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Maquinas 116

Jul 24, 2016

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Grupo Cultivar

Março de 2012
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Rodando por aí

Colheita de café

Perdas em colhedoras

Ficha Técnica - Fankhauser 5056

Como conservar um pivô central

Test Drive - MF 8670 e MF 512 L45

Operação adequada de semeadoras

Desempenho de tratores 4x2

Desempenho de trator Farmer

Correias para transporte

Lançamentos da Expodireto 2012

Test Drive - MF 8670 e MF 512 L45 20Testamos o mais moderno trator já fabricado pela

Massey Ferguson, o MF 8670 Dyna-VT, importado da França, e a Semeadora MF 512 L45

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadas pelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados po-dem solicitá-las à redação pelo e-mail: [email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram selecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONES: (53)

• EditorGilvan Quevedo

• RedaçãoCharles EcherCarolina Simões Silveira

• RevisãoAline Partzsch de Almeida

• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiano Ceia

• ComercialPedro BatistinSedeli FeijóJosé Luis Alves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.www.revistacultivar.com.br

DireçãoNewton Peter

[email protected]

CNPJ : 02783227/0001-86Insc. Est. 093/0309480

ColhedorasSaiba quais são as principais perdas

que ocorrem na colheita de soja e quais as causas

Ficha TécnicaPlantadora

Adubadora 5056da Fankhauser

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• REDAÇÃO3028.2060

Assinatura anual (11 edições*): R$ 157,90(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 17,00Assinatura Internacional:

US$ 130,00€ 110,00

Cultivar Máquinas • Edição Nº 116 • Ano XI - Março 2012 • ISSN - 1676-0158

• Coordenação CirculaçãoSimone Lopes

• AssinaturasNatália RodriguesFrancine SoaresFrancine Martins

• ExpediçãoEdson Krause

• Impressão: Kunde Indústrias Gráficas Ltda.

Destaques

Nossa capa

Índice

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Matéria de capa

Cap

a: C

harl

es E

cher

CCCultivar

• GERAL3028.2000

• ASSINATURAS3028.2070

• MARKETING3028.2065

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Março 2012 • www.revistacultivar.com.br04

rodANdo por AÍ

StaraA Stara levou diversos lançamentos para a Expodireto 2012. Roger Baumgratz e Cintia Dal Vesco, do departamento de Marketing, se mostraram otimistas com a grande variedade de máquinas e implementos apresentados no evento. Os destaques ficaram por conta do trator Rinno S310, maior oferecido pela Stara, e do Veris PMC sistema móvel que analisa em tempo real três tipos de análise de solo.

GTSA GTS destacou suas linhas de plataformas para colher milho e as linhas de carretas e plainas. Avenir Strasser, um dos diretores da empresa, destacou o grande movimento e o bom número de negócios realizados durante a edição 2012. “Os produtores estão investindo cada vez mais em boas tecnologias”, garante.

JactoO diretor-presidente da Jacto, Martin Mundstock, participou da Expodireto 2012 onde acompanhou os lançamentos e destaques da empresa. Entu-siasmado com o novo Uniport 3030, lançado recentemente, ele garante que os produtores ficarão muito satisfeitos com os avanços tecnológicos que equipam o lançamento. “É uma máquina comple-ta, que levou muito tempo para ser projetada e que traz o que há de melhor no segmento”, garante.

AllCompUma das novidades da AllComp na Expodireto foi o sistema RTK SBOX HUB (sistema de correção diferencial em tempo real). O RTK SBOX HUB é constituído de um aparelho Base, com link interno que transmitirá correção RTCM para várias unidades Rover (móvel). Com esse sistema é possível obter uma precisão próxima a 1cm, permitindo orientação em operações que necessitem altíssima precisão como plantio e pulverização.

MWMCom uma equipe de profissionais da área de Marketing, a MWM Internatio-nal disponibilizou aos clientes e visitantes da Expodireto sua linha de motores MaxxForce voltados para o segmento agrícola, utilizados em tratores, pulveri-zadores e colheitadeiras. De acordo com Thomas Puschel, gerente de Divisão de Vendas e Marketing da MWM International, a Expodireto Cotrijal foi uma oportunidade para expandir seus negócios em outras aplicações agrícolas.

FankhauserA Fankhauser destacou a Plantadora Adubadora Autotransportável Linha 5056 e o Distribuidor de Fertilizantes Linha F-5000 na Expodireto. Pedro Fankhauser, diretor-presidente da empresa, destacou as inovações que os dois produtos trazem, que acabam se traduzindo em aumento de produ-tividade.

SemeatoUm dos destaques da Semeato na Expo-direto foi a linha PD (Personalle Drill), que traz como principal diferencial a possibilidade de seleção de montagem dos mais diversos componentes. “São mais de 100 versões disponíveis, que possibilitam ao produtor personalizar a máquina de acordo com a necessidade de seu plantio, explica Eduardo Copetti, engenheiro de produto.

KuhnEvandro Henrique Fulber, diretor comercial e marketing, e Mário Wagner, diretor geral da Kuhn no Brasil, compuse-ram a equipe que atendeu aos produtores na Expodireto. A empresa destacou os equipa-mentos de aração, preparação de solo, plantio, fertilização, pulverização, trituração, pre-paração de forragens e distri-buição de esterco.

John DeereA John Deere, uma das patrocinadoras da Expodireto 2012, trouxe para a feira lançamentos que aumentaram as opções de sistemas mecanizados produzidos pela empresa. Especialistas de produtos de todas as linhas da empresa acompanharam os clientes durante o evento.

John Deere WaterAna Paula Janowski, coorde-nadora de marketing para a América do Sul, e Emerson Carneiro da Silva, gerente dis-trital de vendas, apresentaram na Expodireto as vantagens da irrigação por gotejamen-to. Para a coordenadora, “o sistema traz vantagens tanto para o produtor como para a planta, gastando menos água e produzindo mais”.Emerson da Silva e Ana Paula Janowski

Martin Mundstock

Eduardo Copetti

Pedro Fankhauser

Roger Baumgratz e Cintia Dal Vesco

Evandro Henrique Fulber e Mário Wagner

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AgraleA Agrale participou de mais uma Expodireto com suas traticionais linhas de trato-res e também com o novo caminhão com tecnologia Euro 5. Segundo José An-tonio Cabreira, assistente comercial para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a empresa projeta a entrada do caminhão no programa Mais Alimentos nos próximos meses.

MiacAlém da tradicional linha de produtos comercializados na Região Sul, a equipe da Miac apresentou o Arruador e Soprador ASM-2 para frutas. De acordo com Luis Antônio Vizeu, gerente de marketing, o equipamento é destinado à opera-ção de recolhimento das frutas sem condições de comercialização, que devem ser tiradas do entorno das plantas para evitar doenças nas próximas safras.

AgrologicA Agrologic, que comercializa e pro-duz equipamentos como Caladores, Colhedeira de Amostras, GPS Agrí-cola, Medidores de Unidade e Moni-tores de Plantio, esteve representada na Expodireto por Carlos Adrover. Segundo Adrover, os medidores de umidade são de vital importância nos processos de colheita, armazenagem e comercialização de grãos.

Consórcio Metalfor A Metalfor iniciou durante a Expodireto a comercialização do Consórcio Nacional Metalfor, uma nova ferramenta de financiamento que permitirá ao produtor adquirir seu pulverizador novo ou usado. O consórcio prevê diversas faixas de crédito que podem superar os oito anos de prazo. Esta nova alternativa de compra chega ao mercado por intermédio de uma parceria entre a Metalfor e a Administradora de Consórcios Sicredi.

AgrimecA Agrimec levou para a Expodireto suas linhas de equipamentos para a cultura do arroz, como plainas niveladoras, taipadeira, rolo-faca ar-rozeiro. A equipe de vendas da empresa comemorou os bons resultados obtidos na edição deste ano.

LindsayMárcio Santos é o novo diretor superintendente da Lindsay para a América do Sul. A empresa desta-cou na Expodireto as vantagens do FielNET, equipamento de monito-ramento em tempo real em qualquer lugar. “Esta tecnologia proporciona estar informado sobre o status do pivô, de noite e de dia, economi-zando combustível, mão de obra e tempo na operação do equipamen-to”, garante Márcio Santos.

KFA KF, em parceria com o Irga e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, desenvolveu a primeira plantadeira para plantio em siste-ma de microcamalhão em solo de várzea. Segundo Antônio Souza, supervisor de vendas da KF, o equipamento viabiliza a drenagem e a irrigação.

MontanaGiancarlo Fasolin assumiu a gerência de Vendas da Mon-tana. Éderson Franceschini, que gerenciava a linha de co-lhedoras, assumiu também a linha de tratores da empresa. Os destaques da empresa na Expodireto foram a Parru-dinha Hidro 4 x 4, com 27 metros de barra, e o trator Solis 75cv.

TeeJetA equipe da TeeJet demonstrou na Expodireto os benefícios dos bicos AI3070, ponta de pulverização de dois jatos planos com indução de ar. A ponta de pulverização TeeJet AI3070 oferece duas direções de pulverização em ângulos complementares de 30º e 70º em relação à vertical. O primeiro penetra no interior da cultura e o segundo fornece cobertura completa na parte superior da cultura.

Carlos Adrover Giancarlo Fasolin e Éderson Franceschini

Márcio Santos

Antônio Souza

José Antonio Cabreira

ErrataO artigo “Raiz sob pressão” foi publicado na edição de novembro de 2011 nº 113 tem como primeiro autor o pesquisador Ronny Sobreira Barbosa, da Feagri/Unicamp, que, por um erro editorial, não constou na referida edição.

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ColhEdorAS

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Café selecionadoA colheita mecanizada de café é um processo complexo devido à grande variabilidade de maturação dos frutos. Estudo realizado em Minas Gerais mostra quais os fatores

que interferem na qualidade final do produto

A região cafeeira de São Sebastião do Paraíso, localizada no sul de Minas Gerais, tradicional há

muito tempo na produção de café de ex-celente qualidade, iniciou seu processo de mecanização na colheita um pouco mais tardiamente do que a região do Cerrado Mineiro. Com o sucesso dessa tecnologia na região pioneira, os produtores do sul de Minas incorporaram essa tecnologia rapida-mente e a mecanização passou a fazer parte do cotidiano durante a colheita de café.

Porém, com a chegada da colheita mecanizada, que é algo novo para esses produtores acostumados à colheita manual, alguns aspectos relacionados a essa tecno-logia precisam ser analisados e levados em consideração para que se possa avaliar se a colheita mecanizada está sendo executada de maneira correta e sustentável.

Procurando contribuir para esta avalia-ção, neste trabalho foram analisadas seis propriedades produtoras de café, todas com colheita mecanizada e com máquinas de diferentes marcas, tendo o objetivo de avaliar se colheita mecanizada de café está sendo realizada de forma correta.

O trabalho foi realizado na região de

São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, que apresenta clima propício para o cultivo do café, sendo a temperatura média anual na faixa de 20°C, a altitude máxima na faixa de 1.200m e a mínima na faixa de 850m. Cada avaliação foi realizada em distintas propriedades, com lavouras de diferentes idades e tamanhos, cujas principais características são apresentadas no Quadro 1.

As máquinas utilizadas foram escolhi-das ao acaso conforme a programação dos proprietários das colhedoras nos dias da análise. Por se tratar de uma condição de diagnóstico de colheita não foi feito ne-nhum tipo de modificação nas regulagens de colheita durante a coleta de dados, ou seja, quem definiu a velocidade de colhei-ta e a vibração das hastes foi o próprio operador de cada máquina juntamente com o proprietário ou gerente da fazenda, julgando ser assim o padrão ideal para as condições encontradas em cada lavoura, conforme ilustrado no Quadro 2.

Em cada propriedade, foram avaliados a carga inicial de café por planta, a perda de café caído no chão, o café remanescente na planta, o café colhido pela passagem da colhedora, todos separados por estádio fisiológico dos frutos, bem como os danos causados às plantas.

Para a avaliação foram tomados ao aca-so, pontos amostrais constituídos de cinco plantas em sequência em uma fileira de café,

onde foram colocados panos de derriça sob a saia das mesmas, para delimitar a área amostral. As amostras foram mensuradas pela medição do volume

em recipiente graduado (um litro), sendo que para todas as avaliações, exceto para a determinação da carga de café, foram uti-lizadas as mesmas cinco plantas. A análise dos dados foi feita individualmente por tratamento, possibilitando uma visão mais ampla da realidade de colheita mecanizada na região.

OS RESULTADOSDurante os ensaios, observou-se grande

diferença entre os valores de produção, o que pode estar relacionado com o fato de o cafeeiro ser uma cultura bienal, justificando a grande variação entre os tratamentos. O tratamento 6 apresentou a maior produ-ção, contudo, tais valores não variaram de maneira uniforme, mostrando uma grande variabilidade na densidade do café colhido, o que foi justificado após a análise do estado fisiológico dos frutos colhidos.

De maneira geral a produção média das propriedades avaliadas em São Sebastião do Paraíso (MG) foi de 7,3 litros por planta. Percebe-se que quando se colhe no pico de maturação dos frutos, a massa colhida tende a ser maior do que quando se colhe com o estágio fisiológico avançado, estado do fruto passa. No entanto, não é possível afirmar se com essa diferença de massa ocorrerá perda de produtividade, pois o café do tipo cereja, assim como o passa e o verde, passa por processo de secagem dos frutos ocorrendo desidratação e conse-quente perda de

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Figura 1 - Colhedoras avaliadas em cada tratamentomassa.Quanto à colheita mecanizada (Figura

2), quatro tratamentos iniciaram a colhei-ta com baixo percentual de grãos verdes, próximo a 5% (tratamentos 1, 4, 5 e 6), configurando uma situação de lavoura com carga praticamente composta por cafés tipo cereja e passa. Os tratamentos 1 e 5 com 70 e 60% de grãos passa, respectivamente, foram os que apresentaram maiores valores de perda de café, na ordem de 11%.

Considerando o conceito de qualidade de bebida, que diz que o café cereja proporciona maior qualidade, e o conceito de colheita seletiva, que tenta separar na colheita os grãos cereja dos grãos verde e passa, o T1 foi o que se comportou da pior forma. Do total de café colhido apenas 19,5% eram do tipo cereja, enquanto que na produção 25,1% dos grãos existentes na planta eram cerejas, ou seja, o tipo de café colhido não acompanhou, sequer, a produção, o que poderia ocasionar uma bebida de baixa qualidade.

No tratamento 5, que também possuía altos valores de café passa ao iniciar a colhei-ta, perdeu-se 13,6% deste grão, represen-tando 72,2% da perda total. Já em relação à colheita seletiva, observa-se que o tipo de café colhido acompanhou os percentuais de antes da colheita, ou seja, não realizou a

colheita seletiva, mas também comprometeu a proporção de café cereja na produção.

O tratamento 3 apresentou 97% de café colhido, valor muito acima da média, portanto, qualquer análise sobre perda de café e café remanescente, no que diz res-peito ao estágio de maturação dos frutos, é pouco relevante, pois a perda representou apenas 1% e o café remanescente apenas 2%, ótimos valores comparados à média. E em

relação à colheita seletiva o T3 acompanhou a produção inicial e colheu os mesmos 51% de café cereja.

Sobre o tratamento 2 pode-se dizer que a perda foi de 10,1%, o tratamento 4 apresentou perdas de 7,9% e o tratamento 6 obteve 7,2% de café perdido. Em relação ao café remanescente estes tratamentos justificariam o repasse, pois se observarmos os valores de carga remanescente desses tra-

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em média 78% da produção das plantas, sendo que em nenhum dos tratamentos foi realizada a colheita de maneira seletiva, que pode ser observado pelo grande volume do café verde que foi colhido.

A desfolha média causada às plantas foi de 561 g/planta, sendo que o índice de desfolha diminuiu conforme aumentou a produção das plantas, mostrando que tal índice apresentou relação inversa com a produtividade da lavoura (Figura 3).

Entendendo a ação da colheita meca-

nizada como sendo um processo amplo e dinâmico, não é possível analisar situações de maneira isolada, levando em considera-ção apenas uma variável, contudo, o objetivo do trabalho foi atingido ao passo que foi feito um levantamento detalhado de várias situações, podendo caracterizar assim um diagnóstico de algumas situações de colheita naquela região.

Percebe-se, contudo, que a colheita naquela região está caminhando de ma-neira razoável, pois todos os índices en-contrados estão de acordo com os citados na literatura. Silva et al (2001) citam que a colheita no sul de Minas, no início da década, caminhava de maneira modesta, no entanto, com o passar dos anos a região vem se adequando a novas tecnologias, tornan-do a colheita mecanizada uma realidade, melhorando assim as condições do cultivo de café na região, sendo um caminho a ser seguido e buscando sempre melhores alter-nativas para viabilizar esta tecnologia que, comprovadamente, é uma das melhores alternativas para se obter menores custos de produção e maior competitividade no mercado.

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Figura 2 - Média da porcentagem de café colhido, perdido ou remanescente em relação à produção inicial

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Quadro 1 - Caracterização das lavouras avaliadas

VariedadeCatuaí

Catuaí *Mundo Novo

Catuaí 99Catuaí 99

Catuaí vermelho

PropriedadeSão José

GuanabaraDiamantina 1

São LuizDiamantina 2

Boa Vista

Idade/(anos)2510188106

* Catuaí vermelho e amarelo. ** Duas plantas por cova.

Trat.T1T2T3T4T5T6

Espaçamento2,20 x 0,70

3,00 x 1,50**3,00 x 2,00**3,00 x 0,803,00 x 2,003,20 x 0,50

Produtividade/(L planta-1)4,572,362,526,051,446,38

Quadro 2 - Características das colhedoras avaliadas

Velocidade (m/h)13001250960800700428

Colhedora (Marca/Modelo)Korvan

Jacto/KTRJacto/K-3

Case/Coffee ExpressTDI/EletronTDI/Eletron

Vibração (ciclos/min)85011501070850

1000750

TratamentoT1T2T3T4T5T6

TipoAlugadaPrópriaAlugadaAlugadaAlugadaPrópria

tamentos encontramos 7,2, 10,3 e 22,5%, respectivamente, e o estado fisiológico dos grãos remanescentes também é satisfatório, pois apresentam baixa quantidade de café do tipo passa, podendo assim esperar uma melhor maturação fisiológica destes grãos para iniciar a segunda passada.

Nenhum tratamento conseguiu au-mentar os valores de café cereja colhido em relação à produção inicial, ou seja, a colheita seletiva não aconteceu em nenhum dos casos, ao contrário, nos tratamentos 1 e 6 a porcentagem de grão cereja colhido foi menor do que a encontrada na planta antes da entrada da máquina.

A média geral de café remanescente foi

Figura 3 - Relação produção e índice de desfolha

Diversos aspectos da colheita estão relacionados à qualidade do produto colhido e não podem ser avaliados separadamente

de 13,9%, as perdas ficaram em 8,1% e com isso notamos que foram colhidos

Marcelo Tufaile CassiaMurilo Aparecido VoltarelliRouverson Pereira da Silva Rafael Carvalho de QueirozLamma – Unesp Jaboticabal

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ColhEdorAS

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Charles Echer

Entendendo como uma questão social, política, econômica e por que não ecológica, queremos

abordar o tema perdas na colheita, uma das preocupações para profissionais e produtores já que infelizmente os dados estatísticos e a realidade visualizada nas lavouras com-provam e nos alertam cada vez mais para esse problema.

Queremos nos direcionar mais espe-cificamente nos problemas relacionados à colheita da soja, não que as demais sejam menos importantes ou que seus índices de perda sejam proporcionalmente inferiores. Com base no que foi possível visualizar nas lavouras ao final das últimas safras,

mesmo sem precisar andar muito, a im-pressão que temos é de que se iniciou o plantio da soja, pela quantidade de plantas germinadas, consequência das perdas de grãos no processo de colheita. É notório que a densidade de plantas germinadas em consequência das perdas na colheita em muitas lavouras é várias vezes superior à densidade agronomicamente recomendada para o plantio, dando-nos a impressão de que as colheitadeiras realizaram o trabalho da semeadora quando no momento da colheita.

O objetivo deste artigo é abordar alguns fatores determinantes, relacio-nados a perdas tanto qualitativa quanto

quantitativamente. Não abordaremos regulagens específicas neste artigo, foco que desenvolveremos numa próxima oportunidade. Hoje vamos apenas alertar onde ocorrem as perdas e por que elas ocorrem. Sabemos que a perda qualitati-va, que exige grande atenção por parte do produtor, não é visível em grande parte na hora da colheita, pois os descontos por quebra e pedaços de grão quebrados, leves, jogados pela força, do ar através do sistema de limpeza da colheitadeira dificulta a quantificação nas avaliações de campo. Este tipo de perda não é visu-alizado na lavoura e, por isso, na maioria das vezes não é adicionado às estatísticas

Detalhe de folgas nas buchas do molinete e desgastes no sistema de corte. Estes problemas comunsencontrados em colhedoras são responsáveis por grande parte das perdas que ocorrem durante a colheita

Fortuna perdida

Mais de 30 milhões de sacas de soja são perdidas nas lavouras brasileiras durante a colheita, por má regulagem da colhedora, falta de atenção e

equipamentos danificados. Deste total, a maior parte das perdas poderia ser evitada com pequenos ajustes na máquina antes e durante a colheita

Mais de 30 milhões de sacas de soja são perdidas nas lavouras brasileiras durante a colheita, por má regulagem da colhedora, falta de atenção e

equipamentos danificados. Deste total, a maior parte das perdas poderia ser evitada com pequenos ajustes na máquina antes e durante a colheita

Fortuna perdida

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de perdas encontradas no campo.

PERDAS NA PRÉ-COLHEITA As principais causas das perdas que ocor-

rem na pré-colheita são intempéries, aves, roedores, pragas e invasoras. Estes fatores contribuem significativamente no índice de perdas em algumas lavouras ou cultivares específicas. Este problema ocorre antes da máquina passar pela lavoura, por isso não é de responsabilidade da colhedora.

PERDAS PELA PLATAFORMA Ao entrar com a colhedora no talhão,

todos os pontos da máquina merecem atenção especial, da plataforma de colheita ao sistema espalhador de palha. Tratando-se da cultura da soja, a prática de campo nos mostrou nesta última safra que 87% das perdas ocorreram na plataforma de colheita da colhedora, sendo que mais de 90% desse índice são de grãos que não chegaram a acessar a máquina, ou seja, a debulha aconteceu fora da colhedora causa-da pela operação e regulagem inadequadas para as condições impostas pela cultura à colheitadeira, mas principalmente por manutenção inadequada do molinete e do conjunto de corte.

Também é conhecido o alto índice de perdas no processo de colheita causado pela passagem dos pulverizadores durante a pulverização. As plantas amassadas pelos pneus dos equipamentos de pulverização produzem grãos, mas por estarem deitadas dificultam a colheita, aumentando as per-das que, neste caso, devem ser creditadas à plataforma da colhedora.

É extremamente importante que o operador e/ou produtor planeje o plantio e a pulverização de forma a minimizar as perdas na colheita. O primeiro passo seria programar o plantio de forma que, poste-riormente, a colhedora possa se deslocar no sentido longitudinal da linha de plantio e que a pulverização seja realizada no sentido transversal. O corte no sentido do plantio possibilita que o molinete e o conjunto de corte não toquem demasiadamente nas plantas, fato que contribuirá significativa-mente para minimizar a debulha dos grãos antes de serem colhidos pela máquina. Da mesma forma, o conjunto de corte não sofrerá tanta carga, já que haverá menor número de plantas por metro linear. As plantas amassadas pelo pulverizador, muitas vezes ainda estão verdes no momento da colheita e provocam impacto no sistema de

corte, causam danos, criam folgas no con-junto, causam debulhas de grãos e um alto índice de corte de grãos pela navalha. Este conjunto de problemas nem sempre é visto pelo operador e compromete a qualidade final do produto colhido.

Se a colheita for realizada no sentido transversal ao plantio, todo conjunto do molinete irá tocar na planta, aumentando a debulha de grãos com o impacto, fazendo com que as vagens debulhem e os grãos caiam no chão antes de chegarem à pla-taforma. Acontece, ainda, neste caso, que todo conjunto de corte pega ao mesmo tempo na linha da cultura provocando um impacto na plataforma, movimentando-a para baixo e para cima, fazendo com que o molinete balance sobre as plantas, causan-do debulha e aumentando as perdas.

Levantamento de campo nos mostrou que colhendo no sentido da pulverização a colheitadeira consegue levantar e cortar no máximo 17% do produto, já colhendo no sentido contrário da pulverização o per-centual chega a 52% e a colheita no sentido transversal ao da pulverização a eficiência do corte chega a 44%. Isso demonstra que a prática de realizar a pulverização no sentido transversal ao plantio e a colheita

Exemplo de lavouras com alto índice de plantas de soja, germinadas de sementes perdidas durante o processo decolheita. Em alguns casos, a quantidade de plantas por metro quadrado é maior do que o encontrado no plantio da cultura

Dados de campo mostram que 87% das perdas ocorrem na plataforma de colheita, sendo que mais de 90% desse índice são de grãos que não chegaram a acessar a máquina

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Fotos Plínio Pinheiro

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no sentido longitudinal ao plantio torna-se mais eficaz.

PERDAS PELO SISTEMA DE TRILHAAs perdas que ocorrem no sistema de

trilha são as mais difíceis de serem visualiza-das, pois elas acontecem de forma indireta. Os grãos quebrados, além de representarem perda na qualidade da semente, são lança-dos para fora da máquina, por causa do seu peso reduzido e da força do ar exercida pelo ventilador. Quando acontece a trituração

do material de trilha, ele é desviado para o sistema de limpeza e não para o sistema de separação, tendo como resultado sobrecarga nas peneiras, exigindo maior força de ar. O aumento do ar leva a maiores perdas e ex-cessos de retrilha, aumentando a quebra de grão e sobrecarregando a colhedora, pois o produto separado no bandejão, é misturado novamente pelo excesso de ar.

PERDAS NO SISTEMA DE LIMPEZAÉ comum atribuir ao sistema de lim-

peza a culpa pela maior parte das perdas que ocorrem de dentro da colhedora. Mas a realidade é diferente. Uma vez regulada a abertura da peneira de acordo com o grão a ser colhido, não há necessidade de se preocupar. As perdas neste setor aparecem normalmente pela sobrecarga das peneiras, pelo excesso de velocidade da colhedora ou por excesso de atrito do sistema de trilha. Cabe aqui salientar que o excesso não se refere ao excesso de grãos, mas sim de palha. É necessário haver compatibilidade entre

Boa parte das perdas que ocorrem na plataforma é causada por regulagem inadequada para as condições impostaspela cultura à colheitadeira, mas principalmente por manutenção inadequada do molinete e do conjunto de corte

O índice de perdas no processo de colheita causado pela passagem dos pulverizadores durante a pulverização também éalto. Uma das maneiras de minimizar as perdas neste setor é realizar a colheita no sentido longitudinal da linha de plantio

As perdas por fugas são comuns nas colhedoras, mesmo em máquinas novas. É importante identificar este problema para não confundir este tipo de perda com regulagens inadequadas

A estimativa das perdas é feita através de amostragens, coletadas de forma específica para as diferentes avaliações

Falta de manutenção no côncavo causa perdas nos sistemas de separação e limpeza

Fotos Plínio Pinheiro

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ser realizados nas propriedades. Este tipo de ação certamente é um investimento com retorno imediato garantido. Pouco adianta investir para aumentar a capacidade pro-dutiva da lavoura se, na hora de colher, as máquinas estiverem mal reguladas ou mal conduzidas e perdem, às vezes, percentual maior que o incremento promovido pelos investimentos. .M

regulagem do sistema de alimentação e de trilha para que as peneiras trabalhem lim-pas, com pouca palha, de forma que o grão não seja transportado em cima da mesma e que permita o uso de pouco volume e força de ar.

Não quero nesse texto abordar o tema regulagens, seria para outro momento, mas é necessário deixar bem claro que a manu-tenção de certos componentes e sistemas da colhedora são os principais responsáveis pelo alto índice de perdas.

FUGASAs perdas por fugas são aquelas causadas

por falta de vedações, problema comum nas colhedoras usadas e muitas vezes presentes também em colhedoras novas. É importante avaliar esta perda separadamente para não correr riscos em contundi-las com regula-gem inadequada.

O que objetiva esse trabalho é a pre-ocupação que deveremos ter em relação a perdas que são visíveis e incontestáveis, tornando-se até problema social e econômi-co relevante. O Brasil, com tantas carências, não pode se dar o luxo de deixar nas lavouras

mais de 30 milhões de sacas de soja perdidas, só no processo colheita. Não estão incluídos nestes dados as perdas das demais culturas produzidas e os demais desperdícios. Sem muita precisão o Rio Grande do Sul deixou de armazenar algo acima de sete milhões de sacas de soja sem contabilizar as demais culturas, como milho, trigo, arroz, que também apresentaram perdas extraordiná-rias, pelos mesmos motivos da cultura da soja. Estes valores poderiam facilmente ser minimizados através de trabalhos realizados diretamente com os usuários das colhedoras e responsáveis pela operação, através de treinamentos e acompanhamentos durante a colheita.

Sabemos também que pouco adianta fazermos levantamento e avaliações e até conhecer dados como esses aqui expostos se não agirmos in loco ajudando quem precisa. Como instrutor do Senar-RS e consultor técnico, atuando no Brasil em alguns países da América do Sul, tenho a consciência de que muito ainda precisa ser feito. É necessário que empresas agrícolas, cooperativas e associações promovam cursos e treinamentos para operadores, que podem

Plínio Pacheco Pinheiro eMateus Guimarães Pinheiro, Senar/RS

A realização de cursos específicos para operadores é uma necessidade constante, uma vez que a cada safra as condições de colheita podem ser diferentes

Plínio e Mateus explicam quais as principaiscausas das perdas na colheita de soja

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fIChA téCNICA

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A Fankhauser lançou recentemente a Plantadora Adubadora Auto-transportável Pantográfica 5056,

idealizada para atender lavouras de grande porte. Este modelo pode ser configurado com 20 a 30 linhas de plantio, sendo duas

máquinas montadas unidas entre si por um cabeçalho especial, com chassis indepen-dentes e rodados pantográficos, podendo ser equipada também com sistema de agri-cultura de precisão.

A Plantadora Adubadora Autotranspor-

tável 5056 executa plantio de grãos graúdos e adubação em linha, seus reservatórios são confeccionados em polietileno de alta durabilidade e resistência contra corrosão do adubo e intempéries do tempo. A distri-buição de adubo é realizada por dosadores de precisão. Seu conjunto de ataque ao solo é composto de disco de corte para palhada 20”, sulcador com ponta cambiável ou disco duplo 16x17” para incorporação de adubo,

Plantadora Adubadora 5056

A Plantadora Adubadora Autotransportável 5056 da Fankhauser pode ser configurada com 20 ou 30 linhas e sistema de distribuição de sementes e adubos com taxa variável

O modelo 5056 possui sistema de transporte incorporado, que facilita o deslocamento na propriedade sem necessidade de desacoplar a máquina

Distribuição de fertilizantes no sistema dosador rosca sem-fim para altas e baixas dosagens

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Fotos Fankhauser

com diversas opções de regulagem e disco duplo defasado 14x15” ou desencontrado 13x15” para incorporação de semente. A profundidade da semente é mantida por duas rodas limitadoras articuladas indepen-dentes, com várias regulagens de pressão e altura sobre o sulco. Rodas compactadoras independentes em ferro fundido com regu-lagens de pressão. Seu chassi foi desenvol-vido para uso em diversas situações, com tubos de grande proporção, o que propicia maior durabilidade ao equipamento.

O sistema de autotransporte padrão sem rodas adicionais facilita o deslocamento da máquina. Seus rodados independentes para transmissão possuem caixas variadoras de velocidade/dosagens acopladas de 27 câm-bios para diferentes tipos de regulagens. O cabeçalho é acionado totalmente com cilindros hidráulicos que mudam da posição

Detalhe do monitor que acompanha o kit de agricultura de precisão e motor que realiza a distribuição em taxa variável

Conjunto de ataque ao solo é composto de disco de corte para palhada 20’’, sulcador com ponta cambiável ou disco duplo 16x17’’para incorporação de adubo, com diversas opções de regulagem, e disco duplo defasado 14x15’’ ou desencontrado 13 x15’’ para incorporação de semente

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Fotos Fankhauser

Plantadora Adubadora 5056

5056 24L24

4.600L4.600L500mm320CV

400/60-15,511.900mm11.500mm4.920mm2.200mm

( * )

5056 20L20

3.900L3.900L500mm280CV

400/60-15,59.900mm9.500mm4.920mm2.200mm

( * )

5056 26L26

4.950L4.950L500mm340CV

400/60-15,512.900mm12.500mm4.920mm2.200mm

( * )

EspecificaçõesNº Linhas

Capacidade de sementeCapacidade de aduboEspaçamento padrão

Potência do tratorPneus

Largura totalLargura de trabalho

Largura de transporteAlturaPeso

5056 30L30

5.650L5.650L500mm380CV

400/60-15,514.900mm14.500mm4.920mm2.200mm

( * )

de trabalho para a posição de transporte sem esforço por parte do operador. Os marcadores de linha também são totalmente hidráulicos.

Conforme opção do cliente a máquina pode ser montada na versão somente para sementes, aumentando ainda mais a auto-nomia de plantio, sendo que a distribuição das mesmas pode ser mecânica, através de discos horizontais com distribuidor manca-lizado ou pneumático com discos verticais.

Ainda pode ser equipada com sistema de Agricultura de Precisão Fankhauser (APF) taxa variável, o que irá eliminar caixas de transmissão e rodados de trans-missão, oferecendo ainda mais recursos. O sistema de agricultura de precisão taxa variável Fankhauser tem como objetivo atingir os mais variados tipos de dosagens de sementes e fertilizantes durante a sua aplicação, visando corrigir as irregularidades de produção que existem em determinados pontos das lavouras. Este sistema garante uma aplicação precisa e uniforme de acordo

Rodado do sistema de autotransporte

com as necessidades de cada solo.Fazendo-se um mapeamento da área

a ser plantada e obtendo uma análise em determinados pontos da mesma, o sistema permite fazer uma aplicação correspondente à necessidade de cada ponto estipulado, alterando sua dosagem durante a aplicação. A distribuição é feita através de motores movidos com fluxo de óleo, que são con-trolados por um computador instalado na cabine do trator.

As dosagens de aplicação são preestabe-

lecidas em um programa de mapeamento e dosagem, o qual levará as informações para o computador do sistema que está equipado com GPS, eliminando qualquer regulagem pelos operadores das máquinas. Todas as linhas de plantio são monitoradas através de sensores de fluxo de sementes e sensores de fluxo de fertilizantes. O monitoramento pode ser acompanhado pelo operador atra-vés do monitor e alarmes são acionados em eventuais obstruções dos condutores ou irregularidades de dosagem e velocidade.

Turbina pneumática para distribuição de sementes

Detalhe da plataforma de acessoaos compartimentos de carga

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IrrIgAção

O arado duplo utilizado no ensaio possui característica de trabalho para quatro linhas de cultura e é responsável pela mobilização inicial do solo no cultivo de algodão irrigado

A agricultura vive um momento de grande desenvolvimento no Brasil, este desenvolvimento

também é percebido nas áreas irrigadas, ou na conhecida agricultura irrigada, que possibilita, além da incorporação de novas áreas ao sistema produtivo, uma garantia de produtividade nas mesmas. O incremento de áreas irrigadas, associado com o aumento do risco de degradação nestas, requer um manejo ainda mais cuidadoso destas glebas e dos sistemas de irrigação ali instalados, com o objetivo de possibilitar a utilização potencial do sistema e do recurso natural em uso.

Os equipamentos de irrigação são dimensionados e instalados com o propó-sito de aplicar água em um determinado local com a melhor eficiência possível, onde a sistematização de avaliações pe-riódicas nos equipamentos de irrigação auxilia a tomada de decisão do produtor para melhorias a serem realizadas no mesmo.

A modalidade de irrigação por as-persão, de uma maneira geral, cresce em utilização, e o pivô central apresenta inúmeras vantagens em relação a outros equipamentos deste próprio método (autopropelido e canhão fixo), entre os

quais se verifica: baixa ou nenhuma siste-matização da superfície do solo; permite a aplicação de agroquímicos em qualquer fase do desenvolvimento da cultura, pos-sibilita a operação em períodos noturnos, adapta-se praticamente a todos os tipos

de solo e culturas, apresenta fácil e rápida implantação do projeto e possibilita um prático controle da quantidade de água aplicada em cada irrigação.

A simples aplicação de água em uma área, por um equipamento de irrigação,

Fuga caraOs sistemas de irrigação autopropelidos, mais

especificamente os pivôs centrais, são equipamentos eficientes, mas que exigem manutenção específica, para

evitar desperdício da água utilizada e degradação da área irrigada por causa da má distribuição

Fuga caraOs sistemas de irrigação autopropelidos, mais

especificamente os pivôs centrais, são equipamentos eficientes, mas que exigem manutenção específica, para

evitar desperdício da água utilizada e degradação da área irrigada por causa da má distribuição

Levantamento de lâmina de água de um pivô central, região de Cruz Alta, no interior do Rio Grande do Sul, para verificar a uniformidade da aplicação

Fotos Ricardo Luis Schons

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Fotos Ricardo Luis Schons

não está associada a uma eficiente irri-gação, por mais oneroso que este equi-pamento possa custar. A busca pelo uso eficiente da água de irrigação pode ser alcançada atuando-se: a) na estrutura de irrigação então existente, em relação ao tipo de cultivo, ao sistema de irrigação e à gestão do uso de água; b) nos métodos de manejo da irrigação e c) nas técnicas que permitem aumento da eficiência do uso da água.

Em sistemas de irrigação instalados, o consumo de energia aumenta de acor-do com o desgaste do equipamento. Ele

pode também ser excessivo, devido a algum problema no dimensionamento inicial. É de fundamental importância que possamos ter meios de constatar estes acontecimentos em cada instalação de irrigação e a cada período de utilização do mesmo.

Para o produtor, usuário do equi-pamento de irrigação, muitas vezes é difícil detectar o tempo certo de realizar a manutenção ou a troca de algum com-ponente do sistema. Com a intenção de discutir o assunto, foi realizada uma pesquisa em duas regiões do Rio Grande

Figura 1 - Frequência relativa percentual de ocorrência do CUC dos sistemas de irrigação por pivô central na região de Cruz Alta e na região de Santo Augusto

Entre os principais defeitos, o de maior ocorrência foi o vazamento na tubulação aérea, seguido de problemas com a aspersão

do Sul, analisando 70 equipamentos de irrigação tipo pivô central. Esta análise se baseou em uma Norma Técnica (NBR 14244), fornecida pela Associação Brasi-leira de Normas Técnicas (ABNT), que padroniza os procedimentos que devem ser realizados em uma avaliação de siste-mas, a fim de demonstrar que ela pode ser usada como ferramenta de decisão pelo produtor rural e por técnicos.

Os sistemas foram avaliados através desta metodologia, mas também foram levantados os problemas pontuais en-contrados em cada instalação. Foram divididos em: problemas com a sucção, problemas com o motor e bomba, pro-blemas com a adutora, problemas com a parte elétrica do equipamento, problemas com o sistema de aspersão, problemas com o sistema de acionamento, vaza-mentos encontrados, pressão no final do equipamento abaixo da ideal.

A Norma sugere a utilização de um Coeficiente de Uniformidade (CUC), que avalia se o equipamento está irri-gando de forma uniforme toda a área, determinando padrões de uniformidade, sendo um valor de CUC menor que 80% considerado ruim, entre 80% e 84% considerado regular, entre 85% e 89% considerado bom e acima de 90% consi-derado muito bom.

Considerando a classif icação da norma quanto ao CUC, quatro pivôs apresentaram valores abaixo de 80%, 16 entre 80% e 85%, 36 pivôs entre 85% e 90%, 14 pivôs acima de 90%.

Em relação ao CUD, outro coeficiente de uniformidade utilizado para classificar os equipamentos de irrigação quanto a sua distribuição de água, os valores para a região de Cruz Alta variaram de 60,67% a 87,62%, com valor médio igual a 77,71%. Para a região de Santo Augusto, o CUD

Exemplo de vazamento na torre principal do pivô central, dano que compromete a homogeneidade da distribuição, além de desperdiçar água

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Figura 2 - Frequências relativas percentuais de ocorrência do CUD, em sistemas de irrigação por pivô central, na região de Cruz Alta e na região de Santo Augusto

Figura 3 – Percentual de defeitos apresentados nos equipamentos na região de Cruz Alta e na região de Santo Augusto

Ricardo Luis Schons,Instituto Federal FarroupilhaAdroaldo Dias Robaina,UFSM

variou entre 63,77% e 86,20%, com valor médio igual a 75,98%. Estando os valores médios dentro do recomendado para culturas com sistema radicular de profundidade média, entre 70% e 80%. Para culturas de alto valor econômico e raízes pouco profundas, o valor do CUD deveria estar acima de 80%, segundo Merriam e Keller (1978).

Claro que não pode ser ignorada a redistribuição da água dentro do perfil do solo, que ocorre no momento que inicia a interação entre água e solo, mas quanto mais uniforme for a irrigação, maior a garantia que a água tenha uma ótima uniformidade em toda a área cultivada. Também é de extrema importância, em razão da taxa de infiltração do solo e da erosão que pode ocorrer, quando em algum ponto do equipamento temos uma taxa maior que a máxima que o solo pode suportar.

Quando analisamos os defeitos, o que apresentou maior ocorrência foi o

vazamento na tubulação aérea, seguido de problemas com a aspersão. Na maior parte, os problemas encontrados não chegam a interromper a irrigação, mas a tornam menos eficiente. O produtor deve se preocupar com estas avarias, pois, por menores que sejam, prejudicam o funcionamento correto do equipamento, podendo, além de baixar sua eficiência, diminuir a vida útil do equipamento.

Apesar da maioria dos equipamentos apresentar condições boas de uniformi-dade, os problemas apresentados mos-tram a falta de atenção dos produtores e a preocupante perda de eficiência. A avaliação do equipamento de irrigação deve ocorrer nas diversas fases da sua vida útil. Logo após sua instalação devem ser avaliadas as condições de projeto e as condições que se apresentam em campo. Já quando o mesmo estiver em operação, irá depender de cada situação, em função da maneira que se manuseia cada um e qual sua condição de utilização.

Alguns equipamentos devem ser avaliados a cada ano, quando algumas situações podem colaborar para a depre-ciação prematura do equipamento e da área irrigada. Um exemplo é a aplicação de produtos químicos juntamente com a água de irrigação (fertilizantes, agroquí-micos etc). Outra situação típica é em locais com declividade acentuada, que favorecem a erosão do solo quando da má aplicação de água.

O importante é contar sempre com o acompanhamento de um profissional habilitado e realizar revisões frequentes nos equipamentos. Muitas vezes, são os pequenos investimentos que fazem as grandes diferenças na produção final e no uso adequado dos recursos naturais disponíveis. .M

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O MF 8670 Dyna-VT vem de fábrica com cinco pares de válvulas, com opção paraseis. O sistema hidráulico tem capacidade de levante de 12 mil quilos

MF 8670 Dyna-VTe MF 512 L45

Pela primeira vez, avaliamos um conjunto de trator e semadora num só teste, composto pelo MF 8670 Dyna-

VT, o mais moderno trator fabricado pela Massey Ferguson no mundo, e pela semeadora MF 512 L45

Foi uma enorme surpresa positiva para toda a equipe da Revista Cultivar Máquinas e do Núcleo

de Ensaios de Máquinas Agrícolas da Universidade Federal de Santa Maria re-alizar este teste com o conjunto mecânico formado pelo Trator MF 8670 Dyna-VT e a semeadora modelo 512 L45 da Massey Ferguson. Dizemos positiva, pela possibili-dade de encontrar um trator com altíssima tecnologia dentro de uma linha conhecida por robustez, facilidade de manutenção e versatilidade como os demais tratores da marca.

Também foi interessante pois, pela primeira vez, estamos investindo por meio

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Fotos Charles Echer

Antena receptora de sinal de GPS e antena RTK instaladas no teto da cabine

da Massey Ferguson, em um terreno no qual estamos ansiosos por entrar, que é a avaliação de conjuntos mecânicos e não mais máquinas analisadas sobre o ponto de vista individual.

Item básico para entender diferenças entre modelos menores da marca é o fato de esta série utilizar um semichassi em

ferro fundido, que dá a estrutura necessária para a transferência desta enorme potência de motor.

O trator MF 8670 Dyna-VT é fabricado em Beauvais, na França, e está sendo trazido pela Massey Ferguson do Brasil para con-correr no mercado da cana-de-açúcar e das

grandes áreas de grãos existentes no país. É um trator diferente em relação ao padrão brasileiro, pois tem abundante tecnologia e um excelente acabamento, além, é claro, de várias características técnicas que testamos durante este dia. Seu lançamento ocorrerá no próximo Agrishow, em Ribeirão Preto, porém, o fabricante já está promovendo o pré-lançamento, apenas apresentando-o no Show Rural de Cascavel e durante a Expodireto. Também será mostrado, neste lançamento oficial, o outro modelo da série 8600, que é o 8690 Dyna-VT.

A importação de um modelo de alta tecnologia como este, pressupõe a necessi-dade de cuidados especiais que a empresa fabricante está tomando, como a importação casada de certo número de componentes de manutenção, formando um kit de peças e condicionando os concessionários a um detalhado e cuidadoso plano de treinamento

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Um sistema basculante permite deslocar um conjunto de radiadores, facilitando a limpeza de cada unidade

Além dos faróis auxiliares, o para-lamas comporta botões com funções diferentes em cada uma das laterais, possibilitando acionar vários comandos no sistema hidráulico tanto de dentro da cabine como pelo painel no para-lamas

Detalhe do eixo dianteiro, que possui suspensão de série e sistema que minimiza o “power hop”

de manutenção. Afinal, é um trator que se destaca entre os modelos convencionais e necessita deste cuidado para que ocorra uma boa interação entre a máquina, o cliente e o concessionário, que estarão interagindo muito proximamente no campo.

A equipe de avaliação considerou muito boas as soluções encontradas para a manutenção deste trator e a facilidade de acesso aos componentes do motor onde, basicamente, duas ideias simples fazem a diferença. A primeira é a facilidade em acessar o conjunto de radiadores, que, por meio de um sistema basculante, expõe to-dos eles, facilitando a limpeza. O segundo detalhe é de menor importância, mas auxilia muito o acesso, que é a possibilidade de alterar a posição dos para-lamas dianteiros,

aumentando o espaço para a movimentação do operador responsável pela manutenção. Também no quesito novidade, elogiamos a colocação pelo fabricante de um conjunto de células fotovoltaicas, que auxiliam ao carregamento de energia da bateria, com a utilização de energia solar.

MOTORUm dos pontos de destaque dos novos

tratores da nova série 8600 da Massey Ferguson fica por conta dos motores ele-trônicos AGCO Sisu Power, com potências máximas de 320cv e 370cv a 2.000rpm, que equipam, respectivamente, os tratores 8670 Dyna-VT e 8690 Dyna-VT. Esses mo-tores se caracterizam por apresentarem um processo de combustão melhor controlado

em relação aos motores equipados com os tradicionais sistemas mecânicos de injeção. Desta maneira, fatores como quantidade de combustível injetado e tempo de pul-verização do combustível se tornam mais precisos e como vantagens tem-se maior rendimento do motor e menor consumo de combustível.

Ambos os modelos de motores que equi-pam a série 8600 são do tipo turbo aftercoo-ler, de seis cilindros com capacidade de 8,4 litros. Um dos fatores que se divulga como importante neste sistema de aspiração é a redução considerável da temperatura do ar que será readmitido pelo motor, o que deve proporcionar uma maior eficiência no pro-cesso de combustão. Outro fator que merece ser destacado é o torque deste motor, que apresenta valores de 1.400Nm a 1.400rpm. Esses maiores valores se traduzem, na prá-tica, em uma maior capacidade de reação às cargas aplicadas ao motor, durante os trabalhos de campo, com altas exigências.

Este motor possui um sistema de gerenciamento eletrônico (DTM) que, combinado com a transmissão, diminui automaticamente a rotação em condições de baixa demanda de torque, não alterando a velocidade de deslocamento, isso com um simples toque em um botão ativando ou desativando o sistema. Este mecanismo garante um melhor desempenho do mo-

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Fotos Charles Echer

Console instalado na lateral direita do assento do operador e coluna traseira da cabine comportam os principais comandos do trator

O sistema de direção é hidrostático e possui coluna de direção do tipo telescópica com regulagens de altura e profundidade, adaptando-se aos mais variados perfis de operadores

tor, disponibilizando velocidade e rotação adequadas para a operação que está sendo executada. Para suprir a alimentação de combustível desse motor, esses modelos contam com um tanque de combustível com capacidade de 690 litros, o que garante uma boa autonomia, baseando-se no consumo horário desse trator.

TRANSMISSãoA transmissão que equipa os tratores da

série 8600 é a Dyna-VT, do tipo constante-mente variável (CVT), isto é, sem marchas. Cabe ressaltar que este é o primeiro trator com transmissão CVT no Brasil. Essa trans-missão proporciona uma transição suave do movimento, sem que o operador perceba o escalonamento, bastante comum na maioria dos sistemas de transmissão hidrostática, atualmente presentes em tratores agrícolas. Essa tecnologia deriva dos conceituados projetos da Fendt, fabricante de muita tradição, principalmente em mercados eu-ropeus, pela tecnologia e que faz parte do Grupo AGCO.

Essa transmissão apresenta cinco modos básicos de operação: no modo “Alavanca” a velocidade de avanço do trator depende da posição da alavanca do suporte de braço ou da alavanca de reversão (Power Control), localizado ao lado esquerdo da direção, e a rotação do motor depende da posição do acelerador; no modo “Pedal” a transmissão é controlada pelo pedal do acelerador ou pelo acelerador manual, isto é, rotação do motor e velocidade estão conjugadas, este modo é utilizado para transporte e acoplamento de

implementos. No modo “Dyna-TM” o sis-tema eletrônico gerencia a rotação do motor automaticamente para manter a velocidade de avanço desejada, reduzindo o consumo de combustível e aumentando o nível de conforto do operador. Quando opera no modo “Autopropelido”, têm-se duas rotações do motor, determinadas pelas memórias A ou B, e duas velocidades (menor e maior) controladas por SV1 e SV2, para manobras e operação, respectivamente. O último modo é o “Forrageiro”, onde a rotação do motor é mantida constante, mesmo variando a velo-cidade de deslocamento, com isso também

se garante uma rotação constante da TDP.Mais uma vez, merece destaque o siste-

ma de gerenciamento eletrônico do trator, que intervém de maneira a proporcionar o ajuste da rotação do motor e da velocidade de deslocamento em relação à real necessida-de da operação, o que dispensa a constante troca de marchas por parte do operador. Esse simples detalhe, além de tornar a adaptação da máquina à tarefa mais dinâmica e eficien-te, garante um maior conforto do operador, que se traduz na redução da fadiga ao longo de uma determinada jornada de trabalho.

Há a possibilidade de se trabalhar em

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O MF 8670 Dyna-VT tem cabine ampla com excelente visibilidade. O projeto deste modelo segue os padrões europeus, o que dá um acabamento superior aos modelos encontrados no Brasil

dois regimes de velocidade, ambos utili-zando o recurso da ultrabaixa velocidade, que se traduz em vantagens nas operações que demandam alto torque em menores velocidades. Um destes regimes, voltado à operação, acarreta em uma limitação da velocidade entre 0,03 e 28km/h à frente e 0,03 e 16km/h à ré. No outro regime, voltado ao transporte, o trator pode variar velocidades entre 0 a 40 km/h à frente e 0,03 a 38 km/h à ré.

O sistema de transmissão CVT de-sempenha suas funções por meio de duas bombas hidráulicas acopladas a um sistema mecânico. Desta forma, a combinação da vazão de ambas as bombas irá fornecer a velocidade de deslocamento, tanto à frente quanto à ré. Em determinados momentos da operação, de acordo com a demanda de velocidade de deslocamento e rotação do motor, as bombas necessitarão de maior ou menor aporte hidráulico para gerarem o movimento que atenda de forma precisa e eficiente a essa demanda.

SISTEMA HIDRÁULICoO sistema hidráulico e de engate em

três pontos tem controle acionado eletro-nicamente para a suspensão, a posição e o controle de profundidade e de posição ver-tical. É extremamente robusto, da categoria três, e tem capacidade para 12 mil quilos no olhal, o qual é de engate rápido.

Quanto às outras formas de utilizar o sistema hidráulico, o trator vem de fábrica com cinco pares de válvulas, podendo chegar a seis, para o sistema de controle remoto, posicionadas na parte traseira, com vazão máxima de 175 litros por minuto e pressão máxima do sistema de 200bar. O controle de duas válvulas faz-se através de um pequeno joystick, de fácil acionamento, posicionado no painel lateral, e os demais são acionados por botões.

Este trator possui tomada de potência (TDP) traseira, com controle de operação totalmente independente, de acionamento eletro-hidráulico, podendo funcionar de forma automática em conjunção com a transmissão e com a programação do ope-rador. Portanto, se o operador programar as atividades que o trator deve fazer durante uma manobra de cabeceira, o funcionamen-to da TDP também pode ser configurado. Há três formas de funcionamento da TDP, 540 econômica a 1.600rpm no motor; 1.000rpm, com um eixo de 21 estrias, com o motor trabalhando a 2.030rpm; e com rotação de 1.000rpm econômica, com o motor funcionando a 1.600rpm.

Os freios obviamente são acionados hidraulicamente, porém, há um auxílio mecânico para a frenagem de emergência, colocado na lateral esquerda do banco do operador, não se confundindo com o freio de estacionamento, que é acionado mediante

um pequeno interruptor.Este modelo é equipado de série com

um sistema de piloto automático, fruto da parceria da Massey Ferguson com a Topcom. Uma das características é o fato de que os sensores de posicionamento das rodas são colocados internamente ao eixo. Sua preci-são é decimétrica na versão standard, com correção por sinal pago e como opcional o agricultor pode optar pela precisão centimé-trica, utilizando uma antena do tipo RTK.

EIXO DIANTEIRO, PNEUS, CABINEOs dois modelos da série 8600 já vêm

equipados com suspensão dianteira de série, que carrega consigo funções básicas de absorção dos impactos gerados em con-dições de operação a maiores velocidades e/ou em regimes de torque consideravelmente elevados. Além das funções básicas citadas anteriormente, outro forte atributo desse sistema atém-se ao fato de que o mesmo

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Fotos Charles Echer

O MF 8670 Dyna-VT tem 16 mil quilos, maspode chegar a 18 mil com lastragens

A MF 512 L45 é equipada com discos de corte, além dos sulcadores do tipo facão

Os reservatórios de sementes e de fertilizantessão fabricados em material polimérico

A MF 512 L45 tem 12 linhas com espaçamentos de 45cm

Plataforma antiderrapante permite oacesso seguro às caixas de fertilizante

proporciona a manutenção da pressão que incide sobre o eixo, melhorando, assim, a efi-ciência de tração. Isso previne a ocorrência do fenômeno conhecido como “Power hop”, popularmente chamado de “galope do tra-tor”, o que geralmente ocorre em situações de interação de alta demanda de potencia, humidade do solo, compactação etc.

Os pneus que equipavam o trator que testamos eram da marca Michelin, radiais e tinham a seguinte especificação: 600/70 R28 no eixo dianteiro e 520/85 R46 duplo no eixo traseiro. Os tratores da série 8600 estão disponíveis com rodados simples ou duplos, dependendo da configuração escolhida pelo cliente. O trator avaliado apresenta peso apro-ximado de 16.000kg, podendo chegar ao peso máximo de 18.000kg utilizando lastragem metálica. Na configuração testada, a relação peso/potência situava-se em 55kg/cv.

Tratando-se de conforto e segurança, o modelo testado conta com uma ampla cabine, com excelente visibilidade, tendo os comandos ergonomicamente posicionados e de fácil acesso, o que se traduz na redução da fadiga por parte do operador ao final de uma determinada jornada de trabalho. O acesso ao posto de operação também é fa-

cilitado, pois o trator possui uma escada de quatro degraus antiderrapantes, igualmente espaçados entre si. O assento do operador é do tipo suspensão pneumática e possui vários ajustes e regulagens que podem ser feitos de acordo com a necessidade do ope-rador. Também merece destaque a opção de se utilizar um sistema de aquecimento do assento, que proporciona maior conforto térmico aos operadores de regiões mais frias, condição comum nos períodos de inverno da região Sul do país. O sistema de direção é hidrostático e possui coluna de direção do tipo telescópica com regulagens de altura e profundidade adaptando-se aos mais varia-dos perfis de operadores.

Como se pode esperar de um trator que atende às exigências da comunidade europeia, tanto em termos de normalização, como em requerimentos de mercado, como, por exemplo, a presença de uma saída de emergência, que neste modelo é pela sua direita e somente pode ser acessada de dentro da cabine, constituindo-se em uma

falsa porta, pois a entrada normal é pelo lado esquerdo.

TESTE, DIMENSIONAMENTOPara que o teste ocorresse em condições

similares às que normalmente ocorrem no campo, simulamos uma semeadura de soja, conduzida sobre uma resteva de milho, onde duas semeadoras em tandem da marca Mas-sey Ferguson, modelo MF 512L45, eram tracionadas pelo trator MF 8670 Dyna-VT.

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Para avaliar a semeadora, foi realizado teste de distribuição de sementes, onde foram medidas a distância entre as sementes e a profundidade de deposição

Cabeçalho tandem MF 1213 CT, para acoplar máquinas de 12 e 13 linhas de semeadura,foi utilizado para juntar os dois modelos de 12 linhas tracionados pelo MF 8670 Dyna-VT

Engrenagens do sistema de distribuição de sementes e fertilizantes

Cabe ressaltar que cada semeadora contava com 12 linhas, distribuídas sob um espaça-mento entre linhas de 45cm. Esse modelo de semeadora é equipado com discos de corte, além dos sulcadores do tipo facão, os quais requerem uma maior demanda de potência por parte do motor.

Mesmo em se tratando de uma região caracterizada por apresentar relevos ondu-lados e solos com elevado teor de argila, o MF 8670 Dyna-VT não apresentou dificul-dades em tracionar o conjunto em tandem disponibilizado para a execução dos testes. Durante a condução dos trabalhos, os técni-cos da fábrica que acompanhavam os testes ressaltaram que este modelo de trator visa atender principalmente a grandes áreas pro-dutoras de grãos, algodão e cana-de-açúcar das regiões Sudeste, Centro-Oeste e da nova

fronteira agrícola brasileira, conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Este modelo poderá ser utilizado principalmente em operações de preparo de solo (sulcamento e gradagens) e implantação de cultivos, tracionando implementos de grande porte (semeadoras).

DEPÓSIToS E DoSADoRESNas semeadoras que utilizam caixas

convencionais de sementes sobre cada linha de semeadura, chama a atenção o dispositivo montado na base do distribui-dor, o qual alivia a pressão das sementes sobre o mecanismo dosador e, segundo o fabricante, proporciona maior uniformidade na distribuição e aumento da vida útil do disco, além da redução de danos à semente. Outra opção que o cliente tem em mãos se refere ao sistema que utiliza a chamada “pipoqueira” no lugar das caixas individuais de sementes. Nesse sistema, somente uma

caixa, com grande capacidade, é utilizada para acondicionar uma determinada massa de sementes, que passa, por gravidade, para recipientes menores e mais próximos ao solo, as chamadas “pipoqueiras”. Assim, obtém-se maior uniformidade de distribuição, visto que a semente se desloca por uma menor distância até chegar ao destino final.

Os dosadores que equipavam os mo-delos de semeadoras utilizadas nos testes eram do tipo FertiSystem, que passaram a ser largamente empregados devido à maior demanda por uma distribuição homogê-nea de fertilizantes. Essa solução surge como uma ferramenta de uniformização da distribuição do adubo, eliminando o corriqueiro problema dos usuais sistemas de distribuição helicoidal. O princípio de funcionamento baseia-se em um pequeno depósito (comporta) que acondiciona uma determinada quantidade de adubo, até que o mesmo atinja um nível onde a deposição ocorrerá sem sobressaltos.

Esse sistema se mostra bastante eficaz em situações onde a semeadura ocorre em regiões com topografia ondulada a forte-mente ondulada, pois independentemente

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Fotos Charles Echer

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O MF 8670 Dyna-VT e o MF 8690 Dyna-VT foram reconhecidos como os tratores do ano e como melhor design de máquinas na EIMa Show em Bolonha, na Itália, este ano

O mercado foco deste modelo será as lavouras de cana-de-açúcar, grãos e algodão

da inclinação da semeadora, o fertilizante sempre será depositado no solo a uma mes-ma quantidade.

Essas semeadoras utilizam depósitos de fertilizantes com grande capacidade (1.890kg) e 600kg de sementes, ou seja, um saco de semente de 50kg por linha de seme-adura. Tanto o depósito de adubo quanto o(s) depósito(s) de sementes são fabricados em material polimérico, que confere maior resistência à corrosão e à abrasividade, ca-racterística altamente desejável quando se fala no acondicionamento de fertilizantes e sementes com maior teor de sílica.

TESTE DA SEMEADORAConcomitantemente ao teste do trator

MF 8670 Dyna-VT, avaliamos também a semeadora MF 512 L45. O teste de distri-buição de sementes foi conduzido utilizando como base 90 sementes em dez metros. Logo após, foi realizada a medição da distância entre cada uma das sementes depositadas, utilizando como valor de referência 8,33 centímetros de distância entre sementes, que corresponde a uma distribuição média de 12,2 sementes por metro linear. Os re-sultados obtidos indicaram uma média de 11,22 centímetros de espaçamento entre sementes, o que faz com que a distribuição esteja dentro da tolerância de 50% para mais ou para menos.

A semeadora utilizada estava dotada do sistema com disco de corte e sulcador, portanto, realizamos também a avaliação da profundidade do sulcador, o qual obteve valor médio de 14 centímetros de profun-

EquIpE E loCAl do tEStE

O test drive foi realizado em uma área agrícola pertencente ao

concessionário Augustin, sediado no município gaúcho de Não-Me-Toque, porém, com um grande número de fi-liais espalhadas pela região Sul do país. Durante a execução dos testes, tivemos

o suporte técnico do coordenador de marketing do Produto Tratores da AGCO para América do Sul, Éder Dornelles Pi-nheiro, do Engenheiro Nilmar Aurélio, e dos técnicos de implementos agrícolas da fábrica da AGCO de Ibirubá (RS), Darceli Ivo Porto e Rogil Berghahn.

didade, também efetuamos medições da profundidade da semente, que ficou com a média de 5,6 centímetros, ao longo da área amostrada.

CABEÇALHO TANDEMO dispositivo utilizado para a união das

duas semeadoras disponibilizadas para o teste tratava-se de um tandem modelo MF 1213 CT, para máquinas de 12 e 13 linhas de semeadura. Há uma crescente procura por esse tipo de equipamento visando aumentar

o rendimento operacional e otimizar o uso da frota em grandes áreas agrícolas, que são o foco de mercado dos tratores da série 8600.

A empresa salienta como principal vantagem do sistema tandem, o fato de o produtor poder adquirir, em separado, duas semeadoras de menor porte, o que facilita a transação, tanto de compra quanto de venda desses equipamentos. Além do modelo uti-lizado durante a condução dos trabalhos, a fábrica informa que existem dispositivos tandem com capacidade de acoplamento de duas semeadoras de 15 linhas cada, trabalhando com fertilizante e sementes, ou até duas semeadoras de 17 linhas nos casos onde o uso ocorre somente visando à distribuição de sementes (semeadoras do tipo seed).

José Fernando Schlosser,Marcelo Silveira de Farias eFabrício Azevedo Rodrigues,Nema - UFSM

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SEMEAdorAS

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Nos últimos anos a atividade agrí-cola brasileira desenvolveu-se devido principalmente à expan-

são da área produtiva e também ao aumento da produtividade.

As espécies forrageiras representam as plantas de interesse econômico mais explora-das no mundo. Contudo, o pequeno número de espécies forrageiras com valor nutricional satisfatório, aliado à baixa fertilidade e ao preparo inadequado do solo, constitui um dos principais fatores limitantes da produção pecuária nas regiões tropicais.

O uso intensivo da mecanização é praticado constantemente com intuito de melhorar as condições de implantação e de desenvolvimento das plantas forrageiras. Porém, muitas vezes, a produtividade é com-prometida pelo excesso ou pela inadequação de práticas às quais o solo é submetido, desde o preparo até a colheita da cultura que nele se estabeleceu.

O plantio direto é um sistema de cultivo no qual a semente e o adubo são colocados diretamente no solo, coberto de palha, com o mínimo de revolvimento possível. A seme-adura direta é o principal método que visa à maior conservação do solo e à diminuição no tráfego.

Segundo a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FebraPDP, 2008),

estima-se que em 2007, aproximadamente, 26 milhões de hectares do território brasi-leiro foram cultivados sobre o sistema de semeadura direta, com elevada expansão, principalmente no cerrado (São Paulo, Mato Grosso do sul, Mato Grosso e Goiás) com o cultivo de milho e algodão.

Em um sistema de produção, a semeadu-ra é uma etapa fundamental para o sucesso do estabelecimento da lavoura. Quando se trata de plantio direto, aumenta a importância do desempenho de uma semeadora-adubadora, pois esta deve atender a alguns preceitos, como a utilização de elementos segadores

Fino trato

Plantio Direto de sementes miúdas exige bastante atenção do operador, pois o manejo correto das semeadoras-adubadoras é um dos principais passos para a obtenção de um estande adequado de plantas, com distribuição uniforme de sementes e de adubo

Plantio Direto de sementes miúdas exige bastante atenção do operador, pois o manejo correto das semeadoras-adubadoras é um dos principais passos para a obtenção de um estande adequado de plantas, com distribuição uniforme de sementes e de adubo

O manejo correto das semeadoras-adubadoras é um dos principais passos para a obtenção de um estande adequado de plantas

Fino trato

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Conjunto trator-roçadeira utilizado na avaliação do consumo de combustível na operação de roçagem

Semeato

apropriados para efetuar o corte da cobertura vegetal e proporcionar a correta deposição da semente e do adubo no solo.

O manejo correto das semeadoras-adubadoras é um dos principais passos para a obtenção de um estande adequado de plantas, assegurando-se, assim, distribuição uniforme de sementes e de adubo (Silva et al, 2003).

A velocidade de operação da semeadora-adubadora e a profundidade de deposição da semente são alguns dos fatores que in-terferem no estabelecimento do estande de plantas e, com frequência, na produtividade da cultura.

Silveira (2008) cita que toda e qualquer operação com máquinas agrícolas deve levar

em consideração a velocidade de operação do conjunto máquina/implemento, pois a velo-cidade influencia o consumo de combustível, a demanda de tração e também a qualidade do serviço.

Diante da importância de se avaliar o desempenho das semeadoras-adubadoras e tendo em vista a carência de pesquisas com relação ao plantio direto de sementes miúdas, foi desenvolvido um trabalho para avaliar o desempenho de uma semeadora-abubadora de plantio direto no estabelecimento e pro-dutividade da cultura da Brachiaria brizan-tha em relação a diferentes velocidades de deslocamentos do conjunto mecanizado e profundidades de deposição de semente.

Este trabalho foi realizado na área experi-

Adubadora de plantio direto de sementes miúdas da marcaSemeato, modelo SHM/11, foi utilizada no experimento

Fotos Haroldo Fernandes

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mentar a velocidade de operação e a profun-didade de sulco, aumenta-se a força requerida por linha de plantio, conforme Figura 1.

A potência requerida por linha de plantio só foi influenciada pela velocidade de opera-ção; ao aumentar a velocidade aumenta-se também a potência. O consumo específico de combustível também só foi influenciado pela velocidade de trabalho, observou-se que, ao aumentar a velocidade de operação, o consumo específico de combustível dimi-nuiu. Os resultados obtidos são semelhantes aos encontrados por Cortez et al (2007) e Silveira (2008).

Em relação à profundidade de deposi-ção das sementes os dois fatores estudados influenciaram este parâmetro. Ao aumentar a velocidade de trabalho, a semeadora-adubadora realizava um plantio mais raso, este fato ocorreu nas duas profundidades de sulco selecionadas, conforme visto na Figura 2. Esse resultado está relacionado com os mecanismos de controle de profundidade da semeadora-adubadora, um problema que vem sendo observado e discutido por vários autores (Andreoli et al, 2002; Costa et al, 2002; Mahl et al, 2004; Silveira et al, 2008).

A profundidade de matéria seca não foi influenciada por nenhum dos dois fatores estudados. Assim, podemos concluir que o melhor desempenho foi encontrado quando o conjunto trator semeadora-adubadora se deslocou a 8km/h regulado para realizar a se-meadura a 0,03m. Vitória (2010), avaliando três tipos de plantio de solo, cultivo mínimo, plantio direto e preparo convencional para Brachiaria brizantha, encontrou valores semelhantes de matéria seca.

Haroldo Carlos FernandesMauri Martins TeixeiraNerilson Terra SantosElcio das Graças LacerdaUFV

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Haroldo Fernandes

mental do Instituto Federal de Ensino Supe-rior, Campus de Santa Teresa, localizada no município de Santa Teresa, região serrana do Espírito Santo. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 4x2, com quatro veloci-dades de deslocamento, sendo elas de 2km/h, 4km/h, 6km/h e 8km/h (0,55m/s; 1,11m/s; 1,66m/s; e 2,22m/s) e duas profundidade de semeadura (10cm e 30cmm).

Para tracionar a semeadora-adubadora, foi utilizado um trator, marca New Holland, modelo TL 85 E, tração dianteira auxiliar (TDA) com potência nominal de 83cv (61kw) a 2.400rpm. Foi utilizada uma semeadora–adubadora de plantio direto de sementes miúdas de marca Semeato, modelo SHM/11, com uma capacidade do depósito de sementes de 38 litros e do depósito de fertilizante de 366 litros.

A determinação da força de tração reque-rida pela semeadora-adubadora foi realizada

por uma célula de carga Kratos de capacidade igual a 5,0kN. O consumo de combustível foi determinado por meio de uma proveta graduada de 1.000ml fixada no trator. Para a determinação da profundidade de deposição das sementes foi utilizado um paquímetro e foram efetuadas 20 medições em cada linha de plantio.

Para determinação da produção de maté-ria seca, a forrageira foi cortada a 0,10m do solo. O corte foi feito em pontos aleatórios da unidade experimental, utilizando um gabarito de 1m2 (1 x 1m). Os resultados foram submetidos à análise de superfície de resposta, a 5% de probabilidade, por meio do software Statistical Analysis System versão 9.2 (SAS, 2009).

A análise estatística mostra que a veloci-dade de operação e a profundidade de sulco interferem na força requerida por linha de plantio pela semeadora-adubadora, ao au-

Figura 1 - Força de tração requerida por linha de plantio Figura 2 - Profundidade de deposição de semente

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trAtorES

Ensaios em quatro tipos de superfície mostraram os índices de patinagem, o consumo e o rendimento operacional em 12 modelos de tratores agrícolas 4x2 TDA,

configurados com diferentes tipos de pneus

Prova de rendimento

O solo atua de forma a diminuir a força de tração do trator ao oferecer uma resistência para o avanço da

roda (resistência ao rolamento), com isso, a força bruta se converte em operacional e é cha-mada diretamente de força de tração. Porém, esta redução da força de tração depende de duas circunstâncias: tipo de solo (textura e teor de água) e tipo de rodado (carga aplicada e área de contato pneu/solo). Esta limitação tem uma consequência, que é a patinagem, fazendo com que o trator se mova a uma velocidade menor do que a correspondida pelas voltas oriundas do motor.

As condições superficiais do solo firme

apresentam melhores resultados de eficiência trativa comparando-se com solo preparado (solto). Isso acontece pois os maiores valores de patinagem e de consumo de combustível ocorrem em pista de solo mobilizado, sendo que, nas pistas de solo firme e com cobertura vegetal, os resultados apresentam desempe-nho operacional e energético semelhante. A cobertura do solo interfere na capacidade do trator em desenvolver esforço para tracionar máquinas e implementos enquanto o tipo de cobertura pode causar mudanças de patinagem e na eficiência tratória.

Sabendo-se que a superfície trativa é deter-minante na maximização da eficiência trativa

dos rodados, a Faculdade de Ciências Agronô-micas - Universidade Estadual Paulista (FCA/Unesp), campus de Botucatu, desenvolveu um trabalho para avaliar o desempenho de tratores agrícolas 4x2 – TDA, na condição de máximo rendimento na barra de tração em diferentes condições de superfícies (concreto, solo firme, solo com cobertura vegetal e solo mobilizado).

DIFERENTES SOLOSOs ensaios foram realizados utilizando-se

de um equipamento que simula forças na barra de tração do trator, chamado Umeb (Unidade Móvel de Ensaio na Barra de Tração), perten-cente ao Núcleo de Ensaios de Máquinas e

Fabricio Masiero

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dezembro 2011 / Janeiro 2012 • www.revistacultivar.com.br14 Março 2012 • www.revistacultivar.com.br32

obtendo-se a força máxima desenvolvida pelos tratores em cada condição, até que o motor apresentasse uma diminuição na rotação de tra-balho (abaixo de 2.000rpm) ou que a patinagem das rodas fosse excessiva (acima de 30%).

RESULTADOSA superfície de concreto apresentou os

maiores valores de rendimento na barra e os menores resultados de patinagem e consumo específico de combustível entre as quatro condições de superfície, onde as perdas no contato rodado/solo são mais evidenciadas nas superfícies de solo agrícola, sendo esse resultado justificado pela patinagem dos rodados do trator ter sido, na média, 53,5% menor do que na pista de solo mobilizado, 36,9% menor que na pista de solo com cobertura vegetal e 27,4% menor que na pista de solo firme.

Não houve diferenças significativas entre a patinagem dos rodados nas superfícies de solo firme e com cobertura vegetal e entre o con-sumo específico de combustível nas condições trativas de cobertura vegetal e de solo mobi-lizado. O tratamento com cobertura vegetal apresentou valor de patinagem dos rodados próximo ao obtido em pista de solo firme; po-rém, proporcionou elevado consumo específico de combustível, sendo semelhante aos obtidos

Pneus Agroflorestais (Nempa), do Departa-mento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista (FCA/Unesp), campus de Botucatu (SP). Os ensaios foram realizados em pistas de concreto, oval com 200 metros de comprimento em cada uma das retas e quatro metros de largura, e em pistas de campo, solo firme, solo mobilizado e solo com cobertura vegetal, que apresentam 400 metros de comprimento e 20 metros de largura cada.

Foram utilizados neste trabalho 12 tratores agrícolas de diversas marcas, modelos e potência nominal. Em cada trator ensaiado variaram-se: o tipo de pneu, a pressão de inflação dos pneus e a relação entre o peso e a potência do motor na velocidade teórica adotada de 7km/h. A rotação nominal do motor utilizada nos tratores foi a de maior potência (rated speed), conforme catálogo dos fabricantes. Os valores da força na barra de tração foram obtidos através de uma célula de carga de 10t instalada no cabeçalho da Umeb. A determinação da patinagem das quatro rodas do trator foi obtida utilizando-se geradores de pulsos instalados nos rodados.

Para medição do consumo horário e es-pecífico de combustível foram utilizados dois fluxômetros volumétricos, um instalado entre os filtros e a bomba injetora do motor do trator e o outro no retorno do combustível ao tanque.

O consumo real foi calculado pela diferença entre os valores dos pulsos gerados pelos fluxô-metros. Todos os ensaios foram realizados após a aplicação e estabilização da carga de tração, tracionando a Umeb. Para cada condição de configuração, os tratores foram submetidos a uma força constante na barra de tração, num percurso de 30 metros, demarcado através da roda odométrica da Umeb. O valor da carga inicial aplicada na barra de tração dos tratores dependeu da potência e do tipo de superfície trativa. Cada avaliação subsequente apresentou um aumento de carga na barra de tração de, aproximadamente, 500kgf, sendo realizadas no mínimo quatro avaliações por condição,

A superfície com cobertura vegetal apresenta maior valor médio de rendimento na barra e menor valor médio de patinagem em relação ao solo mobilizado

O ensaio foi realizado com o auxílio da Unidade Móvel de Ensaio na Barra de Tração, pertencente ao Núcleo de Ensaios de Máquinas e Pneus Agroflorestais da Unesp

Detalhe do sensor de rotação das rodas, instalado durante o experimento

Fotos Fabricio Masiero

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em pista de solo mobilizado, apresentado um rendimento na barra de tração maior do que a superfície de solo mobilizado e inferior ao obtido em pista de solo firme (Tabela 1).

O menor rendimento na barra de tração e o maior valor de patinagem dos tratores avaliados se deram no tratamento com solo mobilizado, mostrando que esta condição superficial do solo foi responsável pelo menor desempenho ener-gético devido à maior resistência ao rolamento dos rodados nesta superfície.

A superfície de concreto apresentou os

Tabela 1 - Média dos valores de rendimento máximo na barra de tração, patinagem dos rodados e consumo específico de combustível para as condições de superfície trativa

Patinagem(%)

7,3 C11,6 B13,1 B15,7 A

2,924,23%

Rendimentona barra (%)

67,6 A59,7 B52,6 C48,3 D

5,18,83%

Consumo específico(kg.kW-1.h-1)

0,305 C0,330 B0,393 A0,404 A

0,03710,47%

Superfícies

ConcretoSolo firme

Cobertura vegetalSolo mobilizadoDesvio padrão

Coef. de variação

As médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.

maiores valores de rendimento na barra de tração e menores valores de patinagem e de consumo específico de combustível dos tratores avaliados.

O tratamento com o solo firme não diferiu daquele com cobertura vegetal em relação à pa-tinagem dos rodados; porém, apresentou maior valor de rendimento na barra de tração do trator e menor consumo específico de combustível.

A superfície com cobertura vegetal apresen-tou maior valor médio de rendimento na barra e menor valor médio de patinagem em relação

ao solo mobilizado; contudo, apresentou seme-lhante consumo específico de combustível.

A superfície com o solo mobilizado re-sultou nos menores valores de desempenho energético dos tratores avaliados.

Fabrício, Carlos, Kléber e Gabriel avaliaram o desempenho de um trator 4x2 em diferentes tipos de condições de solo

Fabrício C. Masiero,Kléber P. Lanças,Indiamara Marasca,Carlos R. G. Ramos,Gustavo K. Montanha eGabriel A. Lyra,Unesp

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trAtorES

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A oferta de tratores de baixa potência atualmente no Brasil vem crescen-do de forma significativa. Porém,

alguns problemas encontrados, em virtude do crescimento desse mercado, relacionam-se à carência de informações que dizem respeito tanto ao desempenho quanto à capacidade de tração destes equipamentos. Um dos cri-térios mais proeminentes na escolha do trator encontra-se relacionado à sua capacidade de gerar esforço tratório.

O ensaio quanto ao desempenho dos trato-res agrícolas no campo é um trabalho bastante complexo, devido à quantidade de variáveis que devem ser controladas e analisadas. É na transmissão de potência do motor à barra de tração onde ocorre grande parte das perdas relacionadas ao desempenho do trator que, dependendo das condições de operação, podem atingir níveis comprometedores. Já na interface rodado-solo as perdas de tração tornam-se mais críticas. Pesquisas apontam para perdas de energia entre 20% e 55% nos elementos de tração, principalmente em tratores de duas rodas motrizes (2RM) de pequeno porte. No

entanto, o uso da TDA (tração dianteira auxi-liar) em tratores 2RM com potência acima de 75kW (100cv) disseminou-se no Brasil a partir da década de 1980. Essa tendência chegou recentemente aos tratores de menor potência, ou seja, naqueles com menos de 36kW (50cv). A eficácia da TDA nos tratores acima de 36kW tem sido comprovada por diversas pesquisas. Resta a dúvida se esta vantagem também é ob-tida em tratores menores, com rodados, muitas vezes, de pequenas dimensões.

O TRATORO modelo testado foi um trator 4x2 TDA

da marca Farmer, modelo 2540, com motor a diesel de três cilindros verticais, com potência de 18,4kW (25cv) a 2.245rpm, peso total com lastro de 12,9kN, equipado com pneus 9.5 - 24 R-1 no eixo traseiro e pneus 6.00 - 14 R-1 no eixo dianteiro.

O TESTEForam realizados ensaios em dois tipos de

piso, com revestimento de asfalto (PA) e em campo nativo (CN) executados de acordo com

os preceitos da Norma Brasileira NBR 10400, de 1997, a qual trata da análise do desempenho na barra de tração do trator agrícola.

Para obtenção do desempenho na barra de tração do trator ensaiado, utilizaram-se um sistema de aquisição de sinais, um transdutor de força (célula de carga) com capacidade de 20kN e um perfil de aço rígido de seção retan-gular que serviu de conexão ao “trator freio”, que marca gradativamente durante o percurso ocasionando a redução da velocidade do trator teste até sua parada completa.

Para a obtenção do patinamento foi ne-cessário primeiramente quantificar a distância percorrida pelo trator e pelos rodados do mesmo. Para tanto, o trator foi instrumentado com uma roda odométrica (equipamento que verifica a distância real percorrida pelo trator) e sensores fotoelétricos instalados nos rodados do trator com a função de registrar o número de voltas.

Desta maneira, calcula-se a distância per-corrida e a velocidade do trator, além do número de giros dos rodados, o que permite a obtenção do patinamento. Em cada tratamento foram

Potência testadaEnsaio com trator de baixa potência avalia desempenho em diferentes condições de piso com e sem a tração auxiliar ligada

Gráfico 1 - Efeito do uso de TDA (médias das duas condições de piso) Gráfico 2 - Efeito dos tipos de superfície (médias das condições com e sem tração)

Fotos Fabricio Medeiros

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analisados os dados de força na barra de tração, a velocidade e o patinamento no momento em que o trator apresentou maior potência na barra de tração.

RESULTADOS ENCONTRADOSOs resultados obtidos apontaram que o uso

da tração dianteira e o tipo de superfície causam diferença significativa no desempenho do trator. São apresentados gráficos com as variáveis de força na barra de tração, velocidade, potência na barra de tração e patinamento referentes às médias entre campo nativo e asfalto (Gráfico 1) e com e sem tração (Gráfico 2). Os dados máximos em cada repetição foram considerados após a filtragem do sinal. Esse procedimento evitou que ruídos no sinal fossem considerados valores válidos.

Com o acionamento da TDA no trator ensaiado, nas situações de terreno agrícola com cobertura de campo nativo e na pista de asfalto, obteve-se uma força de tração na ordem de 10,2kN e 12,9kN, respectivamente, uma dife-rença de 20,4%. Yanai et al (1988), trabalhando com tratores em pista de concreto, analisando o desempenho de cinco tratores agrícolas com tração dianteira auxiliar, concluíram que o uso da tração dianteira causou um aumento de 33,3% na força na barra de tração. A diferença entre os dados obtidos por aqueles autores e os encontrados por esta pesquisa pode ter ocorrido devido à menor largura dos pneus do trator de baixa potência, analisado no presente trabalho. Sabe-se que as dimensões dos pneus influen-ciam na área de contato pneu-solo, juntamente com a carga sobre os rodados e este conjunto afeta a força máxima na barra de tração.

O grupo do Departamento de Engenharia Rural de Pelotas, em 2004, avaliando o desem-penho de um trator 4x2-TDA com 80,9kW de potência nominal no motor, em relação à eficiência de tração, com e sem o uso da tração dianteira auxiliar, em solo firme e solo cultivado, concluiu que, na condição de solo preparado o aumento da eficiência de tração, quando da utilização da TDA, foi da ordem de 37,1%, enquanto que na condição de solo

Gráfico 1 - Efeito do uso de TDA (médias das duas condições de piso)

Em cada tratamento foram analisados os dados de força na barra de tração, a velocidade eo patinamento no momento em que o trator apresentou maior potência na barra de tração

Uma roda odométrica e sensores fotoelétricos instalados nos rodados do trator possibilitaram medir o índice de patinamento

natural este foi de apenas 21,7%. No Gráfico 3 são apresentadas as diferenças, em percentual, das variáveis do ensaio, nas diferentes condições de superfície. Os maiores valores encontrados para velocidade no piso CN com relação ao piso PA ocorreram devido à maior capacidade de tração gerada no piso PA. O mesmo aconteceu quando acionada a TDA, que fez surgir maior capacidade de tração, diminuindo a velocidade de deslocamento quando comparada sem o acionamento da TDA.

O ensaio realizado para obter o desempe-nho da capacidade de tração, do trator Farmer 2540, em campo nativo e em pista de asfalto, permitiu a obtenção de conclusões importantes. O emprego da TDA em campo nativo melhorou o desempenho do trator no que diz respeito à força de tração em 25,2%, obtendo-se força de tração média de 11,64kN (1.186,9kgf).

Célula de carga acoplada ao trator possibilitou medir o desempenho na barra de tração

Para a pista de asfalto a força de tração média apresentou um aumento percentual de 16,6%, chegando a 14,14kN (1.441,8kgf).

Como era previsto, no teste realizado em campo nativo a potência na barra de tração aumentou de 12,2kW (16,6cv) para 15,3kW (20,8cv), isto ocorreu em função da maior área de contato solo-máquina. O acionamento da TDA no trator Farmer 2540 ocasionou uma diminuição de 28,85% no patinamento, passando para 24,27%.

Fabricio A. Medeiros, Ângelo V. dos Reis,Antônio L. T. Machado,Roger T. Spagnolo,Tiago L. Bertoldi eCésar S. Morais,UFPel

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CorrEIAS

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Podemos definir o transportador como um equipamento para ma-nuseio de produtos sólidos e a

granel. Eles podem operar em plano hori-zontal inclinado ou vertical em um caminho predeterminado pelo design do transportador e ter pontos de carga e descarga, fixos ou seletivos. A correia é um componente de vital importância no equipamento de movi-mentação. Por isso, o transportador necessita de inspeção e manutenção de acordo com as exigências do local de operação.

HISTÓRIA Do TRANSPoRTADoREmbora seja sugerido que as civilizações

antigas, como os egípcios, utilizavam este método de transporte em grandes projetos de construção, a história do transportador moderno remonta ao final do século 17.

As mais antigas correias transportadoras eram compostas por um cinto e deslizavam sobre chapas de madeira, movimentando sa-cos de grãos em curtas distâncias e acabaram se tornando populares nos armazéns. Eram conhecidas no mercado como cintas, esteiras transportadoras, fitas transportadoras, cor-reias planas. Na história, as primeiras foram confeccionadas em lonas de algodão, couro e borracha natural. Posteriormente, na Re-volução Industrial, é que os transportadores

passaram a ser amplamente utilizados para as mais diversas aplicações.

Existem referências em 1919 de que os primeiros transportadores foram introduzi-dos na indústria automotiva e de mineração de carvão, se tornando, posteriormente, populares meios de transporte de materiais pesados nas fábricas. As primeiras correias foram produzidas com carcaça de algodão e revestidas de borracha.

Atualmente, as correias transportadoras são confeccionadas de materiais mais resis-tentes e modernos, que atendem os objetivos de atividades específicas como transporte de alimentos. Neste caso, são produtos atóxicos, desenvolvidos com componentes especiais com cobertura de borracha sanitária.

Um exemplo de correias que atendem a estas especificações são as fabricadas pela Veyance Technologies do Brasil, que possui uma linha têxtil de correias transportadoras e elevadoras a correias com cobertura de borracha sanitária. Esta linha de produto é produzida com matérias-primas nobres e composto de borracha de cor branca, con-ferindo atoxidade e visual higiênico, sendo a borracha aprovada pelo instituto Adolfo Lutz.

Desenvolvida para o transporte de produ-tos granéis de consumo humano e/ou animal, com inúmeras aplicações, podemos destacar para o mercado de usinas de açúcar, fábricas e indústrias alimentícias.

CORREIAS LAMINADASAs correias laminadas podem ser divi-

didas em dois tipos: Thor e Super Thor, desenvolvidas para o mercado agrícola, onde a segurança, o desempenho e a economia são fatores primordiais.

As correias laminadas foram desenvolvi-das para a linha leve de aplicação, indicadas para o transporte de cereais a granel, grãos, volumes, caixas, sacarias e outros materiais, sem impacto. Também são indicadas para transmissão de força e para elevação de materiais a granel em secadores, silos, arma-zéns, fábricas de óleos vegetais, indústrias e portos. As correias elevadoras oferecem

Correias que transportam

As correias transportadoras estão presentes em silos

armazenadores, secadores, usinas e em diversos

outros tipos de aplicação, desde a fazenda até a

indústria alimentícia. Cada aplicação requer um modelo

específico, confeccionado exclusivamente para

assegurar o correto funcionamento

Esquema de posicionamento do parafuso quando da fixação das canecas na correia

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diminuirmos as chances de acidente, é reco-mendado que os clientes adquiram correias transportadoras que tenham baixa condu-tividade elétrica, com a correia Pathfinder, MSHA-SBR, 100 DIN Arma.

No mercado nacional poucos fabricantes de correias se preocupam em homologar e/ou atestar seus produtos em empresas certifica-doras. Por isso é necessário que, ao adquirir produtos novos e/ou de reposição, seja exi-gido o certificado e que a correia esteja de acordo com as recomendações do fabricante do equipamento. Notamos hoje que muitos segurados estão questionando, se especiali-zando e investigando se a correia está dentro da norma para a devida aplicação.

O cliente sempre deve procurar empresas especializadas na hora de optar por adquirir produtos novos ou usados, de forma a garan-tir a compra do equipamento correto. .M

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grande resistência ao arrancamento de para-fusos, responsáveis pela fixação das canecas na correia. Para esta linha é recomendado evitar as contaminações de óleos na correia. As emendas nas correias elevadoras podem ser do tipo sobreposição, justaposição, trans-posição ou cantoneiras.

O mais recomendado tipo de emenda para correias elevadoras de cereais é o da sobreposição (overlap) da correia. Trata-se de um tipo de emenda bastante eficaz, se-guro, rápido e econômico. Recomenda-se a sobreposição mínima de três canecas para elevadores pequenos, de baixa capacidade de carga (normalmente superior a 15m de altura e 40t/h) Acima destes valores, recomenda-se uma sobreposição mínima de quatro canecas. É importante observar o sentido de rotação da correia, para evitar funcionamento ina-dequado.

Estes modelos de correias têm excelente resistência à tensão, baixo índice de estica-mento, maior flexibilidade e capacidade de carga, alta resistência a cortes, impactos e unidade, além de trabalhar com polias de diâmetro mais reduzido.

CORREIAS TRANSPORTADORASNa linha de correias têxteis, existem as

correias EP, Plylon e Linha WT, aplicáveis de acordo com o produto e transportador. Estas correias apresentam uma excelente carcaça de avançada tecnologia em poliéster/nylon tratado pelo exclusivo processo 3T.

Entre os diversos tipos de correias de-senvolvidas pela Veyance, são destaques no mercado agrícola as coberturas Pathfinder, MSHA-SBR e 100 DIN Arma, especialmente desenvolvidas para oferecer a máxima resis-tência a óleos presentes em grãos e farelos de diversos cereais. Para máxima segurança em uso proporciona baixos valores de resistência elétrica e atende a norma USMSHA de resis-tência à chama, teste nº 30 CFR 18.6.5.

SILOS E ARMAZÉNSAs correias são amplamente utilizadas

nas construções de silos e armazéns, numa combinação de elevadores e transportadores, elas são capazes de movimentar, numa peque-na área, grande quantidade de graneis, com objetivo de armazenamento da produção, contribuem na qualidade do produto arma-zenado. Os silos e armazéns, devido ao porte, podem oferecer diversos riscos de acidentes de trabalho. Os silos trabalham em ambientes fechados, enclausurados e confinados e são tratados na NR33 – Espaços Confinados, da NBR 14.787 da ABNT e de alguns itens da NR 18 – Construção Civil do MTE.

Devido ao ambiente de trabalho existe grande possibilidade de explosões e/ou in-cêndios, pois quando são manuseados (des-carregado) os grãos, é produzida muita poeira em suspensão, por conta da movimentação. Durante a operação do transportador, podem ocorrer faíscas, resultando em explosões e graves acidentes. Por este motivo, para

Correias elevadoras de cereais são utilizadas em armazéns e indústrias alimentícias.A fixação correta das canecas ajuda a aumentar a vida útil do equipamento

Richard W. Meyering,Veyance Technologies do Brasil

Fotos Veyance

As correias laminadas foram desenvolvidas para aplicação no transporte decereais a granel, grãos, caixas e sacarias em armazéns, indústrias ou portos

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EvENtoS

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Divulgação

Nova linha de plantadoras, fruto da parceria com a Semeato, foi o destaque da Case IH

Investimento em produtos de qualidade e variedade de modelos é a aposta da Titan

Ano da superaçãoNem mesmo a seca que atingiu o Rio Grande do Sul foi motivo para derrubar os números da Expodireto Cotrijal 2012. Superando todas as expectativas, a feira

cresceu em número de visitantes e bateu recorde de faturamento

A Expodireto Cotrijal 2012, reali-zada de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque (RS), surpreendeu os

organizadores e expositores, fechando com números acima do estimado. Por causa da forte estiagem que atingiu parte do Rio Grande do Sul, as primeiras projeções indicavam uma feira com números bem menores da edição do ano passado. No entanto, mais de 185 mil pessoas passaram pela feira, número 15% superior ao da edição anterior, o que ajudou a impulsionar também o faturamento, que este ano bateu o recorde, com R$ 1,10 bilhão comercializados. Neste ano, 71 países e 105 importadores marcaram presença, agregando aos números da feira R$ 102 milhões somente em negócios

internacionais. O setor de máquinas agrícolas foi o que

mais apresentou inovações tecnológicas e novos produtos. A seguir, apresentamos os principais lançamentos e destaques da edição 2012.

CASEA Case IH lançou quatro novos equipa-

mentos voltados ao plantio, frutos da parceria realizada em 2011 com a Semeato. São as semeadoras múltiplas SSM 33 linhas e SHM 17 linhas e as plantadeiras Sol Tower 13 linhas e Sol TT 34 linhas.

Entre as plantadeiras apresentadas, desta-que para a Sol T 15. Esta modalidade é desti-nada para grãos graúdos e apresenta diversas

possibilidades de montagem de sulcadores na linha do adubo, de acordo com a necessidade do agricultor, tipo de cobertura, textura do solo e a cobertura a ser cultivada. A Sol T 15 possui linha pantográfica de grade flutuação, cabeça-lho articulável, rodado articulado e a opção de utilização como acoplador.

TITANA Titan Pneus do Brasil lançou dois pro-

dutos: o Dyna Torque II HD (Heady Duty) e o All Weather. Com a finalidade de atender aos produtores de grãos e cana-de-açúcar, o All Weather apresenta no desenho da banda em forma de diamante o seu diferencial. Este formato minimiza a resistência ao rolamento e

Ano da superaçãoNem mesmo a seca que atingiu o Rio Grande do Sul foi motivo para derrubar os números da Expodireto Cotrijal 2012. Superando todas as expectativas, a feira

cresceu em número de visitantes e bateu recorde de faturamento

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Basculante Semirreboque Extensível da linha rodoviária foi o principal destaque da Guerra

A CR 9060 Premium Classe VIII, com tanque graneleiro de11,1 mil litros, foi lançada pela New Holland na Expodireto

a agressão à superfície do solo, além de elimi-nar a necessidade de pneu complementar em algumas situações. De acordo com Leandro Pavarin, gerente de vendas Brasil, os produtos estão alinhados com as novas tecnologias que estão entrando no mercado, bem como aos novos sistemas de produção, o que exige da empresa atualização constante.

GUERRAEntre os vários produtos apresentados pela

Guerra Implementos Rodoviários durante a Expodireto, um dos que ganharam destaque foi a Basculante Semirreboque Extensível da linha rodoviária.

O modelo de basculante apresenta como diferenciais a sua suspensão e os eixos reforça-dos, o sistema hidráulico com ângulo de bascu-lamento entre 35º e 38º e para-choque móvel que possibilita acréscimo de 3.200kg de carga em relação ao implemento com comprimento inferior a 16 metros. A Guerra apresentou, ain-da, um semirreboque graneleiro com exclusivos diferenciais, direcionado para o transporte de grãos (soja, farelo de soja, milho, trigo, arroz e outros) e cargas secas em geral.

NEW HOLLANDA New Holland apresentou a colheitadei-

ra de duplo rotor CR 9060 Premium, classe VIII, que alcança uma potência nominal de até 389cv. De acordo com Roberto Jonker,

especialista de colheitadeiras de rotor da New Holland, a CR9060 Premium apresenta um sistema de abertura e fechamento da peneira elétrica, permitindo ao operador o controle total da máquina de dentro da cabine. O novo sistema permite ainda o armazenamento de informações sobre a abertura da peneira e a ve-locidade do ventilador na memória da máquina, indicando ao operador as opções já utilizadas. “Por ser equipada com dois rotores, a CR9060 Premium realiza um tratamento mais suave do grão em uma área de debulha e separação maior”, destaca Jonker.

A CR 9060 Premium possui motor eletrô-nico com injeção Common Rail, opera em con-dição ideal com plataformas de 35 pés e tanque graneleiro com 11,1 mil litros de capacidade de carga e descarga de 110L/seg. A máquina possui comandos de ajuste de velocidade do rotor, que pode ser feito pelo operador da cabine. A rotação varia de 327 a 1.699rpm, conforme a especificidade da cultura e das condições de colheita.

STARAA Stara levou diversas novidades para a

Expodireto 2012, com destaque para o Dis-tribuidor de Adubos Sólidos Hércules 3.8, o maior trator da empresa; o trator Rinno S 310 e o sistema móvel de análise de solo em tempo real, Veris PMC. O distribuidor Hércules 3.8 é equipado com motor dianteiro com intercooler

de 155cv, tração hidro 4x4, vão livre de 1,35m e capacidade de carga de 3.800kg ou quatro me-tros cúbicos de fertilizante. Ele vem equipado de fábrica com pacote de agricultura de precisão com piloto automático e aplicação em taxa variável. O Veris PMC é um equipamento que realiza três diferentes análises de solo em tempo real. Ele faz leitura da condutividade elétrica através de discos, mapeamento da matéria or-gânica do solo através de aspectrômetro óptico e a leitura do pH do solo, com o auxílio de um cilindro hidráulico que coleta amostra de solo e realiza a leitura instantaneamente.

AGRALEA Agrale ampliou o número de máquinas

expostas este ano em relação à edição anterior da Expodireto. Foram apresentados modelos de todas as linhas de tratores da empresa, com des-taque para o maior trator oferecido, o BX 180 cabinado. Também foi destaque o caminhão lançado este ano com tecnologia Euro 5, que está sendo aprovado nos próximos meses para aquisição através do programa Mais Alimentos do Governo Federal.

JACTOA Jacto apresentou nova linha de bicos de

plástico e também apresentou aos visitantes da feira o Uniport 3030, o mais novo integrante da tradicional família de autopropelidos da empresa. Este modelo traz, ao mesmo tempo,

O Distribuidor de Adubos Sólidos Hércules 3.8 foi um dos lançamentos da Stara

Trator BX 180 cabinado e caminhão com tecnologia Euro 5 foram os destaques da Agrale

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Fotos Cultivar

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Plataforma Hydraflex Draper de 40 pés, com sistema que copia as ondulações do solo, chamou atenção no estande da John Deere

A plantadeira Sol TT com 34 linhas da Semeato impressionou os visitantes da Expodireto pelo seu tamanho

Fotos Cultivar

Uniport 3030 será a estrela da Jacto nosprincipais eventos agrícolas deste ano

Caminhão semipesado P 310 DB 8x2 com cabine avançada foi apresentado pela Scania

soluções veiculares e tecnologia, que vão per-mitir um processo de pulverização eficiente, com mais velocidade e economia. Entre as inovações, podem ser destacados o controle elétrico de abertura e fechamento bico a bico, o sistema de telemetria, que permite transmitir informações em tempo real para um banco de dados, e uma estação meteorológica embutida na máquina, que monitora em tempo real as condições atmosféricas. O chassi deste modelo é construído com material de alta resistência, com juntas parafusadas que substituem as soldas, o que proporciona maior flexibilidade nas torções que a máquina sofre no campo, sem comprometer a integridade do conjunto e a estabilidade na aplicação.

SCANIAA Scania apresentou como destaque o

caminhão semipesado modelo P 310 DB na versão 8x2. Este modelo possui motor diesel de cinco cilindros em linha com injeção di-reta de combustível, atendendo os níveis de emissões Proncove Fase P7. Ele vem equipado com o sistema de injeção PDE com unidades injetoras, cabeçotes individuais, quatro válvulas por cilindro, turbo compressor, intercooler e sistema de tratamento de gases SCR. A caixa

de câmbio GR801 possui quatro posições com range alto e baixo, acionada pelo interruptor de embreagem com oito velocidades. Sua suspensão dianteira possui molas parabólicas e traseiras a ar, com duas bolsas pneumáticas e exclusivo sistema LC. O sistema de freios é totalmente pneumático de duplo circuito e ação direta, com circuitos independentes para os freios dianteiros e traseiros, de estacionamento e de emergência. Cilindro do tipo diafragma. O P 310 DB8X2 oferece cabine avançada, total-mente de aço, isolamento termo-acústico, grade frontal de fibra de vidro reforçada, basculável, com molas a gás.

JOHN DEEREA John Deere expôs três modelos de co-

lheitadeiras da sua linha de grande porte com os modelos STS 9470, STS 9570 e STS 9770. A STS 9770 está equipada com a plataforma de colheita HydraflexDraper, com 40 pés de corte, lançada da Expodireto. O recolhimento dos grãos é feito por esteiras, que os conduzem ao canal de alimentação, o que garante rapidez no trabalho e melhor aproveitamento. Esta plataforma “copia” o relevo da lavoura, pos-sibilitando um corte mais rente e homogêneo do produto.

SEMEATOA plantadeira Sol TT foi o destaque da

Semeato na Expodireto 2012. A máquina é autotransportável e apresenta 34 linhas es-paçadas a 45cm. Ideal para realizar o plantio em curto espaço de tempo, dentro da janela recomendada para a realização do mesmo, fator decisivo em regiões com clima instável. A Sol TT é uma máquina Seed (apenas semente), sendo indicada para as proprie-dades que realizam a adubação antecipada, possibilitando a obtenção de um ganho de tempo e eficiência com um equipamento específico para colocar as sementes de forma adequada no solo.

MONTANAUm dos destaques da Montana foi o auto-

propelido Parruda 2627 M, com hidro 4x4. A máquina tem 24 metros de barra e seu peso é distribuído uniformemente entre os eixos: 40% no dianteiro e 60% no traseiro, o que mantém a mesma distribuição de peso com tanque cheio ou vazio. O tanque de calda tem capacidade para 2.600 litros. Este modelo possui suspensão pneumática, freio a ar nas quatro rodas, bitola regulável de 2,7m a 3,2m, e barras de 25 a 27 metros.

O pulverizador autopropelido Parruda 2627 M 4x4 hidro foi o destaque da Montana

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MIACA Miac lançou o Arruador e Soprador

Duplo para frutas. O equipamento possui dois discos varredores de borracha e necessita de potência de 65cv, com acoplamento no sistema de três pontos do trator e operando a 500rpm. Possui comprimento de 2,10m, altura 1,75m e peso aproximado de 750kg.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson apresentou aos produ-

tores gaúchos o trator MF 8690, com 370cv de potência. Este modelo, importado da França, é o

maior e mais avançado trator da Massey Fergu-son no mundo e gera uma força bruta de mais de 15 toneladas. Um dos destaques deste trator é a transmissão Dyna-VT, que gerencia a veloci-dade de operação automaticamente. Ele possui motor AGCO Sisu Power, seis cilindros, de alto desempenho, eixo dianteiro com suspensão de três estágios e suspensão também na cabine, o que acaba gerando grande conforto operacional. Este modelo atende os padrões europeus e possui um consumo de combustível reduzido, além de ter baixa emissão de poluentes.

Além da linha de tratores, a Massey Fer-

Arruador e Soprador Duplo para frutas chamou atenção no estande da Miac

guson apresentou o portfólio para colheita, com destaque para os modelos de colhedoras MF 9690 ATR II e MR 9790 ATR II, que recebem a segunda geração dos rotores de tec-nologia avançada, que possuem acionamento hidrostático. Ainda na linha de colheita, foram apresentadas as novas plataformas de grãos DynaFlex 8250, mais leves, com menor número de componentes e acionamento das caixas de navalhas por cardã.

Outro destaque da Massey Ferguson foi na área de Agricultura de Precisão, onde a empresa apresentou o conceito de tráfego controlado

O público se impressionou com as apresentações do trator MF 8670 Dyna-VT da Massey Ferguson

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Fotos Cultivar

para grãos e um sistema pioneiro de monitora-mento de frota de máquinas a distância, chama-do de AGCOMmand, que permite monitorar a partir do escritório todo o trabalho realizado pelo equipamento no campo, além de permitir a geração de relatórios que podem identificar, quantificar e endereçar problemas de logística e operação.

JUMILA Jumil apresentou as semeadoras-adu-

badoras JM 5023 PD e JM 5027 PD. Estas máquinas apresentam regulador de vasão das sementes, com um volante de regulagem que efetua o deslocamento lateral dos rotores dosadores e também conta com dosador de sementes e de adubo.

As semeadoras-adubadoras possuem siste-ma hidráulico com divisor de fluxo rotativo e cilindros hidráulicos nas rodagens. Os pneus são 18.4-30-12 lonas.

AGRIMECA carreta graneleira Granbox 30.000 foi

o destaque da Agrimec na Expodireto e é indicada para uso nas lavouras de arroz, soja, trigo e milho. A carreta possui tubos de des-carga independentes e que podem descarregar simultaneamente os grãos. Seus eixos seguem a

mesma abertura de rastro do trator, diminuindo o amassamento das culturas e também ajuda a reduzir a necessidade de potência e tração.

FANKHAUSERA Fankhauser destacou na feira os distribui-

dores de fertilizantes da linha F-5000 Saturno. Sua esteira transportadora é construída de um material que não sofre com o ataque de fertilizantes e tem alta resistência ao desgaste pelo atrito. O acionamento e a regulagem de velocidades dos discos aspersores são feitos através de motores orbitais e ajustados pela válvula controladora de fluxo, localizada na parte frontal.

AGRITECHA Agritech apresentou na Expodireto o

primeiro modelo de trator cabinado de fábrica. É o modelo 55cv. A fábrica vai ampliar para toda a linha de tratores produzidos pela empresa, proporcionando mais conforto e segurança para o operador, especialmente em aplicações como pulverização.

VALTRAUm dos destaques da Valtra foi a nova

opção de plantadeira versão Seed, integrando a linha Valtra HiTech. O modelo permite ao

Inovações presentes também no estande da Fankhauser, que apresentou o distribuidor de fertilizante F-5000 Saturno

Linha de pequenos tratores cabinados direto de fábrica foi o destaque da Agritech

Linha de plantadeiras HiTech e tratores de alta potência foram os principais destaques da Valtra

produtor uma opção de configuração extra do implemento para o plantio de sementes sem distribuição de fertilizantes. O conceito, já existente no Brasil, se diferencia por ser montado com um disco de corte para palha e um conjunto de disco duplo para distribuição de sementes, dispensando mecanismos de distribuição de adubos.

O modelo é ideal para necessidades espe-cíficas de manejo, já que otimiza o processo de plantio em grandes áreas, diminuindo o número de paradas para o abastecimento devido à alta capacidade dos reservatórios de semente, podendo chegar a 2.000Kg, onde o fertilizante é distribuído a lanço. Permite ao produtor reverter a versão caso necessário, instalando o kit de fertilizantes novamente na máquina, fazendo, simultaneamente, aduba-ção e semeadura. No caso do modelo BP 1709 S, a nomenclatura representa apenas uma das variações dos modelos da linha Seed, chegando a 17 linhas de 45 centímetros e nove linhas de 90 centímetros em um único chassi, poden-do ainda ser utilizada no conjunto tandem, chegando a 34 linhas de plantio espaçadas a 45 centímetros.

A Valtra também destacou a Série S de tra-tores, com os modelos S 293 e S 353, máquinas de alta potência importadas da Europa.

A Jumil apresentou as semeadoras- adubadoras JM 5023 PD e JM 5027 PD

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