezes

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o CoNCESSIoNárIo

O concessionário que atende a região no norte do Paraná é a Horizon

Comercial Agrícola, que tem lojas matriz em Londrina, filiais em Apucarana, Ivaiporã e Cornélio Procópio.

Fomos muito bem atendidos pela Regina, que é consultora estratégica de negócios, e pelo Luiz Cianca, supervisor geral da empresa. Durante todo o teste recebemos o suporte técnico do senhor Nilson de Souza Lima, que é coordenador de serviço da concessionária. Também estiveram apoiando o teste, em representação do fabricante o coordenador de vendas, Elizeu Santos, o especialista de colheitadeiras, Bruno Lucio, e o especialista de tratos culturais, Geovani Zappe.

Ocorre que este invólucro onde está o rotor é dividido em três seções, que aumentam de volume, por um incremento na seção altura. Na primeira seção o material é pressionado igualmente na parte inferior e superior do compartimento, na segunda há um aumento do volume na parte superior forçando que o material se comprima na inferior e se expanda

na parte superior. Na terceira seção esta ação se incrementa com uma expansão maior e conse-quentemente provoca que a massa solte os grãos que ainda estiverem aderidos a ela.

Encontramos na Fazenda São José, onde realizamos o teste, uma máquina de demons-tração da John Deere que estava sendo utilizada na colheita do milho safrinha. Para realizar o teste contamos com o auxílio do operador da fazenda, senhor Fábio Batista Ferreira, que usualmente trabalha com esta máquina e outra maior, de propriedade da empresa, da mesma marca e série.

Durante os testes mantivemos o motor em máxima aceleração, a 2.240rpm, e o desloca-mento foi em 2ª marcha, a uma velocidade mé-dia de 6,5km/h. As condições de regulagem do sistema de trilha, separação e limpeza foram as recomendadas para este trabalho, com 560rpm no rotor, ventilador a uma vazão de ar de 1.090 litros por minuto. A peneira de cima estava na posição 27 e a de baixo na 17. A máquina que utilizamos para o teste estava equipada com o kit feijão, mas que em nada nos prejudicou na análise, visto que era um equipamento opcional da marca.

Ao colhermos o milho, o descarregamos em um reboque graneleiro marca Stara com

capacidade para 11 mil litros, que na região chamam de bazuca, tracionado por um trator SLC-John Deere 7500.

Esta máquina é equipada com um siste-ma de peneira autonivelante, que é acionado automaticamente, dependendo da inclinação do terreno em que se está trabalhando. Vimos que o sistema pode funcionar no modo auto-mático ou manual, quando o operador, desde o comando no painel, pode interferir neste processo. O que se ganha com este sistema é que a separação não é muito afetada pela declividade do terreno, evitando o acúmulo de material no lado de baixo da máquina quando o terreno não é plano.

Toda a movimentação do material colhido e limpo pode ser monitorada, através de um sensor de retrilha, colocado no próprio elevador da retrilha, um sensor de umidade e outro de produtividade, colocados dentro do tanque graneleiro, na saída do tubo elevador de grãos limpos. Com estes sensores é possível medir a umidade e a produtividade a cada ponto da lavoura, desde que esteja equipado com o restante dos equipamentos de agricultura de precisão. Ao final do processo de separação, a palha é picada e espalhada.

Quanto ao posto do condutor, vimos uma

O acesso à parte superior da máquina, onde estão instalados motor, sistema de arrefecimento, tomada de ar etanque graneleiro, é feito por uma escada que fica embutida sob uma das abas laterais quando está recolhida

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Fotos Charles Echer

cabine com ótimo espaço interno e com a ca-racterística de que o assento do operador está colocado no centro da máquina, o que para nós foi um auxílio importante para a busca de referências, no momento de entrar nas linhas. O assento é bem confortável, graças ao ajuste e controle de vibrações pneumático, com todos os ajustes de posição que se espera de uma máqui-na deste nível. Ao lado do assento principal há um banco auxiliar para o acompanhante. Para o acesso, salientamos positivamente a ampla escada, com corrimões bem posicionados e pode ser colocada para frente da máquina, durante o trabalho.

O controle do avanço e outras funções uti-lizadas na operação são feitos a partir de uma alavanca chamada de multifunção, colocada à mão direita do operador, em um console. Nela é possível controlar o deslocamento da máquina,

memorizando as posições de manobra e retorno à colheita, o controle do molinete, a abertura e fechamento do tubo de descarga e a própria descarga dos grãos do depósito. No mesmo lado, na altura dos olhos há um display bastante completo, onde é possível ver diversas funções da máquina, complementado por um painel digital vertical, o Command Touch, colocado na coluna direita da cabine.

O fabricante pensou, para toda esta série, e pudemos constatar neste modelo, a alternativa de projeto para que todos os ajustes da máquina possam ser feitos de dentro da cabine, sem necessitar que o operador tenha que utilizar ferramentas e desmontar partes da máquina. Além disto, se nota um cuidado bastante grande na informação ao usuário, pois em cada ponto de ajuste, informação ou manutenção havia adesivos com pictogramas padronizados.

Nesta máquina testada não estavam pre-

sentes todos os opcionais AMS, porém, são possíveis de serem colocados nas máquinas standard, de acordo com o pedido do compra-dor. Em uma das opções podem ser colocados somente o monitor de colheita e o receptor Starfire, com sinal SF1. Também está disponível para este modelo uma versão que compreende a versão anterior mais o piloto automático, com o mapa de produtividade.

PLATAFORMAA plataforma de colheita que equipava

esta máquina é da série 600C, que foi lançada em outubro de 2009 no Brasil, a mesma que se utiliza no mercado norte-americano. O modelo desta série era o 613C, de 13 linhas, com 5.900mm de largura total. Tecnicamen-te, para esta máquina o ideal seria o modelo de 12 linhas, no entanto, não encontramos maiores problemas operacionais, durante o nosso teste.

A regulagem de posicionamento vertical é feita de dentro da cabine, utilizando-se os

Visão parcial do sistema de rotor axial, quepode ser acessado pela lateral da colhedora

Eletroválvulas dispostas em comando de bloco único podem ser acessadas ao nível do solo

Sensor que informa ao operador na cabinequando o tanque graneleiro está cheio

Sensor de umidade instalado dentro do tanque grane-leiro transmite os dados em tempo real para a cabine

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John Deere modelo PowerTech 6068H6 cilindros, 6.800 cm3, turbo comprimido238cv a 2.200rpm (256cv a 2.300rpm)

Hidrostática de três velocidades

12 linhas (no modelo tínhamos uma plataforma de 13 linhas), com controle automático de altura de corte e sistema de inclinação lateral standard

Rotor STS, com 600mm de diâmetro e 1.727mm de comprimentoPorção final do rotor, com diâmetro de 678 mm e área total de 1,6 m2.

Peneiras com 3,61m2, ventilador de 620 a 1.220rpm e sistema de retrilha.6750 litros, com tubo de descarga de 5,6 metros de comprimento e vazão de 78 litros por segundo

13.583kg, sem a plataforma757 litros

9.310 mm, sem a plataforma4.200mm, com a opção de rodado utilizada

4400mm

MarcaTipo

PotênciaTransmissão

Plataforma de corte

TrilhaSeparaçãoLimpeza

Deposito de grãos

Massa totalDepósito de combustível

Comprimento totalLargura totalAltura total

Motor

Sistema de corte, trilha, separação e limpeza

Massa, capacidades e dimensões

Especificações técnicas

sensores de altura da plataforma e um pequeno potenciômetro, colocado no painel de instru-mentos. O procedimento de calibração é muito fácil e há um indicador de barras luminosas que auxilia a verificar o funcionamento durante o trabalho. Após o estabelecimento do padrão que se quer, em função da altura de corte que se deseja, a plataforma utilizando os sensores de altura fazem o controle automático. O operador nos contou que prefere cortar a cana do milho mais alta, em torno de 30cm, para manter palha para o plantio direto. Além de poder regular a altura, em operação é possível contar com o sistema Hydraflex (controle da pressão da plataforma sobre o solo) que pode ser utilizado para operação com plataforma fixa ou flexível e que através de sensores de posição do terreno,

controla a posição da plataforma.Como estávamos trabalhando com uma

plataforma de colheita de milho, buscamos informação com o usuário sobre possíveis problemas durante a operação. Ele nos contou, bastante animado, que até agora o único cuida-do foi a lubrificação, através dos pinos graxeiros e das correntes que, no caso dele, é feita com óleo queimado, de transmissões.

Há outras regulagens importantes, entre as quais destacamos a possibilidade de ajustar o ângulo de ataque da plataforma, alterando o posicionamento dos bicos, levantando ou abaixando-os, de acordo com a necessidade da cultura. Vimos que é só alterar a posição dos batentes de apoio dos bicos, o que auxilia em determinadas condições em que o milho está

todo de pé e outras em que há acamamento, como era o caso do nosso teste, onde a boa regulagem proporcionava que se fosse levan-tanda a massa caída e por certo reduzindo as perdas de grãos.

Para os casos de embuchamento, durante a colheita, esta máquina tem um sistema bastante simples de acionamento da reversão, com o retorno automático através de um sistema de embreagem.

Complementando, há que fazer uma menção positiva sobre o acesso ao motor, de-pósito de grãos e combustível, por uma escada posicionada na parte traseira da máquina e que, além disto, dá acesso aos amplos radiadores: um do intercooler (no fundo), um para o sistema de arrefecimento da água do motor, um para o

A escada de acesso à cabine pode ficar em diferentes posições dentro de um ângulo de 90º

Detalhe do acesso aos radiadores do sistema hidráulico e do sistema de arrefecimento do motor

Todos os comandos e painéis estão instalados na lateral direita da cabine

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Fotos Charles Echer

loCAl doS tEStES

Fomos recebidos na Fazenda São José pelo senhor Fábio, que é o administrador. O

proprietário, que é o senhor José Ferreira de Camargo descende de uma família com origem em Birigui (SP). O senhor José está desde 1948 no Paraná e antes de dedicar-se aos grãos como soja, feijão e milho, produzia café. Atualmente produz milho (safrinha) e feijão e soja no verão. O trigo, muito comum nesta região, em anos anteriores foi produzido na fazenda pela última vez em 2010 e parece ser que os problemas de preço e doenças fúngicas afastaram de momen-to a disposição para voltar a semeá-lo.

A área utilizada nos testes havia sido

semeada com milho híbrido marca Pionner, cultivar 30S31, que é um híbrido simples, de alta produtividade na safrinha, com caracte-rísticas de defensividade e estabilidade, com 45cm de espaçamento, três plantas por metro. A produção média da fazenda estava bastante boa, ao redor de 300 sacos por alqueire paulista, mas nos contaram que no verão se alcançaria tranquilamente os 400 sacos por alqueire.

A área total da propriedade é de 726 hec-tares e tudo parece muito bem organizado. Há uma unidade de secagem e limpeza própria da fazenda, que comercializa o produto diretamen-te ou através de cooperativa Integrada.

José Fernando Schlosser,Nema – UFSM

óleo hidráulico (na parte de cima), e na frente um para o sistema de ar-condicionado e para o combustível. O ponto de tomada de ar para o motor também está colocado nesta posição superior, o que facilita a entrada de ar limpo.

Os pneus que equipavam a máquina que testamos e que são standard, para este modelo são da medida 30.5L-32 simples no eixo dian-teiro e 18.4-26 no rodado diretriz, na traseira. Há ainda a opção de rodado duplo quando se utiliza pneu da medida 20.8 R38.

vERSãO ARROZEIRAA 9470STS ganhará uma versão arrozeira,

que será lançada durante a Expointer 2012, em Esteio (RS) na úlitma semana de agosto. Ela manterá os mesmos atributos das versões de mi-lho e soja, mas receberá as adaptações necessá-rias para enfrentar a cultura de arroz, altamente abrasiva, o que exige um trato especial desde a plataforma de corte até os sistemas de trilha, limpeza e separação. Outra característica que exige muito da máquina arrozeira é o terreno inóspito onde ela irá trabalhar, que requer uma máquina mais reforçada mecanicamente, com tração 4x4 e rodado duplo na dianteira, carac-terísticas que estarão presentes nas 9470 STS e 9670STS arrozeiras, que serão produzidas pela John Deere na fábrica de Horizontina (RS).

POnTOS FORTESPudemos ao final do teste destacar três

pontos fortes desta máquina. O primeiro é a facilidade de acesso a todos os componentes da máquina, com amplas janelas de inspeção e tampas laterais. Isto facilita a manutenção e, in-clusive, a estimula, diminuindo a possibilidade de que o usuário deixe de executar correções e regulagens. O segundo ponto forte que visu-alizamos a partir do teste é a possibilidade de regulagens de dentro da cabine, que conduzem a um processo de colheita com perdas mínimas e com grãos limpos no graneleiro. O terceiro ponto a destacar é uma sensação de projeto de produto equilibrado, com harmonia entre

a parte motriz e os componentes de trilha, separação e limpeza.

É inegável a supremacia dos sistemas axiais, em relação aos convencionais, para a diminuição de perdas e possibilidade de aumento da velocidade de operação. Isto tem servido para aumentar a porcentagem de máquinas vendidas com este sistema. Neste teste se notou que em nenhuma ocasião tivemos problemas de sobrecarga do sistema de trilha e nem de uso da reserva do motor, mesmo em uma situação de boa produtividade como esta.

O teste foi realizado no município de Astorga (PR) e teve o apoio das equipes da John Deere e da concessionária Horizon Comercial Agrícola, além da equipe da Fazenda São José

.M

Sistema picador de palha instalado na parte traseira da colhedora

Um dos pontos fortes da 9470 STS é a qualidade do grão colhido, com poucas impurezas

Console principal presente na lateral direita do banco do operador, junto com o joystick de movimentação

O tanque graneleiro tem capacidade para 6.750 litros e o tubo de descarga tem 5,6 metros de comprimento

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Conjunto calibradoUma vez identificados os pontos de perdas e realizadas as regulagens

necessárias na colhedora, as chances de aumentar a rentabilidade e colher um produto mais limpo são maiores

ColhEdorAS

Uma colhedora autopropelida de grãos convencional, funcional-mente pode ser dividida em cin-

co unidades principais: corte e alimentação, trilha, separação, limpeza, movimentação e armazenamento dos grãos. As colhedoras de fluxo de trilha axial juntam a trilha e a separação em um mesmo processo, man-tendo os demais.

Com o objetivo de minimizar as perdas de grãos na colheita mecanizada, o primei-ro cuidado que se deve ter diz respeito à velocidade de operação, visto que o excesso de velocidade é causa de grandes desperdí-cios. Esta, segundo a técnica, deve variar de 1,5km/h a 6km/h, mas a ideal deve ser encontrada a campo, pois depende das condições de terreno, da produtividade da cultura, principalmente para arroz e milho, devido à capacidade admissível da máquina de processar toda a massa que é colhida junto ao grão (Embrapa, 1998). Ressalta-se que as colhedoras de trilha axial suportam maiores velocidades de deslocamento em função da maior capacidade de proces-samento. Portanto, o agricultor não deve tomar a decisão de aumentar ou diminuir a velocidade de deslocamento em função da capacidade operacional da colhedora (hectares/hora), mas sim em função das

perdas, para que estas estejam abaixo dos níveis toleráveis.

UnIDADE DE CORTE E ALIMEnTAÇãOO corte e a alimentação são feitos pela

plataforma e pelo canal condutor que une esta à máquina. Muitos autores indicam que em torno de 70% das perdas de grãos têm origem nos mecanismos de corte e ali-mentação (plataforma), assim as regulagens desta unidade merecem mais atenção por parte do operador. Destes 70% de perdas na plataforma, cerca de 90% advêm da ação do molinete, visto que ele é o único órgão da máquina que toca na planta fora do equi-pamento, o que pode causar uma debulha grande, nem sempre vista pelo operador. Este, portanto, é o primeiro componente a ser verificado, devendo-se ajustar a altura, a distância em relação ao caracol e a inclinação dos dedos, em função do porte das plantas ou acamamento destas.

Com relação à altura do molinete, recomenda-se que este toque a cultura o mais alto possível (para a cultura da soja deve tocar o terço superior da planta, para o trigo logo abaixo da espiga e para o arroz logo abaixo da panícula). O toque a uma

altura excessiva pode provocar perdas por tombamento da cultura cortada e pouca al-tura do molinete, perdas por debulhamento e enrolamento da cultura cortada. De acordo com Smith & Wilkes (1979), para uma cul-tura com porte normal o eixo do molinete deve estar 0,15m a 0,30m à frente da barra de corte e os dedos recolhedores retos (verti-cais), para cultura de porte baixo o molinete deve estar mais próximo à barra de corte e com os dedos retos, isto evita o acúmulo de palha na frente do caracol e, ainda, para uma cultura acamada, joga-se o molinete bem para frente da barra de corte e inclinam-se os dedos recolhedores para trás, para assim levantar a cultura antes de cortá-la.

A velocidade de rotação do molinete deve ser determinada com base no com-portamento das plantas que entram em contato com a barra de corte, fazendo-se com que o produto caia imediatamente dentro da plataforma de corte. Conforme Moraes et al (1996) a velocidade angular das barras do molinete deve ser 25% a 50% superior à velocidade de deslocamento da colhedora, ou seja, o índice de velocidade

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do molinete (IVM) deve estar entre 1,25 e 1,50. Machado (2007) propôs a equação para determinação do IVM (ver Box 1).

As plataformas podem ter a barra de corte rígida ou flexível. Para colher a uma determinada altura do solo como no arroz utiliza-se a plataforma rígida. As flexíveis servem para colheitas realizadas rente ao solo como na soja. Para ambas as situações são exigidas muita atenção e habilidade do operador em posicionar corretamente a pla-taforma. As máquinas que possuem sistemas automáticos de controle de posicionamento facilitam a operação e aumentam a qualida-de do trabalho e, em geral, necessitam de uma prévia calibração, testando-se todos os componentes, em especial seus sensores. A altura da barra de corte deve estar regulada de forma que ela opere o mais próximo pos-sível do solo (no caso da soja), ou na altura

suficiente para apanhar os grãos mais baixos sem levar excesso de palha para dentro da máquina (trigo, milho e arroz). Algumas plataformas permitem o ajuste do ângulo da barra de corte, isso é indicado para cul-turas de hábito rasteiro como o feijão, na qual é sugerida uma pequena inclinação para baixo.

O sem-fim (caracol alimentador) deve-rá ser ajustado de maneira que o produto seja levado uniformemente ao condutor longitudinal. A altura deste órgão deve ser a menor possível e varia com o tipo e volume de material colhido. Uma altura excessiva em relação ao fundo da plataforma tem por consequência uma alimentação desuniforme da máquina, e uma separação pequena demais provocará uma debulha prévia (Silveira, 1990). Na colheita de soja o caracol deve trabalhar com rotação baixa,

visto que a alta velocidade provoca um im-pacto dos dedos retráteis contra as vagens da soja, provocando debulha de grãos antes de chegarem ao sistema de trilha, jogando-os para fora da plataforma. Algumas máquinas têm substituído o caracol por uma esteira que se movimenta levando o material das extremidades para o centro da plataforma, popularizadas pela denominação drapper.

O principal componente de regulagem do canal alimentador, que tem a função de transportar o material da plataforma até a trilha, é a esteira transportadora, a qual deve ser ajustada em seu posicionamento e tensão (através dos tirantes laterais), buscando um fluxo uniforme sem debulha ou sobrecargas para o cilindro. O coletor de pedras (locali-zado no final do canal e antes da trilha) deve ser limpo e revisado periodicamente.

UnIDADE DE TRILHAO sistema de trilha ou debulha da

maioria das colhedoras existentes no Brasil é o tangencial ou radial, embora a adoção do sistema axial esteja crescendo. Os prin-cipais componentes deste primeiro sistema são o cilindro e o côncavo, podendo ser de diferentes tipos, formando conjuntos adaptados para as distintas culturas. Para que se obtenha um funcionamento ade-quado da máquina, é preciso selecionar a versão correta para a condição de trabalho, conforme Tabela 1.

A primeira regulagem diz respeito à aber-tura entre o cilindro de trilha e o côncavo. Para soja e arroz deve ser a maior possível, evitando danos aos grãos, mas permitindo a trilha de todo o material. Para o milho, esta regulagem é feita de acordo com o diâmetro médio das espigas, para que o grão seja de-bulhado sem ser quebrado (boa qualidade). Outro fator importante é a proporção de abertura, que deve ser de 2:1, ou seja, a di-mensão da frente (entrada) deve ter o dobro

Detalhe das facas e contrafacas e dos dedos do molinete em posição mais avançada para colheita de cultura não acamada

Plataformas tipo drapper, que utilizam uma esteira ao invés docaracol, causam menos danos aos grãos e minimizam as perdas

Fotos Charles Echer

A distância entre o cilindro e o côncavo de barras no sistema de trilha tangencial é uma das principais regulagens do sistema e varia de acordo com a cultura a ser colhida

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da traseira (saída). O ajuste deve ser feito nos tirantes laterais da máquina, com medi-das de acordo a marca e tipo de colhedora. A velocidade do cilindro para soja e arroz deve ser a menor possível, para evitar danos às sementes, mantendo-se a capacidade de processamento sem variações e sobrecargas no sistema (ver Tabela 2). Já para o milho a velocidade deve ser ajustada em função do teor de umidade do grão, ou seja, quando colhido mais úmido, o grão é menos duro, mais maleável e mais difícil de ser debulha-do, portanto, exige maior rotação do cilindro para ser debulhado (faixa recomendada: 400rpm a 700rpm) (Embrapa, 1998). A rotação inicial é, normalmente, recomen-dada através do manual do operador, para cada tipo de grão e condição de umidade. Como podem ocorrer variações do teor de umidade no decorrer de um dia de trabalho, as regulagens devem ser feitas de acordo com as condições observadas (Balastreire, 2005). A rotação do cilindro geralmente é regulada através de transmissões de correias e de polias variáveis ou mais modernamente com um motor hidráulico (trilha axial). Além destas regulagens principais, também se deve manter limpa a grelha do côncavo e verificar o paralelismo entre cilindro e côncavo. Desgastes excessivos dos dentes ou barras do cilindro podem dificultar o proces-so de trilha e acarretar em uma diminuição da qualidade do produto final.

Com relação às máquinas equipadas com sistema de trilha axial, estas apresentam um produto final de maior qualidade quando comparado ao sistema de trilha radial, o que pode ser explicado pelo fato de possuírem maior capacidade de colheita e apresentarem menores danos mecânicos às sementes.

UnIDADE DE SEPARAÇãOPara as máquinas convencionais, com

sistema radial, os ajustes e cuidados neces-sários na unidade de separação são: ajuste da extensão do côncavo, ajuste da posição de inclinação da primeira cortina defleto-ra, o material da cortina, que pode ser de borracha ou de lona, o número de cortinas colocadas na máquina e a velocidade de rotação do batedor traseiro. É importante ainda que se mantenham limpas e desobs-truídas as grelhas do saca-palhas. A rotação do eixo do batedor traseiro deve ser ajusta-da quando o motor estiver em rotação de trabalho, pois na maioria dos modelos os demais mecanismos são acionados a partir desse mecanismo.

Outro recurso existente que pode sofrer variações é a quantidade de chapas levan-tadoras sobre o saca-palhas, que em maior número aumentam a intensidade de separa-

ção do material. Para avaliar o desempenho desta unidade, deve-se observar se está ocorrendo perda de grãos pelo saca-palhas, que poderá ser consequência da velocidade de deslocamento da colhedora muito alta, velocidade muito baixa do cilindro, abertura muito grande entre o côncavo e o cilindro, extensão do côncavo desajustada e/ou cor-tina defletora ausente ou incorretamente posicionada (Embrapa, 1998).

UnIDADE DE LIMPEZANa unidade de limpeza dos grãos os

componentes envolvidos são as peneiras e o ventilador. As peneiras podem variar quan-to ao tipo em aberturas fixas ou variáveis. Grande parte das colhedoras possui como padrão as peneiras com abertura variável (as fixas são opcionais para grãos de formato

Na foto da esquerda, peneiras autonivelantes com regulagem individual para cada seção. Na foto da direita, sistema de peneiras de uma colhedora com sistema de trilha axial, com dois rotores

Dependendo da produtividade e da quantidade de material a ser colhido, deve-se adequar a velocidade de deslocamento para evitar sobrecargas aos sistemas da colhedora

Fotos Charles Echer

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arredondado como a soja). As regulagens das peneiras são feitas na variação do tamanho de suas aberturas. Alguns modelos possuem a opção de variar a inclinação da peneira superior e de retrilha. A regulagem incorreta das peneiras, como, por exemplo, peneira muito fechada, dificulta a passagem dos grãos pelas mesmas, aumentando a quanti-dade de grãos que saem junto com a palha na parte traseira da máquina. O mesmo efeito é provocado por uma corrente de ar excessiva ultrapassando a velocidade de sus-pensão dos grãos e jogando-os para fora. Se a peneira superior estiver demasiadamente aberta, ocorrerá uma sobrecarga da peneira inferior. (Tabela 3)

O ventilador é regulado para alterar o direcionamento e a intensidade do fluxo de ar. Este faz a limpeza das impurezas mais leves que o grão, assim sua intensidade po-derá ser maior quanto mais pesado for o grão colhido. Quanto à corrente de ar, esta deverá ser voltada para a parte inicial das peneiras, pois devem limpar as impurezas pesadas. As-sim, o quanto antes essas impurezas forem retiradas da superfície das peneiras melhor essas trabalharão (Scherer & Souza Filho, 2003). Máquinas que possuem uma maior exposição dos grãos ao fluxo de ar otimizam o trabalho do ventilador. A velocidade do ventilador está relacionada à abertura das peneiras, entre outros fatores.

UnIDADE DE MOvIMEnTAÇãO EARMAZEnAMEnTO DOS gRãOSOs componentes que devem receber

ajustes e manutenção no sistema de trans-porte e armazenagem são os elevadores de grãos e o sem-fim do depósito graneleiro. Os elevadores possuem ajustes de tensão das correntes, geralmente feitos pelas ja-

nelas de inspeção, situadas nas bases dos respectivos elevadores. A tensão correta deve prever uma folga, que permita um pequeno movimento lateral dos elos das correntes e nenhum movimento vertical dos mesmos. Segundo Scherer & Souza Filho (2003), a diminuição do tempo de descarga faz com que a vazão do tanque graneleiro aumente, por isso, a regulagem é feita pela variação da altura da calha sobre o sem-fim. Em condições de grãos úmidos e com impure-zas, deve-se deixar uma maior abertura, já com o grão seco e limpo a recomendação é a posição mais fechada da calha.

COnCLUSãOPara uma boa regulagem da colhedora é

necessário medir as perdas e em que parte da máquina elas ocorrem. Como grande parte das perdas ocorre na plataforma de corte e alimentação e o restante dentro da máquina (trilha, separação e limpeza) é vital começar por uma boa regulagem da plataforma.

As regulagens das colhedoras são fun-damentais para reduzir as perdas de grãos e melhorar as condições mecânicas de fun-cionamento das mesmas. Em alguns casos,

EquAção 1

IVM = Velocidade Tangencional do molinete (vt) (m/s) Celocidade de avanço da máquina (m/s)

VT = W • R • 0,10467

Sendo que:IVM – Índice de velocidade do molineteVT = velocidade tangencial do molineteW – Velocidade angular do molinete (0 – 60rpm)R – raio do molinete

quando a máquina está tão deteriorada que se torna impossível realizar as regulagens necessárias, deve-se realizar com uma ma-nutenção corretiva no sentido de recuperar a possibilidade de executar as regulagens, com o risco de se acumular perdas injusti-ficáveis. Por isso, destacamos a importância da manutenção periódica, com operação simples como troca de óleos lubrificantes, engraxamento, limpeza de componentes, afiação de navalhas, enfim, melhorar o estado geral da máquina.

Marcelo Silveira de FariasUlisses Giacomini FrantzJosé Fernando SchlosserNema – UFSM

.M

Tabela 1 - Diferentes tipos de cilindro e côncavo, for-mando conjuntos adaptados para as distintas culturas

Tipo de cilindroDentesBarrasBarras

CulturasArroz

Soja e milhoTrigo

Tipo de côncavoDentes

Arames grossosArames finos

Fonte: Scherer & Souza Filho (2003).

Tabela 2 - Rotação do cilindro de trilha de acordo com algumas culturas

CulturasCevadaTrigo

Arroz irrigadoAveiaSorgo

CenteioSoja

Rotação do cilindro (rpm)1.000 – 1.200900 – 1.150800 – 1.000900 – 1.150800 – 1.000900 – 1.150500 – 700

Fonte: Ortiz-Cañavate & Hernans (1989)

Tabela 3 - Critérios para definir a abertura das peneiras para a cultura da soja

PeneiraSuperiorInferiorRetrilha

Critério para determinar a aberturaPassagem do grão mais 50%

Passagem do grãoPassagem da vagem

Abertura15mm10mm18mm

Fonte: Scherer & Souza Filho (2003).

Charles Echer

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fIChA téCNICA

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A New Holland trouxe para o Brasil um dos maiores tratores produzidos pela marca, a série

T9 com tração integral nas quatro rodas. Esta linha possui eixos de alta capacidade, controle de transmissão avançado e motor de alta potência, instalados em um chassi que garante robustez e força.

MOTOROs motores desta série possuem

Gerenciamento da Potência do Motor (EPM), que proporciona um adi-cional de potência de até 50cv. Com o EPM, o T9.560, que tem potência nominal de 507cv, pode desenvolver

potência de até 557cv, em determinadas condições, quando a necessidade é manter o desempenho como em operações com o sistema hidráulico, TDF e transporte.

Em aplicações nas quais é necessária uma velocidade constante da TDF, basta selecionar o Gerenciamento da Velocidade do Motor. Isso garante que a velocidade selecionada seja mantida constante, inde-pendentemente das mudanças de carga.

TRAnSMISSãO FULL POWERSHIFTA série T9 vem com transmissões Full

Powershift que oferecem força adicional e controle aprimorado, realizado através do controlador CommandGrip multifun-cional no apoio de braço Sidewinder II. O comando oferece acesso na ponta do dedo ao Gerenciamento da Velocidade de Avanço.

O display padrão IntelliView III ofere-

Série T9Os gigantes azuis da New Holland já podem ser vistos trabalhando em grandes propriedades brasileiras. Com motores que atingem até 557cv de potência, a série T9

alia força e tecnologia

Os tratores da série T9 têm tração integral nas quatro rodas, eixos de alta capacidade e controle de transmissão avançado

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Fotos New Holland

ce alternância fácil entre os menus para exibir todas as informações, incluindo a rotação e o uso do motor e a transmissão

selecionada. Essas informações são duplicadas pelo mostrador na coluna, para manter sempre os principais dados operacio-

nais à vista.

AUTOMAÇãO InTELIgEnTE - gSMO Gerenciamento da Velocidade de

Avanço (GSM), que é o sistema auto-matizado da transmissão, utiliza uma combinação de dados relacionados à carga do motor, velocidade de avanço e configuração do operador, para gerenciar as velocidades do motor e da transmissão e otimizar o desempenho e a economia. Este sistema é de ajuste simplificado e eficiente, além de ajudar a proporcionar economia e menor desgaste aos compo-nentes da transmissão.

Quando as condições de carga mudam, o GSM mantém automaticamente uma velocidade de avanço fixa. O operador primeiramente define a velocidade de trabalho desejada e, em seguida, seleciona a função GSM. O sistema automatizado, então, combina as velocidades do motor e

da transmissão para manter a velocidade de avanço fixa, distribuindo o equilíbrio perfeito entre rendimento e economia. Na estrada, durante o transporte, o GSM muda automaticamente a transmissão de acordo com os ajustes de carga e do acelerador.

Por alternar avanço e reversão, a transmissão sempre é padronizada para a primeira marcha de reversão. Para redu-zir as cargas de choque na transmissão, o sistema de embreagem é modulado para uma mudança suave na direção de deslocamento, sem a necessidade de uso da embreagem.

FLUxO HIDRÁULICOA capacidade hidráulica é parte inte-

grante do projeto do trator T9 4WD. Seu sistema hidráulico oferece a capacidade, o controle e a flexibilidade para realizar vá-

O sistema de Gerenciamento da Potência do Motor (EPM) proporciona um adicional de até 50cv e o modelo T9.560, por exemplo, que tem potência nominal de 507cv, pode chegar aos 557cv

O T9 possui transmissões Full Powershift com controle aprimorado, realizado da cabine

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rias funções hidráulicas simultaneamente, sem sacrificar o desempenho de nenhuma delas. O controle individual dos bloqueios diferenciais dianteiros e traseiros garante a tração mesmo em condições mais adversas. Os eixos do trator T9 foram projetados e construídos para trabalhar em condições que exijam resistência, por isso, suportam cargas de torque alto e também oferecem conforto ao operador, porque apresentam engrenagens planetárias que são mais silenciosas.

CABInEA porta do T9, completamente de

vidro, não tem estruturas, o que torna o acesso bastante fácil. Espaçosa, de grande visibilidade, a cabine vem equipada com o apoio de braço SideWinder, para o controle das operações, e o monitor IntelliView III, que permite o acesso à informações de maneira simples e rápida, bastando tocar nos menus da tela.

A cabine possui um sistema de amor-tecimento denominado Comfort Ride, que atua nos quatro cantos através de molas e unidades amortecedoras, com um dispo-

sitivo antioscilação. Essa suspensão torna as operações mais confortáveis e estáveis, contribuindo para minimizar a fadiga do operador.

O controle de temperatura interna é automático, que mantém a temperatura estável, ajustando-se às condições am-bientais estabelecidas pelo operador. Em dias ensolarados, é possível também baixar as persianas da cabine para se proteger do sol.

No painel de interruptores, o operador controla as luzes de trabalho situadas no teto da cabine, no capô e no para-lamas e as configura para tipos de trabalhos específicos. O assento é giratório, permi-tindo que o operador observe a atuação dos implementos traseiros durante as atividades. O apoio de braço SideWinder II, que se movimenta junto com o assento numa amplitude de até 40º, proporciona ergonomia e comodidade no controle e na precisão das operações. Todos os con-troles principais são acessados a partir dele – acelerador, transmissão e sistema hidráulico. Os controles e recursos avan-çados proporcionam acesso rápido, fácil e

intuitivo, com indicações e ilustrações de fácil entendimento. Os ajustes necessários são feitos na tela através de toque, seja as configurações principais, seja as do siste-ma de orientação IntelliSteer.

O Painel de Controle Integrado (In-tegrated Control Panel – ICP) facilita o acesso aos recursos operacionais avança-dos através de botões posicionados sobre a figura do trator. Através dele é possível controlar operações, como gerenciamento da rotação do motor; gerenciamento de manobras de cabeceira, que grava e repro-duz as funções utilizadas nas manobras; ativar os bloqueios diferenciais dianteiros e traseiros independentes para a verda-deira tração nas quatro rodas, e nivelar o levante de três pontos. Também é possível fazer o ajuste eletrônico do SideWinder II, pressionando o botão para deslizar o apoio de braço para frente ou para trás até atingir a posição adequada para cada tipo de operador.

O controlador multifuncional Com-mand Grip possibi l i ta gerenciar as manobras de cabeceira, controlar as duas válvulas remotas, elevar e baixar o hidráulico traseiro, realizar a orientação automática IntelliSteer, gerenciar o piloto automático e o interruptor de mudança de avanço/reversão eletro-hidráulico sem uso de embreagem, mudar a relação da transmissão e gerenciar a velocidade de avanço (Ground Speed Management – GSM).

SISTEMAS DE ORIEnTAÇãOOs tratores da série T9 4WD foram

projetados para usar a tecnologia de ge-renciamento de precisão da New Holland. Esta série vem equipada com sistema de direção automático IntelliSteer integra-do, projetado e desenvolvido pela New Holland, que utiliza a tecnologia DGPS ou opcional RTK para garantir uma precisão menor que 2,5cm.

O monitor IntelliView III pode ser usa-do para configurar os sistemas de orienta-ção piloto automático. Pode-se usar a tela de toque para programar uma orientação, de retas A-B até as curvas de adaptação mais complexas. É possível personalizar as configurações e transferi-las do trator direto para o software de Agricultura de Precisão.

SISTEMA HIDRÁULICO Os tratores T9 possuem fluxo hidráu-

lico suficiente para lidar com as aplicações hidráulicas mais intensas. Para isso, a bomba MegaFlow distribui para um banco de cinco sistemas eletrônicos remotos um fluxo hidráulico do trator de 427L/min.

A porta do T9 é composta completamente de vidro, não tem estruturas, o que torna o acesso bastante fácil. A cabine é muito espaçosa e tem grande visibilidade

Os controles principais são acessados a partir do apoio de braço: acelerador, transmissão e sistema hidráulico

Para mudança na direção de deslocamento, não há a necessidade de uso da embreagem

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Fotos New HollandUm sistema power beyond está disponível para aplicações que exijam fluxo de óleo sem restrições, sendo a vazão controlada pelo implemento.

Todos os modelos T9 possuem vál-vulas eletrônicas remotas. Os controles hidráulicos e componentes são codificados por cores, para facilitar o controle das funções hidráulicas. As configurações de fluxo, sincronização e detenção podem ser definidas para corresponder precisamente à demanda de trabalho. Cada válvula tam-bém pode ser programada no sistema de gerenciamento personalizado de manobras de cabeceira.

A tela de toque IntelliView III facilita o ajuste da taxa de vazão das válvulas. Basta navegar pelos menus e selecionar o controle da válvula, escolhendo a saída a ser ajustada.

CHASSIOs tratores da série T9 4WD da New

Holland utilizam um chassi Tri-Point ar-ticulado e robusto. Projetado para reduzir a manutenção e fornecer resistência, este sistema melhora a distribuição de peso entre os eixos dianteiros e traseiros. Ele também reduz a necessidade de lastragem,

seja em aplicações do trator usadas para barra de tração, seja no engate de três pontos.

Os modelos desta série vêm com um

engate rápido de três pontos traseiros CAT III. A capacidade de elevação é de 9.071kg, alinhada com a saída de alta potência da TDF de 1.000rpm. A barra de tração tem duas posições e tratamento térmico para garantir uma operação mais segura com os maiores equipamentos.

ACESSOSO projeto destes tratores buscou aliar

tamanho e acessibilidade. Todos os pontos de manutenção são fáceis de acessar e têm um intervalo maior entre as manutenções. Uma trava proporciona acesso rápido e fácil ao filtro de ar do motor sem levantar o capô, feito em uma peça única e que se abre completamente para acesso total à manutenção. Os resfriadores também podem ser abertos para que a limpeza seja mais rápida e fácil.

Os pontos de verificação e enchimento do motor e do óleo hidráulico são fáceis de acessar, tornando as verificações de rotina mais rápidas e a manutenção mais simples. Os intervalos de manutenção do motor foram estendidos para 300 horas. As caixas de ferramentas foram montadas nos dois lados do trator para facilitar o acesso e o armazenamento.

O assento e o apoia-braço são giratórios e podem mudar de direção em até 40º

.M

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EvENtoS

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A Expointer - Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implemen-tos e Produtos Agropecuários -,

que acontece entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), será palco de diversos lança-mentos por parte das empresas de máquinas e implementos agrícolas. Por ser um evento que antecede a safra de verão, esta feira é uma das últimas oportunidades para os produtores adquirirem equipamentos com condições especiais de descontos e financiamentos. A seguir, antecipamos os destaques e lançamen-tos das principais empresas presentes na feira deste ano.

MASSEY FERgUSOnA Massey Ferguson está levando para

a Expointer os lançamentos que a empresa realizou ao longo de 2012. Entre os destaques estão os novos tratores MF 8600 equipados com a transmissão CVT, o mesmo conceito que leva conforto e economia de combustível aos carros mais modernos vendidos no mercado. Esta série conta com piloto automático e função DTM, que auxilia a melhorar a performance do trabalho, gerando economia de combustível. Com essa máquina, há ainda a possibilidade de o operador realizar até 30 funções com apenas um toque de botão. Eles estão disponíveis nas potências 320cv e 370cv. Outra novidade é o trator MF 2625 de 62cv de potência, modelo

que já é referência na Europa, Estados Unidos e alguns países da América do Sul. Equipado com motor Simpson de aspiração natural, o MF 2625 possui transmissão 8x2 deslizante, sistema hidráulico com capacidade de levante de 2.050kg e uma válvula de controle remoto com vazão de 75L/min.

Para a colheita, a Massey Ferguson destaca o modelo MF32 SR, uma colheitadeira classe IV para o mercado para as culturas de arroz, soja, milho e trigo. Equipada com um sistema híbrido de processamento, a colheitadeira conta com dois rotores responsáveis pela separação do cereal, que substituem o convencional saca-palha, aumentando a capacidade de colheita da

máquina. Este modelo estará disponível para todas as versões 4x2 e 4x4, com rodagem dian-teira simples ou dupla, podendo vir equipado de fábrica com o sistema de agricultura de pre-cisão. A MF também destaca as colheitadeiras axiais MF 9690 ATR II e MF 9790 ATR II, que recebem a segunda geração dos rotores de tecnologia avançada (ATR, na sigla em inglês), que são os mais longos do mercado.

Para a linha de fenação, o destaque fica por conta da enfardadora de fardos retangulares MF 1837 nas dimensões 3x4, direcionada às áreas de pastagens e forragens, e da enfardadora de fardos cilíndricos MF 1745, produto que é referência nos Estados Unidos.

CASE IHA Case IH está lançando durante a Expoin-

ter 2012 a versão nacional da família de tratores Puma, que passam a ser fabricados na planta de Curitiba. Os tratores Puma 205 e 225 foram apresentados ao mercado brasileiro no início do ano em versão importada e agora passam a ser produzidos no Brasil, mantendo todas as características do equipamento anterior.

De acordo com Lauro Rezende, especialista de Marketing de Produto da Case IH, o lança-mento da versão nacional é parte da estratégia da marca para oferecer um sistema completo de mecanização agrícola. “A ideia é oferecer uma ampla gama de tratores, em diversas faixas de potência, atendendo a todas as necessidades e perfis de produção do agricultor brasileiro”, explica.

Com potência nominal de 197cv e 213cv, respectivamente, os novos tratores Puma são

Expointer 2012Antecipamos os destaques e lançamentos das principais

empresas expositoras da 35ª edição da Expointer

O destaque da Massey Ferguson na Expointer será o MF 8600 equipado com a transmissão CVT, piloto automático e função DTM, que auxilia a melhorar a performance do trabalho

Os tratores Puma 205 e 225 da Case IH tiveram a fabricação nacionalizada e vêm nas versões com potência nominal de 197cv e 213cv respectivamente

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Cas

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Agritech

equipados com motores Case IH de certificação Tier III, com capacidade para 6,75L e sistema de injeção eletrônica Commom Rail. Os tra-tores são equipados ainda com o Power Boost, responsável por um aumento de potência de até 35cv nas operações TDF, no transporte, em condições de alta exigência de fluxo hidráulico ou em terrenos íngremes.

O sistema hidráulico da Série Puma tem um fluxo de 150L/min e quatro válvulas de comando remoto. A transmissão é powershift 18x6 com AutoShift, presente também em ou-tros equipamentos da marca. A cabine ergonô-mica Surveyor apresenta uma vista panorâmica de 360 graus e conta com luzes de trabalho dianteiras e traseiras. A suspensão da cabine e o assento do operador reduzem a vibração, proporcionando uma jornada de trabalho mais confortável ao operador.

AgRITECHA Yanmar Agritech apresentará na Ex-

pointer 2012 a nova linha 1200, composta por tratores com nova motorização Agritech de

30cv e 50cv. Os novos tratores, denominados 1235 e 1250, trazem uma motorização mais moderna dentro da plataforma de transmissão tradicional da Linha 1000, leve, com melhor performance, baixo consumo de combustível, baixa emissão de poluentes e apto para rodar com biodiesel B5. A nova linha estará com custo mais acessível, com foco no atendimento das necessidades do pequeno produtor, com aqui-sição facilitada pelo programa Mais Alimentos, do Governo Federal.

A Yanmar Agritech também leva para a Expointer a linha 1155 NEW, que está apta a receber cabines de fábrica. De acordo com o gerente nacional de Vendas da Agritech, Nel-son Watanabe, esta opção proporcionará mais conforto, bem-estar e segurança ocupacional para o operador, especialmente em aplicações como pulverização.

AgRIMECA Agrimec está lançando na Expointer o

Fecha Taipa Arrozeiro, destinado à confecção de canais de irrigação e ao fechamento de qua-

dros das lavouras de arroz irrigado. Com ele, o entaipamento das lavouras é feito fechando as pontas das taipas e, ao mesmo tempo, prepa-rando um canal para distribuir uniformemente a água da irrigação.

A Agrimec também dará destaque especial para a Carreta Graneleira Granbox Flex e o Distribuidor Centrífugo em Aço Inoxidável: modelos 600 e 1200. Também as bombas cen-trífugas BCI 250 e BCI 500 serão apresentadas como uma solução econômica e prática na irrigação das lavouras de arroz.

METALFORA Metalfor está apresentando em sua linha

de pulverizadores autopropelidos o novo corte de secção por bico e seletor de ponta de bico automático duplo. O sistema de corte de secção por bicos é composto por um computador e um GPS que fornecem a posição que se encontra a máquina e avalia se é necessário o fechamento de um bico ou mais para não ter uma aplicação onde já foi aplicado produto. O seletor de pontas de bico possibilita selecionar automaticamente

Um dos destaques da Yanmar Agritech é a linha 1155 NEW, que traz tratores aptos para receber cabines de fábrica

Fecha Taipa Arrozeiro, da Agrimec, destinado à confecção de canais de irrigação e fechamento de quadros das lavouras de arroz irrigado

Agrimec

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a ponta de bico que mais se adapta para cada tipo de aplicação, no momento em que ela está sendo realizada. O sistema de corte automático por bico permite uma economia de produto, eliminando a superdosagem das áreas já apli-cadas, além de eliminar o tempo de parada da máquina para a troca de bicos. Além disso, a empresa está apresentando novas opções de financiamento para seus produtos por meio do Consórcio Nacional Metalfor e um novo e exclusivo convênio com o BRDE para finan-ciamento nas linhas do BNDES com a única garantia do equipamento comprado.

MOnTAnAA Montana destacará na Expointer o dis-

tribuidor de fertilizantes com compartimento para cinco mil litros, 4x4 hidro, tração em x, motor MWM 185. O Parruda DF 5000 faz adubação e cobertura, com um vão livre de 1,54 metro e capacidade de faixa de aplicação de até 36 metros. Este equipamento é o primeiro pro-duto da Montana direcionado exclusivamente

para adubação e consegue fazer a cobertura de aproximadamente 400 hectares por dia.

Na linha de pulverizadores autopropelidos, a Montana destacará o Boxer 2025 M, equipado com motor MWM, de 115 cavalos e barras de 25 metros, com transmissão mecânica 4x2 e cinco velocidades, diferencial autobloqueado, que diminui o índice de patinagem e tanque de dois mil litros.

Na linha de tratores, a Montana apre-sentará o modelo Global Farm com potência de 100cv, tração 4x4, câmbio 12x12, reversor sincronizado, motor Perkins, tomada de força independente com embreagem dupla. Numa faixa menor de potência, o destaque será para a linha Solis, com 75cv e 85cv de potência e motor de quatro cilindros turbo. Esta série possui caixa de câmbio hidráulica, que permite reverter o avanço do trator à ré, na mesma velocidade.

nEW HOLLAnDA New Holland apresenta na Expointer

sua completa linha de produtos, que vai des-de suas tradicionais colheitadeiras de grãos, tratores, pacote para biomassa, novidades de pulverização e os lançamentos no segmento das semeadoras.

Um dos destaques desta edição será a colhedora CR5080, a menor máquina com sistema de duplo rotor do mercado, com tanque graneleiro de 7.050 litros e plataformas de 20 e 25 pés. É um equipamento que serve de porta de entrada para os produtores que possuem áreas menores e querem deixar de utilizar o sistema convencional de debulha e aderir ao duplo rotor.

Na área de tratores, o gigante T9.560 chama a atenção pelo seu tamanho, já que foi projetado para atuar em áreas de cultivo de larga escala, com capacidade de substituir até quatro tratores de média potência. “Estamos preocupados em oferecer soluções para todos os tamanhos de propriedade e esta máquina é uma ótima opção para aqueles que precisam de mais potência”, afirma Marco Cazarim, especialista de tratores da New Holland. O T.9 560 pode desenvolver potência de até 557cv, de acordo com a necessidade da operação.

Ainda na linha de tratores, a New Holland está lançando durante a Expointer a linha TDF de tratores de baixa potência. A série TDF chega com três modelos: o TDF65, de 66cv, o TDF75, de 73cv e o TDF85, de 81cv, para atender a demanda de produtores que precisam de máquinas mais estreitas que as convencionais. “O menor trator da linha TDF tem 1,51 metro de largura. Trazê-lo para o Brasil é uma decisão de ter o melhor em mais um segmento do mercado”, afirma Cristiano Conti, especia-lista de tratores da New Holland.

Na linha de feno e forragem, serão lançadas as enfardadoras de fardos redondos modelo BR7090, as segadoras condicionadoras da linha H7000, que são menores que as já tradicionais enfardadoras de fardos retangulares da linha BC5000, disponíveis nos modelos BC5060 e BC5070.

Parruda DF 5000, autopropelido para distribuição de fertilizantes, com compartimento para cinco mil litros, 4x4 hidro e motor MWM 185

A novidade da Metalfor é o novo corte de secção por bico e o seletor de ponta de bico automático duplo para linha de autopropelidos

Metalfor

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land

O gigante T9-560 da New Holland, que pode desenvolver potência de até 557cv

Montana

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gEO AgRIA Geo Agri Tecnologia Agrícola destacará

na Expointer a sua linha para agricultura de precisão. Entre os destaques está novo sistema de correção de sinal diferencial RTX, único no mundo que permite obter repetibilidade com uma precisão de 3,8cm via satélite; o sistema Field-Level, que permite nivelamento de ter-renos utilizando GPS de modo totalmente au-tomatizado sem necessitar a interação do ope-rador, e o sistema de entaipamento direto com GPS, sem a necessidade de utilizar marcação com nível laser, produtos estes que garantem uma maior precisão no gerenciamento da água nos talhões. Também serão apresentados o novo piloto automático EZ-Pilot com desempenho muito similar ao do piloto automático hidráu-lico; o novo Modem DCM300 que permite o envio e recebimento de informações via GPRS e/ou Wi-Fi; e, também, os sistemas de barras de luzes, como o CFX 750, que guia o operador em diversas operações, permitindo o gerencia-mento total desde o plantio até a pulverização, com gerenciamento da vazão dos produtos e seções. “Queremos reforçar nosso compromisso de oferecer cada vez mais soluções inovadoras, que garantam aos clientes uma grande redu-ção nos custos e o aumento da lucratividade

em todo o seu processo produtivo”, explica Rinaldo Lorenzoni, gerente regional de Vendas da Geo Agri.

SEMEATOA Semeato vai expor no seu estande as

diferentes versões das máquinas múltiplas que, de acordo com a sua configuração, realizam o plantio direto tanto de grãos graúdos como de grãos finos. Os modelos disponíveis PD (Personalle Drill), SHM, SSM e SAM utilizam linhas pantográficas individuais, com rodas limitadoras de profundidade, que diminuem o revolvimento do solo e permitem um melhor acabamento do sulco. Outro destaque é para a semeadora para grãos finos, TDNG, que tem linhas com alto poder de flutuação, capazes de realizar o plantio sobre as taipas das lavouras de arroz com alta performance. Ela dispõe de exclusivo compactador NG, que realiza com qualidade duas operações ao mesmo tempo no plantio direto do arroz: fecha o sulco de-volvendo o solo com a mesma umidade e faz a compactação lateral proporcionando uma germinação rápida e uniforme.

Já para a semeadura exclusiva de grãos graúdos, a linha Sol Tower apresenta inúmeras possibilidades de montagens de sulcadores na

linha do adubo, conforme a necessidade do agricultor. As semeadoras Sol Tower e Sol TT, nas versões Vacuum System (VS), com dosagem de sementes através de sistema pneumático, apresentam como novidade a transmissão do sistema de distribuição das sementes, que agora é realizado através de um cabo flexível. “Com este sistema de transmissão, eliminam-se todas as correntes e engrenagens das linhas de semeadura. Como resultado, obtém-se a transmissão mais contínua e uniforme, evi-tando, desta forma, possíveis falhas no sistema de distribuição de sementes”, explica o gerente de Desenvolvimento de Mercado/Produto da Semeato, Eduardo Copetti.

vALTRAA Valtra apresenta na Expointer 2012 a

semeadora/adubadora Fine, indicada para o plantio de arroz. O produto foi desenvolvido com uma estrutura reforçada, ideal para o trabalho em terrenos de culturas irrigadas. O ro-dado articulado de atuação instantânea garante contato com o solo e movimento constante nas transmissões, não danificando as taipas. A nova Fine BP também conta com sistema fusível de proteção no acionamento dos dosadores de adubo e semente, protegendo a transmissão e

A máquina conceito da Valtra, ANTS, que traz soluções que estarão presentes nas máquinas agrícolas do futuro

Valtra

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A Pla destaca a linha de pulverizadores autopropelidos H3000S, com turbina axial na barra de pulverização

Uniport 3030 da Jacto traz o que há de mais moderno para pulverização, como estação meteorológica integrada e o controle bico a bico

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O destaque da Semeato fica por conta das máquinas múltiplas, que realizam o plantio de grãos finos e graúdos

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os reservatórios. A plataforma traseira ampla deixa a operação de abastecimento mais fácil e o sistema de raspadores garante a limpeza dos discos e compactadores.

O produto está disponível em três modelos: BP 2017, de 20 linhas e capacidade máxima de 662kg de semente e 975kg de adubo; a BP 2217, de 22 linhas e capacidade máxima de 728kg de semente e 1.072kg de adubo e a BP2617, de 26 linhas e capacidade máxima de 859kg de semente e 1.265kg de adubo.

A Valtra destaca também a enfardadora de fardos retangulares pequenos SB34, que faz fardos nas medidas 3x4 e comprimento variado de 30,5cm a 1,32 metro, e a enfardadora de fardos redondos RB452, Challenger RB452, que pode ser utilizada para silagem, biomassa e outros tipos de capim.

Na linha de colheita, os destaques ficam por conta dos novos rotores HiTech Threshing (HTT) disponíveis nas colheitadeiras axiais Valtra BC 6500 e BC 7500. Com acionamen-to hidrostático, o rotor possui um novo canal alimentador que recebe e direciona o material colhido já no sentido de giro do rotor. Outro destaque é a família de plataformas de corte flexível Hiflex Série 600F, com exclusivos braços basculantes e com ponteiras de borracha, que efetua o processo de cópia do terreno de forma mais fácil e precisa.

A Valtra apresentará também a ANTS, uma máquina conceito, constituída por dois ou mais módulos independentes que trabalham de forma integrada em atividades distintas.

PLAA Pla apresentará aos visitantes da Expoin-

ter 2012 sua linha de pulverizadores autopro-pelidos H3000S que vêm com e tração 4x4 hidrostática, barra pulverizadora dianteira de 25 a 31 metros, suspensão pneumática ativa. Os autopropelidos possuem também sistema de

direção por satélite e o controlador de pulveri-zação que, ligado às sete seções independentes da barra pulverizadora, realiza o desligamento automático nos locais já pulverizados. Esta série possui sistema de túnel de vento na barra de pulverização, composto de turbina axial de grande vazão, que permite maior penetração dos produtos pulverizados, principalmente em culturas densas como algodão e soja.

AgRALEComo forma de comemorar os 50 anos de

atividades, a Agrale apresentará na Expointer 2012 uma série especial da sua linha de tratores, com pintura exclusiva na cor ouro. O objetivo é oferecer aos clientes um produto diferenciado, que simbolize e destaque a trajetória de sucesso da empresa. A ação também irá proporcionar maior aproximação com os concessionários e clientes que têm a marca como parte de suas próprias histórias. A série especial dourada contemplará modelos das linhas 4000, 5000 e 6000, para proporcionar que clientes de diversos segmentos possam ser contemplados.

Destinada para utilização nas mais diversas aplicações, a linha de tratores Agrale possui ampla gama de produtos para diferentes seg-mentos e nichos de mercado. Reconhecida como a principal fabricante de tratores para o segmento da agricultura familiar e do programa Mais Alimentos, a empresa tem foco principal nos pequenos e médios produtores.

JACTOA Máquinas Agrícolas Jacto apresentará

para os visitantes da Expointer o novo pulveri-zador autopropelido Uniport 3030, que reúne um conjunto de soluções em aplicação veicular e de tecnologia embarcada, o Jacto Precise Solutions (JPS). A plataforma JPS do pulve-rizador apresenta três sistemas desenvolvidos e integrados para pulverização precisa: o Jacto Quality Spray (JQS), sistema de pulverização; o Jacto Smart Vehicle (JSV), sistema veicular; e o Otmis, sistema de navegação e serviço. O pulverizador destaca-se pelo vão livre ajustável de até 1,75m, barras com altura de trabalho de até 2,6m. Entre várias inovações, pode-se

Agrale

A Agrale, para comemorar os seus 50 anos, lançou uma série especial detratores na cor ouro, que será comercializada entre clientes fiéis da marca

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destacar o controle bico a bico, que permite abertura e fechamento automático dos bicos; o sistema de telemetria, que permite transmitir informações em tempo real para um banco de dados; e a disposição de uma estação meteo-rológica embutida na máquina, que permite monitorar as condições atmosféricas também em tempo real.

A empresa destacará também o novo sensor de refletância GS 6200, sua nova linha de bicos plásticos para pulverização e os modelos Arbus 2000 e Arbus 4000 Tower, com novo sistema defletor. As atrações contemplam ainda o público infantil, com o Espaço Jacto Kids e a comunicação com seu público via internet.

STARAA Stara apresenta na Expointer o Sistema

de Distribuição Precisa de Sementes (DPS). O DPS possui um sistema de câmara de vácuo menor que os dosadores convencionais, com uma vedação de alta eficiência, isto proporcio-na total aproveitamento do vácuo para sucção das sementes. Esta eficiência possibilita aderir com maior firmeza ao disco de distribuição de sementes, evitando falhas por trepidações, garantindo assim maior precisão e agilidade no plantio. A otimização e o aproveitamento total do vácuo na dosagem das sementes exigem menor potência da turbina e consequentemen-

te menor consumo de óleo diesel do trator. É equipado por um organizador com cinco hastes que realiza a separação de sementes, eliminando a possibilidade de plantio de sementes duplas. O organizador não necessita de ajustes ou regulagens, independentemente do tamanho das sementes.

gTSA GTS vai destacar sua linha completa de

produtos para colheita, transporte e niveladoras. Serão apresentadas as plataformas de milho X10, Flexer e Produtiva série Black, que tra-zem tecnologias e design exclusivos da marca, como chamas de fechamento do fundo em aço inoxidável, que tornam o equipamento mais se-guro. Além das plataformas, serão destacadas a carreta para transporte de plataformas Transpor série S e as niveladoras de solo Planner 310 e Planner 510.

JOHn DEEREA John Deere destacará na Expointer

2012 os tratores 8335R, 7225R, 6145J, 6125J, 6110D. Com 335cv de potência, o 8335R, que será o maior trator da marca no evento, tem novo visual, novo monitor CommandCenter touchscreen, que permite controle e monito-ramento de todas a funções do trator; novo monitor GreenStar GS3 2630, uma interface

que permite controlar todas as funções de agricultura de precisão; novo receptor StarFire 3000, muito mais preciso e com funções de correção de sinal ampliada. A série 8R também está com novo sistema de iluminação, que inclui faróis HID (Xenon), proporcionando a melhor iluminação já vista em um trator; eixo dianteiro com suspensão independente, para aumento da capacidade de tração; até cinco válvulas de comando remoto; engate de três pontos com capacidade de levante de 8.300kg; sistema de controle do implemento – iTEC Pro e novas opções de rodados.

Outro destaque será o lançamento das colheitadeiras 9470STS e 9670STS na versão arrozeira, com rodado duplo e tração 4x4. Estas duas máquinas passarão a ser produzidas na fábrica de Horizontina (RS).

MARInIA Marini estará apresentando na Expointer

sua linha de produtos, desde os aros de bitola 24’ até os mais altos da categoria de bitola 54’, feitos com material mais resistente, aplicados em tratores e muito usados para não amassar a planta e dar maior opção de regulagem no trator na hora de aplicar defensivos. Também estarão expostos os kits de rodado duplo com sistema tradicional e os kits com sistema de engate rápido para tratores e colheitadeiras. .M

A Stara destacará o Sistema de Distribuição Precisa de Sementes (DPS), que aproveita melhor o vácuo e minimiza as chances de sementes duplas

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Plataformas de colher milho Produtiva série Black estão entre os destaques da GTS

Os tratores 8335R, 7225R, 6145J, 6125J, 6110D serão apresentados para os visitantes da Expointer 2012

Aros com bitola 54’, indicados para aplicações em equipamentosde pulverização, serão destacados pela Marini

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